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Eficiência Energética no Setor Têxtil e do Vestuário - efinerg - AEP

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0 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Ficha técnica<br />

Titulo<br />

Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME<br />

<strong>Setor</strong> têxtil e <strong>do</strong> vestuário<br />

Autor<br />

CITEVE – Centro Tec<strong>no</strong>lógico das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário de Portugal<br />

Coordenação<br />

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à I<strong>no</strong>vação<br />

LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia<br />

Edição<br />

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à I<strong>no</strong>vação<br />

ISBN: 978-989-8644-02-2<br />

<strong>no</strong>vembro 2012<br />

Apoio<br />

1 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Índice<br />

1. Enquadramento........................................................................................................... 7<br />

2. As cadeias de valor e os stakeholders <strong>no</strong> setor ........................................................... 9<br />

3. Caracterização energética <strong>do</strong> setor .......................................................................... 21<br />

3.1 Número de empresas e distribuição geográfica das Indústrias Têxteis e <strong>do</strong><br />

Vestuário ................................................................................................................... 24<br />

3.2 Dimensão das empresas <strong>do</strong> setor incluin<strong>do</strong> número de funcionários,<br />

sazonalidade, regime de funcionamento .................................................................. 27<br />

3.3 Estrutura de custos.............................................................................................. 33<br />

3.4 Produtos lança<strong>do</strong>s <strong>no</strong> merca<strong>do</strong>........................................................................... 36<br />

3.4.1 Merca<strong>do</strong> Nacional/Exportações ....................................................................... 42<br />

3.4.2 Exigências energéticas previsíveis na utilização/consumo .............................. 55<br />

3.4.2.1 Consumos diretos de energia na utilização .................................................. 57<br />

3.4.2.2 Implicações <strong>no</strong> consumo energético na utilização/atividade da sociedade . 62<br />

3.5 Processos produtivos .......................................................................................... 64<br />

3.5.1 Principais fluxos produtivos ............................................................................. 68<br />

3.5.2 Fiação ............................................................................................................... 70<br />

3.5.3 Tecelagem ........................................................................................................ 77<br />

3.5.4 Tricotagem ....................................................................................................... 79<br />

3.5.5 E<strong>no</strong>brecimento ................................................................................................. 80<br />

3.5.6 Confeção ........................................................................................................... 82<br />

3.5.7 Identificação de operações/grupo de operações ............................................ 83<br />

3.5.8 Tipos de energia utilizada ................................................................................. 87<br />

3.5.9 Consumos e custos energéticos ....................................................................... 88<br />

3.6 Identificação de boas práticas e tec<strong>no</strong>logias de eficiência energética ............... 98<br />

3.6.1 Levantamento de boas práticas e tec<strong>no</strong>logias em termos internacionais<br />

específicas <strong>do</strong> setor e gerais que aí possam ser aplicadas ........................................ 99<br />

3.6.1.1 Em processos produtivos ............................................................................ 105<br />

3.6.1.2 Em produtos ................................................................................................ 108<br />

3.6.2 Levantamento de boas práticas e tec<strong>no</strong>logias em termos nacionais,<br />

especificas <strong>do</strong> setor e gerais que aí possam ser aplicadas ...................................... 109<br />

3.6.2.1 Em processos produtivos ............................................................................ 111<br />

3.6.2.2 Em produtos ................................................................................................ 123<br />

3.7 Casos de sucesso ............................................................................................... 124<br />

2 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Índice tabelas<br />

Tabela 1 - Programa de medidas de poupança transversais .............................................. 8<br />

Tabela 2 - Programa de medidas de poupança para os setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong><br />

Vestuário ............................................................................................................................. 8<br />

Tabela 3 – Número de empresas registadas <strong>no</strong> SGCIE........................................................ 9<br />

Tabela 4 – Principais Distritos <strong>do</strong>s registos <strong>do</strong> SGCIE ........................................................ 10<br />

Tabela 5 - Evolução <strong>do</strong>s setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário .................................. 21<br />

Tabela 6 - Classificação das empresas pelo Número de efetivos e pelo Volume de<br />

Negócios ............................................................................................................................ 22<br />

Tabela 7 - Número de empresas em 2008 e 2009 <strong>no</strong>s setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong><br />

Vestuário e <strong>no</strong> total da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra ........................................................... 23<br />

Tabela 8 - Total de PME e taxa de variação 2009 em relação a 2008 (2009/2008) .......... 23<br />

Tabela 9 - Percentagem de PME da ITV (Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário) ........................ 24<br />

Tabela 10 - Número de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário e da Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra por regiões em 2008 .............................................................................. 25<br />

Tabela 11 - Percentagem das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário por regiões em 2008 ....... 26<br />

Tabela 12 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço -<br />

Indústria Transforma<strong>do</strong>ra ................................................................................................. 28<br />

Tabela 13 – Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço –<br />

Fabricação de Têxteis – CAE 13 ......................................................................................... 29<br />

Tabela 14 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço -<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário - CAE 14 ........................................................................................ 30<br />

Tabela 15 - Dimensão média pelo quociente entre o nº número de pessoal ao serviço<br />

(NPS) e o nº de empresas (NPS/Nº empresas) .................................................................. 31<br />

Tabela 16 - Número de Funcionários e a percentagem em relação à Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra 2008 e 2009 ............................................................................................ 32<br />

Tabela 17 - Número de trabalha<strong>do</strong>res por regime de duração de trabalho a tempo<br />

completo, segun<strong>do</strong> o escalão <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>rmal de trabalho semanal - Outubro 2008 . 33<br />

Tabela 18 - Número de trabalha<strong>do</strong>res por regime de duração de trabalho a tempo<br />

parcial, segun<strong>do</strong> o escalão <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>rmal de trabalho semanal - Outubro 2008 ..... 33<br />

Tabela 19 - Estrutura de custos de teci<strong>do</strong> até ao acabamento ......................................... 34<br />

Tabela 20 – Representação de custos de teci<strong>do</strong>s de Algodão e Lã/Poliéster ................... 34<br />

Tabela 21 – Estrutura de custos de uma empresa de acabamentos ................................ 35<br />

Tabela 22 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Fabricação de Têxteis – 2008 [1] .............................. 37<br />

Tabela 23 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Fabricação de Têxteis – 2009 [2] .............................. 38<br />

Tabela 24 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Indústria <strong>do</strong> Vestuário – 2008 [1] ............................. 39<br />

Tabela 25 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Indústria <strong>do</strong> Vestuário – 2009 [2] ............................. 40<br />

Tabela 26 – Vendas de produtos e Prestações de serviços 2008 e 2009 .......................... 42<br />

Tabela 27 - Vendas de produtos por merca<strong>do</strong>s e exportações nacionais 2008 e 2009.... 44<br />

Tabela 28 - Valor de vendas e serviços presta<strong>do</strong>s por subsetores em 2009 - Fabricação<br />

de Têxteis .......................................................................................................................... 46<br />

3 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 29 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões euro (em 2009) .............. 47<br />

Tabela 30 - Valor de vendas e prestação de serviços por subsetores em 2009 - Indústria<br />

<strong>do</strong> Vestuário ...................................................................................................................... 48<br />

Tabela 31 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões de euro (em 2009).......... 48<br />

Tabela 32 – Classificação energética das máquinas de lavar roupa ................................. 58<br />

Tabela 33 – Classificação energética das máquinas de secar roupa ................................. 60<br />

Tabela 34 – Classificação energética das máquinas de lavar e secar roupa ..................... 61<br />

Tabela 35 - Consumo de energia elétrica em Portugal ..................................................... 62<br />

Tabela 36 – Poupança de energia – Máquina de lavar roupa ........................................... 63<br />

Tabela 37 – Poupança de energia – Máquina de secar roupa .......................................... 63<br />

Tabela 38 – Classificação das fibras têxeis naturais .......................................................... 66<br />

Tabela 39 – Classificação das fibras têxteis não naturais.................................................. 67<br />

Tabela 40 – Principais etapas da Fiação ............................................................................ 75<br />

Tabela 41 – Principais processos de fabrico de fibras não naturais ................................. 76<br />

Tabela 42 – Principais processos de Tecelagem/ Tricotagem ........................................... 77<br />

Tabela 43 – Principais processos de Tratamento prévio................................................... 81<br />

Tabela 44 – Principais processos de Coloração ................................................................. 82<br />

Tabela 45 – Principais processos de Acabamento ............................................................ 82<br />

Tabela 46 – Principais processos de Confeção .................................................................. 83<br />

Tabela 47 – Análise <strong>do</strong> processo de Fiação ....................................................................... 84<br />

Tabela 48 – Análise <strong>do</strong>s processos de Tecelagem e Tricotagem ...................................... 84<br />

Tabela 49 – Análise <strong>do</strong> processo de Tratamento Prévio ................................................... 85<br />

Tabela 50 – Análise <strong>do</strong> processo de Tingimento ............................................................... 85<br />

Tabela 51 – Análise <strong>do</strong> processo de Estamparia ............................................................... 86<br />

Tabela 52 – Análise <strong>do</strong> processo de tratamento Acabamentos........................................ 86<br />

Tabela 53 – Análise <strong>do</strong> processo de Confeção .................................................................. 87<br />

Tabela 54 - Balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep) ..................... 88<br />

Tabela 55 - Balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep)<br />

........................................................................................................................................... 90<br />

Tabela 56 - Balanço energético na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-<br />

2009 (tep) .......................................................................................................................... 92<br />

Tabela 57 - Balanço energético da Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-<br />

2009 (tep) .......................................................................................................................... 94<br />

Tabela 58 - Preços médios anuais de combustíveis e energia elétrica ............................. 96<br />

Tabela 59 - Meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong>s escalões para consumi<strong>do</strong>res de Gás Natural ..................... 97<br />

Tabela 60 - Preços médios anuais de Gás Natural por escalão (€/GJ) (sem IVA) .............. 98<br />

Índice gráficos<br />

Gráfico 1 - Evolução da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário .................................................... 21<br />

Gráfico 2 - Evolução <strong>do</strong> emprego na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário................................ 22<br />

Gráfico 3 - Percentagem de PME da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário na Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra................................................................................................................. 24<br />

4 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Gráfico 4 - Percentagem de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário por regiões em<br />

2008 ................................................................................................................................... 26<br />

Gráfico 5 - Relação <strong>do</strong> número de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário na<br />

Indústria Transforma<strong>do</strong>ra entre 2007 e 2008 ................................................................... 27<br />

Gráfico 6 - Percentagem de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço em<br />

2009 - Indústria Transforma<strong>do</strong>ra ...................................................................................... 28<br />

Gráfico 7 - Percentagem de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço em<br />

2009 - Fabricação de Têxteis ............................................................................................. 29<br />

Gráfico 8 - Percentagem de empresas por classe de dimensão de pessoal ao serviço em<br />

2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário ............................................................................................ 30<br />

Gráfico 9 - Representatividade percentual da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário na Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009 ...................... 31<br />

Gráfico 10 - Relação percentual <strong>do</strong> número de funcionários na Indústria Têxtil e <strong>do</strong><br />

Vestuário com a Indústria Transforma<strong>do</strong>ra ...................................................................... 32<br />

Gráfico 11 – Vendas e prestações de serviços 2008/2009 – Fabricação de Têxteis ......... 42<br />

Gráfico 12 - Vendas e prestação de serviços 2008/2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário ........... 43<br />

Gráfico 13 - Vendas para o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong> 2008/2009 - Fabricação de Têxteis<br />

........................................................................................................................................... 44<br />

Gráfico 14 - Vendas para o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong> 2008/2009 - Indústria <strong>do</strong><br />

Vestuário ........................................................................................................................... 45<br />

Gráfico 15 - Exportações nacionais na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário ............................. 45<br />

Gráfico 16 - Percentagem das vendas por merca<strong>do</strong>s em 2009 - Fabricação de Têxteis ... 47<br />

Gráfico 17 - Percentagem das vendas por merca<strong>do</strong>s em 2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário . 49<br />

Gráfico 18 - Evolução das exportações em Portugal (Indústria Transforma<strong>do</strong>ra) ............ 50<br />

Gráfico 19 - Evolução das exportações na Fabricação de Têxteis ..................................... 50<br />

Gráfico 20 - Evolução das exportações na Indústria <strong>do</strong> Vestuário ................................... 51<br />

Gráfico 21 - Relação percentual das exportações na Fabricação de Têxteis com o total<br />

das exportações em Portugal ............................................................................................ 51<br />

Gráfico 22 - Relação percentual das exportações da Indústria <strong>do</strong> Vestuário com o total<br />

das exportações em Portugal ............................................................................................ 52<br />

Gráfico 23 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Milhares Euros). 53<br />

Gráfico 24 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Nº de<br />

trabalha<strong>do</strong>res) ................................................................................................................... 53<br />

Gráfico 25 - Exportações na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Milhares<br />

Euros) ................................................................................................................................ 54<br />

Gráfico 26 - Exportação na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Nº de<br />

trabalha<strong>do</strong>res) ................................................................................................................... 55<br />

Gráfico 27 - Evolução <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong>méstico de energia elétrica em Portugal (%) ........ 63<br />

Gráfico 28 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009 ......... 89<br />

Gráfico 29 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis<br />

1990-2009 ......................................................................................................................... 91<br />

Gráfico 30 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e<br />

Curtumes 1990-2009 ......................................................................................................... 93<br />

5 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Gráfico 31 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético nas Cogerações na Indústria <strong>do</strong> Vestuário,<br />

Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-2009 ........................................................................................ 95<br />

Índice Figuras<br />

Figura 1 – Cadeia de valor da ITV ...................................................................................... 10<br />

Figura 2 - Etiqueta energética para máquinas de lavar roupa .......................................... 58<br />

Figura 3 - Etiqueta energética para máquinas de secar roupa ......................................... 59<br />

Figura 4 - Etiqueta energética para máquinas de lavar e secar roupa .............................. 61<br />

Figura 5 – Esquema representativo da fileira têxtil .......................................................... 64<br />

Figura 6 – Principais produtos <strong>do</strong> processo de transformação têxtil................................ 65<br />

Figura 7 – Fluxo produtivo <strong>do</strong> algodão .............................................................................. 68<br />

Figura 8 – Fluxo produtivo da lã ........................................................................................ 68<br />

Figura 9 – Fluxo produtivo de fibras sintéticas e artificiais ............................................... 69<br />

Figura 10 – Fluxo produtivo de confeção .......................................................................... 69<br />

Figura 11 – Fiação .............................................................................................................. 70<br />

Figura 12 – Sistemas de fiação de fios fia<strong>do</strong>s .................................................................... 70<br />

Figura 13 – Fios produzi<strong>do</strong>s pelo sistema algo<strong>do</strong>eiro ....................................................... 71<br />

Figura 14 – Fios produzi<strong>do</strong>s pelo sistema laneiro ............................................................. 71<br />

Figura 15 – Fotos <strong>do</strong>s principais tipos de fios (Fonte: CITEVE) ......................................... 71<br />

Figura 16 – Fluxo de fiação de fibras curtas (sistema algo<strong>do</strong>eiro) .................................... 72<br />

Figura 17 – Fluxo de fiação não convencional (open-end) ............................................... 73<br />

Figura 18 – Fluxo de fiação de fibras longas (sistema laneiro) ......................................... 74<br />

Figura 19 – Esquema representativo da formação de um teci<strong>do</strong> (Fonte: CITEVE) ........... 77<br />

Figura 20 – Fluxo de Tecelagem ........................................................................................ 78<br />

Figura 21 – Representação esquemática de fileiras e colunas (Fonte: CITEVE) ................ 79<br />

Figura 22 – Famílias de teares de malha trama ................................................................ 80<br />

Figura 23 – Famílias de teares de malha teia .................................................................... 80<br />

6 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


1. Enquadramento<br />

A preocupação na conservação da energia pelas empresas tem vin<strong>do</strong> a ter um papel<br />

cada vez mais proponderante, procuran<strong>do</strong> para isso a implementação de medidas e de<br />

procedimentos para assegurar a racionalização e promover a eficiência energética que<br />

visa a diminuição <strong>do</strong> consumo de energia através da introdução de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias,<br />

modificação <strong>do</strong>s processos de fabrico e mudança de comportamentos, como medidas<br />

para a redução de consumo e custo de energia. Estas medidas incluem a eficiência, a<br />

utilização e a manutenção <strong>do</strong>s equipamentos, que posteriormente assegurará o seu<br />

bom desempenho energético, sem colocar em causa a qualidade da produção, levan<strong>do</strong> a<br />

uma diminuição <strong>do</strong>s custos associa<strong>do</strong>s.<br />

O projeto EFINERG é promovi<strong>do</strong> por IAPMEI e <strong>AEP</strong>, em parceria como o LNEG, o Pólo de<br />

Competitividade e Tec<strong>no</strong>logia da Energia, a ADENE, a RECET, o CTCV, o CATIM e o<br />

CITEVE, e visa estruturar estratégias setoriais indutoras da implementação de medidas<br />

de melhoria da eficiência nas PME com consumo energéticos anuais entre 250 a 500 tep<br />

(tonelada equivalente de petróleo), localizadas nas regiões Norte, Centro e Alentejo.<br />

A intervenção efetuada, tem a finalidade de consciencializar os gestores de topo para<br />

esta problemática existente na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário e propor melhorias para o<br />

bom desempenho energético.<br />

O presente pla<strong>no</strong> setorial de melhoria energética em PME, setor Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário,<br />

incide <strong>no</strong>s setores da Fabricação de Têxteis (CAE 13) e Indústria <strong>do</strong> Vestuário (CAE 14).<br />

Estes setores, devi<strong>do</strong> à produção intensiva que os caracteriza, são grandes<br />

consumi<strong>do</strong>res de energia, <strong>no</strong>meadamente as empresas verticais com toda a fileira têxtil.<br />

No Pla<strong>no</strong> Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), mais concretamente <strong>no</strong><br />

Programa 7 – Sistema de Eficiência Energética na Indústria, ficou defini<strong>do</strong> o Sistema de<br />

Gestão <strong>do</strong>s Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) e o Programa para a Energia<br />

Competitiva na Indústria. Este programa propõe medidas de poupança transversais à<br />

indústria que abrange os motores elétricos, a produção de calor e frio, a iluminação e a<br />

eficiência <strong>do</strong> processo industrial. São também propostas medidas de poupança setoriais,<br />

sen<strong>do</strong> específicas para cada um <strong>do</strong>s 12 setores abrangi<strong>do</strong>s pelo programa.<br />

Com estas medidas podemos verificar a poupança energética por a<strong>no</strong> e qual a sua<br />

percentagem. Na tabela 1, apresentamos os valores estima<strong>do</strong>s pelo PNAEE de poupança<br />

energética com base <strong>no</strong> consumo de energia da indústria regista<strong>do</strong> <strong>no</strong> balanço<br />

energético de 2005.<br />

7 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 1 - Programa de medidas de poupança transversais<br />

Motores Elétricos<br />

Medidas e/ou tec<strong>no</strong>logias<br />

Poupança Energética<br />

tep/a<strong>no</strong> %<br />

Otimização de motores 19.115 0,35<br />

Sistemas de bombagem 2.294 0,04<br />

Sistemas de ventilação 510 0,01<br />

Sistemas de compressão 5.161 0,10<br />

Medidas e/ou tec<strong>no</strong>logias<br />

Total 27.080 0,50<br />

Produção de calor e frio<br />

Poupança Energética<br />

tep/a<strong>no</strong> %<br />

Cogeração 27.000 0,50<br />

Sistemas de Combustão 64.043 1,18<br />

Recuperação de calor 72.048 1,34<br />

Frio industrial 1.338 0,02<br />

Medidas e/ou tec<strong>no</strong>logias<br />

Medidas e/ou tec<strong>no</strong>logias<br />

Total 164.429 3,04<br />

Iluminação<br />

Poupança Energética<br />

tep/a<strong>no</strong> %<br />

Total 1.911 0,04<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo industrial<br />

Poupança Energética<br />

tep/a<strong>no</strong> %<br />

Monitorização e controlo 10.554 0,20<br />

Tratamento de efluentes 2.402 0,04<br />

Integração de processos 94.986 1,76<br />

Manutenção de equipamentos consumi<strong>do</strong>res de energia 24.871 0,46<br />

Isolamentos térmicos 18.012 0,33<br />

Transportes 48 0,001<br />

Formação e sensibilização de recursos huma<strong>no</strong>s 3.166 0,06<br />

Redução da energia reativa 1.125 0,02<br />

Total 155.164 2,87<br />

Total das poupanças das medidas transversais 348.584 6,45<br />

Tabela 2 - Programa de medidas de poupança para os setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

<strong>Setor</strong><br />

Poupança Energética<br />

tep/a<strong>no</strong> %<br />

Fabricação de Têxteis 2.296 0,0425<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário 78 0,0015<br />

Total das poupanças das medidas setoriais 2.374 0,044<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s Tabela 1 e 2: “Medidas de eficiência energética aplicáveis à Indústria Portuguesa:<br />

um enquadramento tec<strong>no</strong>lógico sucinto” de ADENE – Agência para a Energia, Julho de 2010.<br />

8 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


2. As cadeias de valor e os stakeholders <strong>no</strong> setor<br />

Introdução<br />

Em Abril de 2008 foi cria<strong>do</strong> o Sistema de Gestão <strong>do</strong>s Consumos Intensivos de Energia<br />

(SGCIE), através <strong>do</strong> Decreto-Lei 71/2008. Este tem como objetivo promover a eficiência<br />

energética e monitorizar os consumos energéticos de instalações Consumi<strong>do</strong>ras<br />

Intensivas de Energia (CIE). Uma empresa considerada CIE é aquela que tem consumos<br />

anuais de energia superiores a 500 tep.<br />

Este regulamento veio substituir o antigo RGCE – Regulamento de Gestão <strong>do</strong>s Consumos<br />

de Energia, existente desde 1982.<br />

Caso uma empresa seja CIE deverá efetuar o registo da sua instalação <strong>no</strong> sítio <strong>do</strong> SGCIE,<br />

na ADENE, elaborar Auditoria Energética e Pla<strong>no</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s Consumos de<br />

Energia e submeter para aprovação. O pla<strong>no</strong> após aprova<strong>do</strong> pela DGEG – Direção Geral<br />

de Energia e Geologia passa-se a designar Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s Consumos de<br />

Energia (ARCE).<br />

Ten<strong>do</strong> em conta o Relatório Síntese elabora<strong>do</strong> pela ADENE, em 12 de Setembro de 2011,<br />

sobre o SGCIE, existe um total de 878 registos, incluin<strong>do</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>do</strong> RGCE ainda em curso,<br />

<strong>no</strong> sítio <strong>do</strong> SGCIE, como se pode verificar na tabela 3.<br />

Tabela 3 – Número de empresas registadas <strong>no</strong> SGCIE<br />

Data Instalações RGCE/PNALE Novos Registos Total<br />

Dez/2008 360 293 653<br />

Dez/2009 303 506 809<br />

Dez/2010 262 589 851<br />

Jun/2011 215 663 878<br />

Jul/2011 211 670 881<br />

Set/2011 204 674 878<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Relatório Síntese de 12 Set/2011, ADENE, SGCIE. www.adene.pt<br />

Verifica-se que o número de registos de empresas consumi<strong>do</strong>ras intensivas de energia<br />

tem vin<strong>do</strong> a aumentar desde 2008, ten<strong>do</strong> estagna<strong>do</strong> entre Junho e Setembro de 2011.<br />

Das 878 empresas registadas, em Setembro de 2011, 34,6% tem consumos anuais de<br />

energia superiores a 500 tep e inferior a 1000 tep, ten<strong>do</strong> os restantes 65,4% consumos<br />

anuais de energia superiores ou iguais a 1000 tep.<br />

A distribuição <strong>do</strong> número de empresas pelos principais distritos é a que se representa na<br />

tabela 4. Como se pode verificar o distrito com mais empresas registadas é o de Aveiro<br />

com 120 empresas.<br />

9 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 4 – Principais Distritos <strong>do</strong>s registos <strong>do</strong> SGCIE<br />

Distrito<br />

Nº de Registos<br />

Aveiro 120<br />

Lisboa 102<br />

Porto 99<br />

Braga 87<br />

Santarém 62<br />

Setúbal 48<br />

Leiria 47<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Relatório Síntese de 12 Set/2011, ADENE, SGCIE<br />

A maior repartição <strong>do</strong> número de empresas pelos setores de atividade verifica-se com a<br />

Indústria Alimentar com 95 empresas, segui<strong>do</strong> da Indústria Têxtil com 77 empresas.<br />

A cadeia de valor da ITV<br />

Na figura 1 apresenta-se a cadeia de valor da ITV.<br />

Figura 1 – Cadeia de valor da ITV<br />

A fileira têxtil e <strong>do</strong> vestuário é uma fileira complexa que integra diferentes tipologias de<br />

processos e de atores, desde a matérias-primas até o produto acaba<strong>do</strong>. O esquema<br />

acima ilustra as interdependências e as ligações entre os diferentes subsetores e os<br />

diferentes stakeholders que de uma forma mais ou me<strong>no</strong>s direta interagem ao longo da<br />

cadeia de valor. Em suma a indústria têxtil tem por output materiais cujas caraterísticas<br />

técnicas e estéticas se orientam preferencialmente a três grandes campos de aplicação:<br />

1) A confecção de vestuário, seja <strong>no</strong> segmento moda, seja em segmentos mais técnicos<br />

ou profissionais como é o caso <strong>do</strong> corporate wear; 2) A confecção de têxteis-lar,<br />

destina<strong>do</strong>s ao merca<strong>do</strong> de consumo priva<strong>do</strong> e também ao merca<strong>do</strong> de consumo<br />

profissional, como é o caso da hotelaria e restauração ou <strong>do</strong> sector hospitalar; 3) Os<br />

têxteis para aplicações técnicas como é o caso por exemplo <strong>do</strong> têxteis para integração<br />

10 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


<strong>no</strong> setor automóvel ou na construção civil, aplicações essas onde a componente técnica<br />

se sobrepõe claramente à componente estética e onde o material têxtil tem sempre<br />

uma função específica, de forte cariz técnico, numa solução mais abrangente ou num<br />

produto mais complexo como é , por exemplo, um automóvel.<br />

Os stakeholders <strong>no</strong>s setores<br />

Os principais agentes Nacionais associa<strong>do</strong>s ao tema energia, são os seguintes:<br />

DGEG – Direcção Geral da Energia e Geologia<br />

“A Direcção Geral de Energia e Geologia e o órgão da Administração Pública Portuguesa<br />

que tem por missão, contribuir para a concepção, promoção e avaliação das políticas<br />

relativas à energia e aos recursos geológicos, numa óptica <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

sustentável e de garantia da segurança <strong>do</strong> abastecimento. Na missão da DGEG inclui-se,<br />

naturalmente, a necessidade de sensibilizar os cidadãos para a importância daquelas<br />

políticas, <strong>no</strong> quadro <strong>do</strong> desenvolvimento económico e social que se deseja para o país,<br />

informan<strong>do</strong>-os sobre os instrumentos disponíveis para a execução das decisões políticas<br />

e divulgan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> seu acompanhamento e execução.”<br />

Fonte: http://www.dgge.pt/<br />

ADENE – Agência para a Energia<br />

“A ADENE - Agência para a Energia tem por missão promover e realizar actividades de<br />

interesse público na área da energia e das respectivas interfaces com as demais políticas<br />

sectoriais.<br />

Os estatutos da ADENE foram publica<strong>do</strong>s <strong>no</strong> Decreto-Lei nº 314/2001 de 10 de<br />

Dezembro.”<br />

Fonte:<br />

http://www.adene.pt/pt-pt/InformacaoInstitucional/QuemSomos/Paginas/QuemSomos.aspx<br />

ERSE – Entidade Regula<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s Serviços Energéticos<br />

“A ERSE tem por missão a regulação <strong>do</strong>s sectores da electricidade e <strong>do</strong> gás natural, a<br />

qual deve constituir um instrumento efectivo para o funcionamento eficiente e<br />

sustenta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s respectivos merca<strong>do</strong>s, asseguran<strong>do</strong> a protecção <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res e <strong>do</strong><br />

ambiente com transparência e sem discriminações. No âmbito desta missão de serviço<br />

público, a ERSE recebe da lei e <strong>do</strong>s seus Estatutos um conjunto de atribuições, entre as<br />

quais se salientam a protecção <strong>do</strong>s direitos e interesses <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res em relação a<br />

11 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


preços, serviços e qualidade de serviço, a verificação <strong>do</strong> cumprimento das obrigações de<br />

serviço público e demais obrigações legais, regulamentares e outras, a garantia às<br />

empresas reguladas <strong>do</strong> equilíbrio económico - financeiro <strong>no</strong> quadro de uma gestão<br />

adequada e eficiente e a implementação da liberalização <strong>do</strong>s sectores da electricidade e<br />

<strong>do</strong> gás natural.”<br />

Fonte: http://www.erse.pt/pt/aerse/missao/Paginas/default.aspx<br />

LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia<br />

“O LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia é um organismo de investigação,<br />

demonstração e desenvolvimento tec<strong>no</strong>lógico cuja missão é promover a i<strong>no</strong>vação<br />

tec<strong>no</strong>lógica orientan<strong>do</strong> a ciência e tec<strong>no</strong>logia para o desenvolvimento da eco<strong>no</strong>mia<br />

contribuin<strong>do</strong> para o aumento da competitividade <strong>do</strong>s agentes económicos <strong>no</strong> quadro de<br />

um progresso sustentável da eco<strong>no</strong>mia Portuguesa.<br />

No âmbito das atribuições decorrentes da estratégia e da política de desenvolvimento<br />

económico e social <strong>do</strong> gover<strong>no</strong> português, o LNEG assume-se como a interface de<br />

integração de tec<strong>no</strong>logia e resulta<strong>do</strong>s de I&DT junto <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> empresarial.<br />

As diversas parcerias internacionais posicionam-<strong>no</strong> como parceiro dinamiza<strong>do</strong>r da<br />

internacionalização e fonte de informação privilegiada nas suas áreas de intervenção.<br />

O LNEG, enquanto instituição <strong>do</strong> Ministério da Eco<strong>no</strong>mia e <strong>do</strong> Emprego, colabora como<br />

consultor para as políticas públicas nas áreas da energia e geologia, ambiente,<br />

sustentabilidade, metrologia, <strong>no</strong>rmalização, qualidade e certificação.”<br />

Fonte: http://www.lneg.pt/lneg/missao<br />

EDP – Electricidade de Portugal<br />

“A missão da empresa assenta em três vectores fundamentais: a criação de valor para o<br />

accionista, a orientação para o cliente e a aposta <strong>no</strong> potencial huma<strong>no</strong> da empresa,<br />

ten<strong>do</strong> em vista ser o mais competitivo e eficiente opera<strong>do</strong>r de electricidade e gás da<br />

Península Ibérica.<br />

Para atingir este objectivo, a EDP assume a condução das suas actividades segun<strong>do</strong><br />

princípios de transparência, respeito pelo ambiente e cumprimento <strong>do</strong>s mais altos<br />

padrões de ética e honestidade.<br />

Em Março de 2004, o Conselho de Administração da EDP aprovou os Princípios de<br />

Desenvolvimento Sustentável <strong>do</strong> Grupo EDP, um conjunto de oito princípios que passa a<br />

orientar a procura <strong>do</strong> equilíbrio entre a vertente económica, ambiental e social das<br />

actividades <strong>do</strong> Grupo.”<br />

Fonte: http://www.edp.pt/pt/aedp/sobreaedp/principiosepoliticas/Pages/PDS.aspx<br />

12 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Galp Energia<br />

“Oferecer soluções que facilitam a vida, em termos de mobilidade, conforto e<br />

conveniência. Soluções que, em casa e na estrada, contribuam para a qualidade de vida<br />

<strong>do</strong>s <strong>no</strong>ssos clientes e para o desenvolvimento sustentável <strong>do</strong> <strong>no</strong>sso país, em termos<br />

sociais, económicos e ambientais.”<br />

Fonte:http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/marcaecomunicacao/Paginas/Home.aspx<br />

REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A.<br />

“A REN tem como missão garantir o fornecimento ininterrupto de electricidade e gás<br />

natural, ao me<strong>no</strong>r custo, satisfazen<strong>do</strong> critérios de qualidade e de segurança manten<strong>do</strong> o<br />

equilíbrio entre a oferta e a procura em tempo real, asseguran<strong>do</strong> os interesses legítimos<br />

<strong>do</strong>s intervenientes <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> e conjugan<strong>do</strong> as missões de opera<strong>do</strong>r de sistema e de<br />

opera<strong>do</strong>r de rede que lhe estão cometidas.”<br />

Fonte: http://www.ren.pt/vPT/GrupoREN/Missao/Pages/Missao.aspx<br />

CBE – Centro de Biomassa para a Energia<br />

“O CBE - Centro da Biomassa para a Energia tem por missão contribuir para a<br />

diversificação energética, promoven<strong>do</strong> a utilização da biomassa para a produção de<br />

energia.<br />

Os principais objectivos <strong>do</strong> CBE são:<br />

Conjugar e coordenar esforços das diversas entidades privadas e organismos<br />

públicos <strong>no</strong> aproveitamento da biomassa;<br />

Apoiar técnica e tec<strong>no</strong>logicamente as empresas na produção de energia pela<br />

utilização da biomassa;<br />

Promover a transferência tec<strong>no</strong>lógica de conhecimentos e tec<strong>no</strong>logias para as<br />

empresas industriais;<br />

Realizar e dinamizar trabalhos de demonstração, de investigação e<br />

desenvolvimento, visan<strong>do</strong> <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias ligadas à produção, transformação<br />

e utilização da biomassa;<br />

Promover o desenvolvimento de equipamentos adequa<strong>do</strong>s à recolha,<br />

preparação, transformação e utilização da biomassa;<br />

Promover a formação técnica e tec<strong>no</strong>lógica especializada, contribuin<strong>do</strong> para a<br />

formação de pessoal qualifica<strong>do</strong> nas empresas e instituições, <strong>no</strong>s <strong>do</strong>mínios<br />

relativos à sua finalidade;<br />

Divulgar informação técnica e tec<strong>no</strong>lógica na área da sua especialização.”<br />

Fonte: http://www.centrodabiomassa.pt/<br />

13 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


AP2H2 – Associação Portuguesa para a Promoção <strong>do</strong> Hidrogénio<br />

“A Associação Portuguesa para a Promoção <strong>do</strong> Hidrogénio –AP2H2–, fundada em 2003,<br />

surge num contexto em que o e<strong>no</strong>rme potencial <strong>do</strong> hidrogénio, enquanto fonte de<br />

energia compatível com os desígnios de um desenvolvimento sustentável, afirma-se<br />

como o vector energético alternativo aos combustíveis convencionais.<br />

A AP2H2 nasce graças ao empenhamento de várias empresas e instituições que na sua<br />

actividade cobrem as principais áreas de intervenção <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> da implementação <strong>do</strong><br />

hidrogénio como <strong>no</strong>vo vector energético, <strong>no</strong>meadamente a produção de combustíveis e<br />

a sua utilização como fonte de energia, o desenvolvimento das tec<strong>no</strong>logias associadas,<br />

bem como a investigação e o ensi<strong>no</strong>.<br />

Objectivos da AP2H2:<br />

Divulgar e informar sobre os temas relaciona<strong>do</strong>s com o hidrogénio, através da<br />

realização de acções (seminários e outras actividades), não só junto <strong>do</strong> núcleo<br />

científico ou <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> empresarial, mas também da população em geral;<br />

Promover o desenvolvimento <strong>no</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> hidrogénio através de investigação<br />

científica levada a cabo em Portugal ou em parceria com outros países;<br />

Representar os interesses <strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s junto de outras associações, entidades<br />

oficiais, etc., bem como interagir com entidades nacionais e internacionais em<br />

temas relaciona<strong>do</strong>s com o hidrogénio;<br />

Contribuir para criar e implementar legislação e regulamentação <strong>no</strong> quadro <strong>do</strong><br />

hidrogénio, colaboran<strong>do</strong> com as autoridades competentes.”<br />

Fonte: http://www.ap2h2.pt/missao.aspx<br />

LAFS – Laboratório de Aplicações Fotovoltaicas e Semicondutores<br />

“Bem-vin<strong>do</strong> à página <strong>do</strong> LAFS que funciona em estreita colaboração com o grupo de<br />

Energia <strong>do</strong>s Edifícios e faz parte <strong>do</strong> Centro de Sistemas Sustentáveis de Energia da<br />

Universidade de Lisboa, associa<strong>do</strong> ao Departamento de Engenharia Geográfica,<br />

Geofísica e Energia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde está<br />

envolvi<strong>do</strong> <strong>no</strong> Mestra<strong>do</strong> Integra<strong>do</strong> em Engenharia da Energia e <strong>do</strong> Ambiente e <strong>no</strong><br />

programa de Doutoramentos em Sistemas de Energia Sustentáveis, <strong>no</strong> contexto <strong>do</strong><br />

programa MIT Portugal.<br />

A investigação <strong>do</strong> LAFS concentra-se <strong>no</strong> desenvolvimento de técnicas para o crescimento<br />

de fitas de silício para aplicações fotovoltaicas, <strong>no</strong>meadamente através <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s EZ<br />

Ribbon e SDS.<br />

No capítulo da formação, entre outras, o LAFS é responsável pela cadeira de energia<br />

fotovoltaica <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong> Integra<strong>do</strong> em Engenharia da Energia e <strong>do</strong> Ambiente. O LAFS<br />

também está envolvi<strong>do</strong> <strong>no</strong> programa de Bolsas de Integração na Investigação.<br />

O LAFS desenvolve actividades de divulgação científica e consultoria na área da energia<br />

fotovoltaica, manten<strong>do</strong> ainda um blogue com <strong>no</strong>tícias sobre fotovoltaico.”<br />

Fonte: http://solar.fc.ul.pt/<br />

14 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


SPES – Sociedade Portuguesa de Energia Solar<br />

“A Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES), associação de utilidade pública, sem<br />

fins lucrativos, secção portuguesa da ISES - 'International Solar Energy Society', tem<br />

como missão a promoção da energia solar focan<strong>do</strong> os seus aspectos técnicos,<br />

económicos, sociais, ambientais, legislativos e de investigação, elaboran<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s,<br />

participan<strong>do</strong> em projectos, nacionais e internacionais, em parceria com outras<br />

instituições de reconhecida i<strong>do</strong>neidade, e desenvolven<strong>do</strong> actividades de formação e<br />

divulgação, quer através da organização de eventos (Seminários, Congressos, Concursos<br />

para as Escolas e outros), quer através da publicação de revistas da especialidade quer<br />

ainda através da disponibilização de um serviço de informação pública sobre energia<br />

solar <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> seu Portal na INTERNET”<br />

Fonte: http://www.spes.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemid=68<br />

