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Benchmarking no sector da Pedra Natural - Iapmei

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CEVALOR<br />

PROJECTO AMA<br />

Acções de Melhoria Ambiental do<br />

Sector <strong>da</strong>s <strong>Pedra</strong>s Naturais<br />

ACTIVIDADE 3<br />

<strong>Benchmarking</strong> ao<br />

Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong><br />

RELATÓRIO DAS ACTIVIDADES<br />

ESTUDO DA AMOSTRA<br />

TRABALHO DESENVOLVIDO POR:<br />

CEVALOR<br />

Equipa Técnica:<br />

Claudia Costa<br />

Técnica Superior<br />

Marta Peres<br />

Técnica Superior<br />

Um Projecto:<br />

Janeiro 2006<br />

1


CEVALOR<br />

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3<br />

1. OBJECTIVOS ............................................................................................. 4<br />

2. ENQUADRAMENTO SECTORIAL.............................................................. 6<br />

a. ENQUADRAMENTO AMBIENTAL .......................................................... 7<br />

3. METODOLOGIA ....................................................................................... 11<br />

a. PROCEDIMENTOS............................................................................... 13<br />

b. PLANO DE TRABALHOS REALIZADOS E A REALIZAR..................... 17<br />

4. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA......................................................... 18<br />

5. AVALIAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................... 20<br />

Indicadores de Rentabili<strong>da</strong>de ....................................................................... 20<br />

Indicadores de Gestão.................................................................................. 22<br />

Indicadores de Produtivi<strong>da</strong>de ....................................................................... 23<br />

Indicadores de Investimento......................................................................... 24<br />

Indicadores de Activi<strong>da</strong>de............................................................................. 26<br />

6. AVALIAÇÃO DA GESTÃO........................................................................ 28<br />

Indicadores de Satisfação de Clientes.......................................................... 28<br />

Indicadores de I<strong>no</strong>vação............................................................................... 28<br />

Indicadores de Gestão de Recursos Huma<strong>no</strong>s ............................................ 29<br />

Indicadores de Satisfação de Recursos Huma<strong>no</strong>s ....................................... 30<br />

7. AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO .................................................................. 32<br />

8. AVALIAÇÃO DA EXCELÊNCIA ................................................................ 34<br />

9. AVALIAÇÃO DE MARKETING.................................................................. 39<br />

10. AVALIAÇÃO DE AMBIENTE ................................................................. 44<br />

Avaliação Quantitativa .................................................................................. 44<br />

Avaliação Qualitativa .................................................................................... 47<br />

Indicadores de Funcionamento ................................................................. 47<br />

Indicadores de Gestão e Capaci<strong>da</strong>de ....................................................... 49<br />

CONCLUSÕES ................................................................................................ 57<br />

Pistas de Acção para o Desempenho Geral................................................. 57<br />

Pistas de Acção para o Desempenho Ambiental.......................................... 59<br />

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 61<br />

ANEXOS .......................................................................................................... 62<br />

2


CEVALOR<br />

INTRODUÇÃO<br />

O presente documento sistematiza a acção de <strong>Benchmarking</strong> efectua<strong>da</strong> a 10<br />

Empresas do <strong>sector</strong> <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> e o consequente Estudo do Sector <strong>da</strong><br />

<strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> com base <strong>no</strong>s resultados obtidos com a aplicação do exercício<br />

de <strong>Benchmarking</strong> realizados às Empresas.<br />

No âmbito do Projecto AMA – Acções de Melhoria Ambiental <strong>no</strong> Sector <strong>da</strong><br />

<strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>, promovido pela ASSIMAGRA e DGGE, o CEVALOR realizou<br />

um exercício de <strong>Benchmarking</strong> a 10 Empresas do Sector, recorrendo à<br />

metodologia do IAPMEI, BBP – <strong>Benchmarking</strong> e Boas Práticas.<br />

<strong>Benchmarking</strong> é um "Processo contínuo e sistemático que permite a<br />

comparação <strong>da</strong>s performances <strong>da</strong>s organizações e respectivas funções ou<br />

processos face ao que é considerado "o melhor nível", visando não apenas a<br />

equiparação dos níveis de performance, mas também a sua ultrapassagem", in<br />

DG III – Indústria <strong>da</strong> Comissão Europeia, 1996<br />

Procurou-se neste documento, relatar a forma como foi aplicado o exercício,<br />

dificul<strong>da</strong>des senti<strong>da</strong>s (de forma a corrigir práticas futuras) e critérios utilizados,<br />

ao mesmo tempo que se pretendeu analisar a posição <strong>da</strong>s empresas do Sector<br />

<strong>no</strong> que respeita aos critérios aplicados.<br />

Este documento apresenta, ain<strong>da</strong> um Estudo <strong>da</strong> amostra, com base <strong>no</strong>s<br />

resultados obtidos pelos exercícios de <strong>Benchmarking</strong>, resultantes do a<strong>no</strong> de<br />

2004, a 10 Empresas (<strong>no</strong> âmbito do Projecto AMA), mais 1 Empresa (que já<br />

tinha realizado um Exercício com os <strong>da</strong>dos de 2004). Os resultados <strong>da</strong> amostra<br />

revelam-se representativos a nível <strong>sector</strong>ial.<br />

Por questões de compromisso de confidenciali<strong>da</strong>de para com as Empresas<br />

participantes, não são revelados neste trabalho o <strong>no</strong>me <strong>da</strong>s mesmas.<br />

3


CEVALOR<br />

1. OBJECTIVOS<br />

O presente trabalho insere-se na activi<strong>da</strong>de 3 – Indicadores de Avaliação<br />

