Novo presidente do Instituto toma posse - ICMBio

Edição 190
EDIÇÃO 190 - ANO 5 - 13 DE ABRIL DE 2012
Novo presidente
do Instituto toma posse
ICMBio desenvolve plano de ação
para conservar avifauna da Caatinga
Reservas marinhas do Pará fiscalizam
pesca às vésperas da Semana Santa
Fundo socioambiental da Caixa Econômica
financia projeto em UC no Acre
Filhotes de harpia são monitorados
no Mosaico de Carajás
Aeroporto de Brasília recebe nossa exposição fotográfica
Funbio adaptará trilha interpretativa da Rebio União
a portadores de necessidades especiais
Parna Serra dos Órgãos comemora um século
de escaladas ao Dedo de Deus
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ICMBio em Foco
Edição 190
Ministra empossa
novo presidente do ICMBio
Rodrigo Rueda
Nesse aspecto, o presidente destacou a importância
do Instituto agir de forma compartilhada e sintonizada
com os vários parceiros da área ambiental – Ibama,
ANA, Serviço Florestal Brasileiro – e também com outros
ministérios e órgãos do Governo Federal e, principalmente,
com os estados. Disse, ainda, que a criação de
novas unidades não pode ser um processo conflituoso
e deve passar, fundamentalmente, pelo entendimento
entre todos os setores interessados.
Ao final, Vizentin agradeceu a confiança depositada
nele pela ministra e a boa acolhida que vem tendo dos
servidores do Instituto Chico Mendes. E concluiu: “Tudo
isso torna mais fácil o meu compromisso de servir ao
ministério, ao governo e ao povo brasileiro”.
para passar dez anos fazendo um plano”, frisou; parceria
mais afinada com as universidades e centros de pesquisa;
e investimentos no uso público das unidades de conservação,
para que a população brasileira possa desfrutar
das belezas e delícias dos parques nacionais.
Rodrigo Rueda
Ministra faz recomendações
No seu discurso, a ministra Izabella fez recomendações
ao novo presidente do ICMBio. Pediu transparência na
gestão, aproveitamento dos melhores quadros da instituição
e uma política de pessoal que promova rotatividade.
“Todo analista deveria, pelo menos durante uns
dois, três anos, atuar numa unidade de conservação. É
inaceitável termos coronéis de parque”, afirmou, referindo-se
a gestores que passam anos na chefia de uma
unidade e agem como se fossem seus donos.
Secretário Roberto Cavalcanti, secretário-executivo Francisco Gaetani, ministra Izabella Teixeira,
nosso presidente Roberto Vizentin e secretário Carlos Klink
Ela pediu ainda mais qualidade no processo de criação
de UCs, de modo que os conflitos sejam evitados ou
minimizados; maior celeridade na regularização fundiária
e na elaboração dos planos de manejo – “não dá
Vizentin destacou em seu discurso a boa acolhida que vem tendo
“Assumo este desafio num momento muito especial,
em que o país vem crescendo, melhorando a vida da
população, reduzindo a pobreza. Não podemos ficar de
fora desse contexto. A nossa participação faz a diferença,
cria as bases para que esse desenvolvimento se dê
de forma sustentável”, afirmou o novo presidente do
Instituto Chico Mendes, Roberto Ricardo Vizentin, ao
tomar posse na terça-feira (10), em solenidade no auditório
da nossa sede, em Brasília.
No mesmo evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, deu posse a dois novos secretários do
ministério – Roberto Brandão Cavalcanti, de Biodiversidade
e Florestas, e Carlos Augusto Klink, de Mudanças
Climáticas e Qualidade Ambiental. Na plateia, além dos
servidores, estavam, entre outras autoridades, dirigentes
de órgãos do Governo Federal, como Ministério do
Desenvolvimento Agrário, Ipea e Embrapa, e o senador
Jorge Viana (PT-AC).
Papel estratégico do Instituto
Depois de reforçar que cabe ao Instituto Chico Mendes
cumprir “papel estratégico” nesse processo de desenvolvimento
pelo qual passa o país, Vizentin citou como um
dos seus desafios à frente do ICMBio não apenas consolidar
as atuais 310 unidades de conservação federais, mas
também ampliar esse número com a criação de novas
reservas. “Temos um sistema nacional de unidades de
conservação muito avançado, com várias categorias. É
um sistema que nos permite inventar e reinventar a gestão”,
destacou ele.
Quem é
Roberto Ricardo Vizentin é graduado em Engenharia Agronômica desde 1989 pela Universidade Federal de Mato
Grosso e doutorando em Agroecologia, Sociologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, pela Universidade de
Córdoba, Espanha. Foi secretário-executivo do Fórum Matogrossense de Desenvolvimento e Meio Ambiente. À
época, atuou como pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas da Amazônia, Cerrado e Pantanal,
participando de pesquisas sobre a questão agrária e agrícola nesses biomas.
Em 1995, ingressou na Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional, onde trabalhou no acompanhamento
de políticas públicas para o desenvolvimento rural. De 1999 a 2001, esteve vinculado à Universidade
de Córdoba, cursando o doutorado em Agroecologia, Sociologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Desde
2003, ocupa cargos de direção no Ministério do Meio Ambiente, sendo o último deles o de secretário de Extrativismo
e Desenvolvimento Rural Sustentável, de onde saiu para assumir a presidência do ICMBio.
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ICMBio em Foco
Presidente reúne
diretores e coordenadores regionais
Na manhã seguinte ao da cerimônia de posse, o presidente
do Instituto Chico Mendes, Roberto Ricardo Vizentim,
reuniu-se com todos os diretores e os 11 coordenadores
regionais do ICMBio. O objetivo foi colher o máximo de
informações sobre a gestão das unidades de conservação
que ficam na esfera de cada CR. “Mais do que tomar
pé de como está a gestão das UCs abrangidas por cada
CR, acredito que seja fundamental traçarmos estratégias
para superar os possíveis gargalos”, frisou ele na reunião.
Um a um, cada coordenador regional explicitou a situação
das UCs, incluindo avanços e desafios. O presidente
se mostrou surpreso com as alternativas já existentes
de superação ao desafio da regularização fundiária das
unidades, a exemplo daquelas de compensação por reserva
legal e do esforço proposto por meio das Concessões
de Direito Real de Uso - CDRU.
Durante a cerimônia de posse os principais temas levantados
pela ministra Izabella Teixeira foram: estudar
modelos para a regularização fundiária das unidades,
melhorar o processo de criação de UCs, aprofundar processo
de mediação de conflitos, ampliar alternativas de
Reunião da Diretoria Ampliada na sede
uso público inovando nos modelos de concessão, investir
em qualificação e formação de lideranças, ampliar o
apoio às comunidades extrativistas, criar alternativas de
diálogo com o entorno, sociedade civil e governos estaduais,
firmar parcerias técnico-científicas e fortalecer os
centros de pesquisa. Por fim, ela salientou a importância
do trabalho de combate ao desmatamento nas UCs.