Wave Energy Center - Centro de Energia das Ondas<br />

“O Centro de Energia das Ondas - Wave Energy Center é uma associação sem fins<br />

lucrativos fundada em 2003, vocacionada para o desenvolvimento e promoção da<br />

utilização da energia das ondas através de suporte técnico e estratégico a empresas,<br />

instituições de I&D, entidades governamentais e autoridades locais. O WavEC procura,<br />

igualmente, colaborar com empresas e outras instituições estrangeiras que reconheçam<br />

a necessidade de cooperação internacional, em particular aqueles que procuram uma<br />

associação com empresas Portuguesas.<br />

O WavEC oferece os seus serviços a entidades e empresas interessadas <strong>no</strong><br />

desenvolvimento da energia das ondas em Portugal e <strong>no</strong>utros países, <strong>no</strong>meadamente<br />

em estu<strong>do</strong>s de natureza estratégica, de políticas públicas e de avaliação tec<strong>no</strong>lógica e<br />

ainda em áreas tec<strong>no</strong>lógicas (modelação numérica e monitorização) e de formação de<br />

recursos huma<strong>no</strong>s.<br />

O Centro realiza, igualmente, projectos de investigação, nacionais e europeus, para<br />

apoio ao desenvolvimento da energia das ondas, de que são exemplos o projecto de<br />

Wavetrain2, CORES, EQUIMAR, WAVEPLAM, entre outros.”<br />

Fonte: http://www.wavec.org/<br />

Os principais agentes Nacionais associa<strong>do</strong>s ao <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário, são os<br />

seguintes:<br />

CITEVE – Centro Tec<strong>no</strong>lógico das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário de Portugal<br />

“Instituição de referência nacional e europeia para a promoção da I<strong>no</strong>vação e<br />

Desenvolvimento Tec<strong>no</strong>lógico das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário, o CITEVE – Centro<br />

Tec<strong>no</strong>lógico das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário de Portugal é uma entidade privada, de<br />

utilidade pública e sem fins lucrativos.<br />

15 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Em actividade há duas décadas, tem como missão o apoio ao desenvolvimento das<br />

capacidades técnicas e tec<strong>no</strong>lógicas das indústrias têxtil e <strong>do</strong> vestuário (ITV), através <strong>do</strong><br />

fomento e da difusão da i<strong>no</strong>vação, da promoção da melhoria da qualidade e <strong>do</strong> suporte<br />

instrumental à definição de políticas industriais para o sector.<br />

Com instalações em Vila Nova de Famalicão e na Covilhã, e representações <strong>no</strong> Brasil e na<br />

Tunísia, o CITEVE promove serviços tec<strong>no</strong>lógicos de excelência em várias áreas de<br />

intervenção: Testes e Ensaios laboratoriais, Engenharia de Produto e Processo,<br />

Certificação e Normalização de Produtos, I&D+I, Inteligência Moda, e Formação e<br />

Qualificação.<br />

O CITEVE desempenha ainda um papel importante na definição, difusão e apoio na<br />

implementação de políticas públicas orientadas ao sector, através de uma cooperação e<br />

colaboração estreita quer com as diferentes associações empresariais da ITV, quer com<br />

os mais varia<strong>do</strong>s organismos públicos. Dentro da mesma lógica, o CITEVE colabora<br />

regularmente com diversos serviços da Comissão Europeia, <strong>no</strong>meadamente com a DG<br />

Enterprise & Industry e a DG Research.”<br />

Fonte: http://www.citeve.pt/default.asp<br />

ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal<br />

“A “ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal” é uma Associação Patronal, de<br />

âmbito nacional, que agrupa cerca de 600 empresas de toda a fileira têxtil e <strong>do</strong><br />

vestuário, que, <strong>no</strong> seu conjunto, asseguram mais de 45.000 postos de trabalho e quase<br />

3.000 milhões de euros de facturação, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>is terços desse valor destina<strong>do</strong> aos<br />

merca<strong>do</strong>s de exportação.<br />

A “ATP” resultou da fusão da APIM (Associação Portuguesa das Indústrias de Malha e de<br />

Confecção) e da APT (Associação Portuguesa <strong>do</strong>s Têxteis e Vestuário), realizada em Julho<br />

de 2003, tornan<strong>do</strong>-se a maior organização representativa <strong>do</strong> Sector Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

português e uma das mais importantes em termos europeus, coincidin<strong>do</strong> com o<br />

destaque que a Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário ainda tem em Portugal, já que assegura<br />

cerca de 11 % <strong>do</strong> VAB, perto de 22% <strong>do</strong> emprego na indústria transforma<strong>do</strong>ra e 3.448<br />

milhões de Euros exporta<strong>do</strong>s, 11% <strong>do</strong> total nacional.<br />

Mais recentemente, a ATP realizou mais uma fusão, desta feita com a ANET – Associação<br />

Nacional das Empresas Têxteis (antigos Grossistas Têxteis), dan<strong>do</strong> assim continuidade à<br />

sua estratégia de concentração e reforço <strong>do</strong> associativismo <strong>do</strong> Sector, garantin<strong>do</strong> assim<br />

a representatividade de todas as actividades da fileira, das actividades industriais a<br />

montante e jusante aos serviços, com especial destaque, neste caso, para a distribuição<br />

têxtil e <strong>do</strong> vestuário.”<br />

Fonte: http://www.atp.pt/gca/index.php?id=7<br />

ANIVEC/APIV – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção<br />

“A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção - ANIVEC/APIV -<br />

representa a indústria de vestuário e confecção portuguesa junto de várias instituições a<br />

16 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


nível nacional (Esta<strong>do</strong>, CIP, Sindicatos, Imprensa) e internacional (IAF, Euratex, IFTF,<br />

Ginetex, Intercolor) associan<strong>do</strong> empresas fabricantes e distribui<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s mais diversos<br />

produtos.<br />

Internamente a ANIVEC/APIV oferece aos seus associa<strong>do</strong>s um leque varia<strong>do</strong> de serviços<br />

de natureza técnica, económica, jurídica, comercial, tec<strong>no</strong>lógica, informativa e moda.<br />

A associação assume como missão <strong>do</strong>tar as empresas de vestuário e confecção<br />

portuguesas com to<strong>do</strong> o tipo de ferramentas que lhes permita serem mais competitivas<br />

perante os desafios que o merca<strong>do</strong> global lhes apresenta. Para isso, implementou e<br />

continua a implementar projectos na área das <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias e internet, disponibiliza<br />

aos seus associa<strong>do</strong>s os serviços e aconselhamento de um Centro de Moda reconheci<strong>do</strong><br />

internacionalmente, efectua permanentemente estu<strong>do</strong>s sobre os mais diversos merca<strong>do</strong>s<br />

e tendências a nível global, organiza seminários e reuniões subordina<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong> o tipo de<br />

temas, procura promover a formação profissional em áreas de importância real para as<br />

empresas através <strong>do</strong> Centro de Formação Profissional da Indústria de Vestuário (CIVEC)<br />

sen<strong>do</strong> o único parceiro <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> na sua administração, <strong>do</strong> Centro de Formação<br />

Profissional da Indústria Têxtil (CITEX) e <strong>do</strong> Centro Tec<strong>no</strong>lógico das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong><br />

Vestuário de Portugal (CITEVE). Na área das <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias é importante salientar o<br />

projecto www.newportex.com que é encara<strong>do</strong> como a grande ferramenta dinamiza<strong>do</strong>ra<br />

não só da indústria de vestuário e confecção mas de toda a fileira têxtil portuguesa”<br />

Fonte: http://www.anivec.com/?q=pt/apresentacao<br />

ANIL – Associação Nacional das Industrias de Lanifícios<br />

“A ANIL - Associação Nacional <strong>do</strong>s Industriais de Lanifícios é uma estrutura de carácter<br />

sectorial que associa e representa empresas têxteis que exercem a sua actividade <strong>no</strong><br />

âmbito <strong>do</strong> subsector <strong>do</strong>s Lanifícios em Portugal.<br />

Esta representa e defende os interesses das indústrias de lanifícios, responden<strong>do</strong> às suas<br />

necessidades, de forma a garantir o desenvolvimento e a promoção das mesmas.”<br />

Fonte: http://www.anil.pt/<br />

ANIT – LAR – Associação Nacional das Indústrias de Têxteis - Lar<br />

Associação que representa as empresas de têxteis lar.<br />

AICR – Associação <strong>do</strong>s Industriais de Cor<strong>do</strong>aria e Redes<br />

Associação que representa as empresas de cor<strong>do</strong>aria e redes.<br />

PME Portugal – Associação de Pequenas e Médias Empresas em Portugal<br />

“A PME-Portugal caracteriza-se como interlocutor privilegia<strong>do</strong> com as micro, pequenas e<br />

médias empresas, suas associadas ou não, na defesa e na criação de condições<br />

favoráveis ao seu desenvolvimento. Como associação generalista e de âmbito nacional, a<br />

sua acção pauta-se por uma série de medidas suportadas por múltiplas acções com<br />

17 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


diferentes níveis de intervenção, apostan<strong>do</strong> na reorganização, internacionalização,<br />

qualidade, qualificação de recursos huma<strong>no</strong>s e modernização produtiva.<br />

A PME-Portugal promove programas de formação ajusta<strong>do</strong>s às necessidades das<br />

empresas, encaminhan<strong>do</strong> os apoios, geralmente escassos e de difícil acesso pelas<br />

pequenas e micro empresas, para os empresários e suas organizações.<br />

A missão da PME-Portugal é, assim, representar as PME na defesa <strong>do</strong>s seus direitos e<br />

interesses, perante entidades oficiais, ministérios e organismos públicos, bem como<br />

assegurar o seu lugar num merca<strong>do</strong> global cada vez mais competitivo e acompanhar a<br />

sua evolução, enfrentan<strong>do</strong> os desafios crescentes.”<br />

Fonte: http://www.pmeportugal.pt/PME-Portugal/Quem-Somos.aspx<br />

<strong>AEP</strong> – Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria<br />

“O desempenho ambiental e a eficiência energética podem ser considera<strong>do</strong>s, pelo facto<br />

de existirem inúmeros pontos em comum, as duas faces da mesma moeda, o<br />

desenvolvimento sustentável.<br />

Neste senti<strong>do</strong> a <strong>AEP</strong> disponibiliza um leque alarga<strong>do</strong> de serviços abrangen<strong>do</strong> a<br />

componente informativa e formativa, através da realização de seminários, sessões de<br />

sensibilização e cursos de formação.<br />

Na componente técnica, através da Eurisko, a <strong>AEP</strong> apoia as empresas <strong>no</strong> processo de<br />

Certificação Ambiental, Licenciamento Ambiental (IPPC) e na a<strong>do</strong>pção de soluções<br />

integradas nestes <strong>do</strong>mínios.”<br />

Fonte: http://www.aeportugal.pt/<br />

APETT – Associação Portuguesa <strong>do</strong>s Engenheiros e Técnicos Têxteis<br />

“A APETT tem por objectivo:<br />

a) Congregar esforços e desenvolver acções tendentes à defesa <strong>do</strong> prestígio e <strong>do</strong>s<br />

interesses <strong>do</strong>s técnicos da indústria têxtil, em ordem ao mais racional aproveitamento<br />

das potencialidades deste sector de actividades, tanto <strong>no</strong> <strong>do</strong>mínio técnico como <strong>no</strong><br />

científico, apoian<strong>do</strong> e promoven<strong>do</strong> o seu avanço tec<strong>no</strong>lógico e o seu nível de<br />

competitividade e defenden<strong>do</strong>-o perante o desenvolvimento da concorrência<br />

internacional.<br />

b) Intervir, sempre que solicitada, <strong>no</strong> processo de reordenamento e modernização <strong>do</strong><br />

sector têxtil e, designadamente <strong>no</strong>s <strong>do</strong>mínios da implementação e organização regional<br />

<strong>do</strong> sector, <strong>do</strong> equipamento e da formação a to<strong>do</strong>s os níveis de <strong>no</strong>vos técnicos da<br />

especialidade e, em particular <strong>do</strong>s quadros intermédios da organização empresarial;<br />

c) Coadjuvar a Administração Pública e o Gover<strong>no</strong> e até onde for possível, <strong>no</strong> processo de<br />

permanente optimização de custos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> da ciência e técnicos têxteis;<br />

d) Promover e incentivar a constante formação, actualização e reciclagem profissional<br />

<strong>do</strong>s seus associa<strong>do</strong>s;<br />

18 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


e) Estimular e orientar o estudante jovem à opção têxtil;<br />

f) Divulgar a história técnico-científica e socioeconómica da indústria têxtil e o seu<br />

impacto e importância <strong>no</strong> desenvolvimento regional e global <strong>do</strong> País.”<br />

Fonte: http://www.apett.com.pt/conteu<strong>do</strong>s/?ler=9<br />

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à I<strong>no</strong>vação<br />

“O IAPMEI actua sob a tutela <strong>do</strong> Ministro da Eco<strong>no</strong>mia e <strong>do</strong> Emprego e tem como missão<br />

facilitar e assistir as PME nas suas estratégias de crescimento i<strong>no</strong>va<strong>do</strong>r e internacional,<br />

de aumento da produtividade e da competitividade, de reforço de competências e da<br />

capacidade de gestão e de acesso aos merca<strong>do</strong>s financeiros, a par da promoção de<br />

empreende<strong>do</strong>rismo.”<br />

Fonte: http://www.iapmei.pt/iapmei-ins-01.php?tema_id=7<br />

CIP – Confederação Empresarial de Portugal<br />

“A CIP - Confederação da Indústria Portuguesa, defende um modelo de desenvolvimento<br />

assente na eco<strong>no</strong>mia de merca<strong>do</strong> e na livre iniciativa, sen<strong>do</strong> um parceiro económico e<br />

social reconheci<strong>do</strong> pela influência, i<strong>do</strong>neidade e coerência das suas posições.<br />

Constitui missão da CIP contribuir para o crescimento da eco<strong>no</strong>mia, a competitividade<br />

das empresas, a i<strong>no</strong>vação, a melhoria da produtividade, a eficiência da justiça e <strong>do</strong><br />

sistema fiscal, a qualidade <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong> e formação profissional, a contenção da despesa<br />

pública – a par da intervenção em temas como a energia, o ambiente ou a<br />

responsabilidade social das empresas. A modernização da Administração Pública, a<br />

adaptação das leis <strong>do</strong> trabalho a <strong>no</strong>vas realidades económicas e sociais, a legislação<br />

sobre segurança social e a consolidação da malha associativa empresarial fazem<br />

também parte da orientação da CIP, visan<strong>do</strong> melhorar as condições de funcionamento<br />

<strong>do</strong>s agentes económicos. A CIP exerce a sua missão com total independência face a<br />

quaisquer poderes e grupos de pressão.”<br />

Fonte: http://www.min-eco<strong>no</strong>mia.pt/innerPage.aspx?idCat=94&idMasterCat=48&idLang=1<br />

CENIT – Centro de Inteligência Têxtil<br />

“O CENIT – CENTRO DE INTELIGÊNCIA TÊXTIL é uma organização sem fins lucrativos,<br />

constituí<strong>do</strong> em Abril de 2007 pelas associações sectoriais ANIVEC/APIV – Associação<br />

Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção e ATP – Associação Têxtil e Vestuário<br />

de Portugal.<br />

O CENIT pretende assumir-se como um centro de competência e de excelência na sua<br />

área de intervenção <strong>no</strong> âmbito da fileira têxtil e de vestuário em Portugal, dan<strong>do</strong><br />

19 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


continuidade e expansão aos serviços de grande utilidade e reconheci<strong>do</strong> interesse<br />

presta<strong>do</strong>s anteriormente pelo extinto Cenestap.<br />

Neste quadro, o CENIT estabelece-se como uma unidade de “inteligência estratégica e de<br />

merca<strong>do</strong>” ao serviço <strong>do</strong> sector têxtil e da moda nacional, contribuin<strong>do</strong> para a orientação,<br />

dinamização e integração das acções de promoção da competitividade, harmonizan<strong>do</strong><br />

projectos priva<strong>do</strong>s e acções públicas, e desenvolven<strong>do</strong> actividades de informação,<br />

formação, sensibilização e prestação e gestão de serviços e projectos.”<br />

Fonte: http://www.portugaltextil.com/default.aspx?tabid=97<br />

20 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões €<br />

3. Caracterização energética <strong>do</strong> setor<br />

Segun<strong>do</strong> informação obtida através <strong>do</strong> sítio da Associação Têxtil Portuguesa (ATP), o<br />

setor Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário é uma das mais importantes indústrias na eco<strong>no</strong>mia<br />

portuguesa, sen<strong>do</strong> na sua maioria PME, localizadas na sua maioria <strong>no</strong> Norte de Portugal,<br />

representan<strong>do</strong> sensivelmente:<br />

11% <strong>do</strong> total das exportações portuguesas;<br />

22% <strong>do</strong> emprego da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra;<br />

8% <strong>do</strong> volume de negócios da Indústria transforma<strong>do</strong>ra;<br />

7% da produção da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra<br />

Tabela 5 - Evolução <strong>do</strong>s setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

Produção (milhões €) 7.890 6.756 6.749 6.733 6.166 5.695 5.779<br />

Volume de Negócios (milhões €) 8.145 6.993 6.931 6.980 6.409 5.763 6.120<br />

Exportações (milhões €) 4.319 4.118 4.113 4.295 4.086 3.512 3.737<br />

Importações (milhões €) 2.971 2.993 3.086 3.329 3.220 2.969 3.290<br />

Emprego 209.768 201.265 186.837 180.335 175.797 164.211 157.770<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: http://www.atp.pt/gca/index.php?id=18<br />

Gráfico 1 - Evolução da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

9.000<br />

8.000<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1.000<br />

0<br />

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

Produção Volume de Negócios Exportações Importações<br />

Pela análise <strong>do</strong> gráfico 1 podemos verificar que ao longo <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s a Indústria Têxtil e <strong>do</strong><br />

Vestuário tem vin<strong>do</strong> a diminuir quer em termos de produção quer de volume de<br />

negócios., registan<strong>do</strong>-se <strong>no</strong> entanto um aumento de 2009 para 2010. Em relação às<br />

exportações e importações verifica-se uma estabilização ao longo <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s ten<strong>do</strong> as<br />

exportações sofri<strong>do</strong> uma pequena quebra entre 2008/2009, ligeiramenterecuperada em<br />

2010.<br />

21 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhares Efectivos<br />

Gráfico 2 - Evolução <strong>do</strong> emprego na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

No gráfico 2 verifica-se uma diminuição <strong>no</strong> emprego, número de efetivos, ao longo <strong>do</strong>s<br />

últimos a<strong>no</strong>s.<br />

Definição de PME<br />

O estatuto de PME (pequenas e médias empresas) é defini<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com o Decreto-<br />

Lei nº 372/2007 de 6 de Novembro, em função <strong>do</strong>s efetivos existentes nas empresas<br />

ten<strong>do</strong> de ser inferior a 250, o volume de negócios tem de ser inferior ou igual a 50<br />

milhões de euros e o balanço total anual ser inferior ou igual a 43 milhões de euros.<br />

Tabela 6 - Classificação das empresas pelo Número de efetivos e pelo Volume de Negócios<br />

Dimensão Nº Efetivos Volume de Negócios (VN) ou Balanço Total Anual (BTA)<br />

Micro < 10 ≤ 2 Milhões de Euros<br />

Pequena < 50 ≤ 10 Milhões de Euros<br />

Média < 250<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Decreto-Lei nº 372/2007 de 6 de Novembro<br />

≤ 50 Milhões de Euros (VN)<br />

≤ 43 Milhões de Euros (BTA)<br />

Empresas em Portugal da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

Segun<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>no</strong> sítio <strong>do</strong> INE – Instituto Nacional de Estatística, referente á<br />

publicação Indústria e Energia em Portugal 2008-2009, na Edição de 2011, o número de<br />

empresas em Portugal referentes aos setores da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra em estu<strong>do</strong><br />

<strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 2008 e 2009, Fabricação de Têxteis (CAE 13) e Indústria de Vestuário (CAE<br />

14) em termos de PME (Pequenas e Médias Empresas) e GE (Grandes Empresas), são os<br />

que se apresenta na tabela seguinte.<br />

22 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 7 - Número de empresas em 2008 e 2009 <strong>no</strong>s setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário e <strong>no</strong> total<br />

da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra<br />

<strong>Setor</strong><br />

2008 2009<br />

PME GE Total PME GE Total<br />

CAE 13 3.869 28 3.897 3.597 23 3.620<br />

CAE 14 11.268 22 11.290 10.034 16 10.050<br />

Total CAE 13 e 14 15.137 50 15.187 13.631 39 13.670<br />

Total Indústria<br />

transforma<strong>do</strong>ra<br />

79.317 272 79.589 73.984 250 74.234<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120<br />

933113&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008-2009 – Edição 2011)<br />

Entre 2008 e 2009, na Indústria Transforma<strong>do</strong>ra, verifica-se uma redução <strong>no</strong> número de<br />

empresas que, como podemos observar, na tabela 7 também foi sentida na Indústria<br />

Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário.<br />

Tabela 8 - Total de PME e taxa de variação 2009 em relação a 2008 (2009/2008)<br />

<strong>Setor</strong> 2008 2009<br />

Taxa de variação<br />

2009/2008<br />

CAE 13 3.869 3.597 - 7,0%<br />

CAE 14 11.268 10.034 - 11,0%<br />

Total CAE 13 e 14 15.137 13.631 - 10,0%<br />

Total da Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra<br />

79.317 73.984 - 6,7%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120<br />

933113&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008-2009 – Edição 2011)<br />

Como podemos verificar, na tabela 8, o decréscimo <strong>no</strong> número de empresas, ente 2008<br />

e 2009, na fabricação de têxteis, foi de - 7% e, na indústria <strong>do</strong> vestuário de - 11%.<br />

Outro cenário que se verifica é que as PME são o grande teci<strong>do</strong> empresarial em Portugal<br />

devi<strong>do</strong> ao eleva<strong>do</strong> número de empresas, em relação às grandes empresas. Entre os <strong>do</strong>is<br />

CAE defini<strong>do</strong>s observa-se um <strong>do</strong>mínio da Indústria <strong>do</strong> Vestuário (CAE 14) em relação à<br />

Fabricação de Têxteis (CAE 13), representan<strong>do</strong> 26,5% o setor de Fabricação de Têxteis e<br />

73,5% o setor de Vestuário, face ao número total de empresas destes setores.<br />

23 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 9 - Percentagem de PME da ITV (Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário)<br />

<strong>Setor</strong><br />

PME<br />

% PME da ITV na IT<br />

2008 2009 2008 2009<br />

CAE 13 3.869 3.597 4,9% 4,9%<br />

CAE 14 11.268 10.034 14,2% 13,6%<br />

CAE 13 + CAE 14 15.137 13.631 19,1% 18,4%<br />

Total Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra (IT)<br />

79.317 73.984<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120<br />

933113&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008-2009 – Edição 2011)<br />

Gráfico 3 - Percentagem de PME da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário na Indústria Transforma<strong>do</strong>ra<br />

20,0%<br />

19,1% 18,4%<br />

15,0%<br />

10,0%<br />

5,0%<br />

0,0%<br />

14,2% 13,6%<br />

4,9% 4,9%<br />

2008 2009<br />

CAE 13<br />

CAE 14<br />

CAE 13 + CAE 14<br />

Em Portugal, a Indústria Têxtil e de Vestuário tem alguma representatividade <strong>no</strong> setor<br />

das Indústrias Transforma<strong>do</strong>ras, verifican<strong>do</strong>-se que representam 4,9% e 13,6%,<br />

respetivamente, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2009, ou seja, um total de 18,4% de empresas. Apesar <strong>do</strong><br />

decréscimo senti<strong>do</strong> nestes setores, a sua percentagem continua a representar cerca de<br />

um quinto da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra.<br />

3.1 Número de empresas e distribuição geográfica das Indústrias Têxteis e <strong>do</strong><br />

Vestuário<br />

Na tabela seguinte está representa<strong>do</strong> o número de empresas a nível nacional, da<br />

Indústria Transform a<strong>do</strong>ra e <strong>do</strong>s setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário (ITV).<br />

24 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 10 - Número de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário e da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra por<br />

regiões em 2008<br />

Total empresas em<br />

Portugal<br />

Indústria<br />

transforma<strong>do</strong>ra<br />

CAE 13 CAE 14<br />

Total 1.096.255 79.589 3.897 11.290<br />

Continente 1.054.373 77.432 3.801 11.204<br />

Norte 355.991 37.872 2.802 8.734<br />

Centro 237.534 19.341 517 1.100<br />

Lisboa 333.774 13.345 331 1.137<br />

Alentejo 67.502 4.749 94 145<br />

Algarve 59.572 2.125 57 88<br />

R. A. Açores 19.999 1.180 49 32<br />

R. A. Madeira 21.883 977 47 54<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=104<br />

996740&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Anuário Estatístico de Portugal – 2009<br />

Edição 2010)<br />

A representatividade da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário é <strong>no</strong>tória <strong>no</strong> Norte de Portugal<br />

onde, em 2008, existiam 2.802 empresas, de Fabricação de Têxteis (CAE 13) e 8.734<br />

empresas, da Indústria <strong>do</strong> Vestuário (CAE 14), representan<strong>do</strong> cerca de 74% <strong>no</strong> CAE 13 e<br />

78% <strong>no</strong> CAE 14, ten<strong>do</strong> em conta as empresas existentes <strong>no</strong> Continente.<br />

Nas regiões <strong>do</strong> Alentejo, Algarve, Autó<strong>no</strong>ma <strong>do</strong>s Açores e Autó<strong>no</strong>ma da Madeira o<br />

número de empresas da ITV é relativamente baixo, já as regiões <strong>do</strong> Centro e de Lisboa<br />

possuem um número de empresas considerável, representan<strong>do</strong> cerca de 10% <strong>do</strong> total<br />

de empresas.<br />

Na tabela 11 e gráfico 4 apresenta-se a repatição das empresas pelos CAE 13 e CAE 14<br />

por regiões.<br />

25 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 11 - Percentagem das Indústrias Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário por regiões em 2008<br />

CAE 13 (%) CAE 14 (%)<br />

Norte 71,9% 77,4%<br />

Centro 13,3% 9,7%<br />

Lisboa 8,5% 10,1%<br />

Alentejo 2,4% 1,3%<br />

Algarve 1,5% 0,8%<br />

R. A. Açores 1,3% 0,3%<br />

R. A. Madeira 1,2% 0,5%<br />

Gráfico 4 - Percentagem de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário por regiões em 2008<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira<br />

CAE 13 CAE 14<br />

No gráfico 5, apresenta-se a relação <strong>do</strong> número de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong><br />

Vestuário na Indústria Transforma<strong>do</strong>ra entre 2007 e 2008.<br />

26 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


90 000<br />

80 000<br />

70 000<br />

60 000<br />

Gráfico 5 - Relação <strong>do</strong> número de empresas da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário na Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra entre 2007 e 2008<br />

50 000<br />

40 000<br />

82 294 79 589<br />

30 000<br />

20 000<br />

10 000<br />

0<br />

11 671 11 290<br />

4 074 3 897<br />

2007 2008<br />

CAE 13 CAE 14 Indústria transforma<strong>do</strong>ra<br />

Ao compararmos o número de empresas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is CAE com o restante número de<br />

empresas da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra, em 2008, verificamos que os <strong>do</strong>is CAE juntos,<br />

Têxtil e Vestuário, tem uma grande representatividade na Indústria (19,4%), apesar da<br />

Fabricação de Têxteis dar um me<strong>no</strong>r contributo, gráfico 5.<br />

3.2 Dimensão das empresas <strong>do</strong> setor incluin<strong>do</strong> número de funcionários, sazonalidade,<br />

regime de funcionamento<br />

Dimensão das empresas pelo número de efetivos<br />

Na tabela 12 apresenta-se o número de empresas na Indústria Transforma<strong>do</strong>ra, em<br />

2008 e 2009, por classes de dimensão de pessoal ao serviço (efetivos) e a percentagem<br />

de peso de cada uma dessas classes.<br />

27 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 12 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço - Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra<br />

PME<br />

Efetivos 2008 2009<br />

Peso de cada classe<br />

(%)<br />

2008 2009<br />


Tabela 13 – Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço – Fabricação de Têxteis –<br />

CAE 13<br />

PME<br />

Efetivos 2008 2009<br />

Peso de cada classe<br />

(%)<br />

2008 2009<br />


Tabela 14 - Número de empresas por classes de dimensão de pessoal ao serviço - Indústria <strong>do</strong> Vestuário -<br />

CAE 14<br />

PME<br />

Efetivos 2008 2009<br />

Peso de cada classe<br />

(%)<br />

2008 2009<br />


Gráfico 9 - Representatividade percentual da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário na Indústria Transforma<strong>do</strong>ra<br />

por classes de dimensão de pessoal ao serviço em 2009<br />

100%<br />

90%<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

17,5% 22,3% 24,7% 15,6%<br />

6,4%<br />

12,8% 16,8% 17,4%<br />

9,2%<br />

4,6% 5,5% 7,3%<br />


Na tabela 16 apresenta-se o número de funcionários ao serviço em 2008 e 2009, <strong>no</strong><br />

total da Industria Transforma<strong>do</strong>ra e na Fabricação de Têxteis (CAE 13) e Indústria <strong>do</strong><br />

Vestuário (CAE 14).<br />

Tabela 16 - Número de Funcionários e a percentagem em relação à Indústria Transforma<strong>do</strong>ra 2008 e 2009<br />

2008 Peso ITV 2009 Peso ITV<br />

CAE 13 54.637 7,1% 48.217 6,7%<br />

CAE 14 112.681 14,6% 99.430 13,8%%<br />

Total Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra<br />

773.090<br />

-<br />

718.507 -<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=120<br />

933113&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Indústria e Energia em Portugal 2008/2009 – Edição 2011)<br />

Gráfico 10 - Relação percentual <strong>do</strong> número de funcionários na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário com a<br />

Indústria Transforma<strong>do</strong>ra<br />

25%<br />

20%<br />

21,6%<br />

20,5%<br />

15%<br />

14,6%<br />

13,8%<br />

10%<br />

5%<br />

7,1% 6,7%<br />

0%<br />

2008 2009<br />

CAE 13 CAE 14 CAE 13 + CAE 14<br />

No gráfico 10, observamos que apesar <strong>do</strong> decréscimo senti<strong>do</strong> <strong>no</strong> número de<br />

funcionários, entre 2008/2009, a Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário tem uma<br />

representatividade acentuada na Indústria Transforma<strong>do</strong>ra, 20,5% em 2009, o que<br />

significa uma equivalência a um quinto <strong>do</strong> número de funcionários na Indústria.<br />

Sazonalidade <strong>do</strong>s efetivos<br />

Na tabela 17 apresenta-se o número de trabalha<strong>do</strong>res por regime de duração de<br />

trabalho a tempo completo, segun<strong>do</strong> o escalão de perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>rmal de trabalho semanal,<br />

em Outubro de 2008, para a Fabricação de Têxteis (CAE 13), Indústria de Vestuário (CAE<br />

14) e Indústria <strong>do</strong> Couro e <strong>do</strong>s Produtos <strong>do</strong> Couro (CAE 15).<br />

32 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 17 - Número de trabalha<strong>do</strong>res por regime de duração de trabalho a tempo completo, segun<strong>do</strong> o<br />

escalão <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>rmal de trabalho semanal - Outubro 2008<br />

Número de horas<br />

≤30 >30 e ≤35 >35 e ≤39 >39 e 15 e ≤20 >20 e ≤25 >25 e ≤30 >30 Desconheci<strong>do</strong>s<br />

CAE 13, 14 e 15 206 341 77 320 41 58<br />

Total de trabalha<strong>do</strong>res 1.043<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: http://www.gep.mtss.gov.pt/estatistica/gerais/index.php#boletim (Quadros <strong>do</strong><br />

pessoal 2008)<br />

3.3 Estrutura de custos<br />

Segun<strong>do</strong> a “Encyclopedia of Textile Finishing” de H.K. Rouette a estrutura de custos para<br />

o tingimento de fio e tingimento de peças é a que se apresenta na tabela 19.<br />

33 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 19 - Estrutura de custos de teci<strong>do</strong> até ao acabamento<br />

Totalidade de custos (%)<br />

Tingimento de<br />

fio<br />

Tingimento de<br />

peças<br />

Acabamento 12,7<br />

Revista 3,0<br />

Tecelagem 24,2<br />

Preparação à tecelagem 6,0<br />

Produção de fio 32,2<br />

Matéria-prima 21,9<br />

33,2<br />

54,1<br />

Acabamento 25,7<br />

Revista 3,2<br />

Tecelagem 25,2<br />

Preparação à tecelagem 5,2<br />

Produção de fio 18,0<br />

Matéria-prima 22,9<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Encyclopedia of Textile Finishing de H.K. Roette, Volume 1, de 2001.<br />

33,6<br />

40,9<br />

Verifica-se que a percentagem de custos com o acabamento <strong>no</strong> tingimento de peças<br />

(25,7%) é superior ao acabamento de tingimento de fio, 12,7%. De <strong>no</strong>tar que nesta<br />

apresentação de resulta<strong>do</strong>s, <strong>no</strong> tingimento de fio, a “Produção de fio” incluí o<br />

tingimento propriamente dito <strong>do</strong> fio e <strong>no</strong> tingimento de peças o “Acabamento” incluí o<br />

tingimento e acabamento de peças.<br />

A representação <strong>do</strong>s custos de processamento de teci<strong>do</strong>s com algodão e lã/poliéster é a<br />

que se apresenta na tabela 20. O processo de produção tem um efeito <strong>no</strong>s custos de<br />

produção dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo de fibra têxtil utilizada.<br />

Tabela 20 – Representação de custos de teci<strong>do</strong>s de Algodão e Lã/Poliéster<br />

Algodão<br />

Lã/Poliester<br />

Matéria-Prima 23% 34%<br />

Fiação 14% 38%<br />

Preparação à Tecelagem 8%<br />

Tecelagem 35%<br />

19%<br />

Revista 6%<br />

Tingimento e Acabamento 14% 9%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Encyclopedia of Textile Finishing de H.K. Rouette, Volume 1, de 2001<br />

Numa empresa de acabamentos a estrutura de custos é a que se representa na tabela<br />

21, não consideran<strong>do</strong> os custos com a matéria-prima.<br />

34 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 21 – Estrutura de custos de uma empresa de acabamentos<br />

Tipo de Custo %<br />

Salários 42%<br />

Energia 18%<br />

Corantes 16%<br />

Efluentes 3%<br />

Manutenção 4%<br />

Amortizações 6%<br />

Outros custos 11%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Encyclopedia of Textile Finishing de H.K. Rouette, Volume 1, de 2001<br />

Como se pode verificar os custos com os salários representa 42% segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s custos<br />

com a energia com 18%.<br />

A representação <strong>do</strong>s custos de energia, face aos custos totais da empresa, caso se trate<br />

de uma empresa vertical, com toda a fileira têxtil, ou com tinturaria e acabamentos<br />

estima-se de 15% a 25%. Se for uma empresa com apenas um subsetor, estas<br />

percentagens decrescem, representan<strong>do</strong>, por exemplo numa empresa com apenas<br />

confeção, valores de cerca de 1% a 6%.<br />

35 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.4 Produtos lança<strong>do</strong>s <strong>no</strong> merca<strong>do</strong><br />

Grande parte da i<strong>no</strong>vação que se verifica neste setor é de cariz incremental, sen<strong>do</strong> que a<br />

i<strong>no</strong>vação produto tem recentemente assumi<strong>do</strong> maior importância para as empresas da<br />

ITV, <strong>do</strong> que a i<strong>no</strong>vação de processos propriamente dita.<br />

Esta tipologia de i<strong>no</strong>vação resulta da frequente combinação criativa de materiais,<br />

técnicas de acabamento, padrões, funcionalidades e desenhos, que em conjunto<br />

permitem diferenciar o produto, conferin<strong>do</strong>-lhe sistematicamente apontamentos<br />

i<strong>no</strong>va<strong>do</strong>res. Mesmo porque, quan<strong>do</strong> se verificam processos de i<strong>no</strong>vação <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong>s<br />

processos produtivos, essas i<strong>no</strong>vações são frequentemente orientadas a um objetivo<br />

último de se alcançar uma caraterística ou funcionalidade diferencia<strong>do</strong>ra <strong>no</strong> produto em<br />

si, mais <strong>do</strong> que uma eco<strong>no</strong>mia de recursos ou uma reengenharia, que <strong>do</strong> ponto de vista<br />

produtivo se possa traduzir numa vantagem competitiva <strong>do</strong> ponto de vista económico.<br />

Exceção a esta tendência são as estratégias de i<strong>no</strong>vação <strong>no</strong> <strong>do</strong>mínio da produção<br />

sustentável, onde para além da incorporação de fibras com me<strong>no</strong>r impacto ambiental,<br />

se procura uma utilização mais eficaz de recursos como a água e a energia, muito pela<br />

via da intensificação de processos, procuran<strong>do</strong> reduzir a quantidade de água, energia e<br />

químicos por kg de matéria processada.<br />

Mais <strong>do</strong> que uma estratégia de redução de custos, esta linha de i<strong>no</strong>vação, procura<br />

também posicionar melhor o produto <strong>do</strong> ponto de vista das suas credenciais ambientais,<br />

reforçan<strong>do</strong> os seus argumentos de venda e de aceitação num merca<strong>do</strong> global cada vez<br />

mais sensível a estas questões.<br />

Também importante, particularmente para as empresas posicionadas total ou<br />

parcialmente <strong>no</strong> retalho e na distribuição é a i<strong>no</strong>vação organizacional. Seja com vista ao<br />

desenvolvimento de <strong>no</strong>vas estratégias de marketing e comercialização, seja com vista à<br />

implementação de meto<strong>do</strong>logias e ferramentas avançadas de gestão das operações e<br />

<strong>do</strong>s processos comerciais e logísticos, que permitam responder de forma competitiva<br />

aos cada vez mais curtos ciclos de desenvolvimento de produto e distribuição,<br />

associa<strong>do</strong>s aos tempos moder<strong>no</strong>s.<br />

Nas tabelas 22 a 25, apresenta-se os produtos fabrica<strong>do</strong>s na Fabricação de Têxteis e<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário em 2008 e 2009, obti<strong>do</strong>s <strong>no</strong> sítio <strong>do</strong> INE, em quantidade<br />

produzida, vendida e valor de vendas em euro.<br />

36 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 22 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Fabricação de Têxteis – 2008 [1]<br />

Produtos Produzi<strong>do</strong>s<br />

Unid.<br />

Quantidade<br />

produzida<br />

2008<br />

Quantidade<br />

vendida<br />

Valor vendas<br />

(Euros)<br />

Outros teci<strong>do</strong>s de malha, n.e., exceto velu<strong>do</strong>s e teci<strong>do</strong>s turcos kg 55.006.680 49.123.667 225.698.006<br />

