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boletim nº 15 - ICMBio

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análise de cada um deles em separado não seria suficiente para<br />

prever condições críticas para os cinco maiores incêndios<br />

estudados. No entanto, para cada um dos incêndios pelo menos<br />

dois indicadores apontavam níveis críticos para a ocorrência de<br />

incêndios, apontando para a complementaridade entre eles.<br />

Considerando que são raras as ocorrências de<br />

incêndio originadas de causas naturais, para que haja a ignição<br />

do fogo são determinantes as variáveis sócio-econômicas.<br />

Certamente não é por acaso que 93% dos incêndios dentro do<br />

Parque estão em áreas particulares, ressaltando a estreita<br />

ligação entre o fogo e a falta de regularização fundiária. Além<br />

disso, 73% dos 147 incêndios analisados estão a até <strong>15</strong> m das<br />

feições consideradas para o mapeamento do risco à ignição:<br />

vias de transporte, edificações e propriedades particulares<br />

dentro do Parque, mesmo considerando-se as limitações da<br />

base cartográfica.<br />

O cruzamento do mapa de suscetibilidade à<br />

ocorrência de incêndios com os ROIs, mostrou que estes<br />

tiveram 93% das áreas atingidas consideradas de alta<br />

suscetibilidade, apontando para a validade da metodologia,<br />

apesar da necessidade de validação com dados futuros.<br />

A suscetibilidade é potencializada por condições<br />

climáticas críticas, que podem ser identificadas através dos<br />

indicadores de precipitação antecedente. Já o risco à ignição<br />

está diretamente ligado à ação antrópica, representada<br />

espacialmente pela proximidade às vias de transporte,<br />

edificações e propriedades particulares dentro do Parque. Notase<br />

que a conjunção desses fatores na AE se destaca na faixa<br />

dos 1.000 a 2.000m de altitude, onde ocorre o maior número de<br />

incêndios e acima dos 2.000m onde as variáveis geoecológicas<br />

favorecem incêndios de maior magnitude.<br />

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