Leonardo Milano
Embarcação Peixe-boi volta à ativa
no Parque Nacional do Cabo Orange
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Há mais de um ano atracada por comprometimento no
casco, a embarcação Peixe-boi, do Parque Nacional do
Cabo Orange, no Amapá, foi reformada recentemente e
já está em plena atividade. O casco havia sofrido ataque
de turus – moluscos de corpo gelatinoso que se alimentam
da madeira – comprometendo um ano e meio de
operações em fiscalização, experimentações de turismo
e atividades de educação ambiental. A equipe gestora
do Parna não mediu esforços e buscou alternativas para
reformá-la e trazê-la de volta às atividades.
Uma possibilidade de realizar os reparos necessários à embarcação
foi tentada pelo próprio ICMBio, por meio do
sistema Ticket Car. Entretanto, como não havia qualquer
empresa em Oiapoque que cumprisse com os pré-requisitos
necessários ao uso do sistema, foi preciso buscar outro
caminho. Recorreu-se, então, ao Programa Áreas Protegidas
da Amazônia, o Arpa/MMA, que permitiu a troca da
madeira infestada, a renovação do calafeto do casco, a
manutenção essencial do motor e a pintura externa básica.
Chegada da embarcação Peixe-boi à Oiapoque
após operação de fiscalização
Também foi providenciada vigilância para a embarcação,
que, por não possuir tripulação permanente, era susceptível
a furtos. Como o barco havia ficado muito tempo parado,
nos primeiros testes do motor outros pequenos problemas
surgiram, levando mais dois meses até que o Peixe-boi estivesse
realmente pronto para navegar.
Paulo Silvestro

Edição 190
Reservas marinhas do Pará
fiscalizam pesca
às vésperas da Semana Santa
O grande aumento no consumo de pescado devido à
tradição religiosa da Semana Santa justificou a realização
de uma operação coordenada pela Reserva Extrativista
Marinha de Caeté-Taperaçu às vésperas do feriadão. Batizado
de Operação Ataíde III, o evento teve como objetivo
principal fiscalizar áreas costeiro-estuarinas nos municípios
paraenses de Bragança e Augusto Côrrea.
Além de representar proteção aos recursos pesqueiros e
às importantes áreas da pesca artesanal nos estuários da
região abordada, a operação reforça o empenho da Resex
em fiscalizar e monitorar os acordos e regras de uso locais.
Isso garante aos seus usuários uma certa credibilidade em
relação ao processo de gestão na qual estão inseridos,
adaptando suas pescarias e realidade à necessidade do
uso sustentável e da conservação dos ecossistemas locais.
A operação de fiscalização, que durou três dias nos limites
municipais de Augusto Côrrea, representa um marco
histórico para a Reserva Extrativista Marinha de Araí-Peroba
já que, desde sua criação em 2005, foi a primeira
desse tipo em seus limites, realizada para atender denúncias
das comunidades da Resex, onde estavam ocorrendo
diversas modalidades de pesca ilegal, sendo comemorada
por todos que utilizam os recursos de forma sustentável.
O Instituto Chico Mendes foi parabenizado pela rádio
local, que aplaudiu a ação com grande entusiasmo,
solicitando a presença constante do órgão na área para
combater os ilícitos ambientais.
Durante os dois primeiros dias da Operação Ataíde III, a
equipe vistoriou o cumprimento do “Defeso do caranguejo-uçá
2012”, acessando portos e comunidades com tradição
na extração dessa espécie. Nas áreas abordadas no
município de Bragança e suas áreas marinhas não foi registrada
nenhuma infração quanto à proibição da captura
do crustáceo. Já nas áreas estuarinas, a operação foi movimentada,
com 33 redes de pesca apreendidas, totalizando
mais de 10 mil metros delas. As práticas relacionam-se à
pesca predatória proibida, prevista tanto em legislações
específicas quanto nos planos de utilização das reservas
extrativistas marinhas de Caeté-Taperaçu e de Araí-Peroba.
Vistoria de embarcações e petrechos de pesca
Foi ainda lavrado auto de infração por construção sem
autorização em área de preservação permanente, na comunidade
do Campo do Meio (Praia de Ajuruteua), em Bragança.
Tal ação representa também um reforço nas ações
de gestão do ICMBio na área, onde vem sendo realizadas,
em parceria com outros órgãos locais, ações de repressão às
infrações ambientais diversas como, por exemplo, queimadas
e corte de vegetação sobre dunas, restingas e manguezais,
construção sem autorização em áreas de APP e lixo. A
Praia de Ajuruteua, importante pólo turístico paraense, vem
sendo alvo de especulação imobiliária por suposto esquema
de grilagem de terras públicas, causando forte impacto
sobre os moradores nativos, usuários da Resex Marinha de
Caeté-Taperaçu, que também precisam conviver com a instabilidade
de uma linha de costa altamente dinâmica e um
histórico descaso do Poder Público.
A operação contou com apoio da CGPRO, na viabilização
dos insumos necessários; da Polícia Militar do Estado do
Pará, na segurança e escolta da equipe; e dos agentes do
ICMBio oriundos de UCs da Amazônia – florestas nacionais
de Mulata e Saracá-Taquera.
Curiosidade – Ataíde III, forma como a operação foi denominada,
refere-se ao ser mítico que habita os manguezais
em alguns lugares do nordeste paraense, como a área das
reservas extrativistas marinhas bragantinas, e a numeração
refere-se ao planejamento de ações sistemáticas de
fiscalização e monitoramento das práticas de pesca associadas
aos complexos sistemas estuarinos locais.
Andrea Raimundo de Oliveira
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ICMBio em Foco
Funbio adaptará trilha da Rebio União
a portadores de necessidades especiais
Arquivo Rebio União
Portadores de necessidades especiais
auxiliam na elaboração do projeto
O ICMBio, a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio
de Janeiro - SEA/RJ e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
- Funbio assinaram Termo de Reciprocidade para
execução do projeto “Reserva Biológica União: uma
área natural protegida da Mata Atlântica, acessível aos
portadores de necessidades especiais”.
A iniciativa foi submetida e aprovada na Câmara de Compensação
Ambiental da SEA/RJ, que financiará todo o projeto.
O Funbio, parceiro da Secretaria na gestão dos recursos
de compensação ambiental do estado, fará a sua execução.
Para elaborar o projeto, foram efetuadas consultas à legislação
específica, bibliografias técnicas especializadas,
instituições com trabalhos voltados aos portadores de
necessidades especiais, além de visita ao Jardim Sensorial
do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Contou ainda com
a valiosa colaboração de profissionais do CREA/RJ, portadores
de necessidades especiais da região e equipe da
Rebio União, notadamente a de educadores ambientais.
A fim de incluir os portadores de necessidades especiais
da região nas atividades de educação ambiental
desenvolvidas na reserva biológica, o projeto consiste
na realização de obras de acessibilidade nas instalações
do Centro de Vivências e em 1.000 dos 3.300 metros
da trilha interpretativa da UC, conhecida com Trilha do
Pilão; e na contratação, por um ano, de um profissional
para divulgar o novo espaço junto às instituições que
trabalham com portadores de necessidades especiais na
região, incentivar a visitação e ainda desenvolver a interpretação
ambiental para os vários tipos de deficiência.