Roupas de cama, de algodão kg 21.500.538 21.175.508 173.015.186<br />

Roupa de touca<strong>do</strong>r e de cozinha, de teci<strong>do</strong>s turcos para toalhas ou teci<strong>do</strong>s turcos<br />

semelhantes de algodão<br />

Teci<strong>do</strong>s de algodão, de fios de diversas cores, com peso ≤ 200 g/m², para camisas,<br />

camiseiros e blusas<br />

Teci<strong>do</strong>s revesti<strong>do</strong>s, impregna<strong>do</strong>s, revesti<strong>do</strong>s, recobertos ou estratifica<strong>do</strong>s (exceto<br />

telas pneumáticos, linóleos, revestimentos para paredes e com borracha)<br />

Cordas e cabos, de fibras sintéticas (nylon, PE/PP/PS/PA), com > 50 000 decitex (5<br />

g/m), exceto cordéis para atadeiras ou enfardadeiras<br />

kg 22.369.119 18.649.514 142.117.201<br />

m² 27.684.369 25.646.732 83.868.054<br />

m² 38.359.291 35.885.857 83.229.456<br />

kg 23.983.485 23.136.742 68.651.999<br />

Produtos têxteis acolchoa<strong>do</strong>s, em peça (exceto os borda<strong>do</strong>s) m² 14.168.800 14.164.797 67.087.492<br />

Teci<strong>do</strong>s de fibras sintéticas descontínuas combinadas com lã penteada ou pêlos<br />

fi<strong>no</strong>s pentea<strong>do</strong>s<br />

m² 15.401.642 13.504.658 60.992.927<br />

Teci<strong>do</strong>s turcos, de algodão m² 37.643.883 14.323.755 59.043.855<br />

Cordéis de polietile<strong>no</strong> ou polipropile<strong>no</strong>, para uso agrícola (atadeiras ou<br />

enfardadeiras)<br />

Outros artefactos para guarnição de interiores, inclui capas para almofadas e<br />

coberturas para assentos de automóveis (exceto cortina<strong>do</strong>s, sanefas, estores,<br />

roupas de cama, mesa, touca<strong>do</strong>r e de cozinha)<br />

Telas para pneumáticos fabricadas com fios de alta tenacidade, de nylon ou de<br />

outras poliamidas, poliésteres ou de raiom de viscose<br />

Borda<strong>do</strong>s químicos, aéreos ou com fun<strong>do</strong> recorta<strong>do</strong> em peça, em tiras ou em<br />

motivos para aplicar<br />

Teci<strong>do</strong>s de fibras sintéticas descontínuas, combinadas com outras matérias<br />

(exceto lã ou pêlos fi<strong>no</strong>s e algodão)<br />

kg 34.593.647 34.112.048 55.965.845<br />

x x x 49.391.072<br />

m² … … …<br />

x x x 41.795.474<br />

m² 8.791.871 8.199.819 34.843.973<br />

Feltros kg 8.210.566 8.226.193 32.524.454<br />

Fios de algodão não pentea<strong>do</strong>s (exceto para tapetes e outros revestimentos para<br />

pavimentos), n.a.v.r., para tecelagens<br />

kg 19.612.789 15.598.503 31.332.679<br />

Fios de filamentos sintéticos retorci<strong>do</strong>s ou retorci<strong>do</strong>s múltiplos, n.a.v.r. kg 6.403.482 6.084.605 28.613.752<br />

Colchas nº 2.522.246 2.509.030 25.692.726<br />

Teci<strong>do</strong>s de fios de filamentos sintéticos, n.e. m² 32.984.262 21.374.167 24.554.971<br />

Fibras sintéticas descontínuas, cardadas, penteadas ou transformadas de outro<br />

mo<strong>do</strong> para fiação<br />

kg 7.091.339 6.943.067 23.258.310<br />

Outros produtos da atividade x x x …<br />

Total de Produtos Produzi<strong>do</strong>s x x x 1.976.120.153<br />

37 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 23 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Fabricação de Têxteis – 2009 [2]<br />

Produtos Produzi<strong>do</strong>s<br />

Unid.<br />

Quantidade<br />

produzida<br />

2009<br />

Quantidade<br />

vendida<br />

Valor vendas<br />

(Euros)<br />

Outros teci<strong>do</strong>s de malha, n.e., exceto velu<strong>do</strong>s e teci<strong>do</strong>s turcos kg 50.157.914 44.669.068 209.375.585<br />

Roupas de cama, de algodão kg 18.520.638 18.935.091 159.715.984<br />

Roupa de touca<strong>do</strong>r e de cozinha, de teci<strong>do</strong>s turcos para toalhas ou teci<strong>do</strong>s turcos<br />

semelhantes de algodão<br />

kg 13.699.670 15.465.822 116.368.965<br />

Teci<strong>do</strong>s revesti<strong>do</strong>s, impregna<strong>do</strong>s, revesti<strong>do</strong>s, recobertos ou estratifica<strong>do</strong>s (exceto<br />

telas pneumáticos, linóleos, revestimentos para paredes e com borracha)<br />

m² 36.983.270 34.928.814 77.845.824<br />

Teci<strong>do</strong>s de algodão, de fios de diversas cores, com peso ≤ 200 g/m², para camisas,<br />

camiseiros e blusas<br />

Outros artefactos para guarnição de interiores, inclui capas para almofadas e<br />

coberturas para assentos de automóveis (exceto cortina<strong>do</strong>s, sanefas, estores,<br />

roupas de cama, mesa, touca<strong>do</strong>r e de cozinha)<br />

Cordéis de polietile<strong>no</strong> ou polipropile<strong>no</strong>, para uso agrícola (atadeiras ou<br />

enfardadeiras)<br />

m² 18.534.287 17.285.432 58.672.766<br />

x x x 52.225.950<br />

kg 35.144.279 32.786.322 50.802.317<br />

Teci<strong>do</strong>s turcos, de algodão m² 29.543.206 12.085.804 50.583.174<br />

Cordas e cabos, de fibras sintéticas (nylon, PE/PP/PS/PA), com > 50 000 decitex (5<br />

g/m), exceto cordéis para atadeiras ou enfardadeiras<br />

Teci<strong>do</strong>s de fibras sintéticas descontínuas combinadas com lã penteada ou pêlos<br />

fi<strong>no</strong>s pentea<strong>do</strong>s<br />

kg 17.241.204 16.298.692 49.654.015<br />

m² 11.273.261 11.183.275 47.869.203<br />

Produtos têxteis acolchoa<strong>do</strong>s, em peça (exceto os borda<strong>do</strong>s) m² 11.156.082 11.152.246 45.062.166<br />

Telas para pneumáticos fabricadas com fios de alta tenacidade, de nylon ou de<br />

outras poliamidas, de poliésteres ou de raiom de viscose<br />

m² … … …<br />

Tingimento de teci<strong>do</strong>s de malha e outros teci<strong>do</strong>s (falsos teci<strong>do</strong>s) e vestuário kg 5.075.616 3.944.826 31.000.517<br />

Feltros kg 6.628.201 6.624.895 25.299.436<br />

Teci<strong>do</strong>s de fibras sintéticas descontínuas, combinadas com outras matérias<br />

(exceto lã ou pêlos fi<strong>no</strong>s e algodão)<br />

Tapetes, carpetes e outros revestimentos para pavimentos de matérias têxteis,<br />

teci<strong>do</strong>s, (exceto os tufa<strong>do</strong>s e os floca<strong>do</strong>s), mesmo confeciona<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> tipo Kelim,<br />

Schumacks e tapetes semelhantes teci<strong>do</strong>s à mão<br />

Fios de algodão não pentea<strong>do</strong>, n.a.v.r., para tecelagens (exceto para tapetes e<br />

revestimentos para pavimentos)<br />

m² 5.476.609 6.105.969 24.718.374<br />

m² 2.631.193 2.625.864 24.078.163<br />

kg 12.994.523 11.720.922 22.288.966<br />

Teci<strong>do</strong>s de fios de filamentos sintéticos, n.e. m² 22.802.551 22.578.020 21.843.117<br />

Fios de algodão para costurar (exceto linhas), a.v.r. kg 14.158.576 10.596.887 21.741.854<br />

Fibras sintéticas descontínuas, cardadas, penteadas ou transformadas de outro<br />

mo<strong>do</strong> para fiação<br />

kg 5.937.344 6.333.963 21.447.726<br />

Outros produtos da atividade x x x …<br />

Total de Produtos Produzi<strong>do</strong>s x x x 1.681.972.388<br />

38 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 24 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Indústria <strong>do</strong> Vestuário – 2008 [1]<br />

Produtos Produzi<strong>do</strong>s<br />

Unid.<br />

Quantidade<br />

produzida<br />

2008<br />

Quantidade<br />

vendida<br />

Valor vendas<br />

(Euros)<br />

T-shirts e camisolas interiores, de malha nº 103.165.324 102.095.796 511.300.429<br />

Camisas, de uso masculi<strong>no</strong> (exceto de malha) nº 8.689.511 8.672.024 107.183.556<br />

Outras meias de qualquer espécie e artefactos semelhantes, de malha, inclui as<br />

meias para varizes, artigos em forma de palmilha, ponta <strong>do</strong> pé, calça<strong>do</strong> sem sola<br />

e semelhantes (exceto meias-calças (collants) e meias com < 67 decitex, de uso<br />

femini<strong>no</strong> e unisexo)<br />

par 174.131.996 172.847.441 88.310.714<br />

Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso masculi<strong>no</strong> nº 2.005.159 1.976.071 68.503.741<br />

Fatos (exceto de malha e de trabalho), de uso masculi<strong>no</strong> nº 854.311 841.582 66.263.410<br />

Coletes, fatos de trei<strong>no</strong>, vestuário especial de desporto, dança ou ginástica e<br />

outro vestuário, n.e., de uso masculi<strong>no</strong> (exceto fatos de esqui e de malha)<br />

nº 7.310.265 7.269.714 60.125.877<br />

Camisas de malha, de uso masculi<strong>no</strong> nº 6.272.884 6.188.261 51.234.011<br />

Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso femini<strong>no</strong> e unisexo nº 1.637.689 1.564.997 48.706.641<br />

Coletes, fatos de trei<strong>no</strong>, vestuário especial de desporto, dança ou ginástica e<br />

outro vestuário, n.e., de uso femini<strong>no</strong> (exceto fatos de esqui e de malha)<br />

Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros (exceto de malha e de trabalho), de uso<br />

femini<strong>no</strong> e unissexo<br />

nº 6.592.848 6.517.495 47.376.920<br />

nº 3.896.986 3.847.856 44.701.145<br />

Vesti<strong>do</strong>s, de malha nº 4.917.405 4.856.949 42.707.116<br />

Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros de malha, de uso femini<strong>no</strong> e unisexo nº 6.487.340 6.403.116 40.087.857<br />

Calças e bermudas de algodão, inclui velu<strong>do</strong>s e pelúcias (exceto de "denim", de<br />

malha e de trabalho), de uso femini<strong>no</strong> e unissexo<br />

nº 2.195.314 2.154.348 33.744.449<br />

Calças e bermudas de "denim" (exceto de trabalho), de uso femini<strong>no</strong> e unisexo nº 2.768.337 2.736.737 31.554.020<br />

Vestuário e seus acessórios para bebés (crianças de tenra idade de estatura ≤ 86<br />

cm), de malha, incluin<strong>do</strong> as camisolas interiores, fatos-macacos, cuecas,<br />

babygrows, fraldas, luvas, mitenes e artigos semelhantes<br />

nº 2.962.768 2.931.669 31.363.012<br />

Soutiens, inclui os de cós alto nº 3.576.805 3.230.552 29.568.291<br />

Camisolas, pulóveres, sweatshirts, coletes e cardigans de lã ou de pêlos fi<strong>no</strong>s<br />

(excepto camisolas e pulóveres com ≥ 50%, em peso, de lã e ≥ 600g/unid.), de<br />

uso femini<strong>no</strong> e unissexo<br />

Calças, jardineiras, bermudas e calções (shorts) de malha, de uso femini<strong>no</strong> e<br />

unissexo<br />

nº 2.595.818 2.580.960 28.591.895<br />

nº 5.132.866 5.047.881 26.682.833<br />

Casacos (exceto casacos compri<strong>do</strong>s), de malha, de uso femini<strong>no</strong> e unisexo nº 2.748.952 2.738.129 25.962.290<br />

A<strong>no</strong>raques, blusões (inclui de esqui) e artigos semelhantes, de matérias têxteis<br />

(exceto de malha, de teci<strong>do</strong>s impregna<strong>do</strong>s, revesti<strong>do</strong>s, recobertos ou<br />

estratifica<strong>do</strong>s com plástico ou borracha e de trabalho), de uso masculi<strong>no</strong><br />

nº 663.435 651.061 25.796.325<br />

Outros produtos da atividade x x x 579.129.127<br />

Total de Produtos Produzi<strong>do</strong>s x x x 1.988.893.659<br />

39 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 25 - Produtos produzi<strong>do</strong>s na Indústria <strong>do</strong> Vestuário – 2009 [2]<br />

2009<br />

Produtos Produzi<strong>do</strong>s<br />

Unid.<br />

Quantidade<br />

produzida<br />

Quantidade<br />

vendida<br />

Valor vendas<br />

(Euros)<br />

T-shirts e camisolas interiores, de malha nº 78.731.502 76.483.339 398.527.258<br />

Camisas, de uso masculi<strong>no</strong> (exceto de malha) nº 6.898.262 6.827.657 86.006.239<br />

Outras meias de qualquer espécie e artefactos semelhantes, de malha, inclui as<br />

meias para varizes, artigos em forma de palmilha, ponta <strong>do</strong> pé, calça<strong>do</strong> sem sola<br />

e semelhantes (exceto meias-calças (collants) e meias com < 67 decitex, de uso<br />

femini<strong>no</strong> e unisexo)<br />

Fontes de da<strong>do</strong>s:<br />

par 161.026.457 161.670.868 80.239.819<br />

Fatos (excepto de malha e de trabalho), de uso masculi<strong>no</strong> nº 648.963 645.152 48.401.944<br />

Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros (exceto de malha e de trabalho), de uso<br />

femini<strong>no</strong> e unissexo<br />

nº 4.541.227 4.498.482 46.350.067<br />

Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso masculi<strong>no</strong> nº 1.179.164 1.165.136 45.758.555<br />

Vesti<strong>do</strong>s, de malha nº 4.892.163 4.856.574 43.749.306<br />

Camisas, de malha, de uso masculi<strong>no</strong> nº 6.083.468 5.919.920 42.812.250<br />

Casacos (exceto de malha e de trabalho), de uso femini<strong>no</strong> e unisexo nº 1.255.221 1.242.534 36.830.893<br />

Coletes (exceto acolchoa<strong>do</strong>s), fatos de trei<strong>no</strong>, vestuário especial de desporto,<br />

dança ou ginástica e outro vestuário, n.e., inclui swaetshirts, de uso masculi<strong>no</strong><br />

(exceto fatos de esqui e de malha)<br />

Vestuário e seus acessórios para bebés (crianças de tenra idade de estatura ≤ 86<br />

cm), de malha, inclui as camisolas interiores, fatos-macaco, cuecas, babygrows,<br />

fraldas, luvas, mitenes e artigos semelhantes<br />

Coletes (exceto acolchoa<strong>do</strong>s), fatos de trei<strong>no</strong>, vestuário especial de desporto,<br />

dança ou ginástica e outro vestuário, n.e., inclui swaetshirts, de uso femini<strong>no</strong><br />

(exceto fatos de esqui e de malha)<br />

nº 4.432.658 4.386.276 36.273.903<br />

x x x 33.934.351<br />

nº 4.880.838 4.813.146 33.125.722<br />

Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros, de malha, de uso femini<strong>no</strong> e unissexo nº 5.050.470 4.542.830 31.481.188<br />

Soutiens nº 4.068.962 3.755.934 31.169.734<br />

Calças e bermudas de algodão, inclui velu<strong>do</strong>s e pelúcias (exceto de "denim", de<br />

malha e de trabalho), de uso femini<strong>no</strong> e unissexo<br />

Camisolas, pulóveres, sweatshirts, coletes e cardigans de lã ou de pêlos fi<strong>no</strong>s<br />

(exceto camisolas e pulóveres com ≥50%, em peso, de lã e ≥ 600g/unid.), de uso<br />

femini<strong>no</strong> e unissexo<br />

nº 2.187.626 2.165.718 27.771.898<br />

nº 1.786.408 1.819.050 25.924.849<br />

Casacos, de malha, de uso femini<strong>no</strong> e unisexo (exceto casacos compri<strong>do</strong>s) nº 2.464.879 2.445.467 23.433.097<br />

Vesti<strong>do</strong>s, exceto de malha nº 1.444.005 1.432.901 21.252.240<br />

Calças, jardineiras, bermudas e calções, de malha, de uso femini<strong>no</strong> e unissexo nº 4.274.512 4.240.914 20.693.539<br />

A<strong>no</strong>raques, blusões (inclui de esqui) e artigos semelhantes, de matérias têxteis<br />

(exceto de malha, de teci<strong>do</strong>s impregna<strong>do</strong>s, revesti<strong>do</strong>s, recobertos ou<br />

estratifica<strong>do</strong>s com plástico ou borracha e de trabalho), de uso masculi<strong>no</strong><br />

nº 568.110 571.791 20.573.156<br />

Outros produtos da atividade x x x 484.731.255<br />

Total de Produtos Produzi<strong>do</strong>s x x x 1.619.041.263<br />

[1]http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=101366336<br />

&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2008)<br />

[2]http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=71448057&<br />

PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial – 2009)<br />

40 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Na fabricação de têxteis os produtos mais representativos são os “Outros teci<strong>do</strong>s de<br />

malha, n.e., exceto velu<strong>do</strong>s e teci<strong>do</strong>s turcos” com 11,4% em 2008 e 12,5% em 2009. Na<br />

Indústria de Vestuário, em 2008 e 2009, os produtos mais representativos são os<br />

considera<strong>do</strong>s “Outros produtos da atividade” com 29,1% e 29,9% respetivamente.<br />

41 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões €<br />

3.4.1 Merca<strong>do</strong> Nacional/Exportações<br />

Volume de vendas (produto e serviços)<br />

Na tabela 26 apresenta-se as vendas de produtos e prestações de serviços, em 2008 e<br />

2009, <strong>do</strong>s setores Fabricação de Têxteis e Indústria <strong>do</strong> Vestuário, em euros.<br />

Tabela 26 – Vendas de produtos e Prestações de serviços 2008 e 2009<br />

Fabricação de Têxteis (CAE 13)<br />

A<strong>no</strong>s<br />

Venda de produtos<br />

(euro)<br />

Prestação de serviços<br />

(euro)<br />

Valor Total<br />

(euro)<br />

2008 1.976.120.153 279.039.244 2.255.159.397<br />

2009 1.681.972.388 257.063.548 1.939.035.936<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário (CAE 14)<br />

2008 1.988.893.659 232.784.688 2.221.678.347<br />

2009 1.619.041.263 201.969.001 1.821.010.264<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714<br />

48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial –<br />

2009)<br />

Como se pode verificar, quer na Fabricação de Têxteis quer na Indústria <strong>do</strong> Vestuário o<br />

volume de vendas é mais representativo na venda de produtos <strong>do</strong> que na prestação de<br />

serviços, gráfico 11 e 12.<br />

Gráfico 11 – Vendas e prestações de serviços 2008/2009 – Fabricação de Têxteis<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

2008 2009<br />

Valor Total Venda de produtos Prestação de serviços<br />

42 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões €<br />

Gráfico 12 - Vendas e prestação de serviços 2008/2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

2008 2009<br />

Valor Total Venda de produtos Prestação de serviços<br />

Vendas merca<strong>do</strong> nacional e internacional<br />

Na tabela 27 apresenta-se as vendas (em milhões de euro) verificadas na produção<br />

industrial e comércio internacional, traduzi<strong>do</strong> em vendas por merca<strong>do</strong> e exportações<br />

nacionais para a Fabricação de Têxteis e Indústria <strong>do</strong> Vestuário, em 2008 e 2009.<br />

43 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões €<br />

Tabela 27 - Vendas de produtos por merca<strong>do</strong>s e exportações nacionais 2008 e 2009<br />

Fabricação de Têxteis (CAE 13)<br />

Produção Industrial<br />

Comércio Internacional<br />

Vendas totais<br />

(Milhões euro)<br />

Vendas para o<br />

Merca<strong>do</strong> Inter<strong>no</strong><br />

(Milhões euro)<br />

Vendas para o Merca<strong>do</strong><br />

Exter<strong>no</strong><br />

(Milhões euro)<br />

Exportações Nacionais<br />

(Milhões euro)<br />

2008 1.976 789 1.187 1.459<br />

2009 1.682 690 992 1.246<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário (CAE 14)<br />

Produção Industrial<br />

Comércio Internacional<br />

Vendas totais<br />

(Milhões euro)<br />

Vendas para o<br />

Merca<strong>do</strong> Inter<strong>no</strong><br />

(Milhões euro)<br />

Vendas para o Merca<strong>do</strong><br />

Exter<strong>no</strong><br />

(Milhões euro)<br />

Exportações Nacionais<br />

(Milhões euro)<br />

2008 1.989 545 1.444 2.511<br />

2009 1.619 364 1.255 2.181<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714<br />

48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial –<br />

2009)<br />

Em 2009, as vendas para o Merca<strong>do</strong> Exter<strong>no</strong> representaram 59% face às vendas totais,<br />

enquanto as vendas para o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> representaram 41%, <strong>no</strong> setor de Fabricação<br />

de Têxteis, gráfico 13.<br />

Enquanto que, <strong>no</strong> mesmo a<strong>no</strong> (2009), as vendas para o Merca<strong>do</strong> Exter<strong>no</strong> representaram<br />

77,5%, face às vendas totais, e para o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> representaram 22,5%, na<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário, gráfico 14.<br />

Gráfico 13 - Vendas para o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong> 2008/2009 - Fabricação de Têxteis<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

Vendas para o Merca<strong>do</strong><br />

Inter<strong>no</strong><br />

Vendas para o Merca<strong>do</strong><br />

Exter<strong>no</strong><br />

2008 2009<br />

44 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões €<br />

Milhões €<br />

Gráfico 14 - Vendas para o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong> 2008/2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário<br />

1.600<br />

1.400<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

Vendas para o Merca<strong>do</strong><br />

Inter<strong>no</strong><br />

Vendas para o Merca<strong>do</strong><br />

Exter<strong>no</strong><br />

2008 2009<br />

No gráfico 15, apresenta-se as exportações nacionais na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário.<br />

Gráfico 15 - Exportações nacionais na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

Fabricação de Têxteis<br />

Indústria <strong>do</strong> Vestuário<br />

2008 2009<br />

Vendas merca<strong>do</strong> nacional e internacional por subsetores<br />

Na tabela 28 apresenta-se o valor de vendas de produtos e serviços, em 2009, por<br />

subsetor da Fabricação de Têxteis.<br />

45 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


CAE Rev.3<br />

Tabela 28 - Valor de vendas e serviços presta<strong>do</strong>s por subsetores em 2009 - Fabricação de Têxteis<br />

Designação<br />

Total<br />

Valor das Vendas de Produtos (euro)<br />

Merca<strong>do</strong><br />

Nacional<br />

União Europeia<br />

Países Terceiros<br />

Serviços<br />

Presta<strong>do</strong>s<br />

(euro)<br />

13100 Preparação e fiação de fibras têxteis 193.998.668 146.775.705 34.314.500 12.908.463 13.978.607<br />

13200 Tecelagem de têxteis 295.212.089 85.760.414 170.926.346 38.525.329 4.725.052<br />

13300 Acabamento de têxteis 73.568.646 36.391.354 35.382.438 1.794.854 205.019.486<br />

13910 Fabricação de teci<strong>do</strong>s de malha 212.137.567 180.317.776 27.343.513 4.476.278 5.582.598<br />

13920<br />

Fabricação de artigos têxteis<br />

confeciona<strong>do</strong>s, exceto vestuário<br />

426.329.356 98.386.617 250.921.843 77.020.896 2.088.597<br />

13930 Fabricação de tapetes e carpetes 55.555.793 13.984.368 31.529.053 10.042.372 895.656<br />

13941 Fabricação de cor<strong>do</strong>aria 125.549.136 7.125.412 77.969.021 40.454.703 322.455<br />

13942 Fabricação de redes 26.120.831 2.072.455 14.194.370 9.854.006 0<br />

13950<br />

13961<br />

13962<br />

Fabricação de não teci<strong>do</strong>s e respetivos<br />

artigos, exceto vestuário<br />

Fabricação de passamanarias e<br />

sirgarias<br />

Fabricação de têxteis para uso<br />

técnico e industrial, n.e.<br />

9.330.243 6.633.402 2.605.646 91.195 …<br />

23.446.540 16.442.849 5.943.920 1.059.771 …<br />

140.195.951 54.382.477 77.347.756 8.465.718 4.369.509<br />

13991 Fabricação de borda<strong>do</strong>s 18.422.336 15.782.207 1.865.011 775.118 14.882.288<br />

13992 Fabricação de rendas 1.318.581 884.740 433.841 0 0<br />

13993<br />

Fabricação de outros têxteis diversos,<br />

n.e.<br />

80.786.651 24.926.404 48.084.767 7.775.480 3.980.128<br />

13 Total Fabricação de Têxteis 1.681.972.388 689.866.180 778.862.025 213.244.183 257.063.548<br />

% de Vendas 41% 46% 13%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714<br />

48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial –<br />

2009)<br />

Na tabela 29 conseguimos ver quais os subsetores na Fabricação de Têxteis com maior<br />

valor de vendas, consideran<strong>do</strong> apenas os que têm valores superiores a 100 milhões de<br />

euro. A Fabricação de artigos têxteis confeciona<strong>do</strong>s, exceto vestuário é o mais<br />

representativo com 25,3% das vendas totais.<br />

46 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 29 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões euro (em 2009)<br />

CAE<br />

13920<br />

Designação<br />

Fabricação de artigos têxteis confeciona<strong>do</strong>s, exceto<br />

vestuário<br />

Total de vendas<br />

(euro)<br />

426.329.356<br />

13200 Tecelagem de têxteis 295.212.089 17,6<br />

13910 Fabricação de teci<strong>do</strong>s de malha 212.137.567 12,6<br />

13100 Preparação e fiação de fibras têxteis 193.998.668 11,5<br />

13962 Fabricação de têxteis para uso técnico e industrial, n.e. 140.195.951 8,3<br />

13941 Fabricação de cor<strong>do</strong>aria 125.549.136 7,5<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714<br />

48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial –<br />

2009)<br />

(%)<br />

25,3<br />

No gráfico 16 é visível que a maior percentagem das vendas na Fabricação <strong>do</strong>s Têxteis é<br />

a União Europeia (46%), seguida <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> nacional (41%) e por último os Países<br />

Terceiros com uma percentagem mais reduzida (13%).<br />

Gráfico 16 - Percentagem das vendas por merca<strong>do</strong>s em 2009 - Fabricação de Têxteis<br />

13%<br />

41%<br />

46%<br />

Merca<strong>do</strong> Nacional União Europeia Países Terceiros<br />

Na tabela 30 apresenta-se o valor de vendas de produtos e serviços, em 2009, por<br />

subsetor da Indústria <strong>do</strong> Vestuário.<br />

47 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 30 - Valor de vendas e prestação de serviços por subsetores em 2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário<br />

CAE<br />

Rev.3<br />

Designação<br />

Total<br />

Valor das Vendas de Produtos(Euro)<br />

Merca<strong>do</strong><br />

Nacional<br />

União Europeia<br />

Países<br />

Terceiros<br />

Serviços<br />

Presta<strong>do</strong>s<br />

(Euro)<br />

14110 Confeção de vestuário em couro 2.186.221 2.167.357 … … 478.505<br />

14120 Confeção de vestuário de trabalho 29.886.823 17.263.493 10.164.115 2.459.215 2.371.195<br />

14130<br />

Confeção de outro vestuário exterior<br />

(exceto vestuário de trabalho)<br />

509.328.882 136.939.658 345.595.633 26.793.591 132.728.108<br />

14140<br />

Confeção de vestuário interior (inclui<br />

camisas, blusas e t-shirts)<br />

713.576.417 102.126.379 584.000.747 27.449.291 50.881.897<br />

14190<br />

14200<br />

14310<br />

14390<br />

Confeção de outros artigos e<br />

acessórios de vestuário<br />

Fabricação de artigos de peles com<br />

pêlo<br />

Fabricação de meias e similares de<br />

malha<br />

Fabricação de outro vestuário de<br />

malha<br />

154.237.739 32.011.097 110.191.796 12.034.846 4.739.000<br />

1.826.729 1.029.261 … … 265.687<br />

114.071.153 34.184.282 74.219.450 5.667.421 5.891.971<br />

93.927.299 38.072.051 52.594.356 3.260.892 4.612.638<br />

14 Total Indústria de Vestuário 1.619.041.263 363.793.578 1.177.476.139 77.771.546 201.969.001<br />

% de Vendas 22% 73% 5%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714<br />

48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial –<br />

2009)<br />

Na tabela 31 apresenta-se os subsetores na Indústria <strong>do</strong> Vestuário com maior valor de<br />

vendas, consideran<strong>do</strong> apenas os que têm vendas superiores a 100 milhões de euro.<br />

Como se pode verificar a confeção de vestuário interior é a mais representativa, com<br />

44,1% face, às vendas totais.<br />

Tabela 31 - Subsetores com vendas superiores a 100 milhões de euro (em 2009)<br />

CAE Designação Total de vendas %<br />

14140 Confeção de vestuário interior (inclui camisas, blusas e t-shirts) 713.576.417 44,1<br />

14130 Confeção de outro vestuário exterior (exceto vestuário de trabalho) 509.328.882 31,5<br />

14190 Confeção de outros artigos e acessórios de vestuário 154.237.739 9,5<br />

14310 Fabricação de meias e similares de malha 114.071.153 7,0<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=714<br />

48057&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas da Produção Industrial –<br />

2009)<br />

48 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


No gráfico 17 é visível que a maior percentagem das vendas na Indústria <strong>do</strong> Vestuário é<br />

o merca<strong>do</strong> da União Europeia (73%), seguida <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> nacional (22%) e <strong>do</strong>s Países<br />

Terceiros com (5%).<br />

Gráfico 17 - Percentagem das vendas por merca<strong>do</strong>s em 2009 - Indústria <strong>do</strong> Vestuário<br />

5%<br />

22%<br />

73%<br />

Merca<strong>do</strong> Nacional União Europeia Países Terceiros<br />

Exportações em Portugal<br />

Pelos da<strong>do</strong>s <strong>no</strong> sítio <strong>do</strong> INE, na publicação “Estatísticas <strong>do</strong> Comércio Internacional –<br />

1993-2009”, relativos à Indústria Transforma<strong>do</strong>ra, verificamos que as exportações têm<br />

ti<strong>do</strong> a evolução apresentada <strong>no</strong> gráfico 18. De <strong>no</strong>tar que os valores de 2009 são<br />

provisórios.<br />

49 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões de euros<br />

Milhões de euros<br />

1993<br />

1993<br />

1994<br />

1994<br />

1995<br />

1995<br />

1996<br />

1996<br />

1997<br />

1997<br />

1998<br />

1998<br />

1999<br />

1999<br />

2000<br />

2000<br />

2001<br />

2001<br />

2002<br />

2002<br />

2003<br />

2003<br />

2004<br />

2004<br />

2005<br />

2005<br />

2006<br />

2006<br />

2007<br />

2007<br />

2008<br />

2008<br />

2009 (Po)<br />

2009 (Po)<br />

40.000<br />

35.000<br />

30.000<br />

25.000<br />

20.000<br />

15.000<br />

10.000<br />

5.000<br />

0<br />

Gráfico 18 - Evolução das exportações em Portugal (Indústria Transforma<strong>do</strong>ra)<br />

Comércio Internacional Comércio Intracomunitário Comércio Extracomunitário<br />

Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de merca<strong>do</strong>rias<br />

de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto <strong>do</strong> comércio<br />

intracomunitário e <strong>do</strong> comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de merca<strong>do</strong>rias;<br />

Comércio Intracomunitário - Expedição de merca<strong>do</strong>rias transacionadas entre Portugal e os<br />

restantes Esta<strong>do</strong>s-Membros da União Europeia.<br />

Face à informação <strong>do</strong> gráfico 18 pode-se concluir que o Comércio Intracomunitário tem<br />

uma representatividade elevada nas exportações, da Indústria Transforma<strong>do</strong>ra, em<br />

Portugal, sen<strong>do</strong> o principal meio <strong>do</strong> Comércio Internacional.<br />

Tanto o Comércio Intracomunitário como o Extracomunitário tiveram um crescimento<br />

gradual ao longo <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s até 2008, ten<strong>do</strong> em 2009 (valores provisórios) uma queda nas<br />

exportações.<br />

2.500<br />

2.000<br />

Gráfico 19 - Evolução das exportações na Fabricação de Têxteis<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

Comércio Internacional Comércio Intracomunitário Comércio Extracomunitário<br />

Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de merca<strong>do</strong>rias<br />

de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto <strong>do</strong> comércio<br />

intracomunitário e <strong>do</strong> comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de merca<strong>do</strong>rias;<br />

Comércio Intracomunitário - Expedição de merca<strong>do</strong>rias transacionadas entre Portugal e os<br />

restantes Esta<strong>do</strong>s-Membros da União Europeia.<br />

50 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhões de euros<br />

1993<br />

1994<br />

1993<br />

1995<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1996<br />

1997<br />

1997<br />

1998<br />

1998<br />

1999<br />

1999<br />

2000<br />

2000<br />

2001<br />

2001<br />

2002<br />

2002<br />

2003<br />

2003<br />

2004<br />

2004<br />

2005<br />

2005<br />

2006<br />

2006<br />

2007<br />

2007<br />

2008<br />

2008<br />

2009 (Po)<br />

2009 (Po)<br />

Na Fabricação de Têxteis, gráfico 19, também se apurou que o Comércio<br />

Intracomunitário é o mais representativo ten<strong>do</strong> os melhores resulta<strong>do</strong>s entre 2011 e<br />

2002.<br />

3.500<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

Gráfico 20 - Evolução das exportações na Indústria <strong>do</strong> Vestuário<br />

Comércio Internacional Comércio Intracomunitário Comércio Extracomunitário<br />

Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de merca<strong>do</strong>rias<br />

de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto <strong>do</strong> comércio<br />

intracomunitário e <strong>do</strong> comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de merca<strong>do</strong>rias;<br />

Comércio Intracomunitário - Expedição de merca<strong>do</strong>rias transacionadas entre Portugal e os<br />

restantes Esta<strong>do</strong>s-Membros da União Europeia.<br />

Na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, gráfico 20, o Comércio Intracomunitário também é o mais<br />

representativo, ten<strong>do</strong> neste caso um maior peso <strong>do</strong> que na Fabricação de Têxteis.<br />

Gráfico 21 - Relação percentual das exportações na Fabricação de Têxteis com o total das exportações em<br />

Portugal<br />

14%<br />

12%<br />

10%<br />

8%<br />

6%<br />

4%<br />

2%<br />

0%<br />

Comércio Internacional Comércio Intracomunitário Comércio Extracomunitário<br />

Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de merca<strong>do</strong>rias<br />

de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto <strong>do</strong> comércio<br />

intracomunitário e <strong>do</strong> comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de merca<strong>do</strong>rias;<br />

Comércio Intracomunitário - Expedição de merca<strong>do</strong>rias transacionadas entre Portugal e os<br />

restantes Esta<strong>do</strong>s-Membros da União Europeia.<br />

51 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009 (Po)<br />

O peso das Exportações da Fabricação de Têxteis, em relação às Exportações de<br />

Portugal, é genericamente maior <strong>no</strong> Comércio Intracomunitário. A partir de 1999<br />

verifica-se uma queda quer <strong>do</strong> Comércio Extracomunitário quer Intracomunitário<br />

atingin<strong>do</strong> a partir de 2008 valores idênticos entre os <strong>do</strong>is comércios, gráfico 21.<br />

Gráfico 22 - Relação percentual das exportações da Indústria <strong>do</strong> Vestuário com o total das exportações<br />

em Portugal<br />

25%<br />

20%<br />

15%<br />

10%<br />

5%<br />

0%<br />

Comércio Internacional Comércio Intracomunitário Comércio Extracomunitário<br />

Nota: Valores de 2009, são provisórios. Comércio Extracomunitário - Exportação de merca<strong>do</strong>rias<br />

de Portugal para países terceiros; Comércio Internacional - Conjunto <strong>do</strong> comércio<br />

intracomunitário e <strong>do</strong> comércio extracomunitário, ou seja a soma das saídas de merca<strong>do</strong>rias;<br />

Comércio Intracomunitário - Expedição de merca<strong>do</strong>rias transacionadas entre Portugal e os<br />

restantes Esta<strong>do</strong>s-Membros da União Europeia.<br />

Na Indústria <strong>do</strong> Vestuário verifica-se o inverso, gráfico 22, ou seja, o seu peso das<br />

Exportações, em relação ao total das Exportações de Portugal é maior <strong>no</strong> Comércio<br />

Intracomunitário.<br />

Para uma melhor compreensão <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s das exportações <strong>no</strong>s setores da Indústria<br />

Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário, apresentamos de seguida alguns gráficos, ten<strong>do</strong> em conta<br />

escalões, por volume de negócios e pelo número de pessoas ao serviço. Os da<strong>do</strong>s foram<br />

retira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sítio <strong>do</strong> INE.<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=102<br />

798929&PUBLICACOEStema=55448&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Estatísticas <strong>do</strong> Comércio<br />

Internacional – 1993-2009)<br />

52 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhares Euro<br />

1993<br />

1993<br />

1994<br />

1994<br />

1995<br />

1995<br />

1996<br />

1996<br />

1997<br />

1997<br />

1998<br />

1998<br />

1999<br />

1999<br />

2000<br />

2000<br />

2001<br />

2001<br />

2002<br />

2002<br />

2003<br />

2003<br />

2004<br />

2004<br />

2005<br />

2005<br />

2006<br />

2006<br />

2007<br />

2007<br />

Gráfico 23 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Milhares Euros)<br />

4.500<br />

4.000<br />

3.500<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

1 2 3 DESCONHECIDO TOTAL<br />

Nota: Escalões de volume de negócios: 1 – Me<strong>no</strong>s de 5.000.000 €; 2 – Entre 5.000.000 € e<br />

24.999.999 €; 3 – Superior a 25.000.000 €<br />

Entre o a<strong>no</strong> de 2000 e 2001 as exportações na Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário sofreram<br />

uma reviravolta e isso pode-se constatar através <strong>do</strong> gráfico 23 assim como <strong>no</strong>s seguintes<br />

gráficos. Enquanto as empresas que possuíam um volume de negócios <strong>do</strong> escalão 1<br />

(me<strong>no</strong>s de 5.000.000 euro) e 2 (entre 5.000.000 euro e 24.999.999 euro) cresceram <strong>no</strong><br />

valor de vendas, para exportação, as empresas <strong>do</strong> escalão 3 (superior a 25.000.000<br />

euro) tiveram uma queda <strong>no</strong> valor das vendas, de exportação. Os valores em euros das<br />

exportações <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s seguintes praticamente mantiveram-se.<br />

Gráfico 24 - Exportações na ITV por escalões de Volume de Negócios (Nº de trabalha<strong>do</strong>res)<br />