Ambiental, do Projecto AMA – Acções de Melhoria Ambiental, promovido pela<br />

ASSIMAGRA e DGGE.<br />

Esta activi<strong>da</strong>de tinha como objectivos iniciais a realização de um Exercício de<br />

<strong>Benchmarking</strong> Ambiental, de forma a se constituir uma importante ferramenta<br />

de avaliação ambiental <strong>da</strong>s Empresas do Sector.<br />

Em candi<strong>da</strong>tura, foram previstas as seguintes activi<strong>da</strong>des:<br />

- a definição e testes de uma bateria de indicadores de desempenho e<br />

respectivos valores de referência (benchmarks);<br />

- a estruturação de questionários para recolha de informação de base;<br />

Na fase de operacionalização, tendo-se analisado a adequabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

Metodologia BBP – <strong>Benchmarking</strong> e Boas Práticas do IAPMEI a este trabalho,<br />

concluiu-se pela sua adequação e ain<strong>da</strong> que seria uma forma de acrescentar<br />

valor ao Projecto, uma vez que esta metodologia está já estrutura<strong>da</strong>, vali<strong>da</strong><strong>da</strong> e<br />

amplamente testa<strong>da</strong>.<br />

Com a utilização <strong>da</strong> Metodologia BBP, foi então, possível alargar os objectivos<br />

e resultados <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de, de forma a ser possível a construção de uma<br />

ferramenta passível de avaliar e equacionar formas de actuação <strong>sector</strong>ial rumo<br />

à excelência.<br />

4


CEVALOR<br />

Assim, são os objectivos desta acção:<br />

A realização de um exercício de <strong>Benchmarking</strong> Sectorial, a uma amostra<br />

representativa de 10 Empresas, que permitisse a avaliação global do<br />

desempenho <strong>da</strong>s Empresas, com especial enfoque para o desempenho<br />

ambiental, de forma a:<br />

a) Avaliar o desempenho <strong>da</strong>s Empresas com especial atenção para o<br />

desempenho ambiental, de forma a estas actuarem sobre os factores de<br />

sucesso ou insucesso;<br />

b) Avaliar comparativamente os desempenhos <strong>da</strong>s Empresas, de forma a<br />

despertar consciência para acção, principalmente naquelas onde foram<br />

encontrados défices de desempenho;<br />

c) Avaliar o desempenho global <strong>da</strong>s Empresas, numa óptica <strong>sector</strong>ial de<br />

forma a constituir uma ferramenta de avaliação e apoio à Melhoria<br />

Contínua Sectorial;<br />

d) Avaliar os constrangimentos globais existentes nas Empresas<br />

relativamente à aplicação <strong>da</strong>s Boas Práticas Ambientais e definir pistas<br />

de acção para a sua resolução.<br />

5


CEVALOR<br />

2. ENQUADRAMENTO SECTORIAL<br />

O Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> está dividido em dois sub-<strong>sector</strong>es:<br />

- O Sub-Sector <strong>da</strong>s Rochas Ornamentais<br />

Deste sub<strong>sector</strong> fazem parte:<br />

Empresas de extracção de Mármores e outras Rochas Calcárias com me<strong>no</strong>r<br />

grau de cristalização, Granito e outras Rochas Siliciosas, e <strong>Pedra</strong>s Xistosas.<br />

Empresas de Transformação, que procedem ao trabalho <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong>.<br />

Empresas que integram os dois processos, Extracção e Transformação,<br />

utilizando como inputs blocos <strong>da</strong>s próprias pedreiras e/ou adquiridos <strong>no</strong><br />

mercado.<br />

- O Sub-Sector <strong>da</strong>s Rochas Industriais<br />

Neste Sub-<strong>sector</strong>, as Empresas integram a Extracção e Transformação de<br />

Calcários e Granitos, uma vez que o output final exige sempre transformação.<br />

Actualmente, encontram-se em activi<strong>da</strong>de cerca de 2500 Empresas dos dois<br />

sub-<strong>sector</strong>es, que englobam cerca de 600 pedreiras. Este é um Sector<br />

caracterizado por um elevado número de Pequenas Empresas.<br />

Segundo <strong>da</strong>dos de 2001, trabalham <strong>no</strong> Sector, entre a Extracção,<br />

Transformação e Gestão, cerca de 25 000 pessoas.<br />

Em termos de produção, 40% destina-se à exportação. A nível mundial,<br />

Portugal ocupa o 5º lugar entre os países exportadores de <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> e o 3º<br />

a nível Europeu, a seguir a Itália e à Espanha. O restante <strong>da</strong> Produção, cerca<br />

de 60% destina-se ao Mercado Inter<strong>no</strong>.<br />

6


CEVALOR<br />

Portugal possui recursos naturais em quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de, reconhecidos<br />

mundialmente, com algumas litologias exclusivas (especialmente <strong>no</strong>s<br />

Mármores e Calcários), tem experiência e k<strong>no</strong>w-how acumula<strong>da</strong> <strong>no</strong> trabalho <strong>da</strong><br />