Os gestores da Reserva Biológica União acreditam que
após o primeiro ano novos parceiros se juntarão a UC
para dar continuidade ao projeto, pelo seu importante
caráter socioambiental. Além disso, a Mata Atlântica
protegida e conservada pela Rebio poderá ser uma
importante alternativa de visitação do público portador
de necessidades especiais durante a Copa do Mundo no
Brasil, em 2014, e os jogos Olímpicos e Paraolímpicos,
em 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
A possibilidade dos portadores de necessidades especiais
caminharem em meio a exuberância da Mata
Atlântica, pela trilha interpretativa da Rebio União,
permitirá que uma importante e numerosa parcela da
sociedade conheça e usufrua dos benefícios proporcionados
por esse importante e ameaçado bioma, e, ainda,
adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, o
interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e
melhorar o meio ambiente.
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Edição 190
CPB realiza reunião preparatória
para avaliação da conservação
dos primatas brasileiros
O CPB realizou, entre os dias 27 e 28 de março, reunião
de planejamento estratégico do processo de avaliação
do estado de conservação dos primatas brasileiros, que
terá como um de seus produtos a versão revisada da
Lista de Primatas Brasileiros Ameaçados de Extinção.
No evento, ocorrido na sede do Centro, em João Pessoa,
foi estabelecido um cronograma para acompanhar
as etapas de consulta à comunidade científica e a Oficina
de Avaliação e Categorização das fichas de cada
táxon, que ocorrerá entre 16 e 20 de julho.
Mônica Montenegro
Durante a Consulta Ampla, que será realizada entre 16
de março e 16 de maio, e a Consulta Específica, de 21 de
maio da 21 de junho, especialistas em primatologia irão
avaliar e validar os dados atualizados sobre as espécies
catalogadas, podendo colaborar com novas informações.
Participaram da reunião, além de membros do setor
técnico-científico do CPB – coordenados pelo chefe do
centro, o biólogo e mestre em Genética e Biologia Molecular
Leandro Jerusalinsky –, a nossa coordenadora de
Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade,
Rosana Subirá, e representantes do Primate Specialist
Group e da Sociedade Brasileira de Primatologia.
Momentos da reunião na sede do CPB
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ICMBio em Foco
Filhotes de harpia são monitorados
no Mosaico de Carajás
Um filhote de quatro meses de idade que desde dezembro
de 2011 vem sendo monitorado pelo Programa de Conservação
do Gavião-real - PCGR recebeu dispositivos de marcação
e monitoramento na semana passada. O ninho onde o
filhote de gavião–real (Harpia harpya) foi marcado – ninho
Santa Cruz – está localizado no entorno do Mosaico de Carajás
e encontra-se em situação de vulnerabilidade.
O filhote, uma fêmea que pesa 4.750 kg, recebeu anilha
do Cemave e anel em alumínio do PCGR, além de um
microchip. Essas identificações servirão, por exemplo,
para determinar a distância de dispersão do filhote em
futuros avistamentos tanto pela equipe que desenvolve
o programa quanto por agricultores ou outros moradores
da região que tiverem a sorte de avistá-lo.
O monitoramento do ninho continuará semanalmente
para coleta de vestígios, identificação das espécies
presas consumidas pela harpia na região e registros do
comportamento do filhote em desenvolvimento das habilidades
de voo e dos adultos no cuidado parental.
Além das pesquisas ecológicas da harpia, o PCGR realiza
atividades de sensibilização e educação ambiental junto
às comunidades e escolas próximas aos ninhos estudados.
Nesse sentido, um concurso para nomear o filhote marcado
será realizado com as crianças do ensino fundamental.
O nome sugerido deve ter origem etimológica indígena e
o significado explicado. Toda a pesquisa dos nomes deve
ser realizada pelas crianças com orientação de professores
e pais. A estratégia é estimular a conscientização na área
próxima ao ninho, utilizando a educação ambiental como
ferramenta de conservação da biodiversidade.
Enquanto no entorno a situação desse ninho é instável,
outro ninho monitorado no interior da Floresta Nacional
de Carajás vem apresentando bons resultados. O ninho
do Igarapé Bahia, monitorado desde 2008, acaba
de receber um novo morador. O filhote nasceu entre 28
de fevereiro e 5 de março e parece estar muito bem.
Mamãe harpia não sai de perto do ninho, garantindo o
Olivier Jaudoin/PCGR
Filhote do ninho Santa Cruz
conforto do bebê com folhas verdes enquanto o pai se
encarrega de trazer o alimento a cada dois dias.
O monitoramento constante desse ninho pôde confirmar o
tempo de geração de três anos para a espécie. Em 25 de fevereiro
de 2009 nasceu um filhote no mesmo ninho, tendo
sido acompanhado até sua emancipação definitiva. Mesmo
voando, o jovem ainda depende dos pais para se alimentar
até 2,5 anos. Só a partir daí começa um novo ciclo, o que
acarreta em baixa taxa de recrutamento na natureza, motivo
de preocupação para a conservação da espécie.
O monitoramento constante dos ninhos poderá avaliar o
sucesso dos dois filhotes. Já estudos genéticos poderão demonstrar
ou não o comportamento monogâmico, além de
trazer dados importantes para avaliação da variabilidade
genética desses indivíduos, contribuindo para o conhecimento
sobre o estado de conservação da harpia no Brasil.
Os trabalhos de monitoramento realizados pelo PCGR no
Mosaico de Carajás e entorno contam com parceria do
ICMBio e do Mosaico de Carajás e recebe apoio financeiro
da Vale S.A. Na região sudeste do Pará, o PCGR estuda
atualmente cinco ninhos de harpia em atividade.
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Edição 190
ICMBio desenvolve plano de ação
para conservar avifauna da Caatinga
Elaborado por meio de uma oficina de planejamento participativo
realizada em outubro de 2011, em João Pessoa,
o Plano de Ação Nacional Aves da Caatinga, coordenado
pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves
Silvestres - Cemave, tem por objetivo atender a 14 espécies
de avifauna ameaçadas de extinção no bioma Caatinga,
que se estende por quase todos os estados do Nordeste
brasileiro, além do norte de Minas Gerais.
Desenvolvido em parceria com entidades como Ibama,
Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais e universidades
da região, o PAN constitui um marco na conservação
das aves da Caatinga, que correspondem a 533
espécies, sendo 23 delas endêmicas, mas ainda são timidamente
estudadas apesar de o bioma ser apontado
como uma das mais importantes áreas de endemismo
da avifauna sul-americana.
De acordo com João Luiz Nascimento, coordenador do
Cemave, a matriz de planejamento do PAN traça cinco
metas a serem atingidas até 2016. “Esses objetivos incluem
a redução da captura e do tráfico do periquitocara-suja
(Pyrrhuragriseipectus); a diminuição das taxas
de perdas de formação arbórea e de outras formações da
Caatinga nas áreas importantes para a conservação das
espécies-alvo, além da promoção da conectividade entre
fragmentos remanescentes; o cálculo estimativo do tamanho
populacional das espécies e a manutenção ou aumento
da sua área de ocupação; e a redução da pressão
de caça sobre a jacucaca (Penelopejacucaca) e o zabelê
(Crypturellusnoctivaguszabele)”, explica João Luiz.
“No último dia 30 de março”, continua o coordenador,
“foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria nº
106, de 29 de março de 2012, que institui Grupo Assessor
para acompanhar a implementação e realizar a
monitoria do PAN”. O grupo é composto por dez membros
– entre representantes do ICMBio, de universidades
e ONGs, sob a coordenação do biólogo Antônio Eduardo
Barbosa, analista do Cemave.