2.000<br />

1.800<br />

1.600<br />

1.400<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

1 2 3 DESCONHECIDO TOTAL<br />

Nota: Escalões de volume de negócios: 1 – Me<strong>no</strong>s de 5.000.000 €; 2 – Entre 5.000.000 € e<br />

24.999.999 €; 3 – Superior a 25.000.000 €<br />

53 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Milhares Euro<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

No gráfico 24, verifica-se que entre o a<strong>no</strong> 2000 e 2001 o número de trabalha<strong>do</strong>res<br />

aumentou nas empresas em que o volume de negócios pertence ao escalão 1, todavia as<br />

empresas pertencentes ao escalão 2 e 3 teve uma queda <strong>no</strong> número de trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Gráfico 25 - Exportações na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Milhares Euros)<br />

4.500<br />

4.000<br />

3.500<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

1 2 3 4 5 DESCONHECIDO TOTAL<br />

Nota: Escalões de número de pessoas ao serviço: 1 – Me<strong>no</strong>s de 10 pessoas ao serviço; 2 – Entre<br />

10 e 19 pessoas ao serviço; 3 – Entre 20 a 49 pessoas ao serviço; 4 – Entre 50 a 249 pessoas ao<br />

serviço; 5 – Mais de 250 pessoas ao serviço<br />

Este gráfico demonstra que <strong>no</strong> mesmo perío<strong>do</strong> (2000/2001), as empresas <strong>do</strong> escalão 5<br />

(mais de 250 pessoas ao serviço) tiveram uma quebra <strong>no</strong> número de vendas de<br />

exportações enquanto, que nas empresas <strong>do</strong> escalão 4 (entre 50 a 249 pessoas ao<br />

serviço) subiu. Em relação às empresas de escalão 3 (entre 20 a 49 pessoas ao serviço)<br />

tiveram um peque<strong>no</strong> aumento nas vendas e os restantes escalões praticamente<br />

mantiveram o mesmo volume de vendas.<br />

54 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2.500<br />

Gráfico 26 - Exportação na ITV por escalões de nº de pessoas ao serviço (Nº de trabalha<strong>do</strong>res)<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

1 2 3 4 5 DESCONHECIDO TOTAL<br />

Nota: Escalões de número de pessoas ao serviço: 1 – Me<strong>no</strong>s de 10 pessoas ao serviço; 2 – Entre<br />

10 e 19 pessoas ao serviço; 3 – Entre 20 a 49 pessoas ao serviço; 4 – Entre 50 a 249 pessoas ao<br />

serviço; 5 – Mais de 250 pessoas ao serviço<br />

No gráfico 26, verifica-se a mesma situação, as exportações tiveram uma quebra nas<br />

empresas <strong>do</strong> escalão 5 (mais de 250 pessoas ao serviço), <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> de 2000/2001 e os<br />

restantes escalões tiveram ligeiros crescimentos a partir deste perío<strong>do</strong>.<br />

3.4.2 Exigências energéticas previsíveis na utilização/consumo<br />

As exigências energéticas, na utilização <strong>do</strong>s produtos lança<strong>do</strong>s <strong>no</strong> merca<strong>do</strong>, pela<br />

Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário, são essencialmente o consumo de energia elétrica na<br />

lavagem, secagem e engomagem <strong>do</strong>s artigos têxteis (vestuário, roupa de cama,<br />

atoalha<strong>do</strong>s, toalhas de mesa, etc.).<br />

Existe legislação europeia <strong>no</strong> que diz respeito à rotulagem energética de aparelhos<br />

<strong>do</strong>mésticos (Diretiva <strong>do</strong> Conselho nº 92/75/CEE, de 22 de Setembro, relativa à indicação<br />

<strong>do</strong> consumo de energia <strong>do</strong>s aparelhos <strong>do</strong>mésticos por meio de etiquetagem e de outras<br />

indicações uniformes relativas aos produtos), legislação já transposta para legislação<br />

nacional. A etiqueta energética permite informar os consumi<strong>do</strong>res sobre os consumos<br />

de energia elétrica <strong>do</strong>s aparelhos <strong>do</strong>mésticos. Assim, permitem, aos consumi<strong>do</strong>res,<br />

comparar a eficiência energética <strong>do</strong>s vários aparelhos constantes <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong><br />

a adquirirem os mais eficientes.<br />

O Parlamento Europeu e <strong>do</strong> Conselho da União Europeia, devi<strong>do</strong> à necessidade de <strong>no</strong>vas<br />

alterações por razões de clareza revogou esta Diretiva pela Diretiva nº 2010/30/UE, de<br />

19 de Maio e transporta para direito nacional pelo Decreto-Lei nº 63/2011, de 9 de<br />

55 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Maio. Esta Diretiva, permite mais poupanças de energia e benefícios ambientais, pois há<br />

a necessidade de aumentar a eficiência energética na União, a fim de atingir o objetivo<br />

de reduzir em 20% o consumo de energia da União até 2020, o desenvolvimento das<br />

energias re<strong>no</strong>váveis a nível da UE e a redução das emissões de gases com efeito de<br />

estufa.<br />

A Diretiva 2010/30/UE, leva à existência de uma informação rigorosa, adequada e<br />

comparável sobre o consumo específico de energia <strong>do</strong>s produtos relaciona<strong>do</strong>s com a<br />

energia e deverá orientar a escolha <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r final em benefício <strong>do</strong>s produtos que<br />

consumam, ou indiretamente, levem a consumir me<strong>no</strong>s energia.<br />

Desde 1995 que os consumi<strong>do</strong>res conhecem a Etiqueta Energética <strong>no</strong>s aparelhos<br />

eletro<strong>do</strong>mésticos, o que lhes tem permiti<strong>do</strong> fazer uma escolha informada quan<strong>do</strong><br />

compram um produto.<br />

Em 2003, o sucesso <strong>do</strong> sistema de etiquetagem levou a União Europeia à introdução de<br />

mais duas <strong>no</strong>vas classes na etiqueta <strong>do</strong>s frigoríficos, A + e A ++. Com estas <strong>no</strong>vas classes,<br />

colocadas <strong>no</strong> topo da classe A, procurou-se resposta para um merca<strong>do</strong> de procura cada<br />

vez mais orientada para produtos amigos <strong>do</strong> ambiente, ao mesmo tempo que se<br />

procurou incentivar os fabricantes para o desenvolvimento de produtos ainda mais<br />

eficientes nesta categoria de aparelhos. A <strong>no</strong>va Diretiva entrou em vigor a 19 de Maio de<br />

2010 e introduziu um <strong>no</strong>vo layout para a etiqueta energética. Nesta <strong>no</strong>va configuração<br />

permanecem porém as características de design simples que já lhe eram conhecidas e<br />

agora de mo<strong>do</strong> uniforme em todas as categorias de produtos.<br />

Os elementos básicos da etiqueta, que a tornam facilmente reconhecível, mantêm-se<br />

neste <strong>no</strong>vo layout:<br />

A escala de classificação;<br />

As sete classes de energia;<br />

As cores: <strong>do</strong> verde escuro (alta eficiência energética) ao vermelho (baixa<br />

eficiência energética).<br />

Para além desses elementos foram agora acrescenta<strong>do</strong>s outros, comuns a todas as<br />

categorias de produtos, para continuar a incentivar o progresso técnico dan<strong>do</strong> destaque<br />

aos produtos mais eficientes:<br />

À escala atual de classificação de A a G podem ser adicionadas até mais três<br />

classes: A +, A ++ e A +++;<br />

A <strong>no</strong>va etiqueta é uniforme em to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s-Membros da UE27;<br />

A <strong>no</strong>va etiqueta é neutral quanto ao idioma. Os textos serão substituí<strong>do</strong>s por<br />

pictogramas que informam os consumi<strong>do</strong>res sobre as características e o<br />

desempenho de um determina<strong>do</strong> produto;<br />

Cada produto traz a sua própria etiqueta completa. Em Portugal era comum a<br />

“faixa estreita” ir com o produto e a “base da etiqueta” ser fornecida em<br />

56 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


separa<strong>do</strong>. Essa prática vai acabar. Com a <strong>no</strong>va etiqueta passará a ser fornecida<br />

uma etiqueta completa com cada unidade de produto;<br />

A declaração de ruí<strong>do</strong> será obrigatória para os produtos onde o ruí<strong>do</strong> é um<br />

critério relevante;<br />

Há <strong>no</strong>vas obrigações quanto à publicidade e ao material promocional.<br />

A etiqueta tem si<strong>do</strong> um fator de dinamização <strong>do</strong> progresso tec<strong>no</strong>lógico aplica<strong>do</strong> aos<br />

produtos. De tal mo<strong>do</strong> que os ganhos de eficiência já obti<strong>do</strong>s na conceção <strong>do</strong>s produtos<br />

obrigaram à atualização da etiqueta. Só com a atualização da etiqueta é possível<br />

continuar a transmitir informação relevante ao consumi<strong>do</strong>r com a necessária clareza e<br />

transparência e, ao mesmo tempo, continuar a estimular os processos de i<strong>no</strong>vação <strong>do</strong>s<br />

fabricantes com consequentes ganhos na eficiência energética <strong>do</strong>s aparelhos.<br />

A Diretiva é complementada por uma série de Regulamentos delega<strong>do</strong>s da Comissão,<br />

que fornecem informações específicas para cada uma das categorias de produtos<br />

abrangidas pela Legislação Europeia. Um Regulamento delega<strong>do</strong> para cada categoria de<br />

produtos.<br />

3.4.2.1 Consumos diretos de energia na utilização<br />

Neste ponto serão analisa<strong>do</strong>s os consumos diretos de energia durante o perío<strong>do</strong> de<br />

utilização <strong>do</strong>s produtos da ITV, mais concretamente decorrentes da sua utilização em<br />

máquinas de lavar roupa, secar roupa, máquinas combinadas de lavar e secar roupa e<br />

ferros de engomar.<br />

Máquinas de lavar roupa<br />

O consumo de energia elétrica das máquinas de lavar roupa representa cerca de 5% <strong>do</strong><br />

consumo total de energia elétrica de uma casa. Sen<strong>do</strong> que, 80 a 90% <strong>do</strong> consumo,<br />

corresponde ao processamento de aquecimento da água, <strong>no</strong>s casos de lavagens com<br />

temperatura elevada, através de resistências elétricas.<br />

A etiqueta energética é a que se apresenta na figura 2.<br />

57 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Figura 2 - Etiqueta energética para máquinas de lavar roupa<br />

Fonte: http://www.newenergylabel.com/pt/conteu<strong>do</strong>etiqueta/washers<br />

A classificação energética das máquinas de lavar roupa, que está representada na tabela<br />

32, baseia-se em lavagens a 60ºC. A classificação mais eficiente é a classe A+++ sen<strong>do</strong> a<br />

D a me<strong>no</strong>s eficiente. Estes da<strong>do</strong>s estão de acor<strong>do</strong> com o Regulamento Delega<strong>do</strong> nº<br />

1061/2010 de 28 de Setembro de 2010 que complementa a Diretiva 2010/30/EU <strong>do</strong><br />

Parlamento Europeu e <strong>do</strong> Conselho e de acor<strong>do</strong> com o Decreto-Lei nº 63/2011, em vigor<br />

desde 20 de Dezembro de 2011.<br />

Tabela 32 – Classificação energética das máquinas de lavar roupa<br />

Classe de eficiência<br />

energética<br />

Índice de Eficiência Energética<br />

A+++ EEI < 46<br />

A++ 46 ≤ EEI < 52<br />

A+ 52 ≤ EEI < 59<br />

A 59 ≤ EEI < 68<br />

B 68 ≤ EEI < 77<br />

C 77 ≤ EEI < 87<br />

D EEI ≥ 87<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Regulamento Delega<strong>do</strong> nº 1061/2010 de 28 de Setembro de 2010<br />

De acor<strong>do</strong> com o Decreto-Lei nº 63/2011, as Portarias 117/96, de 15 de Abril e 1095/97,<br />

de 3 de Novembro, referentes à obrigatoriedade de etiquetagem energética de<br />

58 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


máquinas de secar roupa e máquinas combinadas de lavar e secar roupa,<br />

respetivamente, serão revogadas e apenas produzirá efeitos quan<strong>do</strong> por acto delega<strong>do</strong><br />

da Comissão Europeia, for emiti<strong>do</strong> um Regulamento ao abrigo da Diretiva 2010/30/EU,<br />

de 19 de Maio.<br />

Máquinas de secar roupa<br />

As máquinas de secar roupa apresentam consumos superiores às máquinas de lavar<br />

roupa, facto justificável pelo processo de aquecimento <strong>do</strong> ar, para a secagem<br />

propriamente dita.<br />

Existem <strong>do</strong>is tipos de máquinas de secagem de roupa, extração <strong>do</strong> ar húmi<strong>do</strong> para o<br />

exterior e condensação. Nas máquinas de condensação, o ar quente e húmi<strong>do</strong> da<br />

secagem é utiliza<strong>do</strong> num circuito de condensação que elimina a água da roupa e<br />

recolhe-a num depósito.<br />

A etiqueta energética é a que se apresenta na figura 3.<br />

Figura 3 - Etiqueta energética para máquinas de secar roupa<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: “Guia da eficiência energética”, Adene – Agência para a Energia, Maio de 2010<br />

A classificação energética das máquinas de secar roupa está representada na tabela 33 e<br />

baseia-se num ciclo de carga máxima de algodão. A classificação mais eficiente é a classe<br />

A sen<strong>do</strong> a G a me<strong>no</strong>s eficiente.<br />

59 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 33 – Classificação energética das máquinas de secar roupa<br />

Classe de eficiência<br />

energética<br />

Máquina de secar por extração<br />

Consumo de energia<br />

(C) (kWh/kg)<br />

Diferença de<br />

consumos<br />

Máquina de secar por condensação<br />

Consumo de energia<br />

(C) (kWh/kg)<br />

Diferença de<br />

consumos<br />

A C ≤ 0,51 X C ≤ 0,55 X<br />

B 0,51 < C ≤ 0,59 X + 16% 0,55 < C ≤ 0,64 X + 16%<br />

C 0,59 < C ≤0,67 X + 32% 0,64 < C ≤0,73 X + 33%<br />

D 0,67 < C ≤0,75 X + 47% 0,73 < C ≤0,82 X + 49%<br />

E 0,75 < C ≤0,83 X + 63% 0,82 < C ≤0,91 X + 65%<br />

F 0,83 < C ≤ 0,91 X + 78% 0,91 < C ≤ 1 X + 82%<br />

G C > 0,91 > X + 78% C > 1 > X + 82%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Eficiência energética em equipamentos e sistemas elétricos <strong>no</strong> setor residencial,<br />

DGGE / IP-3E, Abril de 2004<br />

Máquinas de lavar e secar roupa<br />

A maior vantagem de utilizar uma mesma máquina que lava e seca roupa tem a ver com<br />

a disponibilidade de espaço na habitação, pois substitui 2 máquinas numa só. Neste tipo<br />

de equipamento a função da secagem é por condensação. Normalmente, neste tipo de<br />

máquina pode-se secar metade da roupa que se pode lavar.<br />

A etiqueta energética é a que se apresenta na figura 4.<br />

60 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Figura 4 - Etiqueta energética para máquinas de lavar e secar roupa<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: “Guia da eficiência energética”, Adene – Agência para a Energia, Maio de 2010<br />

A classificação energética das máquinas de lavar e secar roupa está representada na<br />

tabela 34 e baseia-se <strong>no</strong> mesmo princípio utiliza<strong>do</strong> nas máquinas de lavar roupa. A<br />

classificação mais eficiente é a classe A sen<strong>do</strong> a G a me<strong>no</strong>s eficiente.<br />

Tabela 34 – Classificação energética das máquinas de lavar e secar roupa<br />

Classe de eficiência<br />

energética<br />

Consumo de energia (C)<br />

(kWh/kg)<br />

Diferença de consumos<br />

A C ≤ 0,68 X<br />

B 0,68 < C ≤ 0,81 X + 19%<br />

C 0,81 < C ≤0,93 X + 37%<br />

D 0,93 < C ≤1,05 X + 54%<br />

E 1,05 < C ≤1,17 X + 72%<br />

F 1,17 < C ≤ 1,29 X + 90%<br />

G C > 1,29 > X + 90%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Eficiência energética em equipamentos e sistemas elétricos <strong>no</strong> setor residencial,<br />

DGGE / IP-3E, Abril de 2004<br />

Ferros de engomar<br />

Este tipo de aparelho ainda não possuí etiquetagem energética. Como é um<br />

equipamento que tem por função primeira a produção de calor, <strong>no</strong>rmalmente tem<br />

61 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


potências superiores a outros tipo de equipamentos <strong>do</strong>mésticos como sejam,<br />

batedeiras, faca elétrica, varinha mágica, etc..<br />

3.4.2.2 Implicações <strong>no</strong> consumo energético na utilização/atividade da sociedade<br />

Com a revolução industrial e a evolução da sociedade. cada vez mais se utilizam<br />

aparelhos <strong>do</strong>mésticos, em detrimento <strong>do</strong> trabalho manual, o que implica um aumento<br />

<strong>do</strong>s consumos de energia elétrica ao longo <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s, tabela 35.<br />

Tabela 35 - Consumo de energia elétrica em Portugal<br />

Total<br />

Doméstico<br />

(kWh)<br />

(kWh)<br />

Doméstico (%)<br />

1994 27.751.311.565 7.350.104.713 26,5%<br />

1995 29.237.207.073 7.588.342.008 26,0%<br />

1996 30.793.680.351 8.164.227.460 26,5%<br />

1997 34.410.979.269 8.422.850.630 24,5%<br />

1998 34.410.979.269 8.784.151.478 25,5%<br />

1999 36.741.116.273 9.523.451.113 25,9%<br />

2000 38.939.469.070 10.056.118.861 25,8%<br />

2001 40.540.701.913 10.624.533.591 26,2%<br />

2002 42.116.729.684 11.381.968.792 27,0%<br />

2003 43.802.993.542 11.835.470.870 27,0%<br />

2004 45.498.596.452 12.432.290.454 27,3%<br />

2005 47.028.809.174 13.242.117.759 28,2%<br />

2006 48.545.712.359 13.406.261.524 27,6%<br />

2007 49.676.037.009 13.863.085.380 27,9%<br />

2008 49.186.865.934 13.443.517.549 27,3%<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=104<br />

996740&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmo<strong>do</strong>=2 (Anuário Estatístico de Portugal – 2009<br />

Edição 2010)<br />

62 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

Gráfico 27 - Evolução <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong>méstico de energia elétrica em Portugal (%)<br />

29%<br />

28%<br />

27%<br />

26%<br />

25%<br />

24%<br />

23%<br />

22%<br />

Assim, cada vez mais deve-se racionalizar os consumos de energia, quer na utilização<br />

<strong>do</strong>s equipamentos/eletro<strong>do</strong>mésticos quer <strong>no</strong> ato da compra <strong>do</strong> mesmo, optan<strong>do</strong> pelos<br />

mais eficientes.<br />

Nas tabelas 36 e 37 apresenta-se a poupança de energia que se pode obter, ao longo da<br />

sua vida útil, com uma máquina de lavar roupa e secar roupa de Classe A face a outra de<br />

classe inferior.<br />

Tabela 36 – Poupança de energia – Máquina de lavar roupa<br />

Classe de eficiência<br />

energética<br />

Consumo de energia em 10<br />

a<strong>no</strong>s (kWh)<br />

Custo económico em<br />

10 a<strong>no</strong>s (euro)<br />

Poupança na substituição<br />

por um produto de classe A<br />

(euro)<br />

A 2.508 276 -<br />

B 2.964 326 50<br />

C 3.762 414 138<br />

D 4.560 502 226<br />

E 4.788 527 251<br />

F 5.358 589 314<br />

G 5.700 627 351<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Guia da Eficiência Energética, ADENE, Maio de 2010<br />

Tabela 37 – Poupança de energia – Máquina de secar roupa<br />

Classe de eficiência<br />

energética<br />

Consumo de energia em 10<br />

a<strong>no</strong>s (kWh)<br />

Custo económico em<br />

10 a<strong>no</strong>s (euro)<br />

Poupança na substituição<br />

por um produto de classe A<br />

(euro)<br />

A 1.672 184 -<br />

B 1.976 217 33<br />

C 2.508 276 92<br />

D 3.040 334 150<br />

E 3.192 351 167<br />

F 3.572 393 209<br />

G 3.800 418 234<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: Guia da Eficiência Energética, ADENE, Maio de 2010<br />

63 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.5 Processos produtivos<br />

O setor Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário compreende o processamento de diversos tipos de<br />

matérias-primas (naturais e não naturais) como por exemplo: algodão, lã, poliéster,<br />

poliamida, acrílica, etc.. O processo de transformação destas fibras pode ser efetua<strong>do</strong> de<br />

forma singela (uma só fibra) e na forma de misturas. O processamento de cada matériaprima<br />

é específico da mesma, <strong>no</strong> entanto as várias operações podem organizar-se em:<br />

fiação, tecelagem e/ou tricotagem, e<strong>no</strong>brecimento (tinturaria, estamparia e<br />

acabamento) e confeção, segun<strong>do</strong> o esquema a seguir apresenta<strong>do</strong>:<br />

FIBRAS TÊXTEIS<br />

FIAÇÃO<br />

TECELAGEM<br />

TRICOTAGEM<br />

ENOBRECIMENTO<br />

CONFEÇÃO<br />

Figura 5 – Esquema representativo da fileira têxtil<br />

Genericamente:<br />

=> Fiação: etapa de obtenção <strong>do</strong> fio, a partir das fibras têxteis, que pode ser envia<strong>do</strong><br />

para o e<strong>no</strong>brecimento ou diretamente para a tecelagem ou para a tricotagem;<br />

64 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


FIBRAS<br />

FIO<br />

ESTRUTURA TÊXTIL<br />

PEÇA CONFECCIONADA<br />

=> Tecelagem e/ou Tricotagem: etapas de fabrico de teci<strong>do</strong> pla<strong>no</strong>, teci<strong>do</strong>s de malha<br />

circular ou retilínea, a partir <strong>do</strong>s fios têxteis (em crú ou já previamente submeti<strong>do</strong>s ao<br />

e<strong>no</strong>brecimento);<br />

=> E<strong>no</strong>brecimento: etapa de tratamento prévio (também de<strong>no</strong>minada de preparação),<br />

tingimento, estamparia e acabamento de fibra, fio, teci<strong>do</strong>s, malhas ou artigos<br />

confeciona<strong>do</strong>s;<br />

=> Confeções: etapa de união de painéis para dar origem a peças finais.<br />

Os principais produtos resultantes <strong>do</strong> processo de transformação têxtil são:<br />

•Naturais<br />

•Não<br />

naturais<br />

•Pentea<strong>do</strong><br />

•Carda<strong>do</strong><br />

•Teci<strong>do</strong><br />

•Malha<br />

•Vestuários<br />

•Têxtil lar<br />

•Outras<br />

aplicações<br />

Figura 6 – Principais produtos <strong>do</strong> processo de transformação têxtil<br />

Segun<strong>do</strong> a Diretiva 96/74/CE <strong>do</strong> Parlamento Europeu e <strong>do</strong> Conselho, de 16 de Dezembro<br />

de 1996 “Fibra é um elemento caracteriza<strong>do</strong> pela sua flexibilidade, finura e grande<br />

comprimento relativamente à dimensão transversal máxima, que o tornam apto para<br />

fins têxteis”.<br />

O quadro apresenta<strong>do</strong> a seguir divide as fibras em <strong>do</strong>is grupos de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong>s de Fibras<br />

Naturais e Fibras Não Naturais (também usualmente de<strong>no</strong>minadas de químicas,<br />

manufaturadas, etc.), conforme o TECHNICAL REPORT ISO/TR 11827:2011(E).<br />

As fibras têxteis naturais são aquelas que a natureza proporciona ao homem e que este<br />

aproveita como tal. As fibras têxteis não-naturais são todas as fibras produzidas por<br />

processos químicos, a partir de polímeros naturais ou a partir de polímeros obti<strong>do</strong>s por<br />

síntese química (sinteticamente) ou mesmo de origem i<strong>no</strong>rgânica.<br />

65 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Naturais<br />

Tabela 38 – Classificação das fibras têxeis naturais<br />

Caule<br />

Vegetais<br />

Folhas<br />

Semente<br />

Fruto<br />

Pêlos<br />

Animais<br />

Secreções<br />

Minerais<br />

Linho<br />

Juta<br />

Ramie<br />

Cânhamo<br />

Kenaf<br />

Giesta<br />

Outras<br />

Sisal<br />

Abacá<br />

Alfa<br />

Henequen<br />

Maguey<br />

Outras<br />

Algodão<br />

Sumaúma<br />

Outras<br />

Coco<br />

Outras<br />

Lã<br />

Mohair<br />

Caxemira<br />

Lama<br />

Alpaca<br />

Vicunha<br />

Camelo<br />

Coelho angorá<br />

Coelho comum<br />

Castor<br />

Lontra<br />

Boi<br />

Vison<br />

Cavalo<br />

Outras<br />

Seda<br />

Outras<br />

Amianto<br />

Asbestos<br />

Outras<br />

66 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Não Naturais<br />

Tabela 39 – Classificação das fibras têxteis não naturais<br />

Orgânicas<br />

I<strong>no</strong>rgânicas<br />

Artificiais<br />

Sintéticas<br />

Viscose<br />

Acetato<br />

Triacetato<br />

Celulósicas<br />

Lyocel<br />

Cupro<br />

Modal<br />

Outras<br />

Alginato<br />

Protéica<br />

Outras<br />

Elastodie<strong>no</strong> (latex)<br />

Outras<br />

Acrílica<br />

Modacrílica<br />

Fluorofibra<br />

Poliamida<br />

Poliéster<br />

Aramidas<br />

Polimidas<br />

Polietile<strong>no</strong><br />

Polipropile<strong>no</strong><br />

Poliáci<strong>do</strong>s<br />

Elasta<strong>no</strong><br />

Elastodie<strong>no</strong><br />

Elastolefina<br />

Melamina<br />

Policarbomida<br />

Trivinil<br />

Elastomultiester<br />

Outras<br />

Vidro<br />

Carbo<strong>no</strong><br />

Boro<br />

Silício<br />

Metálicas<br />

Metalizadas<br />

Cerâmicas<br />

Outas<br />

67 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.5.1 Principais fluxos produtivos<br />

Os esquemas seguintes apresentam os fluxos produtivos de algumas fibras.<br />

Processo produtivo <strong>do</strong> algodão<br />

Figura 7 – Fluxo produtivo <strong>do</strong> algodão<br />

Processo produtivo da lã<br />

Figura 8 – Fluxo produtivo da lã<br />

68 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Processo produtivo de fibras sintéticas e artificiais<br />

Figura 9 – Fluxo produtivo de fibras sintéticas e artificiais<br />

O esquema seguinte apresenta o fluxo produtivo da confeção.<br />

Processo produtivo de confeção<br />

Figura 10 – Fluxo produtivo de confeção<br />

69 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.5.2 Fiação<br />

A fiação é um conjunto de operações mecânicas necessárias à transformação das fibras,<br />

que, na maioria <strong>do</strong>s casos, se apresentam de uma forma desordenada, entrelaçadas e<br />

carregadas de impurezas, em fios de secção o mais circular possível, cujas fibras se<br />

encontram individualizadas, com um certo grau de paralelismo e com uma coesão que<br />

lhes é conferida por operações como a torção, a vaporização, a retorção, etc.<br />

MATÉRIA-PRIMA<br />

FIAÇÃO<br />

Figura 11 – Fiação<br />

Geralmente, as fiações de fios fia<strong>do</strong>s são classificadas em função da natureza das fibras<br />

e <strong>do</strong> comprimento das fibras. De acor<strong>do</strong> com o esquema a seguir, a fibra curta, por<br />

excelência, é o algodão e a fibra longa é a lã.<br />

As fibras artificiais e sintéticas são classificadas como fibra curta ou fibra longa de<br />

acor<strong>do</strong> com o comprimento com que forem cortadas.<br />

FIAÇÃO FIOS FIADOS<br />

FIAÇÃO DE FIBRAS<br />

CURTAS<br />

(SISTEMA ALGODOEIRO)<br />

FIAÇÃO DE FIBRAS<br />

LONGAS<br />

(SISTEM A LANEIRO)<br />

Figura 12 – Sistemas de fiação de fios fia<strong>do</strong>s<br />

A fiação de fios fia<strong>do</strong>s, também designada por fiação convencional ou fiação de anel, dá<br />

origem a diversos tipos de fios, consoante o sistema de fiação utiliza<strong>do</strong>, <strong>no</strong>meadamente,<br />

70 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


sistema de fiação de fibras curtas (algo<strong>do</strong>eiro) ou sistema de fiação de fibras longas<br />

(laneiro).<br />

Assim, <strong>no</strong> caso da fiação de algodão existem <strong>do</strong>is tipos de fios que podemos produzir a<br />

partir de um processo de fiação convencional ou de anel:<br />

Fiação de fibras curtas<br />

(Sistema algo<strong>do</strong>eiro)<br />

Fios carda<strong>do</strong>s<br />

Fios pentea<strong>do</strong>s<br />

100%<br />

algodão<br />

Mistura de<br />

fibras<br />

Mistura de<br />

cores<br />

100%<br />

algodão<br />

Mistura de<br />

fibras<br />

Mistura de<br />

cores<br />

Figura 13 – Fios produzi<strong>do</strong>s pelo sistema algo<strong>do</strong>eiro<br />

No caso da fiação de lanifícios, podemos obter três tipos de fios:<br />

Fiação de fibras longas<br />

(Sistema laneiro)<br />

Fios carda<strong>do</strong>s<br />

Fios semipentea<strong>do</strong>s<br />

Fios pentea<strong>do</strong>s<br />

100% lã<br />

Mistura de<br />

fibras<br />

Mistura de<br />

cores<br />

100% lã<br />

Mistura de<br />

fibras<br />

Mistura de<br />

cores<br />

100% lã<br />

Mistura de<br />

fibras<br />

Mistura de<br />

cores<br />

Figura 14 – Fios produzi<strong>do</strong>s pelo sistema laneiro<br />

Fio carda<strong>do</strong><br />

Fio pentea<strong>do</strong><br />

Fio Open-End<br />

Figura 15 – Fotos <strong>do</strong>s principais tipos de fios (Fonte: CITEVE)<br />

71 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Na fiação de fibras curtas (sistema algo<strong>do</strong>eiro) existem <strong>do</strong>is processos de fiação<br />

convencional para produzir um fio, designadamente: processo de fio carda<strong>do</strong> e processo<br />

de fio pentea<strong>do</strong>, de acor<strong>do</strong> com o esquema a seguir:<br />

Matéria-prima<br />

em far<strong>do</strong>s<br />

Abertura<br />

Cardação<br />

Fita<br />

Carda<strong>do</strong><br />

Paralelização e<br />

homogeneização<br />

Fita<br />

Fita<br />

Pentea<strong>do</strong><br />

Paralelização e<br />

homogenização<br />

Fita<br />

Preparação para<br />

a penteação<br />

Manta<br />

Fita<br />

Penteação<br />

Acabamento de<br />

penteação<br />

Preparação para<br />

fiação<br />

propriamente<br />

dita<br />

Mecha<br />

Fita<br />

Preparação para<br />

a fiação<br />

propriamente<br />

dita<br />

Mecha<br />

Fiação propriamente dita<br />

(Fiação de anel)<br />

Fio em canelas<br />

Figura 16 – Fluxo de fiação de fibras curtas (sistema algo<strong>do</strong>eiro)<br />

Devi<strong>do</strong> às limitações apresentadas pelo processo de fiação convencional (velocidade <strong>do</strong><br />

viajantes e <strong>do</strong>s fusos, tamanho de canelas, limitações da estiragem, etc.), houve a<br />

necessidade de desenvolver <strong>no</strong>vas técnicas de fiação, designadas por não convencionais,<br />

das quais se destacam a fiação open-end ou por rotor e a fiação por jacto de ar. O<br />

processo utiliza<strong>do</strong> apresenta-se a seguir:<br />

72 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Matéria-prima<br />

em far<strong>do</strong>s<br />

Abertura<br />

Cardação<br />

Fita<br />

Open-end<br />

Paralelização e<br />

homogeneização<br />

das fitas<br />

Fita<br />

Fiação propriamente dita<br />

(contínuo open-end)<br />

Fio em bobinas<br />

Figura 17 – Fluxo de fiação não convencional (open-end)<br />

Na fiação de fibras longas (sistema laneiro) existem três processos de fiação<br />

convencional para produzir um fio, processo de fio carda<strong>do</strong>, processo de fio<br />

semipentea<strong>do</strong> e processo de fio pentea<strong>do</strong>.<br />

Cada um <strong>do</strong>s processos engloba mais ou me<strong>no</strong>s operações consoante o tipo de fio que<br />

se pretende produzir, de acor<strong>do</strong> com o esquema a seguir apresenta<strong>do</strong>.<br />

73 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Matéria-prima<br />

em far<strong>do</strong>s<br />

Lavagem<br />

Abertura<br />

Mistura<br />

Cardação<br />

Mecha<br />

Carda<strong>do</strong><br />

Fita<br />

Semipentea<strong>do</strong><br />

Fita<br />

Pentea<strong>do</strong><br />

Preparação para<br />

a penteação<br />

(Desfeltragem)<br />

Fita<br />

Fita<br />

Penteação<br />

Acabamento de<br />

penteação<br />

Fita<br />

Mistura<br />

Fita<br />

Repenteação<br />

Baixa<br />

preparação para<br />

a fiação<br />

Fita<br />

Baixa<br />

preparação para<br />

a fiação<br />

Fita<br />

Fita<br />

Alta preparação<br />

para a fiação<br />

Mecha<br />

Fita<br />

Alta preparação<br />

para a fiação<br />

Mecha<br />

Fiação propriamente dita<br />

(Fiação de anel)<br />

Fio em canelas<br />

Figura 18 – Fluxo de fiação de fibras longas (sistema laneiro)<br />

Na tabela seguinte são apresentadas as principais etapas de produção e a sua finalidade<br />

básica.<br />

74 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 40 – Principais etapas da Fiação<br />

Principais Processos<br />

FIAÇÃO DE FIBRAS CURTAS<br />

Limpeza e depuração<br />

-Abertura (equipamentos utiliza<strong>do</strong>s: Abri<strong>do</strong>r de far<strong>do</strong>s, Separa<strong>do</strong>r<br />

multifuncional de partículas estranhas, Mistura<strong>do</strong>r, Limpa<strong>do</strong>r / abri<strong>do</strong>r,<br />

Separa<strong>do</strong>r de corpos estranhos)<br />

-Cardação (Carda)<br />

Ppreparação para a Fiação<br />

-Paralelização e homogeneização (Lamina<strong>do</strong>r)<br />

-Preparação para a penteação (reunideira de fitas); Penteação; Acabamento<br />

de penteação (Lamina<strong>do</strong>r autorregula<strong>do</strong>r)*<br />

-Preparação para a fiação propriamente dita (Torce)<br />

Fiação (Contínuo de fiação)<br />

Acabamento de fiação<br />

-Bobinagem (Bobinadeira – conicadeira)<br />

-Vaporização (Vaporiza<strong>do</strong>r)<br />

-Retorção (Retorce<strong>do</strong>r)<br />

* apenas para fios pentea<strong>do</strong>s<br />

** <strong>no</strong> caso de fiação não convencional (open end, air jet) o material em<br />

processamento passa diretamente da paralelização e homogeneização para o<br />

acabamento de fiação constituí<strong>do</strong> pelo contínuo de fiação.<br />

FIAÇÃO DE FIBRAS LONGAS<br />

Lavagem, abertura e mistura<br />

- Escolha<br />

- Abertura e limpeza (lobas)<br />

-Lavagem e secagem (lava<strong>do</strong>uros)<br />

Cardação (cardas)<br />

1) Carda<strong>do</strong><br />

-Fiação (contínuo de fiação)<br />

2) Semipentea<strong>do</strong><br />

Preparação para a fiação<br />

-Baixa preparação para a fiação (intersecting)<br />

-Alta preparação para a fiação (fricciona<strong>do</strong>res, banco de fusos)<br />

-FIAÇÃO<br />

3) Pentea<strong>do</strong>s<br />

Preparação para a fiação<br />

-Preparação para a penteação (intersecting)<br />

-Penteação (penteadeira)<br />

-Acabamento de penteação (intersecting)<br />

-Mistura (mistura<strong>do</strong>r)<br />

-Repenteação (intersecting)<br />

-Baixa preparação para a fiação (intersecting)<br />

-Alta preparação para a fiação (fricciona<strong>do</strong>res, banco de fusos)<br />

-Fiação<br />

Acabamento de fiação<br />

- Bobinagem (Bobinadeira – conicadeira)<br />

- Vaporização (Vaporiza<strong>do</strong>r)<br />

- Retorção (Retorce<strong>do</strong>r)<br />

* apenas para fios pentea<strong>do</strong>s<br />

FIBRAS SINTÉTICAS /ARTIFICIAIS<br />

- Chips (polímero)<br />

- Extrusão (por via húmida ou seca)<br />

- Bobinagem<br />

- Estiragem<br />

- Bobinagem<br />

- Texturização<br />

* o circuito de fabrico varia em função da dimensão da tipologia e diversidade<br />

de cada empresa<br />

Finalidade Básica<br />

Estes processos consistem basicamente em:<br />

-Remover impurezas da fibra<br />

-Separar fibras curtas<br />

-Paralelizar, estirar e torcer as fibras para obtenção <strong>do</strong> fio<br />

-Juntar e torcer para a formação de fios retorci<strong>do</strong>s<br />

-Enrolar os fios em suportes adequa<strong>do</strong>s ao seu<br />

processamento nas operações seguintes<br />

-Estabilizar dimensionalmente as características físicas <strong>do</strong><br />

fio por efeito térmico (calor/vapor)<br />

Estes processos consistem basicamente em:<br />

-Remover impurezas da fibra (sujidades, gorduras, ceras,<br />

etc.)<br />

-Separar fibras curtas<br />

-Paralelizar, estirar e torcer as fibras para obtenção <strong>do</strong> fio<br />

-Juntar e torcer para a formação de fios retorci<strong>do</strong>s<br />

-Enrolar os fios em suportes adequa<strong>do</strong>s ao seu<br />

processamento nas operações seguintes<br />

- Estabilizar dimensionalmente as características físicas <strong>do</strong><br />

fio por efeito térmico (calor/vapor)<br />

Estes processos consistem basicamente em:<br />

-Obtenção de filamentos contínuos constituintes <strong>do</strong>s fios<br />

-Estirar os filamentos por forma a estabilizar<br />

dimensionalmente as suas características físicas<br />

-Enrolar os fios em suportes adequa<strong>do</strong>s ao seu<br />

processamento nas operações seguintes<br />

- Alterar as características dimensionais <strong>do</strong>s filamentos por<br />

forma a adquirir elasticidade e volume<br />

75 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


As fibras não naturais são obtidas a partir da dissolução (em solvente adequa<strong>do</strong>) ou da<br />

fusão de um polímero. No seu processo produtivo obtêm-se: filamentos contínuos, fibra<br />

cortada e filamentos texturiza<strong>do</strong>s.<br />

O processo de fabrico <strong>do</strong> filamento designa-se por extrusão, poden<strong>do</strong> ser considera<strong>do</strong>s<br />

vários tipos de extrusão (via húmida, via seca e via de fusão), de acor<strong>do</strong> com a tabela 41.<br />

