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Por outro lado, cabe ressaltar que a maior<br />
suscetibilidade nas áreas convexas não é determinante, uma<br />
vez que, especialmente nos grandes incêndios, o fogo atinge<br />
inclusive áreas alagadas, como observado no grande incêndio<br />
de 2007. Desta forma, analisaram-se separadamente os três<br />
maiores incêndios estudados, localizados na região do Planalto,<br />
onde foram registrados todos os incêndios considerados de<br />
grande porte nos últimos 23 anos. Os resultados foram<br />
similares ao total dos ROIs analisados, com 48% e 16% de área<br />
convexa e planar atingidas, respectivamente.<br />
Vale chamar a atenção para o fato de que as<br />
áreas planares na região do Planalto estão majoritariamente<br />
relacionadas a áreas de baixa declividade, entretanto se<br />
caracterizam como áreas de dispersão de fluxo d’água, o que<br />
corrobora com a baixa umidade. Esta baixa umidade é<br />
acentuada por uma série de outros fatores, como solos rasos,<br />
fisionomia aberta da vegetação, estrutura radicular dessas<br />
feições vegetacionais, dentre outros.<br />
5.1.3.DECLIVIDADE<br />
É consenso entre diversos autores que a<br />
declividade é dos fatores que influenciam o comportamento do<br />
fogo, sendo especialmente importante na compreensão dos<br />
grandes incêndios (WHELAN, 1995; BOVIO & CAMIA,<br />
1997; CHUVIECO et al., 1997). Em função disso tem sido<br />
considerado como componente de diversas metodologias de<br />
cenários de avaliação relacionados ao risco de ocorrência de<br />
incêndios ou modelos de propagação do fogo.<br />
Através de técnicas de análise espacial, foram<br />
calculadas as declividades médias para cada polígono de<br />
incêndio analisado. Tomando como parâmetro os valores<br />
encontrados na literatura e a quebra natural dos valores<br />
encontrados para toda a Área de Estudo, verificou-se a<br />
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