João Luiz ressalta ainda que as outras três espécies de aves
ameaçadas na região – o soldadinho-do-araripe (Antilophiabokermanni),
a arara-azul-de-Lear (Anodorhychusleari)
e a ararinha-azul (Cyanopsittaspixii) – já são contempladas
por planos de ação específicos desenvolvidos pelo ICMBio.
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ICMBio em Foco
Fundo socioambiental
da CEF financia projeto
em Resex no Acre
O Centro de Trabalhadores da Amazônia
- CTA, em parceria com a Associação
Agroextrativista Zirmão-Iracema,
aprovou o projeto “Mulheres
Extrativistas da Floresta” junto ao
edital do Fundo Socioambiental da
Caixa Econômica Federal. Essa é a primeira
vez que o Acre recebe recursos
do fundo.
Hélio Guedes
O projeto, que será desenvolvido
na Reserva Extrativista do Cazumbá-
Iracema, tem como objetivo o fortalecimento
de iniciativas de negócios
sustentáveis voltadas às mulheres,
visando a redução da pobreza e o
estímulo a práticas de produção e
comércio sustentáveis.
Durante dois anos, os comunitários da Resex serão capacitados em
diversas áreas para o desenvolvimento de técnicas de produção artesanal,
tendo como matéria-prima produtos florestais não madeireiros
como alternativa de conservação do meio ambiente e geração de trabalho
e renda.
Participantes da primeira reunião
Parceiros do projeto, ICMBio e Sebrae participaram de uma primeira
reunião realizada nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril pela equipe
do CTA junto à comunidade do Zirmão-Iracema. O objetivo era falar
sobre o projeto, conhecer as pessoas interessadas em participar das
atividades e começar a definir as próximas ações. Estiveram presentes
ao evento o biólogo Hélio Guedes e os engenheiros florestais Renata
Rodrigues e Otávio Marangoni, pelo CTA, acompanhados do analista
Tiago Juruá, gestor da Resex, e de Aldemar Maciel, analista do Sebrae.
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Edição 190
Saúde e Meio Ambiente
mobilizam jovens em UCs amazonenses
Uma oficina de dança, musicalidade e corporalidade,
ministrada pelo Grupo Bambaê, da Bahia, movimentou
a Reserva Extrativista do Baixo Juruá, nos dias 16 e 17
de março, e a Reserva Extrativista do Rio Jutaí, nos dias
23 e 24, ambas UCs no estado do Amazonas. A atividade
fez parte do módulo “Saúde e Meio Ambiente”, do
projeto “Jovens como protagonistas do fortalecimento
comunitário na Resex Baixo Juruá, Resex Rio Jutaí e Flona
Tefé”, que tem como objetivo fortalecer a organização
comunitária, envolvendo os jovens na realidade das
UCs onde residem.
O módulo buscou abordar com os jovens a importância
da prevenção de doenças, tratando de assuntos como
higiene pessoal e da comunidade e cuidados com a água
para prevenção de verminoses e hepatites; orientações
sobre a criação de animais, muitas vezes mantidos soltos,
contribuindo para o aumento do índice de verminoses e
micoses; saúde bucal; prevenção e tratamento de malária;
e ênfase nas doenças sexualmente transmissíveis.
O grupo Bambaê destacou a importância de cuidarmos
do nosso corpo para a realização das atividades cotidianas,
demonstrando como temos que estar saudáveis
para conseguir dançar e como a dança também contribui
para a saúde física e mental. As danças circulares
propiciam a união e a sintonia do grupo. Coco, samba
de roda e ciranda foram alguns dos ritmos do encontro,
além de diversas dinâmicas de corporalidade e relaxamento
para o autoconhecimento. Durante as oficinas, os
jovens puderam escrever letras de músicas, baseados nos
assuntos aprendidos, que viraram forrós, cocos, cirandas
e sertanejos da saúde, solidificando o aprendizado.
Os próximos encontros já estão agendados e perspectivas
de continuidade estão sendo desenhadas no projeto
construído durante o Curso de Educação Ambiental para
a Gestão Pública da Biodiversidade.
Arquivo NGI Tefé
A realização do módulo contou com apoio das secretarias
municipais de Saúde de Tefé, Juruá e Jutaí, que cederam
enfermeiras e dentistas para ministrar palestras e
materiais informativos, como cartazes e folhetos, além
de distribuírem conjuntos de escovas de dente, pasta
dental, hipoclorito de sódio e preservativos.
Uma das dinâmicas do módulo “Saúde e Meio Ambiente”
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ICMBio em Foco
Parna Campos Amazônicos
realiza reuniões para formação
do conselho consultivo
O Parque Nacional dos Campos Amazônicos iniciou o ano
com a missão de formar seu conselho consultivo e com
isso estreitar laços com as comunidades de seu entorno.
Em fevereiro foi concluído o Plano Político Pedagógico
para constituição do conselho da UC. Logo em seguida
a equipe realizou reuniões de nivelamento e planejamento
entre os gestores e os parceiros que estão colaborando
com essa grande empreitada, pois o Parna
abrange limites recentemente alterados que chegam ao
total de 961.658 hectares, englobando os estados de
Rondônia, do Amazonas e Mato Grosso. Desde a criação
da UC, em 2006, a equipe de gestão vem enfrentando
toda sorte de problemas, como grilagem, roubo
de madeira, incêndios florestais, indefinição dos limites
e falta de servidores, o que vinha prejudicando esta importante
face da gestão da UC.
Agora, entendendo que a integração com o entorno é
verdadeiramente importante e oportuna, durante todo
o mês de março foram realizadas reuniões de sensibilização
com as comunidades de Santo Antônio do Matupi,
Terras Indígenas Tenharim Marmelos e Igarapé Preto,
Comunidade Extrativista de Bela Vista do Rio Guariba e
Vila de Tabajara, como planejado.
As reuniões de sensibilização comunitária serviram para
apresentar o ICMBio e os servidores do Parna, explicar o
porquê da UC ter sido criada e sua importância, tentando
assim mudar um pouco a visão negativa que as comunidades
tinham da unidade. Aproveitou-se também a oportunidade
para apresentar os novos limites da UC, recentemente
alterados pela Medida Provisória nº 558/2012,
atualmente vigente. Foram tratados temas como SNUC e
a legislação sobre o processo de formação de conselhos,
sua função, papel e os direitos e deveres do conselheiro.
Ficou decidido com as comunidades que em maio ocorrerão
as reuniões nos pólos, onde serão definidas as instituições
a serem oficialmente convidadas a participar do
conselho. A luta é grande, mas a equipe da UC está bem
animada com esse grande desafio.
Arquivo Parna Campos Amazônicos
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Participantes da reunião de sensibilização comunitária

Edição 190
Mosaico da Amazônia Oriental
realiza reunião de apoio
à gestão territorial
Tainah Guimarães
Atividade da 3ª reunião do Mosaico de Áreas Protegidas da Amazônia Oriental
Nos últimos dias 3 e 4, foi realizada em Macapá a 3ª
reunião do Mosaico de Áreas Protegidas da Amazônia
Oriental, que compreende algumas áreas protegidas do
oeste do Amapá e norte do Pará. São duas UCs federais
(Floresta Nacional do Amapá e Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque), duas UCs estaduais (Flota
Amapá e RDS Rio Iratapuri), duas UCs municipais (Parque
Natural Municipal do Cancão e Resex Beija-flor Brilho
de Fogo), e três Terras Indígenas (Wajãpi, Parque do
Tumucumaque e Rio Paru D’Este).