Tabela 41 – Principais processos de fabrico de fibras não naturais<br />

Fibra Polímero base Extrusão Fibra<br />

Viscose Celulose Via húmida<br />

Cupro Celulose Via seca<br />

Modal Celusose Via húmida<br />

Acetato Celulose Via seca<br />

Triacetato Celulose Via seca<br />

Caseína Caseína <strong>do</strong> leite Via húmida<br />

Alginato de cálcio Áci<strong>do</strong> algínico Via húmida<br />

Poliéster Politereftalato Via de fusão<br />

Poliamida 6.6 Poli(hexametile<strong>no</strong>adipamida) Via de fusão<br />

Polimida 6 Policapromida Via de fusão<br />

Aramidas Poliamidas aromáticas Via de fusão<br />

Acrílicas<br />

Poliacrilonitrilo (pelo me<strong>no</strong>s<br />

85% de acrilonitrilo)<br />

Via seca ou via<br />

húmida<br />

Modacrílicas Poliacrilonitrilo (de 50 a 85%<br />

de acrilonitrilo)<br />

Via seca ou via<br />

húmida<br />

Policloreto de vinilo Policroleto de vinilo Via seca ou via<br />

húmida<br />

Policloreto de<br />

vinilide<strong>no</strong><br />

Policloreto de vinilide<strong>no</strong><br />

Via de fusão<br />

Politetrafluoroetile<strong>no</strong> Politetrafluoroetile<strong>no</strong> Via húmida<br />

Polietile<strong>no</strong> Polietile<strong>no</strong> Via de fusão<br />

Polipropile<strong>no</strong> Polipropile<strong>no</strong> Via de fusão<br />

Poliureta<strong>no</strong> (elasta<strong>no</strong>)<br />

Poliureta<strong>no</strong><br />

76 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.5.3 Tecelagem<br />

A tecelagem é a operação de cruzamento ortogonal de <strong>do</strong>is sistemas de fios de mo<strong>do</strong> a<br />

produzir um teci<strong>do</strong> e realiza-se em máquinas de<strong>no</strong>minadas por teares ou, mais<br />

modernamente, por máquinas de tecer.<br />

Por teci<strong>do</strong> entende-se um corpo têxtil laminar mais ou me<strong>no</strong>s elástico, resistente e<br />

flexível, produzi<strong>do</strong> pelo cruzamento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is sistemas de fios: um longitudinal – teia – e<br />

o outro transversal – trama.<br />

TRAMA<br />

TEIA<br />

Figura 19 – Esquema representativo da formação de um teci<strong>do</strong> (Fonte: CITEVE)<br />

No quadro seguinte são apresentadas as principais etapas de produção e a sua<br />

finalidade básica.<br />

Tabela 42 – Principais processos de Tecelagem/ Tricotagem<br />

Principais Processos<br />

Preparação tecelagem:<br />

Bobinagem<br />

Urdissagem<br />

Encolagem<br />

Atar teias<br />

Montagem de lamelas<br />

Remeti<strong>do</strong><br />

Picar o pente<br />

Montagem automática<br />

Finalidade básica<br />

Estes processos consistem basicamente em preparar as teias e<br />

efetuar a sua montagem <strong>no</strong> tear através de:<br />

-seleção <strong>do</strong>s fios apropria<strong>do</strong>s e a sua preparação para a tecelagem<br />

- enrolar uma parte ou a totalidade <strong>do</strong>s fios de teia a tecer, <strong>no</strong><br />

órgão <strong>do</strong> tear, na forma de camadas sucessivas, com uma tensão<br />

tão uniforme quanto possível e manten<strong>do</strong> os fios em posição<br />

paralela entre si<br />

-aplicar uma encolagem de tal mo<strong>do</strong> que se envolva cada fio com<br />

uma película de matéria encolante para que as fibras adiram entre<br />

si, forman<strong>do</strong> um corpo compacto<br />

-atar teias, proceder à montagem de lamelas, remeter liços<br />

(empeirar liços), introduzir os fios de teia nas puas <strong>do</strong> pente<br />

-através da montagem automática consegue-se realizar, numa só<br />

fase, as operações de montar lamelas, remeter liços e picar o pente.<br />

Tecelagem:<br />

Abertura da cala<br />

Inserção de trama<br />

Revista<br />

-fabrico de teci<strong>do</strong> pla<strong>no</strong> (teares de pinça, de ar ou de água, etc.),<br />

fazen<strong>do</strong> passar um fio de trama, através da cala, de um la<strong>do</strong> ao<br />

outro <strong>do</strong> tear.<br />

-inspeção <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> onde se procede à identificação, classificação e<br />

rastreabilidade <strong>do</strong>s defeitos.<br />

77 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Em termos de fluxo produtivo o processo de tecelagem organiza-se da seguinte forma:<br />

BOBINAGEM<br />

Eventualmente C A N E L A G E M<br />

URDISSAGEM<br />

ENCOLAGEM<br />

Eventualmente E N S I M A G E M<br />

MONTAR LAMELAS<br />

REMETER / EMPEIRAR<br />

REMETER / EMPEIRAR<br />

PICAR PENTE<br />

PICAR PENTE<br />

MONTAR LAMELAS<br />

ATAR TEIAS<br />

MONTAGEM NO TEAR<br />

Montagem de to<strong>do</strong> o<br />

conjunto <strong>no</strong> tear<br />

TECELAGEM<br />

Figura 20 – Fluxo de Tecelagem<br />

Do esquema constata-se que, após a encolagem, duas situações podem surgir:<br />

=> O teci<strong>do</strong> a produzir <strong>no</strong> tear possui as mesmas características técnicas <strong>do</strong><br />

anteriormente teci<strong>do</strong> e, assim, limitamo-<strong>no</strong>s a efetuar uma operação de atar as duas<br />

teias;<br />

=> O teci<strong>do</strong> a produzir <strong>no</strong> tear é diferente <strong>do</strong> anterior e, então, há que montar lamelas,<br />

remeter a teia <strong>no</strong>s liços <strong>do</strong>s quadros e picar o pente.<br />

A importância de cada uma das operações de preparação é indiscutível, pois a qualidade<br />

final <strong>do</strong> artigo será o somatório <strong>do</strong>s níveis de qualidade utiliza<strong>do</strong>s nas várias fases <strong>do</strong><br />

processo.<br />

O aumento <strong>no</strong> consumo de fibras sintéticas, sobretu<strong>do</strong> em misturas com fibras naturais,<br />

veio acrescer a importância das operações de preparação.<br />

As operações de preparação à tecelagem deverão rodear-se <strong>do</strong>s maiores cuida<strong>do</strong>s e<br />

rigor, pois possuem uma importância crítica na qualidade <strong>do</strong> produto final.<br />

78 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.5.4 Tricotagem<br />

O processo de tricotagem consiste na produção de malhas (malhas de trama ou malhas<br />

de teia) através <strong>do</strong> entrelaçamento de fios utilizan<strong>do</strong> técnicas de formação de laçadas.<br />

Muitas laçadas juntas compõem fileiras (linha horizontal de laçadas produzida por<br />

agulhas adjacentes) e colunas (linha vertical de laçadas produzida pela mesma agulha).<br />

Fileira<br />

Coluna<br />

Figura 21 – Representação esquemática de fileiras e colunas (Fonte: CITEVE)<br />

As secções fundamentais de um tear são:<br />

=> Sistema de alimentação – tem como função fazer o transporte <strong>do</strong> fio até às agulhas. É<br />

entre outros elementos constituí<strong>do</strong> por guias e tensores;<br />

=> Sistema de formação da malha - constituí<strong>do</strong> pelos diversos elementos intervenientes<br />

na produção das laçadas. Os principais elementos são agulhas, platinas, jacks, cames e<br />

transferi<strong>do</strong>res;<br />

=> Sistema de tiragem da malha - tem como função tensionar a malha de forma a ajudar<br />

a agulha a fazer a descarga das laçadas velhas, sem que estas subam, quan<strong>do</strong> a agulha<br />

sobe para agarrar o fio da <strong>no</strong>va laçada, e ainda acomodar a malha, de forma a ser mais<br />

fácil retira-la <strong>do</strong> tear. Este sistema inclui elementos de tensionamento e enrolamento ou<br />

acomodação da malha.<br />

Principais famílias de teares:<br />

79 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Figura 22 – Famílias de teares de malha trama<br />

Figura 23 – Famílias de teares de malha teia<br />

3.5.5 E<strong>no</strong>brecimento<br />

O processo de e<strong>no</strong>brecimento ou de ultimação têxtil é um conjunto de operações às<br />

quais se submete um substrato têxtil após o seu fabrico.<br />

As principais etapas deste processo são: Tratamento prévio, Tingimento, Estamparia e<br />

Acabamentos.<br />

Uma vez que é possível efetuar este processo em quase to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s de<br />

transformação, desde o início <strong>do</strong> processo (rama), até ao seu esta<strong>do</strong> de transformação<br />

mais avança<strong>do</strong> (peça confecionada), o seu posicionamento não é fixo, poden<strong>do</strong> aparecer<br />

ao longo de to<strong>do</strong> o processo produtivo.<br />

80 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 43 – Principais processos de Tratamento prévio<br />

Operações da<br />

e<strong>no</strong>brecimento<br />

Tratamento prévio ou<br />

preparação<br />

Principais Processos<br />

Gasagem (Chamuscagem)<br />

Desencolagem/<br />

desensimagem<br />

Fervura<br />

Mercerização e Caustificação<br />

Braqueamento (químico e<br />

óptico)<br />

Termofixação<br />

Finalidade básica<br />

Eliminar fibrilas da superfície <strong>do</strong> material<br />

têxtil, por meio de queima de forma a<br />

melhorar a regularidade da superfície <strong>do</strong><br />

fio ou <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>;<br />

Eliminar os agentes encolantes<br />

introduzi<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s fios da teia ou os<br />

produtos de ensimagem que são<br />

aplica<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s fios;<br />

Remover materiais oleosos e impurezas<br />

através de reações de saponificação,<br />

emulsão e dissolução de forma a tornar<br />

os artigos hidrófilos<br />

Tratamento alcali<strong>no</strong> <strong>do</strong> material têxtil<br />

com objetivo de melhorar propriedades<br />

físico-químicas da fibra (brilho, aumento<br />

da afinidade tintorial, estabilidade<br />

dimensional etc.)<br />

Nota: a diferença básica entre a<br />

mercerização e caustificação é que a<br />

primeira é efetuada com maior<br />

concentração de álcali, sob tensão, à<br />

temperatura ambiente e em<br />

equipamento específico (mercerizadeira).<br />

Remover coloração amarelada (natural)<br />

<strong>do</strong> material têxtil através da oxidação <strong>do</strong>s<br />

seus pigmentos amarela<strong>do</strong>s, bem como,<br />

eliminar as restantes impurezas vegetais.<br />

Estabilizar as tensões internas das fibras<br />

sintéticas, evitan<strong>do</strong> que nas operações<br />

posteriores a molha<strong>do</strong> não ocorram<br />

deformações<br />

dimensionais,<br />

encolhimentos e enrugamentos.<br />

81 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 44 – Principais processos de Coloração<br />

Operações da e<strong>no</strong>brecimento Principais Processos Finalidade básica<br />

Tingimento<br />

Estamparia<br />

Preparação de receitas<br />

Tingimento propriamente dito<br />

Lavagens e enxaguamentos<br />

Preparação de pastas<br />

Estamparia propriamente dita<br />

Secagem, fixação e lavagem<br />

Conferir ao substrato têxtil uma cor<br />

uniforme em toda a sua extensão, dan<strong>do</strong><br />

aos têxteis um aspeto mais agradável<br />

(valorizan<strong>do</strong> os artigos) e dar resposta às<br />

necessidades da moda ou da tradição.<br />

Conferir coloração ao substrato têxtil de<br />

forma localizada (tipo tingimento<br />

localiza<strong>do</strong>) a uma ou várias cores, através da<br />

transferência de uma pasta colorida para o<br />

artigo têxtil, utilizan<strong>do</strong> para tal um<br />

intermediário (quadro pla<strong>no</strong> ou rotativo).<br />

Tabela 45 – Principais processos de Acabamento<br />

Operações da e<strong>no</strong>brecimento Principais Processos Finalidade básica<br />

Acabamento Mecânico<br />

Acabamento<br />

Químico<br />

Secagem<br />

Cardação, esmerilagem, laminagem,<br />

decatissagem, calandragem,<br />

compactação, termofixação, outros<br />

Químicos<br />

(amaciamento<br />

enzimático, oleófugo, impremeabilização,<br />

anti nó<strong>do</strong>as, neutralização de o<strong>do</strong>res,<br />

proteção ao fogo, aos micróbios, aos<br />

raios UV, aos mosquitos, etc.)<br />

Remover a água existente na<br />

matéria, através de processos<br />

de processos mecânicos<br />

(expressão, centrifugação,<br />

sucção) segui<strong>do</strong>s de processos<br />

de evaporação.<br />

Aumentar de volume e<br />

melhoria das suas<br />

propriedades de isolamento<br />

térmico, toque, regularidade,<br />

estabilidade dimensional,<br />

eliminar ou aumentar o brilho,<br />

e outros efeitos especiais<br />

(moiré, gofragem, etc.).<br />

Eliminar as substâncias<br />

estranhas ao teci<strong>do</strong>;<br />

Desenvolver as características<br />

<strong>do</strong> artigo nas componentes<br />

toque e aspeto, funcionalidade<br />

e estética;<br />

Conferir ao artigo<br />

propriedades que assegurem<br />

um bom comportamento na<br />

confeção e durante o uso.<br />

3.5.6 Confeção<br />

O objetivo da Indústria da Confeção é transformar materiais têxteis pla<strong>no</strong>s em artigos de<br />

vestuário, têxteis-lar ou outros.<br />

A grande maioria das empresas têxteis não têm o ciclo completo das etapas de<br />

produção o que obriga muitas vezes a subcontratar algumas das etapas <strong>do</strong> processo a<br />

outras empresas. Este sistema de trabalho por subcontratação é ainda mais frequente<br />

nas indústrias de confeção.<br />

82 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


As principais fases de fabricação são o corte, a costura e o acabamento, de acor<strong>do</strong> com a<br />

seguinte tabela.<br />

Tabela 46 – Principais processos de Confeção<br />

Principais Processos<br />

Modelagem<br />

Estendimento<br />

Corte<br />

Costura<br />

Acabamento<br />

Embalagem/Expedição<br />

Finalidade básica<br />

-elaborar os moldes base a partir <strong>do</strong> esboço idealiza<strong>do</strong> pelo<br />

estilista e os respetivos escala<strong>do</strong>s para os diferentes<br />

tamanhos da peça. Este processo pode ser efetua<strong>do</strong> em papel<br />

ou recorren<strong>do</strong> a sistemas computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>s.<br />

-empilhar folhas de teci<strong>do</strong> ou outro material numa mesa,<br />

corretamente alinhadas à largura e comprimento e sem<br />

tensão, forman<strong>do</strong> o colchão, de forma a que possam ser<br />

cortadas simultaneamente em componentes para<br />

processamento posterior. Os principais equipamentos e<br />

ferramentas são as mesas, os sistemas de estender e as<br />

ferramentas de controlo <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.<br />

O objetivo da estendida é preparar os materiais para o corte,<br />

forman<strong>do</strong> o colchão com as folhas.<br />

-cortar as matérias-primas <strong>no</strong>s componentes requeri<strong>do</strong>s. O<br />

corte pode ser efetua<strong>do</strong> basicamente por duas formas: em<br />

blocos ou em moldes. O corte em moldes origina<br />

componentes com o perfil exato para utilizar <strong>no</strong> processo<br />

seguinte, enquanto que o corte em blocos secciona o colchão,<br />

sen<strong>do</strong> depois necessário o recorte em moldes.<br />

Os principais equipamentos e ferramentas são as ferramentas<br />

de corte que podem ser de coman<strong>do</strong> manual (tesoura de<br />

lâmina circular ou vertical e serra de fita) ou automático<br />

(máquina de corte automático).<br />

-unir os diferentes componentes de uma peça de vestuário<br />

pela formação de uma costura, utilizan<strong>do</strong> técnicas mecânicas<br />

(costura), físicas (solda ou termofixação), ou química (por<br />

meio de resinas).<br />

-remate das peças (sistema manual), a revista para verificação<br />

da qualidade da costura, limpeza (<strong>no</strong> caso de peças com<br />

sujidades) a passagem a ferro e/ou prensagem e<br />

eventualmente a lavandaria de peças (peças lavadas após<br />

confeção).<br />

-<strong>do</strong>bra, etiquetagem e embalagem das peças utilizan<strong>do</strong> saco<br />

plástico, papel, caixa de papelão, etc.<br />

3.5.7 Identificação de operações/grupo de operações<br />

Nas tabelas a seguir são identificadas as principais fontes de energia associadas às<br />

operações produtivas.<br />

Fiação<br />

Na tabela 47 estão identificadas as fontes de energia para cada etapa <strong>do</strong> processo de<br />

fiação.<br />

83 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 47 – Análise <strong>do</strong> processo de Fiação<br />

Fontes de energia<br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

(principalmente,<br />

bobinadeiras/conicadeiras)<br />

- Vapor<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor (utiliza<strong>do</strong> nas<br />

operações de texturização e<br />

outras)<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

(principalmente,<br />

bobinadeiras/conicadeiras)<br />

- Ar (sistema de climatização)<br />

Processo<br />

Com Fibras Naturais<br />

- Abertura<br />

- Carda<br />

- Lamina<strong>do</strong>r<br />

- Reunideira de fitas<br />

- Penteadeira<br />

- Torce<br />

- Contínuo de fiação<br />

- Bobinadeira<br />

- Retorce<strong>do</strong>r<br />

- Vaporiza<strong>do</strong>r<br />

Com Fibras Sintéticas Artificiais<br />

- Chips (polímero)<br />

- Extrusão (por via húmida ou<br />

seca)<br />

- Bobinagem<br />

- Estiragem<br />

- Bobinagem<br />

- Texturização<br />

Fabrico de estruturas têxteis (Tecelagem/Tricotagem)<br />

Na tabela 48 estão identificadas as fontes de energia associadas a cada etapa <strong>do</strong><br />

processo de tecimento.<br />

Tabela 48 – Análise <strong>do</strong>s processos de Tecelagem e Tricotagem<br />

Fontes de energia<br />

- Energia eléctrica<br />

- Energia eléctrica<br />

- Vapor<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong> (cilindros<br />

espreme<strong>do</strong>res da encoladeira)<br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong> (tear a jacto<br />

de ar)<br />

- Vapor (sistema de<br />

climatização)<br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong> (teares)<br />

- Vapor (sistema de<br />

climatização)<br />

Processo<br />

Urdissagem<br />

Encolagem<br />

Tecelagem<br />

(Teci<strong>do</strong>)<br />

Tricotagem<br />

(malha)<br />

84 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Processo de E<strong>no</strong>brecimento<br />

Tratamento prévio<br />

Na tabela 49 estão identificadas as fontes de energia para cada etapa <strong>do</strong> processo de<br />

tratamento prévio.<br />

Tabela 49 – Análise <strong>do</strong> processo de Tratamento Prévio<br />

Fontes de Energia<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor (cilindros)<br />

- Gás natural ou GPL<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor (cilindros)<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong> (cilindros<br />

espreme<strong>do</strong>res)<br />

Processo<br />

Gasagem / Chamuscagem<br />

Desencolagem (teci<strong>do</strong>s)<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor Fervura<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong> (cilindros<br />

espreme<strong>do</strong>res)<br />

Branqueamento<br />

Mercerização e Caustificação<br />

(operações individuais)<br />

Processo de Tingimento<br />

No caso <strong>do</strong> tingimento são apresentadas as fontes de energia para o processo de<br />

tingimento, tabela 50.<br />

Tabela 50 – Análise <strong>do</strong> processo de Tingimento<br />

Fontes de energia<br />

- Energia elétrica;<br />

- Vapor<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong> (cilindros<br />

espreme<strong>do</strong>res)<br />

Processo<br />

Tingimento<br />

Processo de Estamparia<br />

Na tabela 51 são apresentadas as fontes de energia para o processo de estamparia.<br />

85 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 51 – Análise <strong>do</strong> processo de Estamparia<br />

Fontes de energia<br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

- Vapor<br />

- Fluí<strong>do</strong> térmico<br />

- Gás Natural ou GPL<br />

Processo<br />

Estamparia<br />

Processo de Acabamentos<br />

Na tabela 52 são apresentadas as fontes de energia para o processo de acabamentos.<br />

Tabela 52 – Análise <strong>do</strong> processo de tratamento Acabamentos<br />

Fontes de energia<br />

- Energia elétrica<br />

- Gás natural ou GPL<br />

(secadeiras, râmulas, etc.) e/ou<br />

vapor, óleo térmico<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor, óleo térmico<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor, óleo térmico<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

- Energia elétrica<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

Processo<br />

Secagem<br />

Compactação<br />

Calandragem<br />

Cardação (Perchagem)<br />

Laminagem (Tesouragem)<br />

Esmerilagem<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor<br />

- Energia elétrica<br />

- Gás natural ou GPL (râmulas,<br />

etc.) e/ou vapor, óleo térmico<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

Amaciamento<br />

Acabamentos Químicos, técnicos<br />

e funcionais<br />

Confeção<br />

A seguir, estão identifica<strong>do</strong>s as fontes de energia <strong>do</strong> processo de confeção.<br />

86 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 53 – Análise <strong>do</strong> processo de Confeção<br />

Fontes de energia<br />

- Energia elétrica<br />

- Vapor<br />

- Gás Natural/ GPL<br />

- Ar comprimi<strong>do</strong><br />

Processo<br />

Confeção<br />

3.5.8 Tipos de energia utilizada<br />

Com base <strong>no</strong> conhecimento <strong>do</strong> Citeve, os tipos de energia utiliza<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s sectores da<br />

Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário são: energia eléctrica para geração de força motriz e<br />

iluminação, combustíveis (fuelóleo pesa<strong>do</strong>, gás natural e gás propa<strong>no</strong>) para produção de<br />

vapor, aquecimento de óleo térmico ou utiliza<strong>do</strong> directamente em máquinas produtivas.<br />

Na frota de transporte é ainda utiliza<strong>do</strong> gás propa<strong>no</strong>, gasóleo e/ou gasolina.<br />

Com base <strong>no</strong>s balanços energéticos existentes <strong>no</strong> sítio da DGEG (http://www.dgge.pt/),<br />

<strong>no</strong>s setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário são utiliza<strong>do</strong>s vários tipos de energia, quer<br />

<strong>no</strong> processo produtivo e nas instalações, quer nas Cogerações. Nas tabelas e gráficos<br />

apresenta<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s pontos seguintes, apresenta-se o balanço energético e a sua evolução<br />

de 1990 a 2009, <strong>no</strong>s sectores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário assim como nas<br />

Cogerações inseridas nestes sectores. Da<strong>do</strong>s retira<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Balanços Energéticos <strong>do</strong> sítio<br />

da DGEG (Fonte de da<strong>do</strong>s: http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Balanços e Indica<strong>do</strong>res<br />

Energéticos – Balanços Energéticos).<br />

87 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.5.9 Consumos e custos energéticos<br />

Tabela 54 - Balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep)<br />

Tipos de<br />

energia<br />

Total de petróleo<br />

energético<br />

Total de petróleo<br />

não energético<br />

Balanço Energético (tep) Têxteis<br />

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

218186 203748 199706 170090 164766 147754 164897 220660 180056 131426 138758 106745 106000 102739 99299 92608 91331 37657 17742 13438<br />

3587 3669 3232 2734 2122 2006 3258 597 572 878 1582 1273 763 758 681 520 324 274 811 524<br />

Total de Petróleo 221773 207417 202938 172824 166888 149760 168155 221257 180628 132304 140340 108018 106763 103497 99980 93128 91655 37931 18553 13962<br />

Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 376 14963 97808 119435 139475 145833 150138 124618 125705 108262 121373 92437<br />

Total de<br />

Electricidade 162751 157869 155043 145626 151239 152564 149038 154972 160304 158928 159564 151323 160742 139310<br />

2009<br />

(Provisório)<br />

126499 119648 111131 114053 103010 85028<br />

Calor 41798 15290 7848 5538 8317 10205 14134 16674 18790 22882 20754 36342 36835 36722 33343 40052 38935 50932 50203 46893<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem<br />

Hídrica 8008 21995 19438 20212 20924 20707 22286 24157 27398 48591 49222 49222 49222 51147<br />

52174 53201 53989 55662 55662 55662<br />

Total geral 430743 398902 382035 341466 345246 331230 350355 416463 386924 376790 466106 463067 492274 475751 461453 430127 421091 366566 347990 293458<br />

Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas,<br />

Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais).<br />

Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais)<br />

88 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Consumo de energia (tep)<br />

Gráfico 28 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético na Fabricação de Têxteis 1990-2009<br />

250000<br />

200000<br />

150000<br />

100000<br />

50000<br />

0<br />

Total de Petróleo<br />

Gás Natural<br />

Total de Electricidade<br />

Calor<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem Hídrica<br />

Como se verifica <strong>no</strong> gráfico 28, o consumo de petróleo na Fabricação de Têxteis diminui ao longo <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s ao invés <strong>do</strong> gás natural que subiu o seu consumo<br />

desde a sua introdução <strong>no</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

89 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 55 - Balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009 (tep)<br />

Tipos de<br />

energia<br />

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

Total de Petróleo<br />

Energético<br />

36806 15919 4053 15129 44970 75531 120602 147128 177112 168090 149346 129965 128705 97860 87274 96521 93564 94266 94266 87784<br />

Total de Petróleo<br />

não Energético<br />

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Total de Petróleo 36806 15919 4053 15129 44970 75531 120602 147128 177112 168090 149346 129965 128705 97860 87274 96521 93564 94266 94266 87784<br />

Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2417 28221 49886 55011 55770 65971 72384 95985 95985 94652<br />

Total de<br />

Electricidade<br />

-1466 -580 -828 -6885 -19233 -31983 -46577 -60765 -72071 -74999 -64224 -63860 -69566 -60425 -55771 -63689 -65431 -72232 -72232 -68822<br />

Calor -41798 -15290 -7848 -5538 -8317 -10205 -14134 -16674 -18790 -22882 -20754 -36342 -36835 -36722 -33343 -40052 -38935 -50203 -50203 -46893<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem<br />

Hídrica<br />

Balanço Energético (tep) Têxteis - Cogeração<br />

19156 4694 6849 5549 4837 5054 5054 3183 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Total Geral 12698 4743 2226 8255 22257 38397 64945 72872 86251 70209 66785 57984 72190 55724 53930 58751 61582 67816 67816 66721<br />

Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas,<br />

Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais).<br />

Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais)<br />

2009<br />

(Provisório)<br />

90 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Consumo total de energia (tep)<br />

Gráfico 29 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético nas Cogerações na Fabricação de Têxteis 1990-2009<br />

200000<br />

150000<br />

100000<br />

50000<br />

0<br />

-50000<br />

-100000<br />

Total de Petróleo<br />

Gás Natural<br />

Total de Electricidade<br />

Calor<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem Hídrica<br />

Nas Cogerações existentes nas instalações <strong>do</strong> setor da Fabricação de Têxteis também se verifica o mesmo. Aumentou o consumo <strong>do</strong> gás natural e diminui o<br />

consumo <strong>do</strong> petróleo estan<strong>do</strong> <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s o consumo de ambos os tipos de energia é equivalente.<br />

91 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 56 - Balanço energético na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-2009 (tep)<br />

Tipos de<br />

energia<br />

Total de petróleo<br />

energético<br />

Total de petróleo<br />

não energético<br />

Balanço Energético (tep) Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes<br />

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

21023 24522 35566 43774 32106 17094 20266 16468 15275 12911 7468 8963 9936 8276 7502 6556 5830 4834 6919 5131<br />

165 163 191 288 325 189 243 650 942 839 540 2699 936 1377 1374 234 5 10 15 26<br />

Total de Petróleo 21188 24685 35757 44062 32431 17283 20509 17118 16217 13750 8008 11662 10872 9653 8876 6790 5835 4844 6934 5157<br />

Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 184 805 3549 5041 6202 8669 10525 10230 10926 12226 13893 13478<br />

Total de<br />

Electricidade 28996 31309 33091 33200 34373 34744 37324 38786 39818 40764 40721 41084 39797 39323<br />

37218 31910 33840 31945 29259 27618<br />

Calor 0 0 169 350 383 485 565 452 1421 1544 1078 3136 2222 1468 2090 1303 1489 1634 1815 3753<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem<br />

Hídrica 6691 6574 6475 6346 6345 6345 6730 6730 6744 6750 6755 6755 6755 0<br />

0 0 0 0 0 0<br />

Total geral 56710 62405 75301 83670 73207 58668 64885 62436 63442 62774 59571 64979 64912 57736 57335 49999 52085 50639 51886 49980<br />

Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas,<br />

Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais).<br />

Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais)<br />

2009<br />

(Provisório)<br />

92 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Consumo total de energia (tep)<br />

Gráfico 30 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-2009<br />

50000<br />

45000<br />

40000<br />

35000<br />

30000<br />

25000<br />

20000<br />

15000<br />

10000<br />

5000<br />

0<br />

Total de Petróleo<br />

Gás Natural<br />

Total de Electricidade<br />

Calor<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem Hídrica<br />

Na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes verificamos que são grandes consumi<strong>do</strong>res de eletricidade em relação aos restantes tipos de energia.<br />

Observamos também que o consumo <strong>do</strong> petróleo desceu desde o aparecimento <strong>do</strong> gás natural.<br />

93 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 57 - Balanço energético da Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-2009 (tep)<br />

Tipos de<br />

energia<br />

Total de Petróleo<br />

Energético<br />

Total de Petróleo<br />

não Energético<br />

Balanço Energético (tep) Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes - Cogeração<br />

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

0 0 2979 6107 6557 6727 7286 10716 10832 11082 7104 8580 9070 6546 6593 5302 5506 4423 4423 8587<br />

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Total de Petróleo 0 0 2979 6107 6557 6727 7286 10716 10832 11082 7104 8580 9070 6546 6593 5302 5506 4423 4423 8587<br />

Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4523 0 916 901 1036 1227 1982 1982 4279<br />

Total de<br />

Electricidade<br />

0 0 -1233 -2540 -2708 -2749 -2977 -4361 -4395 -4520 -2847 -5091 -3981 -2950 -3233 -2492 -2723 -2075 -2075 -4809<br />

Calor 0 0 -169 -350 -383 -485 -565 -452 -1421 -1544 -1078 -3136 -2222 -1468 -2090 -1303 -1489 -1815 -1815 -3753<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem<br />

Hídrica<br />

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Total Geral 0 0 1577 3217 3466 3493 3744 5903 5016 5018 3179 4876 2867 3044 2171 2543 2521 2515 2515 4304<br />

Nota: No processo produtivo e nas instalações - Petróleo Energético (GPL, Gasolina, Petróleo, Gasóleo, Fuelóleo); Petróleo Não Energético (Lubrificantes, Asfaltos, Parafinas,<br />

Solventes); Gás Natural; Eletricidade; Calor; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais).<br />

Nas Cogerações: Petróleo Energético (Gasóleo, Fuelóleo); Gás Natural; Eletricidade; Re<strong>no</strong>váveis sem hídrica (Lenhas e resíduos vegetais)<br />

2009<br />

(Provisório)<br />

94 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Consumo total de energia (tep)<br />

Gráfico 31 - Evolução <strong>do</strong> balanço energético nas Cogerações na Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes 1990-2009<br />

12000<br />

10000<br />

8000<br />

6000<br />

4000<br />

2000<br />

0<br />

-2000<br />

-4000<br />

-6000<br />

Total de Petróleo<br />

Gás Natural<br />

Total de Electricidade<br />

Calor<br />

Re<strong>no</strong>váveis sem Hídrica<br />

Nas Cogerações existentes <strong>no</strong> setor da Indústria <strong>do</strong> Vestuário, Calça<strong>do</strong> e Curtumes, o consumo de energia é maioritariamente de petróleo mas observa-se um<br />

decréscimo <strong>no</strong> seu consumo desde a introdução <strong>do</strong> gás natural, que tem aumenta<strong>do</strong> gradualmente o seu consumo.<br />

95 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Custos energéticos<br />

Nas tabelas seguintes, apresentamos os preços médios anuais <strong>do</strong>s tipos de energia,<br />

combustíveis, eletricidade e gás natural.<br />

Tabela 58 - Preços médios anuais de combustíveis e energia elétrica<br />

Gasolina<br />

(€/L) [1]<br />

Gasóleo<br />

(€/L) [1]<br />

GPL<br />

(€/L) [1]<br />

Fuelóleo<br />

(€/kg) [1]<br />

Petróleo<br />

($/L) [2]<br />

Eletricidade<br />

(Cêntimos <strong>do</strong><br />

€/KWh) [3]<br />

1990 --- --- --- --- 92,00 8,24<br />

1991 0,69 0,50 --- 0,14 91,20 9,23<br />

1992 0,68 0,50 --- 0,14 91,20 9,73<br />

1993 0,70 0,51 --- 0,14 90,00 9,73<br />

1994 0,77 0,52 --- 0,13 --- 9,61<br />

1995 0,77 0,52 --- 0,13 --- 9,10<br />

1996 0,79 0,56 --- 0,14 --- 8,62<br />

1997 0,81 0,57 --- 0,16 --- 8,52<br />

1998 0,84 0,56 --- 0,14 --- 8,42<br />

1999 0,84 0,56 0,372 0,17 --- 7,58<br />

2000 0,87 0,68 0,439 0,27 --- 7,54<br />

2001 0,91 0,68 0,485 0,26 --- 7,65<br />

2002 0,92 0,67 0,459 0,26 --- 7,24<br />

2003 0,97 0,71 0,474 0,29 --- 7,38<br />

2004 1,033 0,789 0,500 0,268 --- 7,59<br />

2005 1,149 0,939 0,550 0,352 --- 8,20<br />

2006 1,279 1,044 0,592 0,411 --- 8,73<br />

2007 1,322 1,081 0,597 0,435 --- 9,13<br />

2008 1,386 1,260 0,668 0,548 --- 9,37<br />

2009 1,235 1,003 0,572 0,446 --- 9,93<br />

2010 1,373 1,153 0,677 0,589 --- 10,25<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

[1] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade – Preços de combustíveis –<br />

Preços médios anuais de combustíveis líqui<strong>do</strong>s e gasosos em Portugal Continental (1991 a 2010))<br />

[2] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade – Preços de combustíveis –<br />

Preços de combustíveis líqui<strong>do</strong>s em Portugal Continental (1960 a 2003) - Petróleos)<br />

[3] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade – Tarifas e preços de energia<br />

eléctrica – Tarifas da rede eléctrica Nacional)<br />

96 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Tabela 59 - Meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong>s escalões para consumi<strong>do</strong>res de Gás Natural<br />

Até 1º semestre de 2007<br />

Consumi<strong>do</strong>r - Tipo<br />

Consumo anual em GJ<br />

Fator de carga<br />

I1 418,6<br />

I2<br />

I3-1<br />

I3-2<br />

I4-1<br />

I4-2<br />

I5<br />

Bandas de consumo<br />

A partir <strong>do</strong> 2º semestre de 2007<br />

4.186<br />

200 dias<br />

41.860<br />

200 dias, 1.600h<br />

41.860<br />

250 dias, 4.000h<br />

418.600<br />

250 dias, 4.000h<br />

418.600<br />

330 dias, 8.000h<br />

4.186.000<br />

330 dias, 8.000h<br />

Consumo anual em GJ<br />

I1


Tabela 60 - Preços médios anuais de Gás Natural por escalão (€/GJ) (sem IVA)<br />

Escalões<br />

I1 I2 I3 I3-1 I3-2 I4 I4-1 I4-2 I5<br />

2000 [1] 9,000 6,725 --- 4,800 4,315 --- 4,100 4,140 ---<br />

2001 [1] 12,145 9,235 --- 6,850 6,825 --- 5,705 4,550 ---<br />

2002 [1] 10,200 7,880 --- 6,215 6,015 --- 4,300 4,160 ---<br />

2003 [1] 10,445 7,910 --- 6,080 6,030 --- 3,875 3,745 ---<br />

2004 [1] 10,110 7,740 --- 5,745 5,700 --- 3,865 3,655 ---<br />

2005 [2] 9,580 8,200 --- 6,030 5,970 --- 4,150 4,040 ---<br />

2006 [2] 11,480 9,970 --- 7,630 7,580 --- 5,720 5,610 ---<br />

2007 [2] 11,630 10,160 --- 7,760 7,720 --- 5,920 5,820 ---<br />

2008 [2] 14,586 11,079 8,690 --- --- 6,594 --- --- 6,323<br />

2009 [2] 14,251 11,477 9,422 --- --- 7,099 --- --- 8,549<br />

2010 [2] 11,799 8,961 7,620 --- --- 7,215 --- --- 7,022<br />

2011 [2] 14,930 12,090 9,400 --- --- 8,000 --- --- 7,290<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s:<br />

[1] http://www.dgge.pt/ (Publicações – Preços de energia – Publicação 214, Preços de energia<br />

(trimestral) nº 47, Lisboa 2004))<br />

[2] http://www.dgge.pt/ (Estatísticas e preços – Preços e fiscalidade - Tarifas de gás natural –<br />

Tarifas de gás natural na Indústria, em Portugal Continental e na União Europeia)<br />

Face ao número de empresas têxtil e <strong>do</strong> vestuário apresenta<strong>do</strong> nas tabelas 13 e 14 e<br />

ten<strong>do</strong> em conta o número de empresas registadas <strong>no</strong> SGCIE (Sistema de Gestão <strong>do</strong>s<br />

Consumos Intensivos de Energia), bem como, as empresas abrangidas pelo PNALE (Pla<strong>no</strong><br />

Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão) estimamos que cerca de 95% das<br />

empresas <strong>do</strong> setor têxtil e vestuário têm consumos de energia inferiores a 250 tep<br />

(tonelada equivalente de petróleo). Estimamos que cerca de 1% das empresas <strong>do</strong> setor<br />

têxtil e vestuário têm consumos de energia entre os 250 e 500 tep, sen<strong>do</strong> que o restante<br />

número de empresas terá consumos superiores a 500 tep.<br />

3.6 Identificação de boas práticas e tec<strong>no</strong>logias de eficiência energética<br />

O objetivo da Diretiva IPPC (Intregrated Pollution Prevention Control) é a prevenção e<br />

controlo integra<strong>do</strong>s da poluição (PCIP), resultan<strong>do</strong> num eleva<strong>do</strong> nível de proteção <strong>do</strong><br />

ambiente <strong>no</strong> seu to<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> a eficiência energética e uma utilização prudente <strong>do</strong>s<br />

recursos naturais. A Diretiva prevê um sistema de licenciamento para determinadas<br />

categorias de instalações industriais, que implica que os opera<strong>do</strong>res e as entidades<br />

regula<strong>do</strong>ras procedam a uma análise integrada e global <strong>do</strong> potencial poluente e de<br />

consumo da instalação. O objetivo geral deve consistir na melhoria da conceção,<br />

construção, gestão e controlo de processos industriais, para assegurar um eleva<strong>do</strong> nível<br />

de proteção <strong>do</strong> ambiente <strong>no</strong> seu to<strong>do</strong>. O princípio geral é que to<strong>do</strong>s os opera<strong>do</strong>res<br />