<strong>Pedra</strong>, que tem permitido a algumas Empresas posicionarem-se<br />

internacionalmente, mas este Sector ain<strong>da</strong> se encontra a enfrentar os efeitos<br />

de:<br />

- Estrutura dimensional marca<strong>da</strong> pelas pequenas Empresas;<br />

- Escassez de Recursos Huma<strong>no</strong>s qualificados e debili<strong>da</strong>de dos quadros<br />

intermédios;<br />

- Pouca utilização de sistemas avançados de informação para a gestão;<br />

- Debili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s estratégias comerciais e excessivo individualismo na política<br />

de preços;<br />

- Défice de visão estratégica;<br />

- Débil penetração de estratégias de Quali<strong>da</strong>de;<br />

- Fraca consciência ambiental.<br />

a. ENQUADRAMENTO AMBIENTAL<br />

O Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> tem verificado <strong>no</strong>s últimos 10 a<strong>no</strong>s, um significativo<br />

desenvolvimento a nível ambiental, sobretudo devido à pressão causa<strong>da</strong> pela<br />

entra<strong>da</strong> em vigor de legislação, mais restritiva.<br />

Não obstante este desenvolvimento, ain<strong>da</strong> se verifica uma fraca sensibili<strong>da</strong>de<br />

para as necessi<strong>da</strong>des de formação nesta área e de cumprimento de <strong>no</strong>rmas<br />

ambientais, de segurança, higiene e para a Quali<strong>da</strong>de.<br />

O Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> tem impactes ao nível ambiental, mas é uma<br />

indústria não geradora de resíduos perigosos e os impactes gerados não<br />

afectam a saúde pública.<br />

7


CEVALOR<br />

No processo de extracção, o Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> apresenta os seguintes<br />

impactes ambientais e estado de arte:<br />

• Poeiras<br />

Com a introdução <strong>da</strong>s melhores técnicas disponíveis para a activi<strong>da</strong>de<br />

extractiva (por exemplo, o corte com fio diamantado), o problema <strong>da</strong>s poeiras<br />

tem sido minimizado. Mesmo assim, ain<strong>da</strong> encontramos uma percentagem<br />

razoável de pedreiras (mais vinca<strong>da</strong>mente na extracção de granitos) que não<br />

recorrem às Melhores Práticas para prevenir e controlar as poeiras resultantes<br />

<strong>da</strong> extracção.<br />

O método mais utilizado continua a ser o que implica me<strong>no</strong>r investimento (rega<br />

frequente <strong>da</strong>s vias de transporte e a limpeza <strong>da</strong>s superfícies de corta);<br />

• Subprodutos/ Desperdícios<br />

O processo de extracção gera quanti<strong>da</strong>des eleva<strong>da</strong>s de subprodutos ou<br />

desperdícios, sem perigosi<strong>da</strong>de ambiental e que podem ser reaproveitados.<br />

Cerca de 80% do que se extrai de Mármore e cerca de 60% do que se extrai<br />

em Granito, são subprodutos e este é um dos problemas mais graves em<br />

termos económicos e ambientais desta activi<strong>da</strong>de.<br />

Actualmente, já foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s Estratégias de forma a serem encontra<strong>da</strong>s<br />

soluções para o aproveitamento destes subprodutos.<br />

Em termos de Rocha Industrial, o aproveitamento é muito próximo do 100%, e<br />

este problema não se coloca.<br />

• Paisagem<br />

A paisagem é, inevitavelmente, a componente ambiental mais atingi<strong>da</strong> por esta<br />

activi<strong>da</strong>de industrial, uma vez que ela está associa<strong>da</strong> a estruturas que<br />

contrastam com o meio natural, <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente, as alterações topográficas,<br />

(escombreiras e escavações), equipamentos de grande porte (pórticos, gruas,<br />

etc).<br />

Estes impactes fazem-se sentir com maior peso em zonas não industriais.<br />

8


CEVALOR<br />

A preocupação com o arranjo paisagístico ou ordenamento industrial <strong>da</strong>s<br />

explorações é ain<strong>da</strong> muito reduzido, embora a legislação mais actual (Lei <strong>da</strong>s<br />

Pedreiras e Avaliação de Impacte Ambiental) tenham como grande objectivo a<br />

consideração e resolução destes aspectos.<br />

No processo de transformação, o Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> apresenta<br />

principalmente os seguintes impactes ambientais e estado de arte:<br />

• Poeiras<br />

Estão disponíveis <strong>no</strong> mercado diversas técnicas e tec<strong>no</strong>logias para a<br />

prevenção e controlo <strong>da</strong> emissão de poeiras na fonte, o que não tem indicado a<br />

sua utilização de forma eficaz nas transformadoras.<br />

O método mais utilizado, que previne a emissão de poeiras e rentabiliza a<br />

produção é o processamento <strong>da</strong> matéria-prima por via húmi<strong>da</strong> com posterior<br />

recolha e tratamento dos efluentes e recirculação <strong>da</strong> água.<br />

• Lamas ou lodos<br />

A activi<strong>da</strong>de de transformação produz lamas e lodos resultantes do processo<br />

de serragem e polimento <strong>da</strong>s rochas ornamentais. A eleva<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de deste<br />

subproduto constitui um problema ambiental para as transformadoras.<br />

Estudos efectuados permitem conhecer reaproveitamentos destes produtos, <strong>no</strong><br />

entanto factores económicos têm dificultado a sua implementação;<br />

Embora seja uma Industria que apresente impactes ambientais, como to<strong>da</strong>s as<br />

activi<strong>da</strong>des industrias, não podemos esquecer o impacte socio-económico que<br />

este Sector assume em Portugal e <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente em algumas regiões em<br />

que se constitui o principal empregador.<br />

9


CEVALOR<br />

Nos últimos 3 a<strong>no</strong>s, devido a um esforço de sensibilização de Enti<strong>da</strong>des<br />

Públicas e Priva<strong>da</strong>s, devido à implementação de projectos económicos, de<br />

forma a responder às exigências do Mercado (principalmente as Empresas<br />

com vocação exportadora), e de forma a alinhar competitivamente com outros<br />

Sectores, tem-se verificado um aumento de implementação de Sistemas de<br />

Certificação Ambiental nas Empresas do Sector, como forma de melhorar os<br />

seus processos e cumprir a legislação.<br />

Este investimento tem-se verificado nas Empresas de maior dimensão, que<br />

possuem quadros técnicos e em que uma percentagem <strong>da</strong> sua produção se<br />

destina à Exportação.<br />

Ain<strong>da</strong> assim, o desafio ambiental rumo à excelência, ain<strong>da</strong> se encontra <strong>no</strong><br />

Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>, numa fase embrionária e ain<strong>da</strong> há muito espaço à<br />

implementação <strong>da</strong>s Melhores Práticas de forma a termos um Sector Ecoeficiente.<br />

10


CEVALOR<br />

3. METODOLOGIA<br />

A metodologia utiliza<strong>da</strong> neste Estudo foi a BBP – <strong>Benchmarking</strong> e Boas<br />

Práticas do IAPMEI (Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas).<br />

Esta metodologia consta do seguinte:<br />

“ 1º - Com o apoio do Consultor Nacional de <strong>Benchmarking</strong> (CNB) a empresa:<br />

• Preenche, com informação quantitativa e qualitativa, os questionários<br />

referentes às áreas para as quais pretende avaliar o desempenho;<br />

• Selecciona os critérios de comparação, atendendo ao volume de<br />

negócios, número de trabalhadores, região, <strong>sector</strong> de activi<strong>da</strong>de ou<br />

CAE.<br />

2º - O CNB vali<strong>da</strong> e codifica a informação, de forma a garantir a sua<br />

confidenciali<strong>da</strong>de, e insere-a <strong>no</strong> IBP. O IBP, tomando em consideração os<br />

critérios de comparação previamente definidos, gera relatórios com a posição<br />

relativa <strong>da</strong> empresa para ca<strong>da</strong> um dos indicadores de desempenho em<br />

avaliação.<br />

3º - O CNB, tendo por base a análise dos relatórios de benchmarking<br />

fornecidos pelo IBP, elabora um pla<strong>no</strong> de acção de melhoria, salientando os<br />

pontos fortes e fracos <strong>da</strong> empresa e, em conjunto com ela, aponta formas de<br />

superar os factores críticos.<br />

4º - A empresa deve implementar as acções identifica<strong>da</strong>s e monitorizar<br />

progressos. “<br />

Definições:<br />

in www.iapmei.pt<br />

Consultor Nacional de <strong>Benchmarking</strong>: São Consultores Nacionais de <strong>Benchmarking</strong> – CNB,<br />

certificados pelo IAPMEI os especialistas que desenvolvem o interface entre os Índices de<br />

<strong>Benchmarking</strong> e as empresas. Os CNB são dotados de formação na metodologia<br />

<strong>Benchmarking</strong> e Boas Práticas (BBP) e de um código de acesso aos Índices.<br />

IBP: Índice <strong>Benchmarking</strong> Português.<br />

11


CEVALOR<br />

Através do IBP, é possível avaliar comparativamente as Empresas nas<br />

seguintes áreas e utilizando os seguintes critérios de comparação:<br />

Áreas de Avaliação:<br />

1. Financeira;<br />

2. Gestão;<br />

3. Excelência do Negócio;<br />

4. Marketing;<br />

5. Produção;<br />

6. Saúde e Segurança <strong>no</strong> Trabalho;<br />

7. Energia e Ambiente;<br />

8. Logística e Transportes.<br />

Critérios de Avaliação:<br />

1. Volume de Negócios;<br />

2. Nº de trabalhadores;<br />

3. Região;<br />

4. Sector de activi<strong>da</strong>de ou Classificação <strong>da</strong> Activi<strong>da</strong>de Económica.<br />

12


CEVALOR<br />

a. PROCEDIMENTOS<br />

Para o exercicio e estudo em causa foram aplicados todos os Questionários<br />

correspondentes a avaliação de ca<strong>da</strong> área, excepto o de avaliação de logística<br />

e transportes, por não ter aplicação <strong>no</strong> Sector em Estudo: <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>.<br />

A aplicação dos questionários é regi<strong>da</strong> pelas seguintes <strong>no</strong>rmas:<br />

Questionários de Avaliação Financeira, de Gestão e de Excelência são de<br />

aplicação obrigatória, constituindo-se a Base para a realização de Exercícios<br />

de <strong>Benchmarking</strong>. Todos os outros são de aplicação opcional.<br />

A seguir apresentamos uma tabela que sistematiza o preenchimento dos<br />

questionários por parte <strong>da</strong>s Empresas que constituíram a amostra para a<br />

realização do Exercício:<br />

Questionários<br />

Nº Empresas que preencheram<br />

Avaliação Financeira 10<br />

Avaliação <strong>da</strong> Gestão 10<br />

Avaliação <strong>da</strong> Produção 10<br />

Avaliação de Marketing e Desenvolvimento de Produtos 10<br />

Avaliação de Excelência 10<br />

Avaliação sobre Saúde e Segurança <strong>no</strong> Trabalho 9<br />

Avaliação de Energia e Ambiente 8<br />

O quadro revela que, para to<strong>da</strong>s as áreas foi possível avaliar o desempenho<br />

<strong>da</strong>s Empresas, uma vez que é necessário haver uma amostra mínima de 8<br />

respostas, para realizar comparações na plataforma IBP.<br />

O Critério utilizado para comparações foi o CAE – Código de Activi<strong>da</strong>de<br />

Económica, por indicação <strong>da</strong>s Empresas que constituíram a amostra.<br />