O mosaico ainda não foi reconhecido em ato formal
pelo Ministério do Meio Ambiente. Atualmente o processo
está em fase de análise pela equipe técnica do
Departamento de Áreas Protegidas do MMA para posterior
análise jurídica e definição quanto ao reconhecimento
formal do mosaico, que é proposta inovadora
por considerar a inclusão de TIs.
O Conselho Consultivo do Mosaico ainda não foi instaurado,
devendo ocorrer somente após a publicação da portaria
de reconhecimento do Mosaico pelo MMA. Porém,
desde 2009 ocorrem reuniões de um colegiado de apoio
à gestão do território que conta com representantes públicos
e civis, inclusive das comunidades de extrativistas, indígenas,
ribeirinhos e pequenos agricultores familiares.
Para tornar o colegiado operacional, a fim de agilizar seu funcionamento
e definir ações a serem realizadas, ficou acertada
pelos representantes do colegiado a criação de uma coordenação
provisória, composta por ICMBio, Instituto de Pesquisa
e Formação Indígena - Iepé e Funai, a fim de criar condições
para dar andamento às reuniões enquanto o processo de
reconhecimento oficial não esteja finalizado.
Na última reunião, foram discutidas algumas ações do
Plano de Desenvolvimento Territorial com Base Conservacionista
e definidas atividades prioritárias a serem realizadas
em 2012. Entre elas estão o acompanhamento das
questões fundiárias do estado junto aos órgãos de ordenamento
territorial; a verificação e o acompanhamento
das condicionantes de alguns empreendimentos na área
de abrangência do mosaico; o encaminhamento de denúncias
trazidas pelas comunidades aos órgãos responsáveis;
e o levantamento de informações e materiais para
elaboração de projeto básico de educação ambiental.
O próximo encontro do colegiado está previsto para agosto
e já conta com pauta, definida na reunião ocorrida em abril.
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ICMBio em Foco
ICMBio cadastra famílias
na Reserva Extrativista Mapuá
Aline Simões
Alunos da Escola Municipal da Comunidade Santa Rita com equipe de cadastramento
A Reserva Extrativista Mapuá, localizada no Pará, terminou,
no último dia 1º, a segunda fase do cadastramento
de mais de 100 famílias. Foram cadastradas as
comunidades do Lago Jacaré, Santa Maria, Perpétuo
Socorro Novo e Lago do Socó, o que exigiu dos analistas
e técnicos do ICMBio entrevistas com aproximadamente
mil pessoas.
O cadastramento já está na sua fase final, mas esta etapa
foi muito importante, pois a equipe percorreu a área
da Resex de mais difícil acesso, pela variação do nível
do rio, o que só foi possível devido à melhor entrada
nesta época de inverno. Feita por analistas do ICMBio, a
ação promoveu maior aproximação entre o Instituto e a
população local, principalmente nessa área da reserva,
menos acessível durante o resto do ano.
Durante o cadastramento, a Escola Municipal da Comunidade
Santa Rita preparou um vídeo com o qual participa
do Concurso Ecovídeo das Escolas, na 4ª Semana
do Meio Ambiente da TV Escola. A ideia é produzir vídeos
sobre projetos de meio ambiente nas escolas, baseandose
nos temas da Rio+20 e na seguinte pergunta: “Qual
é o seu papel na criação de um mundo sustentável?”.
A escola em questão está contribuindo com sua própria
vivência para o tema da sustentabilidade e educação ambiental.
Dessa experiência surgiu a ideia de jogos para
educação ambiental. São jogos de tabuleiro com diversos
temas pensados para levar informação de forma divertida,
e não menos eficiente, às crianças.
“O trabalho desenvolvido pelos diversos atores foi tão intenso
e proveitoso que, nas próximas semanas, levaremos
as demandas dos jogos educativos, das hortas orgânicas,
da casa de farinha, dos cursos para as respectivas coordenações.
Isso tudo é fruto do contato e parcerias desenvolvidas
nessas atividades, que não se resumem a meras coletas
de dados, mas são informações valiosas para gestão da
UC”, afirmou Diana de Alencar, gestora da Resex Mapuá.
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Edição 190
Cenap coordena projeto Onçafari
No dia 4 de abril, durante uma expedição de captura
do projeto Onçafari, equipe do Centro Nacional de Pesquisa
e Conservação de Mamíferos Carnívoros - Cenap,
acompanhada do analista ambiental Rômulo Mello,
capturou uma onça-pintada, macho adulto, de 112 kg,
em Miranda, no Mato Grosso do Sul.
Rômulo Mello
O projeto Onçafari é coordenado pelo Cenap em parceria
com a Wildlife Conservation Produções e o Refúgio
Ecológico Caiman. Seu objetivo é estabelecer protocolos
para o turismo de avistamento de onça-pintada
e, com isso, aumentar as chances do turista ver uma
onça-pintada em seu ambiente natural sem que haja
alterações no comportamento dos animais e qualquer
risco de acidente.
“Devemos lembrar que recentemente tivemos dois ataques
a seres humanos no Pantanal Norte, provavelmente
porque os animais estavam sendo cevados e, ainda,
as embarcações estavam se aproximando muito das onças”,
ressalta Ronaldo Morato, coordenador do Cenap.
Experiências na África mostram que os animais não precisam
ser cevados, eles podem se habituar a presença
dos veículos sem alteração de comportamento.
Rômulo Mello destacou que é muito importante que
um projeto como esse tenha envolvimento de todos os
setores da sociedade e com certeza essa parceria trará
importantes resultados para a conservação da biodiversidade
no Pantanal.
Onças-pintadas que estão sendo aparelhadas com colar
GPS-Satélite serão acompanhadas de perto e seu
comportamento será avaliado com auxílio de um etograma
– registro detalhado do comportamento de um
Onça-pintada capaturada no município de Miranda
animal. Ao final do estudo espera-se ter um protocolo
que oriente guias e turistas para o avistamento desses
animais. “O ecoturismo tem sido um aliado importante
na conservação de áreas naturais e dos animais que nela
vivem, trazendo valor econômico e, consequentemente,
aumentando o interesse pela conservação da natureza
no mundo todo”, diz Mário Haberfeld, um dos coordenadores
do projeto.
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ICMBio em Foco
Parna Serra dos Órgãos comemora
um século de escaladas ao Dedo de Deus
Arquivo Parna Serra dos Órgãos
Os 100 anos da primeira escalada com sucesso ao cume do Dedo
de Deus, a primeira montanha a ser escalada no Brasil e símbolo
do montanhismo no país, foram comemorados no último dia
8 pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no estado do Rio
de Janeiro. Em 1912, José Guimarães Teixeira, Raul Carneiro e os
irmãos Américo, Alexandre e Acácio de Oliveira, todos de Teresópolis,
foram os primeiros a pisar no topo da formação rochosa
com 1.692 metros de altitude.