98 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


devem tomar todas as medidas preventivas apropriadas contra a poluição que lhes<br />

permitam melhorar o seu desempenho ambiental, <strong>no</strong>meadamente em termos de<br />

eficiência energética, através da aplicação de MTD (Melhores Técnicas Disponíveis).<br />

Ao determinar as MTD e fixar as condições de licenciamento, deve-se ter sempre em<br />

conta o objetivo global de alcançar um eleva<strong>do</strong> nível de proteção <strong>do</strong> ambiente <strong>no</strong> seu<br />

to<strong>do</strong>, <strong>no</strong>meadamente em termos de eficiência energética.<br />

Está previsto que as <strong>no</strong>vas instalações possam ser concebidas de mo<strong>do</strong> a terem um<br />

desempenho igual ou mesmo melhor <strong>do</strong> que os níveis das MTD apresentadas. As<br />

instalações existentes poderão evoluir <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> de que os níveis geralmente<br />

associa<strong>do</strong>s às MTD sejam alcança<strong>do</strong>s ou mesmo ultrapassa<strong>do</strong>s e a situação económica e<br />

técnica da sua modernização sejam considera<strong>do</strong>s viáveis.<br />

Fonte:http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/bref_efficiency&vm=detailed&s<br />

b=Title – BREF Energy efficiency<br />

3.6.1 Levantamento de boas práticas e tec<strong>no</strong>logias em termos internacionais<br />

específicas <strong>do</strong> setor e gerais que aí possam ser aplicadas<br />

Em termos internacionais, foi publica<strong>do</strong> um BREF (<strong>do</strong>cumento de referência sobre as<br />

MTD – Melhores Técnicas Disponíveis) para a eficiência energética na indústria e outros<br />

BREF para cada setor industrial. Estes BREF foram efetua<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s termos <strong>do</strong> nº 2 <strong>do</strong><br />

artigo 17º da Diretiva 2008/1/CE (Diretiva IPPC ou PCIP).<br />

O BREF da eficiência energética contém diferentes e porme<strong>no</strong>rizadas técnicas<br />

específicas para a eficiência energética. Este <strong>do</strong>cumento é muito abrangente poden<strong>do</strong><br />

estas técnicas serem aplicadas a determina<strong>do</strong>s setores, mas não incluí informação<br />

específica sobre os processos e as atividades. A primeira prioridade deste BREF é a<br />

utilização eficiente da energia.<br />

MTD genéricas<br />

Fonte:http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/bref_efficiency&vm=detailed&s<br />

b=Title – BREF Energy efficiency<br />

Gestão da eficiência energética<br />

Aplicar e respeitar um sistema de gestão de eficiência energética que inclua os<br />

seguintes elementos:<br />

o Empenho <strong>do</strong>s quadros superiores;<br />

o Definição de uma política de eficiência energética para a instalação;<br />

o Planeamento e definição de objetivos e metas;<br />

99 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

Desenvolvimento e aplicação de procedimentos, com particular atenção<br />

para: a estrutura e responsabilidades <strong>do</strong> pessoal; a formação,<br />

sensibilização e competências; a comunicação; a participação <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res; a <strong>do</strong>cumentação; um controlo eficaz <strong>do</strong>s processos; os<br />

programas de manutenção; a prevenção e capacidade de resposta a<br />

emergências; a salvaguarda da conformidade com a legislação e com os<br />

acor<strong>do</strong>s <strong>no</strong> <strong>do</strong>mínio da eficiência energética;<br />

Parâmetros de referência (análise comparativa);<br />

Verificação <strong>do</strong>s desempenhos e a<strong>do</strong>ção de medidas corretivas, com<br />

particular atenção para: a monitorização e medição; medidas de<br />

correção e prevenção; conservação de registos; auditorias internas,<br />

quan<strong>do</strong> possível independentes, que permitam determinar se o sistema<br />

de gestão da eficiência energética é ou não conforme com os<br />

mecanismos previstos e se está a ser corretamente aplica<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong>;<br />

Revisão, por parte <strong>do</strong>s quadros superiores, <strong>do</strong> sistema de gestão e da<br />

respetiva sustentabilidade, adequação e eficácia permanentes;<br />

Aquan<strong>do</strong> da conceção de uma <strong>no</strong>va unidade, tomar em consideração o<br />

impacte ambiental da futura fase de desmantelamento da mesma;<br />

Desenvolvimento de tec<strong>no</strong>logias eficientes em termos energéticos e o<br />

acompanhamento da evolução das técnicas de eficiência energética.<br />

Preparação e publicação periódica de um <strong>do</strong>cumento relativo à eficiência<br />

energética, de mo<strong>do</strong> a possibilitar a comparação de a<strong>no</strong> para a<strong>no</strong> em função <strong>do</strong>s<br />

objetivos e metas defini<strong>do</strong>s;<br />

Análise e validação externas <strong>do</strong> sistema de gestão e <strong>do</strong>s procedimentos de<br />

auditoria;<br />

Aplicação e cumprimento de um sistema voluntário de gestão da eficiência<br />

energética que mereça aceitação a nível nacional ou internacional.<br />

Melhoria constante <strong>do</strong> ambiente<br />

Minimizar de forma constante o impacte ambiental de uma instalação através<br />

da programação das ações e <strong>do</strong>s investimentos de maneira integrada e a curto,<br />

médio e longo prazo, ten<strong>do</strong> em conta os custos e benefícios e também os<br />

respetivos efeitos transversais.<br />

Identificação <strong>do</strong>s aspetos relaciona<strong>do</strong>s com a eficiência energética de uma instalação e<br />

de oportunidades de poupança de energia<br />

Efetuar uma auditoria para identificar os aspetos que influenciam a eficiência<br />

energética de uma determinada instalação. A auditoria poderá ser interna ou<br />

externa;<br />

Garantir a identificação <strong>do</strong>s seguintes aspetos:<br />

o Consumo e tipo de energia da instalação e <strong>do</strong>s respetivos componentes<br />

e processos;<br />

o Equipamento consumi<strong>do</strong>r de energia e tipo e quantidade de energia<br />

utilizada na instalação;<br />

100 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

Possibilidades de diminuição <strong>do</strong> consumo de energia, como por<br />

exemplo: controlo/redução <strong>do</strong> tempo de operação, <strong>no</strong>meadamente<br />

desligan<strong>do</strong> os sistemas quan<strong>do</strong> não estiverem a ser utiliza<strong>do</strong>s;<br />

otimização <strong>do</strong> isolamento; otimização das redes de abastecimento e <strong>do</strong>s<br />

sistemas e processos que lhes estejam associa<strong>do</strong>s;<br />

Possibilidades de utilização de fontes alternativas ou de utilização mais<br />

eficiente da energia, <strong>no</strong>meadamente aproveitan<strong>do</strong> a energia excedente<br />

de outros processos e/ou sistemas;<br />

Possibilidades de aplicação da energia excedente e outros processos<br />

e/ou sistemas;<br />

Possibilidades de aumento da qualidade <strong>do</strong> calor.<br />

Utilizar instrumentos e meto<strong>do</strong>logias apropriadas para assistir à identificação e<br />

quantificação da otimização energética, como por exemplo:<br />

o Modelos, bases de da<strong>do</strong>s e balanços energéticos;<br />

o Técnicas como a meto<strong>do</strong>logia de constrição (pinch), a análise da entalpia<br />

ou a termoeco<strong>no</strong>mia;<br />

o Estimativas e cálculos.<br />

Identificar as possibilidades de otimização da recuperação de energia da<br />

instalação <strong>no</strong> seu to<strong>do</strong>.<br />

Uma abordagem de sistema da gestão energética<br />

Otimizar a eficiência energética a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> uma abordagem de sistema da gestão<br />

energética da instalação. Os sistemas a tomar em consideração para a<br />

otimização <strong>do</strong> to<strong>do</strong> são, por exemplo:<br />

o Unidades de processo;<br />

o Sistemas de aquecimento, por exemplo: vapor, água quente;<br />

o Arrefecimento e vácuo;<br />

o Sistemas motoriza<strong>do</strong>s, por exemplo: ar comprimi<strong>do</strong>, bombagem;<br />

o Iluminação;<br />

o Secagem, separação e concentração.<br />

Estabelecimento e revisão <strong>do</strong>s objetivos e indica<strong>do</strong>res de eficiência energética<br />

Definir indica<strong>do</strong>res adequa<strong>do</strong>s da eficiência energética através da aplicação de<br />

todas ou algumas das seguintes medidas:<br />

o Identificação de indica<strong>do</strong>res adequa<strong>do</strong>s da eficiência energética da<br />

instalação e, quan<strong>do</strong> necessário, de determina<strong>do</strong>s processos, sistemas<br />

e/ou unidades, bem como medição da sua evolução ao longo <strong>do</strong> tempo<br />

ou após a aplicação de medidas de eficiência energética;<br />

o Identificação e registo de limites adequa<strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s aos indica<strong>do</strong>res;<br />

o Identificação e registo <strong>do</strong>s fatores que fazem variar a eficiência<br />

energética <strong>do</strong>s processos, sistemas e/ou unidades correspondentes.<br />

101 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Avaliação comparativa<br />

Proceder a comparações sistemáticas e regulares com valores de referência<br />

setoriais, nacionais ou regionais, sempre que existam da<strong>do</strong>s valida<strong>do</strong>s.<br />

Integração da eficiência energética na fase de projeto<br />

Otimizar a eficiência energética aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> projeto de uma <strong>no</strong>va instalação,<br />

unidade ou sistema ou de uma modernização significativa <strong>do</strong>s mesmos,<br />

toman<strong>do</strong> em consideração to<strong>do</strong>s os seguintes elementos:<br />

o A integração da eficiência energética na fase de projeto deve ser<br />

iniciada logo nas primeiras etapas da fase de projeto conceptual/projeto<br />

de base, mesmo que os investimentos planea<strong>do</strong>s possam não estar<br />

ainda bem defini<strong>do</strong>s, e deverá ser tomada em consideração <strong>no</strong>s<br />

concursos realiza<strong>do</strong>s;<br />

o Desenvolvimento e/ou escolha de tec<strong>no</strong>logias com boa eficiência<br />

energética;<br />

o Poderá ser necessário recolher da<strong>do</strong>s adicionais, quer <strong>no</strong> quadro da<br />

elaboração <strong>do</strong> projeto quer de forma separada, de mo<strong>do</strong> a<br />

complementar os da<strong>do</strong>s existentes ou a preencher lacunas <strong>no</strong><br />

conhecimento;<br />

o O trabalho deverá ser efetua<strong>do</strong> por um perito em energia;<br />

o A discriminação inicial <strong>do</strong> consumo de energia deverá também verificar<br />

quais são as partes envolvidas na organização <strong>do</strong> projeto que<br />

influenciam o futuro consumo de energia e otimizar a futura instalação<br />

em conjunto com essas partes. É o caso, por exemplo, <strong>do</strong> pessoal da<br />

instalação existente que seja responsável pela especificação <strong>do</strong>s<br />

parâmetros operacionais.<br />

Aumento da integração <strong>do</strong>s processos<br />

Otimizar a utilização de energia entre os diversos processos ou sistemas, <strong>no</strong><br />

interior da instalação ou com o envolvimento de terceiros.<br />

Manter a dinâmica das iniciativas <strong>no</strong> <strong>do</strong>mínio da eficiência energética<br />

Manter a dinâmica <strong>do</strong> programa de eficiência energética através de diversas<br />

técnicas, como por exemplo:<br />

o Aplicação de um sistema específico de gestão da energia;<br />

o Contabilização da energia com base em valores reais (medi<strong>do</strong>s),<br />

transferin<strong>do</strong> as obrigações e as vantagens da eficiência energética para<br />

o utiliza<strong>do</strong>r/consumi<strong>do</strong>r pagante;<br />

o Criação de centros de lucro financeiro para a eficiência energética;<br />

o Avaliação comparativa;<br />

o Um <strong>no</strong>vo olhar sobre os sistemas de gestão existentes;<br />

o Utilização de técnicas de gestão da evolução organizativa.<br />

o<br />

102 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Conservação das competências<br />

Conservar as competências em eficiência energética e em sistemas<br />

consumi<strong>do</strong>res de energia através de técnicas como:<br />

o Recrutamento de pessoal especializa<strong>do</strong> e/ou formação <strong>do</strong> pessoal. A<br />

formação poderá ser prestada por pessoal inter<strong>no</strong> ou por peritos<br />

exter<strong>no</strong>s, através de cursos ou de auto-formação/desenvolvimento<br />

pessoal;<br />

o Partilha <strong>do</strong>s recursos inter<strong>no</strong>s da instalação entre os diferentes locais da<br />

mesma;<br />

o Recurso a consultores com as competências necessárias em<br />

investigações de duração determinada;<br />

o Contratação externa de sistemas e/ou funções especializa<strong>do</strong>s.<br />

Controlo efetivo <strong>do</strong>s processos<br />

Manutenção<br />

Garantir um controlo efetivo <strong>do</strong>s processos através da aplicação de técnicas<br />

como:<br />

o A implantação de sistemas que garantam que os procedimentos sejam<br />

conheci<strong>do</strong>s, entendi<strong>do</strong>s e cumpri<strong>do</strong>s;<br />

o A garantia da identificação, da otimização em termos de eficiência<br />

energética e <strong>do</strong> seguimento <strong>do</strong>s principais parâmetros de desempenho<br />

<strong>do</strong>s processos;<br />

o A <strong>do</strong>cumentação ou o registo desses parâmetros.<br />

Proceder à manutenção das instalações de mo<strong>do</strong> a otimizar a sua eficiência<br />

energética, aplican<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os seguintes instrumentos:<br />

o Atribuição clara das responsabilidades pelo planeamento e execução<br />

das ações de monitorização;<br />

o Estabelecimento de um programa estrutura<strong>do</strong> de manutenção, com<br />

base na descrição técnica <strong>do</strong>s equipamentos, <strong>no</strong>rmas, etc., bem como<br />

nas eventuais falhas <strong>do</strong>s equipamentos e nas respetivas consequências.<br />

Poderá ser preferível programar determinadas atividades de<br />

manutenção para os perío<strong>do</strong>s de paragem da instalação;<br />

o Apoio <strong>do</strong> programa de manutenção através de sistemas de conservação<br />

de registos e de ensaios de diagnóstico adequa<strong>do</strong>s;<br />

o Identificação, nas operações de manutenção de rotina, avarias e/ou<br />

a<strong>no</strong>malias de funcionamento, de eventuais perdas de eficiência<br />

energética ou de situações em que a mesma possa ser melhorada;<br />

o Deteção de fugas, equipamentos avaria<strong>do</strong>s, rolamentos gastos, etc., que<br />

possam condicionar o consumo de energia e retificação tão rápida<br />

quanto possível dessas situações.<br />

103 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Seguimento e medição<br />

Estabelecer e manter procedimentos <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s para o seguimento e<br />

medição regulares das principais características das operações e atividades que<br />

possam ter impacto significativo na eficiência energética.<br />

MTD para garantir a eficiência energética em sistemas, processos, atividades ou<br />

equipamentos consumi<strong>do</strong>res de energia, na ITV<br />

Fonte:http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/bref_efficiency&vm=detailed&s<br />

b=Title – BREF Energy efficiency<br />

Gerais<br />

Otimizar a combustão e os sistemas de vapor;<br />

Otimizar os seguintes auxiliares:<br />

o Sistemas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

o Sistemas de bombagem;<br />

o Sistemas de aquecimento, ventilação e ar condiciona<strong>do</strong>;<br />

o Iluminação;<br />

o Processos de secagem. Procurar possibilidades de utilização de extração<br />

mecânica juntamente com processos térmicos.<br />

Recuperação de calor<br />

Cogeração<br />

Manter a eficiência <strong>do</strong>s permuta<strong>do</strong>res de calor através:<br />

o Do seguimento periódico <strong>do</strong> mesmo;<br />

o Da prevenção ou remoção <strong>do</strong>s resíduos acumula<strong>do</strong>s.<br />

Procurar possibilidades de cogeração.<br />

Abastecimento de energia elétrica<br />

Aumentar o fator de potência em conformidade com os requisitos <strong>do</strong><br />

distribui<strong>do</strong>r local de energia elétrica, em função da respetiva viabilidade;<br />

Verificar o fornecimento de energia elétrica para procurar eventuais harmónicos<br />

e se necessário aplicar filtros;<br />

Otimizar a eficiência <strong>do</strong> fornecimento de energia elétrica, em função da<br />

respetiva viabilidade.<br />

Subsistemas que utilizam motores elétricos<br />

Substituição por motores elétricos eficientes com varia<strong>do</strong>res de velocidade<br />

Otimizar os motores elétricos na seguinte ordem:<br />

o Otimizar to<strong>do</strong> o sistema em que o motor está integra<strong>do</strong>;<br />

104 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


o<br />

o<br />

Otimizar o motor presente <strong>no</strong> sistema de acor<strong>do</strong> com os requisitos de<br />

carga assim defini<strong>do</strong>s, aplican<strong>do</strong> uma ou mais das técnicas descritas, em<br />

função da respetiva viabilidade;<br />

Otimizar os restantes motores de acor<strong>do</strong> com as técnicas descritas e<br />

critérios como: substituição prioritária <strong>do</strong>s motores que estejam em<br />

funcionamento mais de 2.000 h/a<strong>no</strong>; em relação aos motores elétricos<br />

com carga variável que funcionem a me<strong>no</strong>s de 50% da capacidade<br />

motriz durante mais de 20% <strong>do</strong> seu tempo de funcionamento e que<br />

estejam em funcionamento mais de 2.000 h/a<strong>no</strong>, ponderação da<br />

possibilidade de se utilizarem varia<strong>do</strong>res de velocidade.<br />

3.6.1.1 Em processos produtivos<br />

Segun<strong>do</strong> a Fonte:<br />

http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ippc_brefs/library?l=/translation_executive_2&v<br />

m=detailed&sb=Title – BREF Textile, para o setor têxtil foi publica<strong>do</strong> um BREF destina<strong>do</strong><br />

a dar informações para orientação na Indústria Têxtil sobre como alcançar um melhor<br />

desempenho ambiental e energético utilizan<strong>do</strong> técnicas específicas <strong>no</strong>s processos. Neste<br />

consideramos essencialmente as MTD relativas à energia, além das MTD genéricas.<br />

MTD’s Genéricas<br />

Gestão<br />

Educação e formação <strong>do</strong> pessoal;<br />

Definição de procedimentos <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s, como: Manutenção <strong>do</strong><br />

equipamento, armazenamento, manuseamento, <strong>do</strong>sagem e utilização de<br />

produtos químicos;<br />

Bom conhecimento de to<strong>do</strong> o processo (entradas e saídas)<br />

o Entradas (matérias-primas, produtos químicos, calor, energia e água);<br />

o Saídas (produto, águas residuais, emissões para a atmosfera, lamas,<br />

resíduos sóli<strong>do</strong>s e sub-produtos);<br />

Monitorização das entradas e saídas<br />

o Identificar as opções e as prioridades;<br />

o Melhorar o desempenho ambiental e económico;<br />

Melhoria das práticas laborais;<br />

Redução da relação de banho <strong>no</strong> processamento descontínuo;<br />

Aumento da eficiência da lavagem;<br />

Combinação de processos (p. ex., fervura e desencolagem);<br />

Reutilização/reciclagem da água (utilizada para aquecer banhos de processo);<br />

Otimização da utilização de energia (p. ex.: isolamento térmico de tubagens,<br />

válvulas, tanques e máquinas; separação de águas residuais quentes e frias e<br />

recuperação de calor das águas residuais quentes).<br />

105 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Gestão da água e da energia<br />

Monitorizar o consumo da energia <strong>no</strong>s vários processos;<br />

Instalar dispositivos de controlo de fluxos e válvulas de paragem automática em<br />

máquinas contínuas;<br />

Estabelecer procedimentos de produção bem <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s a fim de evitar<br />

desperdício de recursos de práticas de trabalho inapropriadas;<br />

Otimizar horários na produção e ajustar processos <strong>no</strong> pré-tratamento para<br />

requisitos de qualidade em processos a jusante;<br />

Investigar a possibilidade de combinar diferentes tratamentos numa única<br />

etapa;<br />

Instalar máquinas de relações de banho baixas e muito baixas <strong>no</strong>s processos<br />

descontínuos;<br />

Melhorar a eficiência da lavagem em ambos os processos descontínuos e<br />

contínuos;<br />

Reutilizar água de arrefecimento como água <strong>do</strong> processo (também permite<br />

recuperação de calor);<br />

Investigar possibilidades para reutilização e reciclagem de água por uma<br />

sistemática caracterização da qualidade e volume <strong>do</strong>s vários fluxos <strong>do</strong> processo<br />

a fim de identificar processos para os quais as substâncias contidas <strong>no</strong>s vários<br />

fluxos são ainda váli<strong>do</strong>s e/ou não interferem com a qualidade <strong>do</strong> produto. Para<br />

fins de reciclagem <strong>no</strong>s processos descontínuos é conveniente instalar maquinas<br />

com aspetos de construção que facilite a recuperação e reutilização de fluxos<br />

residuais;<br />

Montar exaustores e coberturas asseguran<strong>do</strong> o fecho total das máquinas que<br />

podem dar origem a perdas de vapor;<br />

Isolar tubos, válvulas, tanques, máquinas para minimizar perdas de calor;<br />

Otimizar a casa das caldeiras através da aplicação da reutilização de<br />

condensa<strong>do</strong>s, pré-aquecimento <strong>do</strong> fornecimento de ar, recuperação de calor<br />

<strong>do</strong>s gases de combustão;<br />

Segregar fluxos de águas residuais quentes e frias antes da recuperação de calor<br />

e recuperar calor <strong>do</strong> fluxo quente;<br />

Instalar sistemas de recuperação de calor para efluentes gasosos;<br />

Instalar motores elétricos de frequência controlada.<br />

MTD <strong>no</strong> processo de lavagem de lã<br />

Lavagem de lã com água<br />

Reduzir consumo de energia para 4 – 4,5 MJ/kg de lã em bruto processada, é<br />

composto aproximadamente de 3,5 MJ/kg para energia térmica e 1 MJ/kg para<br />

energia elétrica por uma adequada combinação das seguintes técnicas (além <strong>do</strong><br />

ciclo de recuperação de gordura menciona<strong>do</strong> acima):<br />

106 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


o Montagem de coberturas nas caixas de lavagem para prevenir perdas de<br />

calor;<br />

o Otimizar o desempenho da pressão de aperto final a fim de melhorar a<br />

remoção mecânica de água antes <strong>do</strong> processo de secagem;<br />

o Trabalhar com a última caixa com temperaturas relativamente altas. A<br />

temperatura ótima rinda os 65°C, exceto quan<strong>do</strong> o branqueamento por<br />

o peróxi<strong>do</strong> é realiza<strong>do</strong> na última caixa. Neste caso a temperatura ótima <strong>do</strong><br />

branqueamento é 48°C;<br />

o Controlar automaticamente a humidade <strong>no</strong> seca<strong>do</strong>r por sensores que<br />

medem a humidade da atmosfera <strong>do</strong> seca<strong>do</strong>r ou da própria lã;<br />

o Instalação de unidades de recuperação de calor para seca<strong>do</strong>res.<br />

MTD <strong>no</strong> processo de acabamentos<br />

Remoção de lubrificantes na tricotagem <strong>do</strong> teci<strong>do</strong><br />

Desencolagem<br />

Realizar a etapa de termofixação antes da lavagem. Ao realizar a termofixação,<br />

controlar <strong>no</strong> quadro da râmula, as emissões <strong>do</strong> ar gera<strong>do</strong>s por um sistema de<br />

electrofiltração seca que permite recuperação de energia e recolha separada <strong>do</strong><br />

óleo.<br />

Combinar desencolagem/fervura e branqueamento em uma única etapa.<br />

Processo de tingimento em descontínuo<br />

Utilizar máquinas equipadas com: controla<strong>do</strong>res automáticos <strong>do</strong> volume de<br />

enchimento, temperatura e outros parâmetros <strong>do</strong> ciclo de tingimento, sistemas<br />

indiretos de aquecimento e arrefecimento, coberturas e portas para minimizar<br />

perdas de vapor;<br />

Escolher a maquinaria que mais se adequa ao tamanho <strong>do</strong> lote a ser processa<strong>do</strong><br />

para permitir as suas operações na faixa da relação de banho <strong>no</strong>minal para o<br />

qual foi desenvolvi<strong>do</strong>. Máquinas modernas podem ser operadas na relação de<br />

banho aproximadamente constante enquanto está a ser carregada até um nível<br />

baixo de 60% da sua capacidade <strong>no</strong>minal (ou até 30% da sua capacidade<br />

<strong>no</strong>minal com máquinas de tingimento de fio);<br />

Selecionar <strong>no</strong>vas máquinas de:<br />

o Relação de banho baixa ou ultra-baixa;<br />

o Separação em processo <strong>do</strong> banho <strong>do</strong> substrato;<br />

o Separação interna <strong>do</strong> processo <strong>do</strong> banho de lavagem;<br />

o Extração mecânica <strong>do</strong> banho para reduzir o arrastamento e melhorar a<br />

eficiência da lavagem;<br />

o Reduzir a duração <strong>do</strong> ciclo.<br />

Substituir o méto<strong>do</strong> de enxaguamento por transbor<strong>do</strong> por méto<strong>do</strong>s de<br />

drenagem e enchimento ou outros (enxaguamento inteligente para teci<strong>do</strong>s).<br />

107 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Processo de tingimento em descontínuo com corantes reativos<br />

Evitar a utilização de detergentes e de agentes complexantes nas etapas de<br />

enxaguamento e neutralização após o tingimento através da aplicação de<br />

enxaguamento a quente integra<strong>do</strong> com um sistema de recuperação da energia<br />

térmica <strong>do</strong> efluente de enxaguamento.<br />

Acabamento<br />

Lavagem<br />

Minimizar o consumo de energia nas râmolas através da:<br />

o Utilização de equipamento de remoção mecânica da água para reduzir o<br />

teor de água <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> à entrada;<br />

o Otimização <strong>do</strong> fluxo de exaustão de ar através da estufa, manten<strong>do</strong><br />

automaticamente a humidade entre 0,1 e 0,15 kg de água/kg de ar seco,<br />

ten<strong>do</strong> em consideração o perío<strong>do</strong> de tempo necessário para atingir<br />

condições de equilíbrio;<br />

o Instalação de sistemas de recuperação de calor;<br />

o Instalação de sistemas de isolamento;<br />

o Assegurar uma manutenção otimizada <strong>do</strong>s queima<strong>do</strong>res nas râmolas de<br />

aquecimento direto.<br />

Substituir a lavagem/enxaguamento por transbordamento por méto<strong>do</strong>s de<br />

drenagem/enchimento ou técnicas de “lavagem inteligente”;<br />

Reduzir o consumo de água e de energia <strong>no</strong>s processos contínuos mediante:<br />

o Instalação de máquinas de lavar de alta eficiência;<br />

o Introdução de equipamento de recuperação de calor.<br />

3.6.1.2 Em produtos<br />

Como foi referi<strong>do</strong> <strong>no</strong> ponto 3.4.2 existe legislação sobre a etiquetagem energética. As<br />

exisgências nas <strong>no</strong>vas etiquetas são a seguir apresentadas.<br />

Máquinas de Lavar Roupa<br />

Para as máquinas de lavar roupa, o Parlamento Europeu e <strong>do</strong> Conselho, a<strong>do</strong>tou o<br />

Regulamento Delega<strong>do</strong> nº 1061/2010, de 28 de Setembro, que complementa a Diretiva<br />

2010/30/EU, <strong>no</strong> que respeita à rotulagem energética das máquinas de lavar roupa para<br />

uso <strong>do</strong>méstico, com efeitos a partir de 20 de Dezembro de 2011. As exigências nas<br />

<strong>no</strong>vas etiquetas são as seguintes:<br />

Etiqueta uniforme em to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s-Membros da UE27;<br />

7 classes <strong>no</strong> máximo: de A+++ a D;<br />

108 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


São usadas setas coloridas para diferenciar os produtos mais eficientes <strong>do</strong>s<br />

me<strong>no</strong>s eficientes energeticamente: verde escuro indica um produto altamente<br />

eficiente e o vermelho um produto de baixa eficiência;<br />

Todas as máquinas de lavar roupa com capacidade <strong>no</strong>minal > 3 kg que venham a<br />

ser colocadas <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> a partir de 1 Dezembro 2011 deverão ser classe A na<br />

eficiência de lavagem. É por isso que a eficiência de lavagem deixa de fazer parte<br />

das informações a transmitir com a etiqueta;<br />

Os pictogramas referem-se a informação sobre:<br />

o A classe de Eficiência de Centrifugação;<br />

o Capacidade em quilogramas;<br />

o Consumo anual de água em litros;<br />

o O consumo anual de energia em kWh;<br />

o As emissões de ruí<strong>do</strong> em decibéis;<br />

O consumo anual de energia e de água e a classe de eficiência da centrifugação<br />

indicada na etiqueta são calculadas com base em:<br />

o Programa de algodão a 60º, com carga total e parcial;<br />

o Programa de algodão a 40 º em carga parcial;<br />

o Esta<strong>do</strong> inativo (left-on mode) e desliga<strong>do</strong> (off-mode);<br />

Os valores para o consumo anual de água e a classe de eficiência de<br />

centrifugação são basea<strong>do</strong>s <strong>no</strong> mesmo conjunto de ciclos de lavagem <strong>do</strong> que os<br />

da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> consumo de energia.<br />

Para as máquinas de secar roupa e as máquinas combinadas de lavar e secar roupa, só<br />

produzirá efeito a Diretiva 2010/30/UE, quan<strong>do</strong>, por ato delega<strong>do</strong> da Comissão Europeia<br />

<strong>do</strong> Parlamento Europeu, produza efeitos de revogação das Diretivas 95/13/CE e<br />

96/60/CE, respetivamente, relativas à indicação <strong>do</strong> consumo de energia elétrica por<br />

meio de etiquetagem.<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: http://www.agefe.pt/index.php?content=97 (Guia AGEFE – CECED na Internet)<br />

3.6.2 Levantamento de boas práticas e tec<strong>no</strong>logias em termos nacionais, especificas <strong>do</strong><br />

setor e gerais que aí possam ser aplicadas<br />

Em termos nacionais, foi aprova<strong>do</strong> na Resolução de Conselho de Ministros nº 80/2008<br />

de 20 de Abril, o Pla<strong>no</strong> Nacional Ação Eficiência Energética (PNAEE), em articulação com<br />

o Pla<strong>no</strong> Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), onde ficou defini<strong>do</strong> um conjunto<br />

de medidas e programas de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong> por “Portugal Eficiência 2015”, para alcançar os<br />

objetivos fixa<strong>do</strong>s pela Diretiva nº 2006/32/CE de 5 de Abril, <strong>do</strong> Parlamento Europeu e <strong>do</strong><br />

Conselho, referente à Eficiência na utilização final de energia e serviços energéticos.<br />

Estes programas têm como principal objetivo o incentivo à utilização das <strong>no</strong>vas<br />

tec<strong>no</strong>logias, à melhoria de processos organizativos e à mudança de comportamentos e<br />

de valores que conduzam a hábitos de consumo mais sustentáveis.<br />

109 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


O programa “Portugal Eficiência 2015” é o seguinte:<br />

1º. Re<strong>no</strong>ve Carro<br />

2º. Mobilidade urbana<br />

3º. Sistema de eficiência energética <strong>no</strong>s transportes<br />

4º. Re<strong>no</strong>ve casa e escritório<br />

5º. Sistema de eficiência energética <strong>no</strong>s edifícios<br />

6º. Re<strong>no</strong>váveis na hora<br />

7º. Sistema de eficiência energética na Indústria<br />

8º. Eficiência energética <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> (E3)<br />

9º. Programa mais<br />

10º. Operação E<br />

11º. Fiscalidade verde<br />

12º. Fun<strong>do</strong> de eficiência energética<br />

O 7º programa – Sistema de eficiência energética na Indústria, é o programa<br />

correspondente ao setor em estu<strong>do</strong>, Indústria têxtil e <strong>do</strong> Vestuário. Este programa tem<br />

como principais medidas e objetivos:<br />

Acor<strong>do</strong> com a Indústria Transforma<strong>do</strong>ra para a redução de 8% <strong>do</strong> consumo<br />

energético.<br />

Criação <strong>do</strong> sistema de Gestão de consumos Intensivos de Energia com<br />

alargamento às médias empresas (>500 tep/a<strong>no</strong>) e incentivos à implementação<br />

das medidas identificadas. Já cria<strong>do</strong>, SGCIE.<br />

As entidades responsáveis pelo acompanhamento da implementação das medidas são a<br />

Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a Direção Geral pelas Atividades<br />

Económicas (DGAE). A Monitorização/Mapas de Seguimento é da responsabilidade da<br />

Agência para a Energia (ADENE).<br />

O PNAEE é obrigatório para as instalações abrangidas pelo Sistema de Gestão <strong>do</strong>s<br />

Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) com um consumo energético superior a 500<br />

tep/a<strong>no</strong>, Decreto-Lei nº 71/2008 de 15 de Abril. As instalações com um consumo inferior<br />

a 500 tep/a<strong>no</strong> podem aderir voluntariamente ao SGCIE poden<strong>do</strong> a<strong>do</strong>tar as medidas<br />

estipuladas <strong>no</strong> PNAEE.<br />

Para a elaboração <strong>do</strong> PNAEE e de acor<strong>do</strong> com a realidade Portuguesa, analisou-se e<br />

selecio<strong>no</strong>u-se um número de medidas de atuação para os setores da Indústria<br />

Transforma<strong>do</strong>ra para uma maior eficiência energética, ten<strong>do</strong> como referência<br />

<strong>do</strong>cumentos referentes às MTD – Melhores Técnicas Disponíveis, da Comissão Europeia<br />

e <strong>do</strong>s países Espanha, Holanda e EUA e <strong>do</strong>cumentos publica<strong>do</strong>s pela Agência<br />

Internacional da Energia.<br />

No programa para a Energia Competitiva na Indústria definiram-se quatro áreas de<br />

atuação prioritária:<br />

110 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Dinamização das medidas de poupança transversais e de medidas de poupança<br />

específicas em 12 subsetores.<br />

Apoio a opera<strong>do</strong>res com Acor<strong>do</strong>s de Racionalização <strong>do</strong>s Consumos de Energia<br />

<strong>do</strong> SGCIE.<br />

Promoção da instalação ou reconversão de sistemas de cogeração.<br />

Medidas de apoio à eficiência <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> QREN.<br />

3.6.2.1 Em processos produtivos<br />

Neste ponto será defini<strong>do</strong> quais as medidas a<strong>do</strong>tadas <strong>no</strong>s processos produtivos <strong>do</strong>s<br />

setores da Indústria Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário., ten<strong>do</strong> em conta os referenciais seguintes:<br />

Medidas de Eficiência Energética Aplicáveis à Indústria Portuguesa: Um<br />

Enquadramento Tec<strong>no</strong>lógico Sucinto, ADENE, Julho de 2010<br />

(http://<strong>efinerg</strong>.aeportugal.pt/Areas/Projecto/Documentos/Publica%C3%A7%C3%A3oMe<br />

didasEfici%C3%AAnciaEnerg%C3%A9ticaInd%C3%BAstria-SGCIE.pdf);<br />

Guia de boas práticas de medidas de Utilização Racional de Energia (URE) e<br />

Energias Re<strong>no</strong>váveis (ER), Projeto Re<strong>no</strong>vare <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> programa Interreg<br />

IIIA, RECET, CITEVE, CTCV, CTIC e Fundación CARTIF, 2007<br />

Resolução Conselho Ministros nº 80/2008 de 20 de Abril<br />

Manual de gestão de energia – Projeto EMS Textile <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> programa<br />

Energia Inteligente, SIGMA, CITEVE, SEPEE, AITEX, BSREC e BAATPE.<br />

Medidas e/ou tec<strong>no</strong>logias de Poupança Transversais<br />

Otimização de motores eléctricos<br />

Substituir os motores elétricos convencionais avaria<strong>do</strong>s ou em fim de vida por<br />

motores mais eficientes;<br />

Avaliar o potencial de utilização de varia<strong>do</strong>res eletrónicos de velocidade para<br />

ajustar a velocidade <strong>do</strong> motor de acor<strong>do</strong> com a carga;<br />

Utilizar arranca<strong>do</strong>res suaves para evitar picos de corrente durante o arranque;<br />

Garantir a manutenção adequada <strong>do</strong>s motores;<br />

Evitar o sobredimensionamento <strong>do</strong>s motores e desligar os mesmos quan<strong>do</strong><br />

estes não estão a ser utiliza<strong>do</strong>s. Comprovar que operam com fator de carga<br />

entre os 65% e os 100%;<br />

Desligar os motores <strong>no</strong>s momentos de stand-by;<br />

Evitar o arranque e a operação simultânea de motores. Realizar o arranque de<br />

forma sequencial e planificada;<br />

Verificar as horas de funcionamento anuais de cada motor, analisar a eficiência<br />

e identificar aqueles que possam ser substituí<strong>do</strong>s;<br />

111 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Verificar a existência de variações de tensão e o correto dimensionamento <strong>do</strong>s<br />

cabos.<br />

Verificar o desequilíbrio entre fases;<br />

Verificar o dimensionamento <strong>do</strong>s motores, evitan<strong>do</strong> que este seja superior aos<br />

5%, recomendan<strong>do</strong>-se que seja inferior a 1%;<br />

Retificar o fator de potência e verificar a necessidade de instalar baterias de<br />

compensação de energia reativa;<br />

Verificar a existência de possíveis perdas por más ligações ou na distribuição de<br />

energia;<br />

Retificar o correto alinhamento <strong>do</strong> motor com a carga da alimentação, evitan<strong>do</strong><br />

possíveis perdas por atritos desnecessários;<br />

Verificar o número de arranques <strong>do</strong> motor. Em caso de serem excessivos,<br />

analisar a possibilidade de instalar motores de arranque de tensão reduzidas;<br />