Assim, para efeitos de avaliação de desempenhos, foram utilizados os<br />

seguintes CAES, correspondentes aos <strong>da</strong>s Empresas que constituem a<br />

amostra:<br />

14111 Extracção de mármores e rochas similares<br />

14121 Extracção de calcário e cré<br />

26700 Serragem corte e acabamento de pedra<br />

26701 Fabrico de artigos de mármore e de rochas similares<br />

45230 Construção de Estra<strong>da</strong>s, vias férreas, aeroportos e de instalação desportivas<br />

51700 Comercio por grosso<br />

13


CEVALOR<br />

A realização do presente exercício de <strong>Benchmarking</strong> foi efectua<strong>da</strong> em 3 Fases<br />

distintas:<br />

1ª Fase: Selecção <strong>da</strong>s Empresas<br />

Foram selecciona<strong>da</strong>s 30 Empresas do Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>, com os<br />

seguintes critérios:<br />

• Localização, de forma a constituir uma amostra com<br />

representativi<strong>da</strong>de nacional;<br />

• Activi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Empresa: Extractoras e Transformadoras;<br />

• Sub-Sectores: Empresas de Rocha Ornamental e de Rocha<br />

Industrial;<br />

• Tipo de produção: Granito, Mármore e Calcários;<br />

As Empresas escolhi<strong>da</strong>s foram contacta<strong>da</strong>s de forma a aferir sobre o seu<br />

interesse em participar <strong>no</strong> Projecto. Foi-lhes explicado, <strong>no</strong> primeiro contacto<br />

sucintamente o que consiste <strong>Benchmarking</strong>, os procedimentos a seguir e<br />

prazos a cumprir.<br />

O CEVALOR recebeu 13 respostas de Empresas que demonstraram interesse<br />

em realizar o Exercício e realizou a estas Empresas uma visita presencial de<br />

forma a explicar a Metodologia <strong>Benchmarking</strong> e Boas Práticas e entregar um<br />

Dossier com apresentação <strong>da</strong> ferramenta BBP, as suas vantagens e<br />

benefícios, e com os questionários para preenchimento.<br />

Após estas visitas, apenas 11 Empresas efectivaram o seu interesse em<br />

continuar com o processo através do interesse comprovado em disponibilizar<br />

os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Empresa de forma a ser possível obter indicadores de referência.<br />

Quando termi<strong>no</strong>u o prazo limite para a entrega dos questionários preenchidos,<br />

2 Empresas desistiram, por indisponibili<strong>da</strong>de de tempo dos técnicos para<br />

recolherem <strong>da</strong>dos. Aqui, foi necessário proceder ao recrutamento de outra<br />

Empresa (de forma a totalizar 10). Repetiu-se todo o processo anteriormente<br />

definido.<br />

14


CEVALOR<br />

O exercício foi, então, efectuado a 10 Empresas.<br />

2ª Fase: Realização dos exercícios de <strong>Benchmarking</strong> às Empresas do Sector:<br />

obtenção dos valores de referência<br />

A informação foi recolhi<strong>da</strong> junto <strong>da</strong>s Empresas através dos questionários de<br />

avaliação. Sempre que solicita<strong>da</strong>s as CNB apoiaram a recolha de <strong>da</strong>dos, uma<br />

vez que existe alguma dificul<strong>da</strong>de de interpretação nas perguntas e dificul<strong>da</strong>de<br />

na própria recolha dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Empresa.<br />

O Processo de Vali<strong>da</strong>ção dos Dados assentou na verificação dos documentos<br />

contabilísticos <strong>da</strong>s Empresas e na co-relação entre respostas de forma a<br />

verificar a mesma interpretação por to<strong>da</strong>s as Empresas e <strong>no</strong> caso de<br />

constatação de incoerência nas respostas, as Empresas foram questiona<strong>da</strong>s<br />

sobre as mesmas.<br />

Os <strong>da</strong>dos foram introduzidos <strong>no</strong> IBP, e foram definidos os critérios de<br />

avaliação, ou seja, os critérios que ca<strong>da</strong> Empresa define como e com quem se<br />

quer comparar. Após este processo foram gerados os relatórios de<br />

<strong>Benchmarking</strong> para ca<strong>da</strong> Empresa.<br />

Na posse dos relatórios as CNB elaboraram uma análise de comparação de<br />

desempenhos, com identificação de fraquezas, de bons desempenhos, <strong>da</strong>s<br />

limitações <strong>da</strong> Empresa e com sugestões de melhoria, que resultaram em<br />

relatórios de “Estado de Arte” <strong>da</strong> Empresas com Indicações de Melhoria<br />

Contínua.<br />

Estes relatório foram apresentados e discutidos presencialmente com ca<strong>da</strong><br />

Empresa, de modo a aferir sobre a vali<strong>da</strong>de e adequabili<strong>da</strong>de dos resultados<br />

do exercício.<br />

15


CEVALOR<br />

3ª Fase: Estudo de avaliação do desempenho <strong>sector</strong>ial<br />

A partir <strong>da</strong> informação recolhi<strong>da</strong>, pertencentes à amostra selecciona<strong>da</strong>, e de<br />

uma forma anónima e agrega<strong>da</strong>, foi elaborado um estudo que visa a avaliação<br />

do desempenho <strong>sector</strong>ial. Este Estudo é a base para a disseminação de<br />

resultados do Exercício.<br />

O estudo <strong>sector</strong>ial foi efectuado com base <strong>no</strong>s valores totais <strong>da</strong> amostra,<br />

extraídos a partir dos resultados do Exercício de <strong>Benchmarking</strong> efectuado às<br />