O Parna comemorou a data com a abertura de uma exposição temporária
produzida por Waldecy Lucena e pelo jornal Diário de Teresópolis
sobre a história do Dedo de Deus, que ficará no Centro de
Visitantes da Sede Teresópolis nesta temporada de montanhismo.
O chefe da UC, Leandro Nascimento Goulart, recepcionou os homenageados
e destacou o sucesso do evento, apesar da situação do
município após as fortes chuvas do dia anterior. “O evento surpreendeu
pelo número tão expressivo de pessoas, depois do que aconteceu
em nossa cidade nos últimos dias. Só mesmo uma montanha
como o Dedo de Deus, o que ela representa para o estado do Rio,
para o Brasil, para o esporte, para o Parque Nacional da Serra dos
Órgãos, juntaria todas essas pessoas aqui nesse momento histórico
pelos 100 anos da conquista.”
Abertura da exposição;
Número expressivo de pessoas
compareceu ao evento
Montanhistas e escaladores de destaque na história do Dedo de Deus como André Ilha e
Alexandre Portela foram homenageados. O destaque foi a homenagem à primeira mulher
teresopolitana a escalar o Dedo de Deus, Lília Montanha, que em 1949 subiu o monumento
natural com apenas 15 anos de idade.
O nosso coordenador de Uso Público e Negócios, Ernesto Viveiros de Castro, ressaltou a importância
do acesso de montanhistas às unidades de conservação bem como em sua zona de
amortecimento, assegurando que a presença do montanhista consciente nessas áreas é verdadeiramente
um braço institucional para a conservação e preservação da fauna e flora. André Ilha,
diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente - Inea, elogiou
o modelo da gestão do Parna Serra dos Órgãos como unidade acessível e pioneira em diversas
práticas de uso público que tem cooperado para o desenvolvimento das UCs.
As comemorações do centenário da conquista do Dedo de Deus continuam ao longo do ano.
De 23 de abril a 1º de maio será realizada no Rio de Janeiro a 1ª Semana Brasileira de Montanhismo,
esporte que nasceu no país com a conquista do Dedo de Deus e que tem sua história
intimamente ligada ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
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Edição 190
Taim recebe estudo fundiário
para sua ampliação
A Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, recebeu
estudo fundiário que analisa uma área de 33 mil
hectares. Atualmente com cerca de 11 mil hectares, a
unidade será ampliada e o estudo irá embasar a melhor
proposta de poligonal. Ele foi custeado com recursos de
compensação ambiental e seu termo de referência elaborado
em conjunto com o Conselho Consultivo da UC.
Para acompanhar o estudo, o conselho designou um
grupo de trabalho, que ao longo da sua elaboração
propôs mudanças, auxiliou com seus conhecimentos da
área de estudo e cobrou resultados mais precisos da
empresa contratada. Ao final, o GT aprovou o estudo e
seu parecer foi aprovado pelo Conselho Consultivo da
unidade, em reunião ordinária no mês de março.
Segundo o chefe da Esec, Henrique Horn Ilha, esse é um
passo histórico para a ampliação da estação ecológica.
O estudo trouxe informações valiosas acerca dos ecossistemas
abrangidos, aspectos socioeconômicos e malha
fundiária. Um fator que pode auxiliar na ampliação
é que cerca de 21 mil hectares são de propriedade da
União. Adiciona-se mais 6 mil hectares de área de lagoas
e chega-se a 27 mil hectares de áreas públicas. Outra
questão que deve facilitar a ampliação é a transparência
e participação da sociedade em todos os passos do
processo. O conselho agora designou outro grupo de
GT aprova estudo fundiário da Esec
trabalho, esse para elaborar e embasar propostas de ampliação
a serem discutidas posteriormente no âmbito do
próprio conselho.
A primeira reunião formal do GT ocorrerá no dia 18 próximo
e envolve a participação do Núcleo de Educação
e Monitoramento Ambiental - Nema, da Universidade
Federal do Rio Grande - FURG, Fundação Estadual de
Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - Fepam, Embrapa,
empresa Trevo Florestal e dos sindicatos Rural de
Rio Grande, Rural de Santa Vitória do Palmar e dos Empregados
do Comércio de Rio Grande.
Arquivo Esec Taim
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ICMBio em Foco
Operação combate pesca ilegal
na APA Anhatomirim
Abel
Equipe de fiscalização e tripulação no convés do NPq. Soloncy Moura
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A Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim, localizada
no município de Governador Celso Ramos (SC), promoveu,
entre os dias 2 e 7 de abril, a Operação Camarão
que Dorme a Onda Leva, com o objetivo de fiscalizar o
cumprimento do período de defeso da pesca de arrasto
de camarão na área da Baía Norte da Ilha de Santa Catarina,
onde se situa a porção marinha da unidade.
A ação contou com suporte do Centro de Pesquisa e Gestão
de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul - Cepsul,
que disponibilizou o navio de pesquisa NPq. Soloncy Moura
como base de apoio para as ações de fiscalização, além
da participação de vários analistas lotados nas unidades
componentes do Núcleo de Gestão Integrada de Unidades
Marinho-Costeiras de Santa Catarina - NGI-UMC/SC.
A pesca de arrasto com tração motorizada para captura
de camarão é proibida anualmente na região, entre 1º
de março e 31 de maio. A proibição visa proteger a renovação
dos estoques das espécies camarão rosa (Farfantepenaeus
paulensis, F. brasiliensis), camarão sete barbas
(Xiphopenaeus kroyeri), camarão branco (Litopenaeus
schmitti), camarão santana ou vermelho (Pleoticus muelleri)
e camarão barba ruça (Artemesia longinaris).
O NPq. Soloncy Moura permaneceu fundeado na porção
marinha da APA Anhatomirim, de onde partiram rondas
fiscalizatórias regulares a bordo das lanchas de patrulha Deserta
e Cepsul IV. Além da fiscalização do defeso, durante a
operação foram realizadas ações com foco nas escunas que
operam turismo embarcado no interior da unidade, além
de atividades de levantamento e registro fotográfico da frota
pesqueira sediada nas comunidades da APA.
A ação foi saudada como altamente positiva pelos pescadores
artesanais da UC que operam na modalidade
de caceio, arte de pesca tradicional considerada sustentável
devido à sua alta seletividade, e que sofre com a
competição desleal com a frota de arrasto motorizado.
Informações de inteligência confirmaram a total parada
da pesca ilegal na área durante o período de fiscalização
ostensiva, evidenciando o sucesso da operação.
Para manter a efetividade da proteção aos estoques de
camarão, a APA Anhatomirim, em conjunto com as demais
unidades do NGI-UMC/SC, planeja efetuar mais patrulhas
fiscalizatórias na área da Baía Norte até o dia 31
de maio, quando termina o defeso na região.

Edição 190
PRATA DA CASA
Analista estuda anurofauna no Parna Grande Sertão Veredas
Paula Leão Ferreira
Proceratophrys sp
Desde outubro de 2007, a analista ambiental do ICMBio,
Paula Leão Ferreira, desenvolve um levantamento da anurofauna
em áreas no interior do Parque Nacional Grande
Sertão Veredas (MG). São espécies de sapos, rãs e pererecas
que também estão sendo estudadas na área do
entorno da unidade de conservação desde 2010.