Instalar equipamentos de controlo de temperatura <strong>do</strong> óleo de lubrificação <strong>do</strong>s<br />

rolamentos <strong>do</strong>s motores de grande capacidade a fim de minimizar as perdas por<br />

fricção e elevar a eficiência;<br />

Retificar a correta ventilação <strong>do</strong>s motores.<br />

Motores eléctricos - Sistemas de bombagem<br />

Avaliar to<strong>do</strong>s os sistemas de bombagem e identificar aqueles que necessitam de<br />

ser rapidamente melhora<strong>do</strong>s;<br />

Analisar detalhadamente os sistemas identifica<strong>do</strong>s;<br />

Desligar bombas desnecessárias ou usar interruptores de pressão de mo<strong>do</strong> a<br />

controlar o número de bombas em funcionamento;<br />

Repor as folgas internas da bomba;<br />

Substituir ou modificar as bombas sobredimensionadas;<br />

Instalar varia<strong>do</strong>res eletrónicos de velocidade ou usar arranjos com múltiplas<br />

bombas para garantir uma variação <strong>do</strong> caudal sem recorrer ao uso de um<br />

dispositivo de estrangulamento;<br />

Substituir os motores elétricos convencionais por motores de alta eficiência;<br />

Reparar fugas e válvulas deficientes e eventualmente conservar ou modificar os<br />

impulsa<strong>do</strong>res das bombas;<br />

Estabelecer um programa de manutenção periódico.<br />

Motores eléctricos - Sistemas de ventilação<br />

Selecionar o tipo adequa<strong>do</strong> de motor para o ventila<strong>do</strong>r;<br />

Determinar a velocidade <strong>do</strong> ar como parte <strong>do</strong> projeto de dimensionamento;<br />

Minimizar a perda de pressão através da tubagem de distribuição;<br />

Selecionar o ventila<strong>do</strong>r mais adequa<strong>do</strong> para a aplicação particular em questão;<br />

Efetuar uma instalação correta;<br />

112 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Efetuar uma manutenção regular com limpeza periódica <strong>do</strong>s filtros, verificar o<br />

correto funcionamento das válvulas e <strong>do</strong>s ventila<strong>do</strong>res, verificar se existem<br />

tubagens mal isoladas;<br />

Efetuar uma revisão anual;<br />

Quan<strong>do</strong> se realiza a extração de ar quente nas zonas de trabalho, analisar a<br />

possibilidade de recuperar este calor;<br />

Analisar a possibilidade de substituição os ventila<strong>do</strong>res mo<strong>no</strong>fásicos por<br />

trifásicos pois consomem me<strong>no</strong>s eletricidade, entre 40% a 45%;<br />

Ajustar os varia<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s ventila<strong>do</strong>res à velocidade adequada;<br />

Analisar a possibilidade de incorporação <strong>do</strong> sistema de recirculação de ar;<br />

Desligar os ventila<strong>do</strong>res de extração quan<strong>do</strong> não são necessários;<br />

Analisar se a chaminé está bem estruturada em relação ao ar extraí<strong>do</strong>.<br />

Motores eléctricos - Sistemas de Compressão<br />

Produção de Ar Comprimi<strong>do</strong><br />

Otimização da utilização <strong>do</strong> sistema: ajuste <strong>do</strong>s controlos e regulação da<br />

pressão, desligar quan<strong>do</strong> não utiliza<strong>do</strong>;<br />

Otimização <strong>do</strong> nível de pressão <strong>do</strong> ar comprimi<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema em função das<br />

necessidades <strong>do</strong>s dispositivos de utilização final;<br />

Redução da temperatura <strong>do</strong> ar de admissão, manten<strong>do</strong> uma ótima filtragem na<br />

tomada de ar;<br />

Melhoramento <strong>do</strong> sistema de controlo <strong>do</strong> compressor;<br />

Otimização das mudanças de filtros (em função da queda de pressão);<br />

Filtragem e secagem <strong>do</strong> ar até aos requisitos mínimos <strong>do</strong> sistema<br />

(possivelmente mediante instalação de filtros/seca<strong>do</strong>res pontuais para<br />

necessidades especificas);<br />

Recuperação e utilização <strong>do</strong> calor desperdiça<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s sistemas de<br />

arrefecimento <strong>do</strong>s compressores;<br />

Aumento da capacidade <strong>do</strong> reservatório principal de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Utilização de varia<strong>do</strong>res eletrónicos de velocidade;<br />

Possível utilização de um sistema de múltiplas pressões, com a utilização de<br />

sobrepressores (boosters) para aumentar a pressão em determina<strong>do</strong>s locais;<br />

Substituição <strong>do</strong>s motores elétricos convencionais avaria<strong>do</strong>s ou em fim de vida<br />

por motores de alto rendimento;<br />

Substituição de compressores exageradamente sobredimensiona<strong>do</strong>s por outros<br />

com me<strong>no</strong>res consumos específicos de energia e ajusta<strong>do</strong>s às necessidades <strong>do</strong><br />

sistema.<br />

113 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Rede de distribuição de ar comprimi<strong>do</strong><br />

Instituição de um programa regular para a verificação de fugas de ar<br />

comprimi<strong>do</strong>;<br />

Redução de fugas com a utilização de adapta<strong>do</strong>res de fugas reduzidas, uniões<br />

rápidas de elevada qualidade, etc.;<br />

Divisão <strong>do</strong> sistema em zonas, com regula<strong>do</strong>res de pressão apropria<strong>do</strong>s ou<br />

válvulas de corte. Fecho de linhas que estão fora de serviço;<br />

Utilização de purgas de condensa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tipo “sem perdas de ar”;<br />

Dimensionar adequadamente as capacidades de armazenamento (permitin<strong>do</strong><br />

que os compressores funcionem com um rendimento otimiza<strong>do</strong> e evitan<strong>do</strong><br />

arranques e paragens bruscas);<br />

Instalação de reservatórios suplementares de ar comprimi<strong>do</strong> próximos de cargas<br />

variáveis;<br />

Diminuir a extensão da rede e criar rede em anel;<br />

Otimizar o diâmetro da tubagem;<br />

Limitar o número de cotovelos, de mudanças de direção e de mudanças de<br />

secção.<br />

Dispositivos de utilização final<br />

Eliminação de utilizações não apropriadas ao ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Reparação ou substituição de equipamentos com fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Desligar o ar comprimi<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o dispositivo não está em operação;<br />

Verificação e otimização da necessidade de dispositivos específicos de regulação<br />

de pressão, filtros e seca<strong>do</strong>res;<br />

Para limpeza, usar preferencialmente aspira<strong>do</strong>res elétricos. Estes consomem<br />

me<strong>no</strong>s energia que os aparelhos insufla<strong>do</strong>res de ar (bicos de sopro ou pistolas<br />

de ar).<br />

Produção de calor - Cogeração<br />

Aproveitamento da energia térmica, <strong>no</strong>rmalmente perdida nas centrais<br />

termoelétricas convencionais;<br />

Analisar a possibilidade da utilização de outros tipos de combustível (biomassa,<br />

gás natural, etc);<br />

Utilização da energia térmica para aquecimento ambiente <strong>do</strong> edifício entre<br />

outras aplicações;<br />

Recuperação <strong>do</strong> calor <strong>do</strong>s circuitos de refrigeração para produzir água quente;<br />

Substituição das unidades com potências elétricas me<strong>no</strong>res que 1 MW por<br />

microturbinas que geram potências elétricas entre 25 e 200 kW.<br />

114 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Produção de calor - Sistemas de Combustão<br />

- Diminuição das perdas térmicas num sistema de combustão<br />

Redução da temperatura de saída <strong>do</strong>s gases de combustão<br />

o O aumento da área ou da taxa de transferência de calor;<br />

o A integração energética de mo<strong>do</strong> a alimentar processos que necessitem<br />

de calor;<br />

o O pré-aquecimento <strong>do</strong> ar de entrada com os gases de saída da<br />

combustão;<br />

o A limpeza e manutenção das superfícies de transferência de calor de<br />

mo<strong>do</strong> a evitar a deposição de resíduos sóli<strong>do</strong>s e a manter elevadas taxas<br />

de transferência;<br />

Diminuição <strong>do</strong> caudal mássico <strong>do</strong>s gases de combustão;<br />

Uso de isolamentos térmicos mais eficazes e substituição de isolamentos<br />

danifica<strong>do</strong>s.<br />

- Aumento da eficiência energética de caldeiras, for<strong>no</strong>s e seca<strong>do</strong>res.<br />

Caldeiras<br />

o Melhorar o armazenamento, a preparação e a distribuição <strong>do</strong> fuelóleo e<br />

de combustíveis sóli<strong>do</strong>s;<br />

o Inspecionar e proceder à manutenção da caldeira e <strong>do</strong>s queima<strong>do</strong>res;<br />

o Controlar as condições de combustão através da análise <strong>do</strong>s gases de<br />

combustão (regulação <strong>do</strong> excesso de ar);<br />

o Adequar a produção da caldeira às necessidades <strong>do</strong> processo;<br />

o Limpar os tubos de fumos;<br />

o Instalar isolamentos térmicos e inspecioná-los regularmente;<br />

o Evitar perdas de calor em stand-by;<br />

o Tratar as águas e efetuar purgas adequadas;<br />

o Investigar o potencial de recuperação de calor;<br />

o Instalar sistemas de controlo automático;<br />

o Avaliar a possibilidade de substituir a caldeira ou o combustível.<br />

Seca<strong>do</strong>res<br />

o Controlar a humidade <strong>do</strong> produto a secar;<br />

o Usar pré-secagem mecânica antes da secagem térmica;<br />

o Não secar os produtos mais <strong>do</strong> que o necessário;<br />

o Controlar as condições de humidade <strong>do</strong> ar de secagem;<br />

o Efetuar a manutenção <strong>do</strong>s isolamentos em bom esta<strong>do</strong>, evitan<strong>do</strong> fugas<br />

de ar quente e/ou entradas de ar parasita;<br />

o Estudar a recuperação de calor residual;<br />

o Otimizar os regimes de carga.<br />

Tec<strong>no</strong>logia de combustão com ar a alta temperatura.<br />

o Recupera<strong>do</strong>res ou permuta<strong>do</strong>res de calor;<br />

o Regenera<strong>do</strong>res ou queima<strong>do</strong>res regenerativos.<br />

Aumentar a eficiência na geração e distribuição de vapor<br />

115 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

o<br />

Utilização de permuta<strong>do</strong>res de calor (eco<strong>no</strong>miza<strong>do</strong>res) para pré-aquecer<br />

a água de alimentação à caldeira;<br />

Remoção de depósitos de calcário e/ou de fuligens das superfícies de<br />

transferência de calor;<br />

Minimização de purgas da caldeira;<br />

Recuperação de calor das purgas;<br />

Recolha e reutilização <strong>do</strong>s condensa<strong>do</strong>s na caldeira;<br />

Reutilização <strong>do</strong> vapor de flash (p.ex. vapor gera<strong>do</strong> por expansão de<br />

condensa<strong>do</strong>s);<br />

Programa de controlo e manutenção <strong>do</strong>s purga<strong>do</strong>res;<br />

Isolamento das tubagens, válvulas e flanges;<br />

Eliminação de fugas de vapor e de condensa<strong>do</strong>s;<br />

Melhoramentos <strong>no</strong> lay-out da rede de distribuição.<br />

Aumentar a eficiência da combustão<br />

o Ajuste das condições de combustão;<br />

o Instalação de um pré-aquece<strong>do</strong>r de ar de combustão através <strong>do</strong>s gases<br />

de combustão;<br />

o Instalação de um controla<strong>do</strong>r de teor de oxigénio <strong>no</strong>s gases de<br />

combustão (ajuste em tempo real <strong>do</strong> excesso de ar).<br />

Controlo e manutenção<br />

o Manutenção da caldeira;<br />

o Atualização <strong>do</strong> sistema de controlo de funcionamento da caldeira;<br />

o Minimização das perdas em ciclos curtos de funcionamento;<br />

o Instalação de controla<strong>do</strong>res automáticos <strong>do</strong> total d sóli<strong>do</strong>s dissolvi<strong>do</strong>s<br />

na água <strong>do</strong> interior da caldeira;<br />

o Substituição de caldeiras em fim de vida.<br />

- Utilização de eco<strong>no</strong>miza<strong>do</strong>res para pré-aquecimento da água de alimentação da<br />

caldeira;<br />

- Remoção preventiva de depósitos nas superfícies de transferência de calor;<br />

- Minimização de purgas das caldeiras;<br />

- Recuperação de calor nas correntes de purga;<br />

- Implementação de programas de controlo, reparação e substituição de purga<strong>do</strong>res;<br />

- Recolha de condensa<strong>do</strong>s para reutilização na caldeira;<br />

- Utilização de vapor flash;<br />

- Isolamento térmico das tubagens de distribuição de vapor e de retor<strong>no</strong> de condensa<strong>do</strong><br />

e de válvulas e flanges;<br />

- Instalação de um pré-aquece<strong>do</strong>r de ar;<br />

- Minimização de perdas em ciclos curtos de funcionamento das caldeiras.<br />

116 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Produção de calor – Recuperação de calor<br />

- Recuperação da energia térmica através de:<br />

Gases de combustão;<br />

Efluentes quentes ou frios;<br />

Ar de exaustão;<br />

Produtos quentes ou frios ou restos de produção;<br />

Água de arrefecimento e óleo hidráulico;<br />

Fontes termais naturais;<br />

Painéis solares;<br />

Calor de sobreaquecimento e calor de condensação rejeita<strong>do</strong> <strong>do</strong>s processos de<br />

refrigeração;<br />

Outras fontes.<br />

- Permuta<strong>do</strong>res de calor para fazer uso direto <strong>do</strong> calor <strong>no</strong> mesmo esta<strong>do</strong> em que se<br />

encontra;<br />

- Bombas de calor e recompressão de vapor, que transformam o calor de mo<strong>do</strong> a gerar<br />

trabalho mais útil <strong>do</strong> que se este se encontrasse à sua temperatura inicial;<br />

- Operações multi-estágio, tais como evapora<strong>do</strong>res multi-efeito, expansão de vapor e<br />

combinações das técnicas acima mencionadas.<br />

Iluminação<br />

Dar prioridade à iluminação natural, manten<strong>do</strong> limpa as áreas de entrada de luz;<br />

Dimensionar corretamente os níveis de iluminação necessários para os<br />

diferentes postos de trabalho;<br />

Optar pelo tipo de iluminação mais adequada para cada local e para as tarefas a<br />

executar;<br />

Utilizar sempre equipamentos de rendimento eleva<strong>do</strong> (lâmpadas, luminárias e<br />

acessórios);<br />

Utilizar sistemas de controlo e coman<strong>do</strong> automático nas instalações de<br />

iluminação;<br />

Utilizar sempre que possível luminárias que permitam uma integração com o ar<br />

condiciona<strong>do</strong>;<br />

Proceder a operações de limpeza regulares e manutenção das instalações, de<br />

acor<strong>do</strong> com um pla<strong>no</strong> estabeleci<strong>do</strong>;<br />

Definir corretamente os perío<strong>do</strong>s de substituição das lâmpadas e optar sempre<br />

pela substituição em grupos.<br />

117 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Monitorização e controlo<br />

Realização de um diagnóstico energético às instalações;<br />

Avaliar a necessidade de colocação de aparelhos de medida nas instalações e<br />

proceder à sua instalação;<br />

Estabelecer metas de redução <strong>do</strong> consumo energético;<br />

Implementação de medidas para o aumento da eficiência energética;<br />

Monitorização periódica <strong>do</strong>s consumos de energia e da produção e proceder a<br />

uma atualização das metas sempre que se justifique.<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial - Tratamento de efluentes<br />

Tratamento anaeróbio de águas residuais;<br />

Tratamento de águas residuais com tec<strong>no</strong>logia de membranas;<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Integração de processos<br />

Recolha de da<strong>do</strong>s/caraterísticas sobre o processo e o sistema de utilidades;<br />

Determinação <strong>do</strong>s objetivos a alcançar de mo<strong>do</strong> a maximizar o desempenho em<br />

vários aspetos;<br />

Construção de uma rede de permuta<strong>do</strong>res de calor;<br />

Simplificação da rede proposta para diferentes cenários económicos.<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Manutenção de equipamentos consumi<strong>do</strong>res de<br />

energia<br />

- Manutenção <strong>no</strong>s equipamentos em geral<br />

Alocar de forma clara a responsabilidade pelo planeamento e execução da<br />

manutenção;<br />

Estabelecer um programa de manutenção estrutura<strong>do</strong> com base nas <strong>no</strong>rmas e<br />

nas descrições técnicas <strong>do</strong>s equipamentos, bem como em qualquer avaria <strong>no</strong>s<br />

equipamentos e respetivas consequências;<br />

Suportar o programa de manutenção pela a<strong>do</strong>ção de sistemas de registo de<br />

da<strong>do</strong>s apropria<strong>do</strong>s e por testes de diagnóstico;<br />

Identificar, através da manutenção de rotina, avarias, a<strong>no</strong>rmalidades em<br />

eficiência energética ou identificar áreas onde a eficiência energética pode ser<br />

melhorada;<br />

Identificar e retificar rapidamente qualquer fuga ou equipamento em falha que<br />

afete ou controle a utilização da energia.<br />

118 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


- Manutenção de caldeiras<br />

A produção de vapor na caldeira deve ser medida, direta ou indiretamente,<br />

medin<strong>do</strong>-se o total da água de alimentação e calculan<strong>do</strong> as quantidades<br />

perdidas nas descargas de fun<strong>do</strong> da caldeira. A relação vapor/combustível é a<br />

melhor medida de eficiência da caldeira e deve ser mantida a um nível eleva<strong>do</strong>;<br />

Deve-se manter um registo permanente da eficiência da caldeira de mo<strong>do</strong> que<br />

os sinais de mau funcionamento possam ser deteta<strong>do</strong>s com antecedência;<br />

Deve-se examinar periodicamente os conta<strong>do</strong>res de vapor, pois deterioram-se<br />

com o tempo. Se a pressão de operação for alterada, o conta<strong>do</strong>r deverá ser<br />

recalibra<strong>do</strong> ou, alternativamente, as leituras realizadas devem ser corrigidas;<br />

Deve-se vistoriar com regularidade o sistema de tubagem;<br />

As tubagens fora de uso devem ser isoladas ou retiradas se redundantes;<br />

O cálculo <strong>do</strong> consumo e <strong>do</strong> fornecimento de energia à casa das caldeiras deve<br />

ser o mais realista possível;<br />

A manutenção da casa das caldeiras deve ser revista, principalmente <strong>no</strong> que diz<br />

respeito ao equipamento de combustão, aos controlos e aos instrumentos. Deve<br />

a<strong>do</strong>tar-se uma rotina de verificação regular;<br />

Limpeza periódica das superfícies de transferência de calor ou <strong>do</strong>s tubos de<br />

fumo;<br />

O esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s isolamentos térmicos e <strong>do</strong> sistema de exaustão das caldeiras deve<br />

ser verifica<strong>do</strong> periodicamente;<br />

Em instalações de caldeiras mais antigas, as canalizações subterrâneas de<br />

exaustão devem ser inspecionadas com vista a possíveis infiltrações de água;<br />

As fugas de vapor devem ser prontamente reparadas de mo<strong>do</strong> a se evitarem<br />

desperdícios de energia e potenciais acidentes.<br />

- Manutenção de permuta<strong>do</strong>res de calor<br />

Limpeza (química ou mecânica) das superfícies de transferência de calor.<br />

- Manutenção de sistemas de iluminação<br />

Operações de limpeza e de manutenção de acor<strong>do</strong> com um pla<strong>no</strong> préestabeleci<strong>do</strong>.<br />

- Outros equipamentos<br />

Manutenção a efetuar aos equipamentos consumi<strong>do</strong>res de energia de acor<strong>do</strong><br />

com o menciona<strong>do</strong> anteriormente em cada equipamento.<br />

119 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Isolamentos térmicos<br />

- Para evitar perdas deve-se isolar termicamente:<br />

Tubagens de vapor;<br />

Tubagens de água quente;<br />

Tubagens de termofluí<strong>do</strong>;<br />

Tubagens de condensa<strong>do</strong>s.<br />

- Inspeção periódica <strong>do</strong> isolamento térmico das tubagens e das válvulas;<br />

- Evitar o sobredimensionamento da espessura <strong>do</strong> isolamento.<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Transportes<br />

- Efetuar uma análise à otimização das cargas e <strong>do</strong>s motores elétricos;<br />

- Implementar um sistema de gestão de combustível;<br />

- Monitorizar a gestão <strong>do</strong> combustível através de:<br />

Registo regular <strong>do</strong>s consumos;<br />

Relacionar o consumo com o trabalho efetua<strong>do</strong>;<br />

Identificar padrões a atingir e informar os condutores <strong>do</strong> seu desempenho;<br />

Tomar ações para reduzir o consumo de combustível;<br />

- Motivar e formar os condutores.<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Formação e sensibilização de recursos huma<strong>no</strong>s<br />

- Realizar ações de sensibilização e formação sobre os seguintes temas:<br />

Os impactos ambientais da utilização da energia;<br />

Os benefícios da eco<strong>no</strong>mia de energia;<br />

A dependência energética da empresa e o que esta pode fazer para eco<strong>no</strong>mizar<br />

energia;<br />

Qual a atitude cívica individual para eco<strong>no</strong>mizar energia.<br />

Eficiência <strong>do</strong> processo Industrial – Redução da energia reactiva<br />

- Instalar bancos de condensa<strong>do</strong>res adicionais e melhorar a distribuição <strong>do</strong>s bancos de<br />

condensa<strong>do</strong>res já instala<strong>do</strong>s;<br />

- Evitar a operação de motores sem carga ou com cargas muito abaixo <strong>do</strong> ótimo;<br />

120 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


- Substituir motores convencionais por motores de alta eficiência energética e manter<br />

estes a operar perto da sua capacidade (carga) ótima.<br />

Medidas e/ou tec<strong>no</strong>logias de Poupança <strong>Setor</strong>iais – Indústrias da Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário<br />

Otimização <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong>s banhos<br />

- A<strong>do</strong>ção de máquinas de tingimento com relações de banho reduzidas;<br />

- Otimização de processos de tingimento e acabamento em processos descontínuos, por<br />

eliminação de algumas etapas ou banhos;<br />

- Utilização de substratos (produtos químicos, corantes, produtos auxiliares têxteis,<br />

enzimas, etc.) que promovam uma maior eficiência para se obter os mesmos resulta<strong>do</strong>s<br />

com me<strong>no</strong>res temperaturas, quantidades de água e tempos de processo.<br />

Pré-secagem mecânica/Infravermelhos (IV)<br />

- Pré-secagem por painéis radiantes cerâmicos.<br />

A combustão de uma pré-mistura de gás, ao contactar com a superfície em cerâmica<br />

porosa provoca radiação na frequência <strong>do</strong>s infravermelhos.<br />

A gama de funcionamento varia entre 70% e 100% da potência instalada. Durante a fase<br />

de arranque e paragem, os painéis são oculta<strong>do</strong>s por uma película de fibra cerâmica.<br />

Aplicação na pré-secagem de teci<strong>do</strong>s e papel.<br />

Capacidade de evaporação: 50% da água contida <strong>no</strong> teci<strong>do</strong>;<br />

Alargamento da produção;<br />

Baixo custo de exploração;<br />

Limitação da migração <strong>do</strong>s corantes graças à homogeneidade de temperaturas<br />

em ambas as faces;<br />

Diminuição da sujidade acumulada <strong>no</strong>s rolos <strong>do</strong> “Hot Flue”;<br />

Consumo específico de secagem: 1,3 kWh/kg de água evaporada.<br />

- Pré-secagem por painéis radiantes fibrosos<br />

A combustão de uma pré-mistura a gás efectua-se à superfície de um painel fibroso, que<br />

irradia <strong>no</strong> espectro <strong>do</strong>s infravermelhos, sen<strong>do</strong> a superfície de emissão infravermelha<br />

ajustada em função <strong>do</strong> pla<strong>no</strong> de desfiamento <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.<br />

Os painéis radiantes fibrosos permitem uma boa homogeneidade de temperaturas<br />

emitidas, o que faz com que a água existente <strong>no</strong>s teci<strong>do</strong>s seja colocada à temperatura<br />

ideal antes da entrada <strong>no</strong>s seca<strong>do</strong>res.<br />

As vantagens deste equipamento são as seguintes:<br />

Excelente qualidade de impressão: a radiação infravermelha limita a difusão <strong>do</strong>s<br />

colorantes das fibras;<br />

Ganhos de produção introduzi<strong>do</strong>s pelo conjunto da linha: 20% a 40%;<br />

Rápi<strong>do</strong> aumento de temperatura: 85°C em 5 segun<strong>do</strong>s na temperatura da<br />

superfície <strong>do</strong> emissor infravermelho;<br />

121 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Sem qualquer inércia à extinção da chama;<br />

Adaptabilidade <strong>do</strong>s painéis a todas as superfícies;<br />

Potência da superfície elevada: 140 kWh/m 2 (PCI).<br />

Fonte de da<strong>do</strong>s: http://www.edpgassu.pt/index.php?id=365<br />

Aquecimento de águas por painéis solares<br />

A água quente utilizada em to<strong>do</strong> o processo têxtil pode ser aquecida através de painéis<br />

solares que se baseia na utilização de gera<strong>do</strong>res elétricos convencionais em que a<br />

energia térmica necessária para fazer circular o fluí<strong>do</strong> ao longo das lâminas da turbina é<br />

produzida pela energia solar que é concentrada para atingir as temperaturas exigidas<br />

pelo processo.<br />

Otimização <strong>do</strong>s processos de produção têxtil<br />

- Utilização de tec<strong>no</strong>logias emergentes, p. ex., tec<strong>no</strong>logia plasma, tec<strong>no</strong>logia de ozo<strong>no</strong>,<br />

tingimento por ultrassons, preparação enzimática, branqueamento catalítico, tec<strong>no</strong>logia<br />

jacto de tinta (estamparia digital), aplicação de na<strong>no</strong>tec<strong>no</strong>logias, polimerização por<br />

ultravioletas, flui<strong>do</strong>s dióxi<strong>do</strong> de carbo<strong>no</strong> – supercrítico (CO 2 ) para tingimento sem água.<br />

- Utilização de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias para produção de estruturas filiformes (fiação,<br />

extrusão e retorcedura) e para a produção de estruturas têxteis (teci<strong>do</strong>s, malhas, não<br />

teci<strong>do</strong>s, entrança<strong>do</strong>s e híbri<strong>do</strong>s) mais eficientes.<br />

Melhoria em limpeza/banhos<br />

- Redução <strong>do</strong> consumo de água e energia em banhos de tingimento;<br />

- Otimização energética <strong>do</strong> processo de secagem pós-tingimento.<br />

Tec<strong>no</strong>logias de corte e de união de peças<br />

- Utilização de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias de corte (p. ex., laser e ultrassons);<br />

- Utilização de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias de união de peças (p. ex., substituição de costura de<br />

linhas por costuras seladas e colagem através de entretela com temperatura e pressão).<br />

Aquecimento de águas por painéis solares<br />

A água quente utilizada em to<strong>do</strong> o processo têxtil pode ser aquecida através de painéis<br />

solares que se baseia na utilização de gera<strong>do</strong>res elétricos convencionais em que a<br />

energia térmica necessária para fazer circular o fluí<strong>do</strong> ao longo das lâminas da turbina é<br />

produzida pela energia solar que é concentrada para atingir as temperaturas exigidas<br />

pelo processo.<br />

122 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.6.2.2 Em produtos<br />

A utilização e manutenção <strong>do</strong>s produtos têxteis (vestuário, roupa de cama, toalhas de<br />

mesa, etc.) obriga ao consumo de energia, assim, neste ponto apresenta-se boas<br />

práticas de redução <strong>do</strong> consumo de energia <strong>no</strong>s equipamentos de utilização <strong>do</strong>méstica.<br />

Máquinas de Lavar roupa<br />

- Utilizar a máquina na sua capacidade máxima, ou seja, com carga completa;<br />

- Escolher programas de baixa temperatura ou mesmo a frio;<br />

- Colocar produtos anticalcário nas lavagens e limpar regularmente o filtro da máquina;<br />

- Utilizar a máquina de <strong>no</strong>ite, caso a habitação tenha tarifário bi-horário <strong>no</strong> contrato de<br />

energia elétrica;<br />

- Comprar máquinas com classificação energética classe A+++;<br />

- Adequar a temperatura e os programas de lavagem ao tipo de roupa e ao seu grau de<br />

sujidade;<br />

- Separar a roupa consoante o tipo de teci<strong>do</strong> e adequar a quantidade de detergente em<br />

função da sujidade da roupa;<br />

- Evitar a utilização de pré lavagens exceto se a roupa estiver muito suja;<br />

- Colocar as máquinas em locais secos e ventila<strong>do</strong>s.<br />

Máquinas de Secar roupa<br />

- Secar a roupa ao sol em vez de utilizar máquina de secar roupa;<br />

- Centrifugar bem a roupa na máquina de lavar, antes de a secar;<br />

- Utilizar a máquina na sua capacidade máxima;<br />

- Separar a roupa, antes de secar, em função das fibras utilizadas e em função da<br />

gramagem da roupa;<br />

- Limpar regularmente o filtro da máquina e verificar a saída de ventilação, de mo<strong>do</strong> a<br />

não estar obstruída;<br />

- Não secar excessivamente a roupa;<br />

- No ato da compra, adquirir máquinas com classificação energética A+++.<br />

Ferros de engomar<br />

- Ao utilizar o ferro de engomar desligar um pouco antes de acabar de passar a<br />

totalidade da roupa;<br />

- Não deixar o ferro liga<strong>do</strong>, caso tenha de interromper a tarefa;<br />

- Passar grandes quantidades de roupa em vez de engomar pequenas quantidades,<br />

várias vezes;<br />

- Adequar a temperatura de passagem em função <strong>do</strong> tipo de fibra <strong>do</strong> vestuário.<br />

123 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


3.7 Casos de sucesso<br />

De seguida apresentam-se casos de sucesso, de empresas <strong>do</strong> STV (<strong>Setor</strong> Têxtil e de<br />

Vestuário), a nível de eficiência energética, redução <strong>do</strong>s consumos e custos de energia,<br />

contemplan<strong>do</strong> medidas já implementadas e algumas a implementar prevista <strong>no</strong> âmbito<br />

das auditorias realizadas <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> RGCE – Regulamento de Gestão <strong>do</strong>s Consumos<br />

de Energia e SGCIE – Sistemas de Gestão <strong>do</strong>s Consumos Intensivos de Energia.<br />

PAULO DE OLIVEIRA, S.A.<br />

A Paulo de Oliveira, S.A., é uma unidade vertical, que se dedica à fiação, tecelagem<br />

tinturaria e acabamento de lãs e mistos. Está localizada em Boi<strong>do</strong>bra, Covilhã e é a<br />

maior empresa produtora de teci<strong>do</strong>s de lã da Península Ibérica, fazen<strong>do</strong> parte de um<br />

grupo (Paulo de Oliveira), que é um <strong>do</strong>s maiores da Europa, neste setor.<br />

Tem capacidade de produção 8.000.000 m² de teci<strong>do</strong> por a<strong>no</strong> (a capacidade de<br />

produção <strong>do</strong> grupo é de 16.000.000 m² por a<strong>no</strong>). A empresa tem um horário de<br />

produção 24 horas por dia e 5 dias por semana.<br />

Em estu<strong>do</strong>s efetua<strong>do</strong>s pela revista "EXAME", em colaboração com a Arthur Andersen e<br />

com a Dun & Bradstreet foi considerada a melhor Empresa Têxtil Portuguesa durante<br />

quatro a<strong>no</strong>s consecutivos.<br />

Em termos de ultimação a empresa tem operações desde crabing, lavagem/batanagem,<br />

râmulas para secagem e termofixação, tesouragem, decatissagem e vaporização.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo das fugas de ar comprimi<strong>do</strong> que irão permitir uma redução<br />

de 0,2% <strong>do</strong>s consumos totais de energia da empresa;<br />

Instalação de lâmpadas eficientes com balastro electrónico e sistema Dali, <strong>no</strong>s<br />

locais ainda não existentes, que irão permitir uma redução <strong>do</strong>s consumos totais<br />

de energia de 1,8%. De realçar que a empresa já tem instala<strong>do</strong>s estes sistemas<br />

em alguma zonas da fábrica;<br />

Alteração da captação de ar na caldeira de vapor. Com a presente medida<br />

propõe-se captar o ar na parte superior da sala das caldeiras, de mo<strong>do</strong> a<br />

permitir que a temperatura <strong>do</strong> ar de entrada das caldeiras seja superior ao valor<br />

atual. Com esta alteração a empresa eco<strong>no</strong>miza 0,2% <strong>do</strong>s consumos totais da<br />

empresa;<br />

A empresa já tem instala<strong>do</strong>s Varia<strong>do</strong>res Eletrónicos de Velocidade (VEV) em<br />

muitos motores, <strong>no</strong> entanto pretende instalar, outros, em to<strong>do</strong>s os ventila<strong>do</strong>res<br />

existentes , quer de extração de ar, quer das centrais de humidificação. Com<br />

124 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


esta medida a empresa eco<strong>no</strong>mizará cerca de 1,7% face aos consumos totais da<br />

Paulo de Oliveira;<br />

Com a redução da pressão de ar comprimi<strong>do</strong> da central geral de ar comprimi<strong>do</strong><br />

a Paulo de Oliveira eco<strong>no</strong>mizou 13% <strong>do</strong> consumo total de energia utilizada nesta<br />

central;<br />

Na caldeira de vapor, a gás natural, a empresa tem instala<strong>do</strong> um eco<strong>no</strong>miza<strong>do</strong>r<br />

<strong>no</strong>s gases de exaustão da caldeira, permitin<strong>do</strong> assim aquecer a água de entrada<br />

da mesma;<br />

A empresa possuí uma râmula a gás natural com um permuta<strong>do</strong>r ar/ar na<br />

conduta de exaustão da máquina. Permitin<strong>do</strong> assim pré-aquecer o ar de entrada<br />

da râmula;<br />

As centrais de ar comprimi<strong>do</strong> estão equipadas com compressores com variação<br />

de velocidade;<br />

As tubagens de vapor e condensa<strong>do</strong>s estão devidamente isoladas.<br />

Para além destas medidas a empresa está já a implementar outras soluções de<br />

eco<strong>no</strong>mia de energia que lhe permitirão ir além <strong>do</strong> preconiza<strong>do</strong> <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> de<br />

racionalização como são a instalação de inverters nas bombas de captação de água e em<br />

to<strong>do</strong>s os contínuos da Fiação (substituição <strong>do</strong>s sistemas de regulação de velocidade<br />

existentes <strong>no</strong>s 20 continuos Zinser por inverters de ultima geração, esta instalação<br />

permitirá uma redução de mais de 35% <strong>no</strong> consumo de cada máquina), substituição de<br />

alguma iluminação fluorescente por iluminação com leds.<br />

FILOCORA – TINTURARIA E ACABAMENTOS TÊXTEIS, S.A.<br />

Localizada em Lordelo – Guimarães, a Filocora dedica-se à tinturaria de fio de algodão e<br />

de fibras mistas, tinturaria e acabamento de teci<strong>do</strong>s de algodão e de fibras mistas.<br />

Normalmente funciona 24 horas por dia, e cinco dias por semana.<br />

Os processos de tingimentos são efetua<strong>do</strong>s em Jet e autoclaves respetivamente para o<br />

tingimento de teci<strong>do</strong>s e fios. Sen<strong>do</strong> que <strong>no</strong> caso <strong>do</strong>s fios são secos em seca<strong>do</strong>r rápi<strong>do</strong> ou<br />

num seca<strong>do</strong>r por alta frequência.<br />

Juntamente com uma empresa <strong>do</strong> grupo, a Neiper, o grupo fica com um processo<br />

vertical, desde urdissagem, tecelagem, tinturaria, acabamentos e confeção.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Instalação de inverter num hidro e VEV <strong>no</strong>s ventila<strong>do</strong>res de uma râmula. Com<br />

esta medida a empresa irá obter uma eco<strong>no</strong>mia de 0,3% <strong>no</strong>s consumos totais de<br />

125 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


energia. De referir que a Filocora já tem instala<strong>do</strong>s outros VEV nas máquinas<br />

produtivas bem como auxiliares;<br />

Substituição <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res por uns de maior potência. Para além da<br />

maior disponibilidade de potência, estima-se uma poupança de 0,2% sobre o<br />

valor total <strong>do</strong>s consumos de energia da Filocora;<br />

A empresa já recupera o calor <strong>do</strong>s efluentes da tinturaria, para aquecer a água<br />

de entrada. No entanto, pretende aumentar a capacidade de recuperação <strong>do</strong>s<br />

existente, bem como, a instalação de um <strong>no</strong>vo permuta<strong>do</strong>r. Com esta medida a<br />

empresa irá obter uma eco<strong>no</strong>mia de 2,6% face ao consumo total de energia da<br />

empresa;<br />

Instalação de sistema de controlo de potência e oxigénio na caldeira de vapor.<br />

Com esta medida estima-se uma eco<strong>no</strong>mia de 3% <strong>do</strong> consumo de gás natural na<br />

caldeira;<br />

Otimização da central de ar comprimi<strong>do</strong>. A empresa irá instalar um compressor<br />

com varia<strong>do</strong>r de velocidade, bem como, adquirir um seca<strong>do</strong>r de ar mais<br />

eficiente. Com esta medida a empresa irá obter uma eco<strong>no</strong>mia de energia<br />

elétrica de 1,8%;<br />

A empresa recupera o calor de exaustão das 2 râmulas existente através de um<br />

permuta<strong>do</strong>r de calor ar/ar. Nesta medida pretende-se interligar o ar de<br />

exaustão <strong>do</strong> Tumbler <strong>no</strong> permuta<strong>do</strong>r de calor existente, permitin<strong>do</strong> assim<br />

recuperar também o calor <strong>do</strong> ar de exaustão deste equipamento. Com esta<br />

medida estima-se uma eco<strong>no</strong>mia de 2,4% sobre os consumos totais da empresa;<br />

As tubagens de vapor e condensa<strong>do</strong>s estão devidamente isoladas;<br />

A empresa tem uma cogeração (central combinada de calor e energia elétrica)<br />

independente, Filocora Energia, Lda., sen<strong>do</strong> que o vapor e a água quente<br />

provenientes são utiliza<strong>do</strong>s <strong>no</strong> processo produtivo da Filocora, propriamente<br />

dita;<br />

Para além da energia térmica utilizada, resultante da cogeração, a Filocora<br />

utiliza o gás natural <strong>no</strong>s equipamentos de queima.<br />

BASTOS VIEGAS, S.A.<br />

A Bastos Viegas dedica-se à produção de uma larga variedade de dispositivos médicos e<br />

de outros produtos descartáveis para os merca<strong>do</strong>s inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong>, entre outros,<br />

pensos, sacos e manga, toucas e capas, ligaduras elásticas, compressas americanas,<br />

compressas em não teci<strong>do</strong>, compressas operatórias, bolas com elástico, etc.. Além disso,<br />

a Bastos Viegas representa em Portugal diversos produtores estrangeiros, para a<br />

distribuição <strong>do</strong>s seus produtos <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> nacional. Está localizada em Guilhufe –<br />

Penafiel, tem um regime de trabalho que funciona <strong>no</strong>rmalmente em 1 ou 2 tur<strong>no</strong>s por<br />

dia, cinco dias por semana, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s setores.<br />