Empresas.<br />

16


CEVALOR<br />

b. PLANO DE TRABALHOS REALIZADOS E A<br />

REALIZAR<br />

Selecção e Contactos com 30 Empresas<br />

para aferição de interesse em<br />

receber visitas de apresentação do projecto<br />

2005 2006<br />

JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV<br />

1ª Visita de apresentação e aferição do<br />

interesse na participação (13 Empresas)<br />

Visitas às Empresas para apoio à<br />

recolha de <strong>da</strong>dos e preenchimento de<br />

questionários. (5 Empresas)<br />

Recolha de <strong>da</strong>dos (10 Empresas)<br />

Vali<strong>da</strong>ção dos <strong>da</strong>dos disponibilizados pelas<br />

empresas<br />

Introdução de <strong>da</strong>dos <strong>no</strong> IBP<br />

e Extracção de Relatórios<br />

Elaboração de relatórios de análise e de<br />

comparação de desempenhos para<br />

ca<strong>da</strong> Empresa<br />

Visitas às Empresas para<br />

Entrega de relatórios e discussão sobre<br />

resultados (*)<br />

Realização de Estudo <strong>da</strong> Amostra<br />

Realização de Sessões de apresentação<br />

do Projecto (3)<br />

Legen<strong>da</strong><br />

Realizado<br />

A Realizar<br />

Notas:<br />

Não foram realiza<strong>da</strong>s visitas às Empresas em Agosto, por ser um período de Ferias e<br />

em que as Empresas <strong>no</strong>rmalmente estão encerra<strong>da</strong>s.<br />

(*) Devido ao Período de Natal, que corresponde a um período de Ferias, não foi possivel<br />

efectuar to<strong>da</strong>s as visitas de entrega de relatórios as Empresas, tendo sido adiado para<br />

Janeiro, estando já marca<strong>da</strong>s as mesmas.<br />

17


CEVALOR<br />

4. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA<br />

A amostra é constituí<strong>da</strong> por 11 Empresas do Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>. Embora<br />

o exercício <strong>no</strong> âmbito do Projecto AMA tenha sido realizado a 10 Empresas, a<br />

plataforma IBP já continha um Exercício a uma Empresa efectuado <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de<br />

2005, relativamente aos <strong>da</strong>dos de 2004. Assim, optou-se por incluir esta<br />

Empresa nas comparações e estudos efectuados.<br />

A amostra nacional é composta por 3 Empresas <strong>da</strong> Zona Norte do Pais, 2<br />

Empresas <strong>da</strong> Região Alentejo, 3 Empresas de Lisboa e vale do Tejo e 3<br />

Empresas <strong>da</strong> Zona de Porto Mós.<br />

Em termos de activi<strong>da</strong>de económica, a amostra revela alguma dispari<strong>da</strong>de,<br />

como se pode constatar <strong>no</strong> quadro seguinte. Esta dispari<strong>da</strong>de deve-se ao facto<br />

de a classificação <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de económica estar subdividi<strong>da</strong> em categorias de<br />

produtos e/ou serviços.<br />

CAE<br />

Nº Emp. <strong>da</strong> Amostra<br />

14111 Extracção de mármores e rochas similares 2<br />

14121 Extracção de calcário e cré 1<br />

26700 Serragem corte e acabamento de pedra 2<br />

26701 Fabrico de artigos de mármore e de rochas similares 4<br />

45230 Construção de Estra<strong>da</strong>s, vias férreas, aeroportos e de instalação desportivas 1<br />

51700 Comercio por grosso<br />

Total<br />

1<br />

11<br />

A dimensão <strong>da</strong>s Empresas, medi<strong>da</strong> em termos de volume de negócios é,<br />

também díspar: a mais pequena factura cerca de 600 mil euros e a maior cerca<br />

de 5 milhões de euros. Em termos de volume de negócios, o quadro seguinte<br />

caracteriza a amostra:<br />

Facturação Empresas <strong>da</strong> Amostra<br />

Até 1 m€ 2<br />

Até 2 m€ 6<br />

Até 3 m€ 1<br />

Até 5 m€ 2<br />

Total 11<br />

18


CEVALOR<br />

As Empresas <strong>da</strong> amostra empregam entre 10 pessoas, a Empresa mais<br />

pequena e 65 pessoas, a de maior dimensão. A dispari<strong>da</strong>de de número de<br />

postos de trabalho tem a ver com o facto de algumas Empresas apenas<br />

efectuarem transformação e outras terem processos integrados, Extracção e<br />

Transformação.<br />

O quadro seguinte sistematiza os postos de trabalhos <strong>da</strong>s Empresa<br />

pertencentes à amostra:<br />

Nº de Trabalhadores Nº Empresas<br />

0-25 6<br />

25-50 4<br />

50-75 1<br />

Total 11<br />

Em termos de postos de trabalho, as Empresas <strong>da</strong> amostra são PME –<br />

Pequenas e Médias Empresas.<br />

Constatou-se, ain<strong>da</strong> e a comprovar a tendência <strong>sector</strong>ial, que as Empresas <strong>da</strong><br />

amostra têm vocação para a Exportação, sendo as maiores Empresas aquelas<br />

que exportam uma maior parte <strong>da</strong> sua produção para os Mercados Exter<strong>no</strong>s.<br />

Aliás, os Mercados Exter<strong>no</strong>s tornam-se mais importantes para as Empresas<br />

quanto maior for a sua dimensão.<br />

No quadro seguinte analisa-se o peso <strong>da</strong>s exportações na facturação <strong>da</strong>s<br />