Segundo Paula, conhecimento biológico é fundamental
para o manejo adequado de qualquer unidade de conservação.
“No caso dos anfíbios é importante que sejam
estudadas as comunidades em diferentes ambientes do
parque para que sejam localizadas as espécies endêmicas
do Cerrado e as raras, por exemplo. Desta forma
poderão ser apontadas estratégias para locais possivelmente
mais sensíveis ou mesmo avaliar impactos ainda
recorrentes na unidade de conservação.”
As coletas foram realizadas de acordo com a metodologia
usual de coleta de dados de forma esporádica e,
a partir de 2010, com frequência mensal no período
chuvoso. Durante essa etapa foram visitados mais de
30 pontos de amostragem com foco na área de Minas
Gerais, totalizando um registro de 45 espécies. Cerca
de 204 espécies de anfíbios habitam o bioma Cerrado.
A região do Parna abriga quase um quarto deste total.
Ameerega flavopicta
A partir de análises pode-se perceber a importância do
Parque Nacional Grande Sertão Veredas para a conservação
de anfíbios anuros. Algumas espécies registradas
no estudo não foram observadas no interior da unidade,
como Rhinella ocellata, Chiasmocleis albopunctata,
Pseudis bolbodactyla, Leptodactylus mystaceus e L.
sertanejo. Tal fato pode ser creditado aos hábitos reprodutivos
de algumas delas ou mesmo a possíveis baixas
densidades populacionais de outras espécies no Parna,
dificultando o registro por busca ativa.
As espécies encontradas foram identificadas com base
em artigos taxonômicos específicos, consultas a especialistas
e coleções herpetológicas, porém algumas delas
ainda permanecem com indefinições quanto ao nome
específico. Espécies do gênero Pseudopaludicola provavelmente
terão sua taxonomia resolvida apenas com dados
moleculares, entretanto outras espécies podem ser
descritas com base na morfologia e consultas às coleções
e artigos, como Proceratophrys sp., Scinax sp. (gr. catharinae),
Scinax sp. (gr. ruber) e Corythomantis sp.
Com relação à ocupação das diferentes paisagens da unidade,
duas comunidades distintas podem ser agrupadas,
diferindo significativamente quanto à composição de espécies,
em comunidades de riachos com mata de galeria e
comunidades de lagoas marginais. As paisagens de veredas
e campos em vazantes, onde existem lagoas marginais, são
melhor representadas na unidade de conservação do que
as matas alagadas e riachos com matas de galeria. São nas
matas de galeria e riachos temporários que se encontra a
maior porcentagem de espécies relevantes para a conservação
do Cerrado, sob o ponto de vista do endemismo e
grau de ameaça de acordo com a União Internacional para
a Conservação da Natureza - IUCN.
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ICMBio em Foco
CURTAS
Aeroporto de Brasília
recebe nossa exposição
A exposição fotográfica Patrimônios Naturais
– Edição Parques Nacionais Brasileiros,
promovida pelo ICMBio, está agora no Aeroporto
Internacional Presidente Juscelino
Kubitschek, em Brasília, próximo ao elevador
panorâmico, na área de desembarque.
A mostra, que fica no local até 3 de maio,
reúne 23 painéis com imagens de alguns
dos mais representativos parques nacionais
brasileiros, captadas pelos fotógrafos Alessandro
Max, Alex Uchôa, Flávio Varricchio,
João Paulo Barbosa (curador), Márcio Cabral,
Marcos Amend, Ney Oliveira, Olivier
Boëls, Renato Seerig e Rubens Matsushita,
além dos nossos analistas Leonardo Milano
e Nelson Yoneda. Patrimônios Naturais já
passou pela Câmara dos Deputados, Jardim
Botânico de Brasília, shopping CasaPark,
sede do ICMBio, além de ser apresentada
durante a Semana de Ciência e Tecnologia
2011 e a Feira Botânica, realizada no Centro
Comercial Gilberto Salomão, em Brasília.
Seminário
A Agência Nacional de Águas - ANA e o Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
- Iphan promovem o Seminário Água
e Patrimônio Cultural nos dias 17 e 18 de
abril, no auditório da ANA. Inscrições gratuitas
e limitadas podem ser feitas enviando
mensagem para andreya.araujo@ana.gov.br
até 16 de abril, com nome, cargo, instituição,
e-mail, telefone e endereço postal.
Blog do Parna Tijuca
chega aos 150 mil acessos
Inaugurado em agosto de 2009, o blog do
Parque Nacional da Tijuca chegou aos 150
mil acessos. Nesse tempo a ferramenta tem
se mostrado bastante útil na divulgação de
ações, projetos e curiosidades do Parna, no
Rio. Com uma média de 400 acessos diários,
o espaço é hoje sem dúvida um dos
principais canais de comunicação da unidade
com o público e com diversas instituições,
documentando de maneira simples e objetiva
os últimos três anos da administração do
parque. Informes, notas, artigos, reportagens
e até mesmo algumas doses de humor têm
dado a tônica do blog, que em breve passará
por reformulação, de maneira a deixar a
apresentação de seu conteúdo mais organizada.
“O intuito agora é trabalhar o histórico
e estabelecer um planejamento para triplicar
os acessos mensais, que hoje têm média de
11 mil visitas”, comenta Loscar, assessor de
Comunicação do Parna Tijuca.
Palestra no Parna Tijuca
O Parque Nacional da Tijuca e a ONG Ame-
Rio promovem a palestra “A importância das
abelhas sem ferrão”, no próximo dia 21, das
9h às 16h, no Centro de Visitantes da UC.
Entre os palestrantes, o monitor ambiental
Matheus Mattos, do Parna Tijuca, Luiz Medina,
da Ame-Rio, e Christiano Figueira, responsável
por monitorar algumas colônias de
abelhas no Parque Estadual da Pedra Branca.
O evento tem o intuito de apresentar e discutir
a função das abelhas sem ferrão, como
a jataí (Tetragonisca angustula angustula) e a
uruçu (Melipona scutellaris), na manutenção
do funcionamento dos ecossistemas. Ao final
do dia, duas novas colônias de abelhas
nativas serão instaladas nas proximidades do
Centro de Visitantes.
Nosso colega Matheus Mattos em frente a
uma colônia de jataís
UCs renovam
conselhos consultivos
Duas portarias publicadas na segunda-feira (2),
no Diário Oficial da União, modificam a composição
dos conselhos consultivos da Floresta
Nacional de Chapecó, em Santa Catarina, e do
Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.
Semana Santa com voluntários
no Parna Serra do Cipó
Durante o feriado da Semana Santa o Parque
Nacional da Serra do Cipó (MG) recebeu
inúmeros visitantes. Para melhorar a qualidade
da visitação, a UC contou com apoio
dos seus voluntários. Durante todo o feriado
eles trabalharam orientando os visitantes nas
trilhas e informando principalmente sobre as
condutas conscientes que todos devem ter
ao visitar os ambientes naturais.