126 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


As fases de produção comportam a preparação e conversão de gaze, tecelagem e<br />

conversão de teci<strong>do</strong>s tubulares e de teci<strong>do</strong>s elásticos e também de conversão de muitas<br />

matérias-primas como teci<strong>do</strong> não teci<strong>do</strong>, papel, plásticos, filmes, celuloses, etc. Existe<br />

igualmente uma grande capacidade instalada para empacotamento e esterilização, por<br />

vapor e óxi<strong>do</strong> de etile<strong>no</strong>, de to<strong>do</strong>s os diferentes artigos.<br />

A empresa conta ao seu serviço com 3 armazéns automáticos, com uma capacidade<br />

total de 18.000 paletes/contentores plásticos, onde armazena componentes de<br />

produção e artigos acaba<strong>do</strong>s. lsto permite uma grande eficiência na distribuição e <strong>no</strong><br />

serviço de vendas.<br />

To<strong>do</strong>s os produtos considera<strong>do</strong>s dispositivos médicos estão regista<strong>do</strong>s e autoriza<strong>do</strong>s<br />

para a aposição da marca CE.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>. Com esta<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizará 1% <strong>do</strong> consumo total de energia;<br />

Otimização da central de ar comprimi<strong>do</strong>. Com a instalação de um compressor<br />

<strong>no</strong>vo com variação de velocidade a empresa eco<strong>no</strong>mizou 4,2% <strong>do</strong> consumo total<br />

de energia elétrica consumida na fábrica;<br />

Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes. Com a presente<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizará cerca de 2,4% <strong>no</strong>s consumos totais de energia<br />

elétrica;<br />

Alteração da captação de ar das caldeiras de vapor. Com a presente medida<br />

propõe-se captar o ar na parte superior da sala das caldeiras, de mo<strong>do</strong> a<br />

permitir que a temperatura <strong>do</strong> ar de entrada das caldeiras seja superior ao valor<br />

atual. Com a presente medida a Bastos Viegas eco<strong>no</strong>mizará 0,2% <strong>do</strong> consumo<br />

total de energia;<br />

Instalação de varia<strong>do</strong>res de velocidade. A empresa já tem instala<strong>do</strong>s varia<strong>do</strong>res<br />

de velocidade em algumas máquinas. Com a instalação de varia<strong>do</strong>r de<br />

velocidade <strong>no</strong> grupo de bombagem de água, a empresa eco<strong>no</strong>mizou 0,4% <strong>do</strong><br />

consumo total de energia elétrica da fábrica.<br />

SAMOFIL - TÊXTEIS, LDA<br />

A Samofil, na unidade industrial localizada em Pousada de Saramagos – Vila Nova de<br />

Famalicão, dedica-se à tinturaria, estamparia e acabamentos de malhas de algodão e de<br />

fibras mistas. A empresa em Novais tem ainda processos de tecelagem e confeção,<br />

sen<strong>do</strong> assim a Samofil uma empresa vertical.<br />

127 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Nos acabamentos a empresa tem operações de ramulagem, calandragem, compactação,<br />

laminagem, tumbler e seca<strong>do</strong>res. Na estamparia a empresa tem 2 máquinas de<br />

estampar, uma plana e outra de rolos, até 8 cores por desenho.<br />

A empresa <strong>no</strong>rmalmente funciona 24 horas por dia e cinco dias por semana.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>. Com esta<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizará 2,4% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica;<br />

Isolamento térmico de válvulas de vapor e tanques de água quente, o que irá<br />

permitir uma eco<strong>no</strong>mia de 4,6% sobre o valor total de energia consumida;<br />

Substituição de equipamentos produtivos por outros mais eficientes,<br />

<strong>no</strong>meadamente barcas por jet. A empresa substituiu 3 equipamentos de<br />

tingimento <strong>do</strong> tipo barca aberta por equipamentos mais eficientes <strong>do</strong> tipo jet. A<br />

melhoria na eficiência energética é resulta<strong>do</strong> da me<strong>no</strong>r razão de banho e <strong>do</strong><br />

reduzi<strong>do</strong> tempo de tratamento. Com esta medida a Samofil eco<strong>no</strong>mizou 1% <strong>do</strong><br />

consumo total de energia;<br />

Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes. Com esta<br />

medida a empresa irá eco<strong>no</strong>mizar cerca de 0,9% <strong>do</strong> consumo de energia elétrica<br />

da empresa;<br />

Instalação de compressor de ar comprimi<strong>do</strong> com VEV que irá permitir uma<br />

eco<strong>no</strong>mia de 1,8% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica da Samofil.<br />

MARPEI – ESTAMPARIA TÊXTIL, S.A.<br />

A Marpei, é uma unidade vertical, que se dedica à tinturaria, acabamento e estamparia<br />

de malhas e teci<strong>do</strong>s. Localizada em São João da Ponte – Guimarães, trabalha 24 horas<br />

por dia e cinco dias por semana nas secções de tinturaria, acabamento e estamparia.<br />

Nos acabamentos a empresa tem operações de ramulagem, calandragem, compactação,<br />

laminagem, cardação, tumbler e seca<strong>do</strong>res. Na estamparia a empresa tem 2 máquinas<br />

de estampar, uma plana e outra de rolos.<br />

A Marpei tem ainda uma cogeração independente, Beligáz – Empresa de Cogeração a<br />

Gás Natural, Lda, sen<strong>do</strong> que o vapor e a água quente resultantes são utiliza<strong>do</strong>s <strong>no</strong><br />

processo produtivo da empresa.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

128 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Isolamento térmico de válvulas e tubagem de vapor. Com esta medida a<br />

empresa eco<strong>no</strong>mizará 2% <strong>do</strong> consumo total de energia;<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>, o que irá<br />

permitir uma eco<strong>no</strong>mia de 3,4% sobre o valor total de energia elétrica<br />

consumida;<br />

Instalação de compressor de ar comprimi<strong>do</strong> com VEV para substituição de um<br />

<strong>do</strong>s existentes. Esta instalação irá permitir uma poupança de energia elétrica de<br />

0,4% sobre o consumo total de energia;<br />

Instalação de balastros eletrónicos. Com a substituição <strong>do</strong>s balastros<br />

convencionais por balastros eletrónicos em parte das luminárias a empresa irá<br />

eco<strong>no</strong>mizar 0,7% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica;<br />

Aplicação de chapa de cobertura opalina e limpeza da existente para iluminação<br />

natural. A limpeza e instalação de translúci<strong>do</strong>s na cobertura da Marpei irá<br />

permitir um maior aproveitamento da luz solar diminuin<strong>do</strong> assim o número de<br />

horas de consumo de energia da iluminação artificial. Estima-se uma eco<strong>no</strong>mia,<br />

com esta medida, de 0,2% sobre o consumo total de energia;<br />

Instalação de recupera<strong>do</strong>r de calor ar/ar na exaustão numa das râmulas. Com<br />

esta medida a empresa eco<strong>no</strong>mizará 2,9% <strong>do</strong> consumo total de energia.<br />

MABERA – ACABAMENTOS TÊXTEIS, S.A.<br />

A empresa Mabera, dedica-se ao tingimento e acabamento de malhas. Normalmente<br />

labora 24 horas por dia, 5 dias por semana. A empresa fica localizada em Mogege – Vila<br />

Nova de Famalicão.<br />

O processo de acabamento pode compreender diferentes operações, que vão desde a<br />

simples secagem da malha que sai húmida <strong>do</strong> processo de tingimento, até à combinação<br />

de diferentes processos que adequam as características físicas da malha às necessidades<br />

funcionais solicitadas pelos clientes.<br />

A empresa tem nas suas instalações uma central de cogeração a gás natural, sen<strong>do</strong> que<br />

a energia elétrica gerada é consumida na empresa, sen<strong>do</strong> o excedente vendi<strong>do</strong> à rede. A<br />

água quente e o vapor provenientes da central são utiliza<strong>do</strong>s, na sua totalidade, <strong>no</strong><br />

processo produtivo da empresa.<br />

A empresa tem ainda 2 caldeiras de geração de vapor, sen<strong>do</strong> que uma consome gás<br />

natural e a outra briquetes de madeira (biomassa), sen<strong>do</strong> que esta última trabalha como<br />

adjuvante da cogeração e a de gás natural se encontra de reserva. Para o aquecimento<br />

de termofluí<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> nas máquinas <strong>do</strong>s acabamentos a empresa tem ainda 2<br />

caldeiras desta fonte de energia a gás natural, sen<strong>do</strong> que a de maior capacidade se<br />

encontra desligada, só entran<strong>do</strong> em funcionamento em caso de avaria da outra.<br />

129 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


A empresa tem implementa<strong>do</strong> medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, tais<br />

como:<br />

Recuperação <strong>do</strong> calor <strong>do</strong>s gases de exaustão de uma râmula. Permutação ar/ar,<br />

esta medida permite à empresa uma eco<strong>no</strong>mia de 16% <strong>do</strong> consumo total de gás<br />

natural desta râmula;<br />

Recuperação <strong>do</strong> calor de outras râmulas, permutar ar/água;<br />

Instalação de conta<strong>do</strong>res de energia elétrica, que permitiram controlar os<br />

consumos <strong>do</strong>s grandes consumi<strong>do</strong>res de energia e das várias secções;<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>. Com esta<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizou 0,3% <strong>do</strong> consumo total de energia;<br />

Instalação de sistema de controlo da combustão na caldeira de briquetes, que<br />

permitirá à empresa eco<strong>no</strong>mizar 0,3% <strong>do</strong> consumo total de energia na empresa;<br />

Instalação de regula<strong>do</strong>res de fluxo lumi<strong>no</strong>so nas lâmpadas de vapor de<br />

mercúrio. Esta medida origina reduções em manutenção e permite o aumento<br />

da eficiência e da vida útil das lâmpadas. Esta medida permitirá uma eco<strong>no</strong>mia<br />

de 0,35% <strong>do</strong>s consumos de energia elétrica da empresa.<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> varia<strong>do</strong>res de velocidade <strong>no</strong>s motores onde se justifica<br />

a sua instalação, ou seja, funcionamento variável.<br />

FÁBRICA DE TECIDOS DE VIÚVA DE CARLOS DA SILVA AREIAS & Cª S.A. (FELPOS<br />

BOMDIA)<br />

A empresa Felpos Bomdia, dedica-se à tecelagem, tinturaria de fios e felpos,<br />

acabamento de felpos e confeção de artigos em algodão e fibras mistas.<br />

A Felpos Bomdia, localizada em Vizela, tem um regime de trabalho que funciona<br />

<strong>no</strong>rmalmente 2 ou 3 tur<strong>no</strong>s por dia, cinco dias por semana, dependen<strong>do</strong> das secções.<br />

Tem uma capacidade de produção de 2.500.000 kgs de felpo de algodão, abrangen<strong>do</strong><br />

produtos cada vez mais varia<strong>do</strong>s. A felpos Bomdia tem diversas marcas, tais como,<br />

Bomdia Prestige® (toalhas de alta qualidade), Bomdia Classic® (toalhas “boutique” –<br />

artigos de cozinha), Bomdia Discount® (toalhas de uso diário), Bomdia Mini® (artigos<br />

para criança e bébé), Bomdia Sport® (toalhas de praia e desporto).<br />

O aquecimento de banhos é efetua<strong>do</strong> através de permuta<strong>do</strong>res de calor utilizan<strong>do</strong><br />

vapor satura<strong>do</strong>. As caldeiras para a produção de vapor utilizam o gás natural como<br />

combustível. Existe uma instalação de recuperação de energia de água quente.<br />

Os processos de acabamentos consistem somente em tratamentos físicos, não existem<br />

tratamentos químicos. A secagem é efetuada nas râmulas e tumbler. Estes<br />

equipamentos têm queima direta de gás natural como fonte de energia térmica.<br />

130 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>, o que irá<br />

permitir uma eco<strong>no</strong>mia de 1,3% sobre o valor total de energia elétrica<br />

consumida;<br />

Instalação de balastros eletrónicos. Com esta medida a empresa irá eco<strong>no</strong>mizar<br />

0,7% <strong>do</strong> consumo total de energia;<br />

Isolamento de depósito de condensa<strong>do</strong>s e tubagens. Com este isolamento a<br />

empresa eco<strong>no</strong>miza 1,7% <strong>do</strong> consumo total de gás natural;<br />

Instalação de eco<strong>no</strong>miza<strong>do</strong>r numa caldeira. Com esta medida a empresa<br />

eco<strong>no</strong>mizou 3% <strong>do</strong> consumo total de energia da empresa;<br />

Alteração da captação de ar nas caldeiras. Com esta alteração a empresa<br />

eco<strong>no</strong>miza 2% <strong>do</strong> consumo total de gás natural;<br />

A empresa isolou a casa das caldeiras, permitin<strong>do</strong> assim aumentar a<br />

temperatura ambiente e consequentemente o ar de entrada das caldeiras,<br />

aumentan<strong>do</strong> a eficiência das mesma;<br />

Instalação de redutores de pressão nas linhas de vapor, de 10 bar para 6,5 bar, o<br />

que permitiu uma redução de 7% <strong>do</strong> consumo total de gás natural.<br />

HABIDECOR – INDÚSTRIA TÊXTIL PARA A HABITAÇÃO, S.A.<br />

A empresa Habidecor, dedica-se à confeção de obras têxteis para uso <strong>do</strong>méstico -<br />

produção de tapetes para casa de banho em acrílico, algodão, linho e seda e ao fabrico<br />

de lençóis.<br />

A empresa tem um regime de trabalho que funciona <strong>no</strong>rmalmente 1 a 3 tur<strong>no</strong>s por dia,<br />

cinco dias por semana, dependen<strong>do</strong> das secções.<br />

Trata-se de uma unidade técnica de produção implantada num terre<strong>no</strong> com área<br />

aproximada de 37.713 m², sen<strong>do</strong> 19.247 m² de área coberta, localizada na Zona<br />

Industrial de Mundão (Viseu). Iniciou a sua laboração em Julho de 1977 com 10<br />

funcionários. Emprega, presentemente 133 trabalha<strong>do</strong>res. É uma unidade equipada com<br />

moderna tec<strong>no</strong>logia e informatizada, não obstante a atividade crítica <strong>do</strong> processo de<br />

fabrico («tufting») ser de mão-de-obra intensiva, da<strong>do</strong> o produto final ter características<br />

semi-artesanais.<br />

Para o processo de fabrico de tapetes, a empresa tem fases de produção desde tufting,<br />

tinturaria de algodão, tecelagem e embalagem. No processo <strong>do</strong>s lençóis a empresa tem<br />

as fases de produção, tecelagem, confeção, tingimento e acabamento.<br />

131 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


A empresa tem ainda nas suas instalações uma piscina, com capacidade 162 m 2 , para<br />

utilização de funcionários e familiares e <strong>do</strong>is campos de jogos, um de ténis e um<br />

polivalente.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>, o que irá<br />

permitir uma eco<strong>no</strong>mia de 3,6% sobre o valor total de energia elétrica<br />

consumida;<br />

Redução da pressão de ar comprimi<strong>do</strong> produzida. Com esta redução a empresa<br />

eco<strong>no</strong>mizou 1,1% <strong>do</strong> consumo total de energia da empresa;<br />

Isolamento térmicos. Com o isolamento térmico de válvulas, coletor de<br />

condensa<strong>do</strong>s a empresa eco<strong>no</strong>mizou 7% <strong>do</strong> consumo total de energia da<br />

empresa;<br />

Alteração da relação de transmissão <strong>no</strong>s motores da ETAR. Esta medida permitiu<br />

eco<strong>no</strong>mizar 1% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica da fábrica;<br />

Recuperação da exaustão da bomba de condensa<strong>do</strong>s e condensa<strong>do</strong>s<br />

propriamente ditos através de permuta<strong>do</strong>r como objetivo de aquecer águas<br />

quentes sanitárias. Permitiu uma eco<strong>no</strong>mia de 0,5% <strong>do</strong>s consumos totais da<br />

empresa.<br />

TMG – ACABAMENTOS TÊXTEIS, S.A.<br />

A Empresa TMG – Acabamentos Têxteis S.A., está sediada em Ronfe – Guimarães, ten<strong>do</strong><br />

como atividade o branqueamento e Tingimento de Teci<strong>do</strong>s e Malhas. Está classificada na<br />

CAE – 13301.<br />

A empresa dedica-se à preparação, tingimento e acabamento de teci<strong>do</strong>s (divisão de<br />

Teci<strong>do</strong>s) e dedica-se também ao tingimento e acabamento de malhas (divisão de<br />

Malhas).<br />

A empresa utiliza essencialmente energia elétrica e gás natural como fontes de energia.<br />

O gás natural é utiliza<strong>do</strong> na central de caldeiras para produção de vapor e aquecimento<br />

de flui<strong>do</strong> térmico e em queima direta em algumas máquinas <strong>do</strong> processo.<br />

A central térmica está equipada com 4 caldeiras para Vapor com uma capacidade<br />

instalada total de 47 ton/h e duas caldeiras a flui<strong>do</strong> térmico com capacidade instalada<br />

de 4500 Mcal/h.<br />

O consumo de energia anual da empresa é superior a 5000 tep/a<strong>no</strong>.<br />

132 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


A empresa <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s implementou as seguintes medidas de racionalização:<br />

Substituição <strong>do</strong>s queima<strong>do</strong>res das Caldeiras de Fuel para Gás Natural, com uma<br />

redução de 8% <strong>do</strong> consumo de energia;<br />

Redução de fugas de ar comprimi<strong>do</strong>, com uma redução de 1,5% <strong>do</strong> consumo de<br />

energia elétrica;<br />

Instalação de um sistema de gestão de energia com recolha de da<strong>do</strong>s de<br />

conta<strong>do</strong>res de energia, permitin<strong>do</strong> uma melhor análise <strong>do</strong> real consumo de<br />

energia e posterior identificação e contabilização de <strong>no</strong>vas medidas de<br />

racionalização;<br />

Otimização da programação da produção, permitin<strong>do</strong> a concentração de<br />

produção e consequente redução de consumo especifico;<br />

Instalação de um Permuta<strong>do</strong>r de Calor “Ar- Agua” para aproveitamento <strong>do</strong> calor<br />

<strong>do</strong>s gases de exaustão da chaminé principal da central de caldeiras, com o<br />

objetivo de obter água quente a 60 ºC, com uma redução <strong>do</strong> consumo da<br />

energia térmica em 10 %;<br />

Substituição de bomba de captação de água adequada às reais necessidades e<br />

com motor de melhor eficiência energética (EFF1), com uma redução de 0,8% <strong>do</strong><br />

consumo de energia elétrica;<br />

Redução <strong>do</strong> consumo de Água <strong>no</strong> processo, contribuin<strong>do</strong> pra uma redução <strong>do</strong><br />

consumo de energia elétrica tanto na captação e transporte da água e como <strong>no</strong><br />

processo de tratamento de efluentes líqui<strong>do</strong>s.<br />

FITOR – COMPANHIA PORTUGUESA DE TÊXTEIS, S.A.<br />

A empresa FITOR dedica-se à texturização de filamentos sintéticos e artificiais,<br />

torcedura, tingimento e bobinagem de fios de filamento contínuo sintéticos e artificiais.<br />

Localizada em Avi<strong>do</strong>s – Vila Nova de Famalicão, a Fitor labora 5 dias por semana.<br />

Fitor iniciou suas atividades em 1964 e é uma das maiores empresas na Europa nas<br />

áreas de texturização e tingimento, tanto de Poliamida (PA 6.6 e PA 6) como de Poliéster<br />

(PES).<br />

A Fitor cria e desenvolve misturas i<strong>no</strong>va<strong>do</strong>ras de fibras texturizadas e investe <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de soluções personalizadas nas mais diversas áreas <strong>do</strong> ramo têxtil,<br />

<strong>no</strong>meadamente: meias, artigos de desporto, vestuário, artigos de decoração, tecelagem<br />

estreita, rendas, seamless,etc.<br />

Alguns destes desenvolvimentos incluem acabamentos como: antibacteria<strong>no</strong>s, anti-UV,<br />

neutraliza<strong>do</strong>r de o<strong>do</strong>r, retardante de chama, hidrofilidade, alta resistência à lavagem,<br />

proteção da água salgada, fluorescentes, fibras com aromas (aloe vera, lavanda, limão,<br />

ginseng, etc) sensação de frescura e calor, cuida<strong>do</strong>s de saúde, etc.. Algumas das<br />

i<strong>no</strong>vações são aplicadas diretamente na fibra, algumas <strong>no</strong> processo de acabamento e<br />

outras através da utilização da tec<strong>no</strong>logia de microcápsulas.<br />

133 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Têm uma capacidade total de 200 toneladas/mês e têm mais de 9000 cores<br />

reproduzidas.<br />

A empresa tem implementa<strong>do</strong> ou irá implementar medidas de racionalização <strong>do</strong>s<br />

consumos de energia, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>. Permitiu à<br />

empresa eco<strong>no</strong>mizar 1% <strong>do</strong> consumo total de energia;<br />

Recuperação de calor <strong>do</strong>s gases de exaustão das caldeiras de vapor, através de<br />

eco<strong>no</strong>miza<strong>do</strong>r. Com esta instalação a empresa irá eco<strong>no</strong>mizar 1,5% <strong>do</strong>s<br />

consumos totais da empresa;<br />

Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes. Com esta<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizou 1,6% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica.<br />

FIOFIBRA – COMPANHIA PRODUTORA DE FIBRAS SINTÉTICAS, LDA<br />

A Fiofibra, dedica-se à texturização de filamentos sintéticos e artificiais, torcedura,<br />

tingimento e bobinagem de fios de filamento contínuo sintéticos e artificiais.<br />

A Fiofibra tem um regime de trabalho que funciona <strong>no</strong>rmalmente 3 tur<strong>no</strong>s por dia, cinco<br />

dias por semana. A empresa está localizada em Esmeriz – Vila Nova de Famalicão.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>. Com esta<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizou 2,2% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica;<br />

Isolamentos térmico. A presente medida consiste em isolar termicamente,<br />

depósitos, tubagem e válvulas o que irá permitir uma eco<strong>no</strong>mia de 16,2% <strong>do</strong><br />

consumo total de combustível utiliza<strong>do</strong> na empresa;<br />

Instalação de balastros eletrónicos nas iluminarias fluorescentes. Com esta<br />

instalação a empresa eco<strong>no</strong>mizou 0,4% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica da<br />

Fiofibra.<br />

134 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


TÊXTIL ANTÓNIO FALCÃO, S.A.<br />

A Têxtil António Falcão, SA pertence ao Grupo Falcão dedican<strong>do</strong>-se à produção de<br />

Meias e Collants de Senhora e à Texturização de fio poliamida.<br />

Fica localizada em Arcozelo – Barcelos e funciona <strong>no</strong>rmalmente 1 ou 3 tur<strong>no</strong>s por dia,<br />

cinco dias por semana, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s setores.<br />

A Têxtil António Falcão na produção Meias e Collants de senhora fabrica collants<br />

propriamente ditos, mini meias, soquete e meia liga. Dentro <strong>do</strong> fio texturiza<strong>do</strong><br />

poliamida a empresa produz fio cru, recoberto, fio cores, tinto em massa etc. Estes fios<br />

podem ser utiliza<strong>do</strong>s nas seguintes aplicações: meias e collants, passamanarias,<br />

borda<strong>do</strong>s/rendas, etiquetas, teci<strong>do</strong>s de malha, têxtil lar, vestuário, etc.<br />

A empresa comercializa em meias as seguintes marcas próprias: Nana, Maggiolly e Can<br />

Can. É também agente da Meryl Fiber em Portugal de fios Poliamida.<br />

A empresa já implementou medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia, bem<br />

como tem previsto a implementação de medidas <strong>no</strong> atual Acor<strong>do</strong> de Racionalização <strong>do</strong>s<br />

Consumos de Energia (ARCE) com a DGEG, tais como:<br />

Redução e controlo <strong>do</strong> caudal de fugas na rede de ar comprimi<strong>do</strong>. Com esta<br />

medida a empresa eco<strong>no</strong>mizou 3,8% <strong>do</strong> consumo total de energia elétrica;<br />

Instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes o que permite<br />

uma eco<strong>no</strong>mia de 0,4% face ao consumo total de energia elétrica;<br />

Substituição de motores de corrente contínua por motor com varia<strong>do</strong>r em<br />

alguns teares o que permitirá uma eco<strong>no</strong>mia de 1% sobre o consumo total de<br />

energia elétrica.<br />

FITEXAR - FIBRAS TÊXTEIS ARTIFICIAIS, S.A.<br />

Pertencente ao Grupo Falcão, a Fitexar dedica-se à produção de Fio POY (fio<br />

parcialmente orienta<strong>do</strong>) – Filamento contínuo e à Texturização de Fio Poliéster<br />

(processamento de fio POY em fio texturiza<strong>do</strong>).<br />

Localizada em Arcozelo – Barcelos tem um regime de laboração na secção de filamento<br />

contínuo de 24 horas por dia, sete dias por semana, e na secção de Texturização de Fio<br />

Poliéster labora 24 horas por dia, cinco dias por semana, ou 7 dias dependen<strong>do</strong> das<br />

necessidades <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

O fio Poliéster pode ser utiliza<strong>do</strong> nas seguintes aplicações: indústria automóvel (teci<strong>do</strong>s<br />

técnicos, estofos, bagageiras e teci<strong>do</strong>s resistentes à abrasão, rasgão e toque), vestuário<br />

técnico (bombeiros, polícia e outros técnicos; resistência à chama; anti bacteria<strong>no</strong>) e<br />

135 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


outras aplicações (passamanarias; borda<strong>do</strong>s/rendas; etiquetas; teci<strong>do</strong>s de malhas;<br />

têxteis lar; vestuário; decoração e teci<strong>do</strong>s não malhas).<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> varia<strong>do</strong>res de velocidade em to<strong>do</strong>s os motores passíveis de<br />

instalação. Com a instalação de balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes<br />

(medida de racionalização de energia) a empresa irá eco<strong>no</strong>mizar 0,2% <strong>do</strong> consumo total<br />

de energia.<br />

De seguida apresentam-se casos de sucesso, de empresas <strong>do</strong> STV (<strong>Setor</strong> Têxtil e de<br />

Vestuário), a nível de eficiência energética, redução <strong>do</strong>s consumos e custos de energia,<br />

contemplan<strong>do</strong> medidas já implementadas e algumas a implementar previstas <strong>no</strong> âmbito<br />

<strong>do</strong>s diagnósticos flash <strong>do</strong> EFINERG.<br />

GUERNER & IRMÃOS, S.A.<br />

A Guerner & Irmãos, S.A., é uma unidade, que se dedica à fabricação de redes, que inclui<br />

extrusão, tecelagem e confecção. Localiza-se em Perosinho, Carvalhos.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

O contrato para fornecimento de energia elétrica é revisto periodicamente face<br />

às alternativas oferecidas pelo merca<strong>do</strong>;<br />

A empresa tem uma analisa<strong>do</strong>r de redes elétricas que permite a análise <strong>do</strong>s<br />

consumos de energia <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res de energia elétrica;<br />

Foi proposto avaliar a possibilidade de utilização de energia solar térmica para<br />

aquecer água para os banhos das extrusoras;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> instalar varia<strong>do</strong>res de velocidade <strong>no</strong>s teares.<br />

RICON INDUSTRIAL – PRODUÇÃO DE VESTUÁRIO, S.A.<br />

A Ricon Industrial – Produção de Vestuário, S.A. dedica-se à produção de vestuário<br />

exterior em série e está localizada em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

Têm um compressor de ar comprimi<strong>do</strong> com variação de velocidade;<br />

Os compressores de ar comprimi<strong>do</strong> são desliga<strong>do</strong>s <strong>no</strong> final <strong>do</strong> tur<strong>no</strong> e ao fim de<br />

semana;<br />

Verificam diariamente as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

O arranque das máquinas é fasea<strong>do</strong>;<br />

Foi proposto substituir os balastros convencionais por balastros eletrónicos, nas<br />

lâmpadas fluorescentes, ten<strong>do</strong> já efetuada a substituição em cerca de 30% das<br />

lâmpadas.<br />

136 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


P.A. & C.O. – Design Têxtil, Lda<br />

A P.A.& C.O. – Design Têxtil, Lda, dedica-se à confecção de vestuário exterior. Está<br />

localizada na Vila Frescaínha S. Pedro, Barcelos.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa está atenta <strong>no</strong> que diz respeito à renegociação de contratos de<br />

fornecimento de energia elétrica, de forma a terem o o contrato mais vantajoso<br />

para a empresa;<br />

Foi proposto desligar as máquinas quan<strong>do</strong> estas não estão a trabalhar;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> verificar se têm encargos com a energia reativa, de uma forma<br />

sistemática.<br />

COINDU – COMPONENTES PARA A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL, S.A.<br />

A Coindu – Componentes para a Indústria Automóvel, S.A., tem duas instalações, em<br />

Portugal, localizadas em Mogege/Joane (Vila Nova de Famalicão) e em Arcos de<br />

Valdevez. Dedica-se à produção de capas para assentos para a indústria automóvel, bem<br />

como outro tipo de acessórios (apoio de braços, enconsto de cabeça e painéis).<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

Têm conta<strong>do</strong>res de energia elétrica, cujos consumos são monitoriza<strong>do</strong>s através<br />

de um Sistema de Gestão de Energia Elétrica Centraliza<strong>do</strong>;<br />

Existem sensores de presença e lumi<strong>no</strong>sidade em corre<strong>do</strong>res e balneários;<br />

Foram coloca<strong>do</strong>s balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes;<br />

Existem varia<strong>do</strong>res de velocidade em todas as máquinas de corte, compressores<br />

de ar comprimi<strong>do</strong> e bombas de água;<br />

Têm paínéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias;<br />

O calor residual <strong>do</strong>s compressores é utiliza<strong>do</strong> para aquecer corre<strong>do</strong>res da<br />

empresa;<br />

Têm uma bomba de calor para climatização;<br />

Foi proposto a redução e controlo das fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> a redução de 1 bar na produção de ar comprimi<strong>do</strong>.<br />

137 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


DELOS – FRADELOS CONFECÇÕES, LDA<br />

A DELOS – Fradelos Confecções, Lda pertence ao grupo da Ricon. Dedica-se à produção<br />

de vestuário exterior em série e está localizada Fradelos, Vila Nova de Famalicão.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

Utilizam transmissão mecânica <strong>do</strong> tipo trapezoidal denta<strong>do</strong>;<br />

Substituiram o motor da aspiração que estava sobredimensiona<strong>do</strong>;<br />

Foi proposto instalar baterias de condensa<strong>do</strong>res de forma a não haver encargos<br />

com a energia reativa;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> desligar as máquinas quan<strong>do</strong> estas não estão a trabalhar;<br />

Foi aconselha<strong>do</strong> reduzir as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi proposto substituir um compressor de ar comprimi<strong>do</strong> por um com variação<br />

de velocidade;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> instalar balastros eletrónicos nas lâmpadas.<br />

DELCON – INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES, LDA<br />

A Delcon – Indústria de Confecções, Lda pertence ao grupo da Ricon. Dedica-se à<br />

produção de vestuário exterior em série e está localizada Fradelos, Vila Nova de<br />

Famalicão.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

Têm instala<strong>do</strong> baterias de condensa<strong>do</strong>res, para compensação <strong>do</strong> fator de<br />

potência;<br />

A empresa aproveita os condensa<strong>do</strong>s da caldeira a vapor para aquecer o<br />

armazém de produto acaba<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> desligar as máquinas quan<strong>do</strong> estas não estão a trabalhar;<br />

Foi proposto susbtituir um compressor por um com variação de velocidade;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes e<br />

ou substituir os balastros convencionais por balastros eletrónicos;<br />

Foi proposto isolar o corpo da caldeira, depósito de condensa<strong>do</strong>s, colector e<br />

válvulas.<br />

INARBEL – INDÚSTRIA DE MALHAS E CONFECÇÕES, S.A.<br />

A INARBEL – Indústria de Malhas e Confecções, S.A. dedica-se à fabricação de vestuário<br />

de malha. Localiza-se em Vila Boa de Quires, Marco de Canavezes.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

138 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


As faturas das fontes de energia são analisadas periodicamente, bem como a<br />

análise de contratos;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> baterias de condensa<strong>do</strong>res para a compensação <strong>do</strong><br />

fator de potência;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> varia<strong>do</strong>res de frequência/arranca<strong>do</strong>res suaves na<br />

central de aspiração, prensas e máquinas de tricotar;<br />

Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> susbtituir um compressor de ar comprimi<strong>do</strong> por um com variação<br />

de velocidade;<br />

Foi proposto substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes<br />

e/ou substituir os balastros convencionais por eletrónicos.<br />

FABRICA DE TECIDOS INVICTA, LDA<br />

A Fabrica de Teci<strong>do</strong>s Invicta, Lda dedica-se ao fabrico de passamanarias e está localizada<br />

na Rua D. João IV, <strong>no</strong> Porto.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

As faturas das fontes de energia são analisadas periodicamente;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes<br />

e/ou substituir os balastros convencionais por eletrónicos;<br />

Foi proposto colocar refletores espelha<strong>do</strong>s nas armaduras das lâmpadas<br />

fluorescentes de mo<strong>do</strong>, a eventualmente, diminuir a quantidade de luminárias<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> proceder a melhorias na envolvente <strong>do</strong> edifício, isto é, isolamento<br />

de paredes, tetos e calafetação de portas e janelas.<br />

COSTAMPA – ESTAMPARIA, LDA<br />

A Costampa – Estamparia, Lda dedica-se à estampagem peça a peça. Localiza-se em<br />

Infías, Vizela.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa tem conta<strong>do</strong>res de energia elétrica para medição <strong>do</strong>s escritórios,<br />

produção I e II;<br />

A empresa sempre que possível concentra a produção <strong>no</strong> mesmo equipamento,<br />

evitan<strong>do</strong> assim o funcionamento desnecessário de outras máquinas;<br />

A empresa aproveita o ar de arrefecimento <strong>do</strong>s compressores e os gases de<br />

combustão das estufas para secagem <strong>do</strong>s utensílios da produção;<br />

A empresa tenta minimizar a utilização de energia eléctrica nas horas de ponta;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

139 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Foi proposto reduzir a temperatura <strong>do</strong> ar de admissão para os compressores de<br />

ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> aplicar refletores espelha<strong>do</strong>s nas armaduras.<br />

ANTÓNIO DA COSTA GUIMARÃES, Fº & Cª, S.A.<br />

A empresa António da Costa Guimarães (Castanheiro) dedica-se à tecelagem e<br />

confecção de atoalha<strong>do</strong>s, na unidade fabril localizada em Urgeses, Guimarães. A<br />

empresa tem ainda uma unidade, em Campelos, Guimarães, que se dedica ao<br />

tingimento e acabamento <strong>do</strong>s atoalha<strong>do</strong>s.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa analisa periódicamente os contratos de energia;<br />

A central de ar comprimi<strong>do</strong> tem já um compressor com variação de velocidade;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> verificar periodicamente o esta<strong>do</strong> e escalonamento das baterias de<br />

condensa<strong>do</strong>res de mo<strong>do</strong> a não haver encargos com a energia reativa;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> desligar, sempre que possível, os equipamentos que não estejam a<br />

produzir;<br />

Foi proposto reduzir as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mais eficientes<br />

e/ou substituir os balastros convencionais por eletrónicos.<br />

NEIPER HOME, S.A.<br />

A Neiper Home, S.A., dedica-se à tecelagem e confecção de atoalha<strong>do</strong>s. Está localizada<br />

em Guardizela, Guimarães.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa analisa periódicamente os contratos de energia;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong>s balastros eletrónicos nas lâmpadas fluorescentes;<br />

Existe varia<strong>do</strong>r de velocidade na bomba hidráulica <strong>do</strong> ar condiciona<strong>do</strong> da<br />

tecelagem;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi proposto reduzir a pressão de ar comprimi<strong>do</strong> produzida.<br />

IRMÃOS RODRIGUES – CONFECÇÕES, S.A.<br />

A Irmãos Rodrigues – Confecções, S.A., dedica-se à confecção de vestuário exterior em<br />

série. Localiza-se em Gilmonde, Barcelos.<br />

140 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa substituiu lâmpadas de descarga por lâmpadas mais eficientes;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> um varia<strong>do</strong>r de velocidade na máquina de corte;<br />

Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> substituir um compressor de ar comprimi<strong>do</strong> por um com variação<br />

de velocidade.<br />

PEDROSA & RODRIGUES, S.A.<br />

A Pedrosa & Rodrigues, S.A., dedica-se à confecção de vestuário exterior em série.<br />

Localiza-se em Gilmonde, Barcelos.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa substituiu as lâmpadas fluorescentes T8 por lâmpadas mais eficientes<br />

T5, na área produtiva;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> um varia<strong>do</strong>r de velocidade na máquina de corte;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> um varia<strong>do</strong>r de velocidade na aspiração de resíduos;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi proposto substituírem um compressor de ar comprimi<strong>do</strong> por um com<br />

variação de velocidade.<br />

RAITH – EXPORTAÇÃO DE TÊXTEIS, S.A.<br />

A Raith – Exportação de Têxteis, S.A., dedica-se à confecção de vestuário para criança e<br />

bébé. Localiza-se em Túias, Marco de Canavezes.<br />

Foi proposto <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG medidas de racionalização de energia, entre outras:<br />

Reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Desligar as máquinas quan<strong>do</strong> estas não estão a trabalhar;<br />

Instalar balastros eletrónicos nas lâmpadas fluoresentes.<br />

MALHINTER – CONFECÇÕES, LDA<br />

A Malhinter – Confecções, Lda, dedica-se à confecção de vestuário interior. Está<br />

localizada em Cabeçu<strong>do</strong>s, Vila Nova de Famalicão.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> um compressor com variação de velocidade;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> desligar máquinas quan<strong>do</strong> estas não estão a trabalhar;<br />

141 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> desligar a central de ar comprimi<strong>do</strong> à <strong>no</strong>ite e ao fim de semana.<br />

TÊXTEIS TEXDIA, S.A.<br />

A Têxteis Texdia, S.A., dedica-se à confecção de vestuário interior para homem. Está<br />

localizada em Riba de Ave, Vila Nova de Famalicão.<br />

A empresa já implementou algumas medidas de racionalização <strong>do</strong>s consumos de energia<br />

e <strong>no</strong> âmbito <strong>do</strong> EFINERG foram propostas outras medidas:<br />

A empresa tem a preocupação de desligar a iluminação não necessária;<br />

A empresa tem instala<strong>do</strong> varia<strong>do</strong>res de velocidade na máquina de corte<br />

automática, na central de aspiração de resíduos e em alguns teares;<br />

A empresa aproveita o ar de exaustão <strong>do</strong>s compressores para aquecer a área<br />

fabril;<br />

Foi proposto reduzir e controlar as fugas de ar comprimi<strong>do</strong>;<br />

Foi sugeri<strong>do</strong> susbtituir um compressor de ar comprimi<strong>do</strong> por um com variação<br />

de velocidade.<br />

142 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário


143 EFINERG – Pla<strong>no</strong> setorial de melhoria da eficiência energética em PME – <strong>Setor</strong> Têxtil e <strong>do</strong> Vestuário

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