Empresas <strong>da</strong> amostra:<br />

Peso <strong>da</strong>s Exportações <strong>no</strong> VN Nº Empresas<br />

Até 25% 4<br />

Até 50% 1<br />

Mais 50% 3<br />

Dados não disponiveis 3<br />

Total 11<br />

19


CEVALOR<br />

5. AVALIAÇÃO FINANCEIRA<br />

O módulo Financeiro é constituído por 22 questões quantitativas que cobrem<br />

as seguintes áreas:<br />

• Proveitos<br />

• Custos Financeiros<br />

• Capital Financeiro<br />

A avaliação financeira é feita através de indicadores Financeiros e de Gestão,<br />

que foram concebidos de forma a apoiar as Empresas e avaliar a sua posição<br />

competitiva. Os indicadores abrangem um determinado número de medi<strong>da</strong>s de<br />

desempenho quantitativas <strong>da</strong> área operacional.<br />

Através <strong>da</strong> análise destes indicadores as Empresas poderão identificar a sua<br />

posição actual e determinar qual a melhor direcção futura, as priori<strong>da</strong>des a<br />

seguir e permite efectuar comparações com os resultados alcançados por<br />

outras empresas.<br />

Indicadores de Rentabili<strong>da</strong>de<br />

O conjunto de rácios, a seguir apresentados demonstra que as Empresas <strong>da</strong><br />

amostra têm baixos índices de rentabili<strong>da</strong>de. Este facto deve-se sobretudo à<br />

dimensão <strong>da</strong>s Empresas, pequenas Empresas.<br />

Indicadores de Rentabili<strong>da</strong>de Inferior Quartil Mediana Quartil Superior Amostra<br />

Inferior Superior<br />

Rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Ven<strong>da</strong>s (%) 0.56 1.02 1.75 2.32 20.77 11<br />

Rentabili<strong>da</strong>de Capital Investido (%) 0.47 1.28 2.33 5.78 17.15 8<br />

Rentabili<strong>da</strong>de Activo Líquido (%) -45.58 0.35 1.57 3.36 7.78 11<br />

Rentabili<strong>da</strong>de Activo Total (%) -12.59 0.4 0.97 1.56 6.44 11<br />

Valor Acrescentado Bruto (Milhões €) 0.41 0.49 1.03 1.40 1.72 9<br />

VAB/Activo Líquido (%) 44.44 10.78 19.86 36.54 84.9 8<br />

20


CEVALOR<br />

• A maioria <strong>da</strong>s empresas <strong>da</strong><br />

amostra apresenta uma taxa de<br />

rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s baixa,<br />

que ron<strong>da</strong> aproxima<strong>da</strong>mente os<br />

2%. No entanto, existe uma<br />

Rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Ven<strong>da</strong>s (%)<br />

Empresa que apresenta uma taxa de rentabili<strong>da</strong>de eleva<strong>da</strong>.<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

• 25% <strong>da</strong>s empresas <strong>da</strong><br />

amostra têm uma<br />

rentabili<strong>da</strong>de do capital<br />

investido superior a 5,78%, o<br />

que quer dizer que em<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Rentab. Capital Investido (%)<br />

termos gerais as Empresas não estão a ter o retor<strong>no</strong> esperado relativamente<br />

aos investimentos efectuados.<br />

• O VAB apresenta valores sempre<br />

positivos, <strong>no</strong> entanto são valores<br />

baixos, uma vez que o melhor<br />

desempenho é 1,72 Milhões €.<br />

Val. Acresc. Bruto (Milhões €)<br />

As Empresas <strong>da</strong> Amostra acrescentam um valor muito baixo às matérias<br />

transforma<strong>da</strong>s. Esta situação verifica-se quando os custos de produção são<br />

muito elevados ou a margem de ven<strong>da</strong>s pratica<strong>da</strong> pela Empresa é muito<br />

baixa.<br />

2.5<br />

2<br />

1.5<br />

1<br />

0.5<br />

0<br />

21


CEVALOR<br />

Indicadores de Gestão<br />

Indicadores de Gestão Inferior<br />

Quartil<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior Amostra<br />

Inferior Superior<br />

Cobertura dos Juros -2.51 0.21 0.49 1.37 6.65 11<br />

Grau de Endivi<strong>da</strong>mento Geral (%) 39.34 65 72.55 231.68 2589.02 11<br />

Liquidez Geral 0.38 0.82 1.01 1.48 2.46 11<br />

Prazo Médio de Pagamento (dias) 39.76 78.94 126.32 161.93 205.12 11<br />

Prazo Médio de Recebimento (dias) 28.87 86.85 198.95 220.08 249.35 11<br />

A cobertura de juros, como se pode<br />

verificar <strong>no</strong> gráfico revela valores muito<br />

baixos, à excepção de 2 Empresas.<br />

Estas são as únicas em que os juros<br />

não consomem grande parte dos<br />

resultados obtidos pelas mesmas. Esta<br />

situação revela a dificul<strong>da</strong>de financeira<br />

Cobertura de juros<br />

com que as Empresas <strong>da</strong> amostra se deparam.<br />

Na amostra apenas 25% <strong>da</strong>s empresas têm uma estrutura financeira sóli<strong>da</strong>,<br />

sem dificul<strong>da</strong>des em fazerem face aos compromissos financeiros assumidos.<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

4<br />

Liquidez Geral<br />

Prazo Médio de Pagamento / Recebimento<br />

(dias)<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

Prazo médio de Pagamento<br />

Prazo médio de Recebimento<br />

Como se pode constatar pelos gráficos, apesar do prazo médio de pagamentos<br />

ser na maior parte dos casos inferior ao dos recebimentos, cerca de 50% <strong>da</strong>s<br />

empresas revelam óptimos níveis de Liquidez (superiores a 1), desta forma<br />

apresentam facili<strong>da</strong>des em liqui<strong>da</strong>r passivo de curto prazo com o activo de<br />

curto prazo.<br />

22


CEVALOR<br />

Indicadores de Produtivi<strong>da</strong>de<br />

Indicadores de Produtivi<strong>da</strong>de<br />

Inferior<br />

Quartil<br />

Inferior<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Resultado Antes de Imposto p/<br />