Os voluntários Thaís, Marcos e Laís
Arquivo Ame-Rio
Edward Elias Júnior
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Edição 190
APA Costa dos Corais
fortalece seu conselho consultivo
Localizada entre os litorais sul de Pernambuco
e norte de Alagoas, a Área de Proteção
Ambiental Costa dos Corais estabeleceu
medidas que visam ao fortalecimento de
seu conselho consultivo, o Conapac, na sua
4ª reunião, realizada entre os dias 27 e 29
de março. Entre os resultados do evento,
ocorrido em Tamandaré (PE), foram referendadas
as Câmaras Técnicas Pesquisa e
Impactos, Turismo, Pesca e Comunicação,
cuja função será prover subsídio ao Conapac
para auxiliar a APA com a emissão de
estudos, pareceres e propostas concernentes
à gestão da unidade. A plenária aprovou
também o projeto de capacitação continuada
dos conselheiros, visando à difusão de
informações e conhecimentos relacionados
aos temas Gestão, Liderança, Biodiversidade
e Legislação, para qualificar a gestão participativa
dentro do conselho. A reunião foi
promovida com apoio da Fundação Toyota,
Fundação SOS Mata Atlântica, do Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação de
Mamíferos Aquáticos - CMA e Centro de
Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros
do Litoral Nordeste - Cepene.
Participantes da 4ª reunião do Conapac
União cede 1,8 mil hectares
à Rebio Contagem
A União autorizou, na semana passada, por
meio do Ministério do Planejamento, a cessão
de 1.868 hectares ao Instituto Chico
Mendes. As terras integram os limites da
Reserva Biológica da Contagem, no Distrito
Federal. A gleba já faz parte da reserva,
não havendo ampliação da área protegida.
Eduardo Almeida
A Rebio Contagem é uma das quatro unidades
de conservação federais no DF. Possui
cerca de 3.460 hectares na região de
Sobradinho. Além de abrigar mananciais
de água que abastecem a comunidade da
região e remanescentes da flora e fauna
do Cerrado, a Rebio possui valor cultural,
pois guarda sítio histórico conhecido como
Contagem de São João das Três Barras, estabelecimento
fiscal da Coroa Portuguesa,
instalado no local em 1736, para o qual
convergia o fluxo das minas de Tocantins e
Goiás com destino a Minas Gerais.
Visitação em Anavilhanas
Portaria publicada no Diário Oficial da
União, na terça-feira, estabelece normas
para o ordenamento da visitação no Parque
Nacional de Anavilhanas até a publicação do
seu plano de manejo. Com o documento
ficam permitidas as modalidades trilhas de
terra firme, trilhas aquáticas, praias na orla
da cidade de Novo Airão, praias no arquipélago
de Anavilhanas, parada nas ilhas, observação
de fauna e voo panorâmico. A portaria
está disponível em www.in.gov.br/visualiza/
index.jsp?data=10/04/2012&jornal=1&pag
ina=57&totalArquivos=144.
Oficina
de Planejamento Participativo
A Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó
(SP), promove de 24 a 26 de abril,
no auditório da Acadebio, a Oficina de
Planejamento Participativo - OPP para
atualização de seu plano de manejo. As
inscrições para participar do evento devem
ser feitas até 18 de abril pelo e-mail
flonaipanema.sp@icmbio.gov.br. Já no
próximo dia 20, de 10h às 11h30, ocorrerá,
no mesmo local, palestra preparatória
para participação na OPP.
Conselho Consultivo
da Bocaina elabora plano de ação
O Conselho Consultivo do Parque Nacional
da Serra da Bocaina realizou, no dia 23
de março, reunião extraordinária para avaliar
a implementação do seu Plano de Ação
de 2011 e construir o Plano de Ação para
2012. A reunião, realizada no interior do
parque em Trindade, no município de Paraty
(RJ), teve duração de oito horas e representação
de 50% de suas cadeiras. O local da
reunião possibilitou aos conselheiros efetuar
uma visita de campo àquela parte da UC,
onde conheceram não somente áreas de
grande relevância cênica e importância ambiental
como também aquelas com passivos
ambientais. Foram percorridas em caminhada
as praias do Meio e Caixa d’Aço, trilhas
de acesso à Praia Caixa d’Aço e à piscina natural
e áreas em situação de infração, como
bares na praia e estacionamento.
Globo Natureza
O Parque Nacional de Ilha Grande, localizado
na divisa dos estados do Mato Grosso do Sul
e do Paraná, é um dos destaques do Globo
Natureza. O vídeo vai ao ar durante a programação
da TV Globo e também pode ser
conferido em http://globotv.globo.com/redeglobo/globo-natureza/v/globo-natureza-parqueda-ilha-grande/1889585/.
O parque nacional
será assunto do programa Globo Repórter
sobre o rio Paraná, já que a unidade protege
o último trecho onde ele corre em leito original,
sem barramentos.
IN de Imagens
Instrução Normativa publicada nesta quintafeira,
no Diário Oficial da União, prorrogou
por mais noventa dias a vigência da Instrução
Normativa nº 21, que suspendia por
noventa dias a IN nº 19. Esta, por sua vez,
regulamenta o uso de imagens de unidades
de conservação federais, dos bens ambientais
nelas incluídos e do seu patrimônio, bem
como a elaboração de produtos, subprodutos
e serviços obtidos ou desenvolvidos a
partir dos recursos naturais, biológicos, cênicos,
culturais ou da exploração da imagem
de unidade de conservação, independentemente
de fim comercial.
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ICMBio em Foco Edição 190
NO FOCO
Grupo de lagartas em tronco de árvore. Cores, texturas e formas são os elementos de destaque nesta chamativa foto tirada
pela nossa colega Larissa Cristina Dias Limírio no Parque Nacional Serra da Cutia, localizado em Guajará Mirim (RO).
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ICMBio em Foco
ICMBio em Foco
Revista eletrônica semanal
Editores
Ana Carolina Lobo da Silveira
(jornalista)
Ivanna Costa Brito
Lísias de Moura
Fotógrafo da DCOM
Leonardo Milano
Diagramação
Danilo Bezerra de Jesus
Revisão
Thaís Alves de Lima
Supervisão Geral
Cláudia Camurça
Colaboraram nesta edição
Tatiana Maria de Souza – Resex Baixo Juruá; Diana de Alencar Meneses – Resex Mapuá; Fernando Repinaldo Filho
– Resex Marinha Caeté-Taperaçu; Tiago Juruá – Resex Cazumbá-Iracema; Frederico Drumond Martins – Flona
Carajás; Tainah Guimarães – Flona Amapá; Marcelo Afonso – Flona Ipanema; Paulo Silvestro – Parna Cabo Orange;
Aline Roberta Polli – Parna Campos Amazônicos; Rossana Santana – Parna Serra do Cipó; Loscar – Parna Tijuca;
Maristela Resende Resendes – Parna Serra da Bocaina; Ana Carolina Canary – Esec Taim; Whitson da Costa Junior –
Rebio União; Luís Otávio Frota da Rocha – APA Anhatomirim; Rose Gasparini-Morato – Cenap; Frederico Pimentel
– Nova Rio/CRT; Victor Souza – Divisão de Comunicação Nordeste; Sandra Tavares, Fernando Pinto, Rodrigo Rueda,
Elmano Augusto, Priscila Galvão e Thaís Alves de Lima – DCOM; Leandro Goulart – Parna Serra dos Órgãos.
Divisão de Comunicação - DCOM
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone
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