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compostos orgânicos voláteis biogênicos emitidos a partir de ...

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Compostos orgânicos voláteis... 35<br />

Por sua natureza orgânica, <strong>compostos</strong> orgânicos voláteis biogênicos estão sujeitos<br />

às mesmas reações colocadas anteriormente, <strong>de</strong>sempenhando também um importante<br />

papel na formação do ozônio troposférico e na capacida<strong>de</strong> oxidativa da atmosfera. A<br />

formação <strong>de</strong> O 3 também po<strong>de</strong> ocorrer a <strong>partir</strong> da oxidação <strong>de</strong> COVs na troposfera na<br />

presença <strong>de</strong> NO (os COV são aqui representados por RH, já que os <strong>compostos</strong> orgânicos<br />

participam <strong>de</strong>stas reações doando um átomo <strong>de</strong> hidrogênio):<br />

RH + 2O 2 + 2NO → R=O +2NO 2 + H 2 O (5)<br />

Assim, por exemplo, se RH estiver representando o metano, R=O está<br />

representando o formal<strong>de</strong>ído. Se somarmos essa reação à reação (2), temos:<br />

RH + 4O 2 + hv → R=O +2O 3 + H 2 O<br />

Existem também reações <strong>de</strong> terminação do O 3 , que envolvem o consumo <strong>de</strong> NO 2 e<br />

NO na presença <strong>de</strong> radiais hidroxila, formando HNO 3 e HONO. A terminação noturna <strong>de</strong><br />

ozônio ocorre quando o NO 2 reage com o próprio O 3 , formando NO 3 , que por sua vez é um<br />

composto extremamente fotoreativo, então este é rapidamente fotolisado na manhã<br />

seguinte.<br />

Resumidamente, o processo <strong>de</strong> transformação entre o NO e NO 2 po<strong>de</strong> ser explicado<br />

pela figura 1, a seguir:<br />

RO2 * , HO2 *<br />

NO<br />

O3<br />

hv<br />

NO2<br />

O *<br />

O3<br />

FIGURA 1 – Ciclo <strong>de</strong> formação do O 3 .<br />

Então, como os óxidos <strong>de</strong> nitrogênio e COVs participam <strong>de</strong> reações <strong>de</strong> formação e<br />

consumo <strong>de</strong> O 3 , a sua relação não é linear. Comumente a <strong>de</strong>pendência entre a produção<br />

<strong>de</strong> O 3 e as concentrações iniciais <strong>de</strong> COV e NOx é representada por um gráfico <strong>de</strong><br />

isopletas, que é um diagrama que apresenta uma elevação no quadrante superior direito<br />

(SEINFELD e PANDIS, 2006). O formato <strong>de</strong>sta elevação é variável <strong>de</strong> acordo com a região<br />

<strong>de</strong> interesse e dos <strong>compostos</strong> presentes da atmosfera. Assim, quando há excesso <strong>de</strong> COV<br />

na atmosfera, a concentração <strong>de</strong> O 3 será mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da concentração <strong>de</strong> NOx, e viceversa.<br />

Devido à sua elevada reativida<strong>de</strong>, terpenos e isopreno ten<strong>de</strong>m a reagir facilmente<br />

com oxidantes atmosféricos importantes no equilíbrio da química da atmosfera, como é o<br />

Soc. Bras. <strong>de</strong> Arborização Urbana REVSBAU, Piracicaba – SP, v.5, n.25-42, p., 2010

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