Empregado (Milhares €) -7.6635 0.59308 0.95233 1.47527 9.33865 11<br />

Valor Acrescentado Bruto p/<br />

Empregado (Milhares €) 12.4527 20.7141 30.0424 46.3009 77.3387 9<br />

Ven<strong>da</strong>s e Prestações Serviços p/<br />

Empregado (Milhares €) 44.0912 56.4865 67.7867 78.3145 213.03 11<br />

Res. antes Impostos por empregado<br />

(Milhares €)<br />

Ven<strong>da</strong>s e Prest. Serviços por empregado<br />

(Milhares €)<br />

20000<br />

15000<br />

10000<br />

5000<br />

0<br />

-5000<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

Val. Acresc.Bruto por empregado<br />

(Milhares de €)<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Estes indicadores representam de uma forma geral a activi<strong>da</strong>de do <strong>sector</strong> <strong>da</strong><br />

pedra natural, caracterizado por uma activi<strong>da</strong>de essencialmente produtiva, os<br />

valores são na sua generali<strong>da</strong>de baixos. No entanto 25% <strong>da</strong>s empresas<br />

apresentam resultados por empregado superiores a 1,48 mil euros e as ven<strong>da</strong>s<br />

e prestação de serviços por empregado tomaram valores media<strong>no</strong>s de 67,79<br />

mil euros.<br />

Mais uma vez convém referir que estamos a analisar Empresas pertencentes a<br />

um <strong>sector</strong> onde apenas 1% <strong>da</strong>s empresas tem mais de 100 trabalhadores, ou<br />

seja este é constituído por um grande número de empresas de cariz familiar<br />

com uma gestão bastante centraliza<strong>da</strong>.<br />

23


CEVALOR<br />

Convém salientar que o desenvolvimento registado na última déca<strong>da</strong>, <strong>no</strong> <strong>sector</strong><br />

<strong>da</strong>s rochas ornamentais e industriais tem sido acompanhado por um<br />

empenhamento acrescido em melhorar a produtivi<strong>da</strong>de, a quali<strong>da</strong>de e a<br />

segurança <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des industriais.<br />

A indústria extractiva emprega, em média, mais pessoal por empresa do que a<br />

indústria de transformação, o que pode originar algumas dispari<strong>da</strong>des de<br />

números. Esta situação verifica-se também entre as empresas de rochas<br />

ornamentais e as de rochas industriais, onde a produção <strong>da</strong>s últimas é muito<br />

superior às <strong>da</strong>s outras.<br />

As empresas do <strong>sector</strong> têm recorrido ao investimento em maquinaria e<br />

modernização <strong>da</strong>s suas instalações de forma a aumentarem a sua<br />

produtivi<strong>da</strong>de, <strong>no</strong> entanto neste <strong>sector</strong> o factor huma<strong>no</strong> ain<strong>da</strong> tem um peso<br />

significativo <strong>no</strong>s custos globais <strong>da</strong> empresa.<br />

Para além desta situação e face a uma concorrência mundial acresci<strong>da</strong>, as<br />

empresas portuguesas vêm enfrentando ca<strong>da</strong> vez mais dificul<strong>da</strong>des em se<br />

movimentar em circuitos internacionais, tornando-se ain<strong>da</strong> mais preocupante<br />

se for tido em conta a estrutura empresarial <strong>da</strong>s <strong>no</strong>ssas empresas.<br />

Indicadores de Investimento<br />

Indicadores de Investimento<br />

Inferior Quartil<br />

Inferior<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Investimento Equipamento<br />

Produtivo/Amortização (%) 4.92 19.54 50.77 103.93 248.19 10<br />

Investimento em Formação/Ven<strong>da</strong>s<br />

e Prestação Serviços (%) 0 0 0.02 0.09 0.31 7<br />

Investimento Marketing/Ven<strong>da</strong>s e<br />

Prestação Serviços (%) 0.05 0.08 0.15 0.46 1.36 8<br />

24


CEVALOR<br />

Apenas 25% <strong>da</strong>s empresas<br />

Invest. Equip. Prod./Amortização<br />

investiram mais em<br />

equipamento produtivo do<br />

que a sua desvalorização.<br />

No entanto, o mais importante<br />

é que as Empresa se<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

preocupem em investir em tec<strong>no</strong>logia e na re<strong>no</strong>vação dos seus equipamentos<br />

produtivos, de forma a também incorporarem equipamento i<strong>no</strong>vador que lhes<br />

permita rentabilizar a produção e ter melhores desempenhos ambientais.<br />

Invest. Formação/Ven<strong>da</strong>s Prest. Serviços (%)<br />

Invest. Marketing / Ven<strong>da</strong>s e Prest. Serviços (%)<br />

0.5<br />

0.4<br />

0.3<br />

0.2<br />

0.1<br />

0<br />

2<br />

1.5<br />

1<br />

0.5<br />

0<br />

O nível de investimento em equipamento produtivo não está a ser<br />

acompanhado por outros investimentos também muito importantes e<br />

imprescindíveis para garantir a competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas <strong>no</strong> mercado quer<br />

nacional quer internacional.<br />

O investimento em formação e Marketing são muito reduzidos, o que pode<br />

comprometer as empresas em termos futuros não só ao nível dos resultados<br />

<strong>da</strong> política de ven<strong>da</strong>s, mas também a produtivi<strong>da</strong>de dos recursos huma<strong>no</strong>s.<br />

Estes resultados podem ser reforçados mais adiante quando na avaliação de<br />

Marketing e <strong>no</strong>s indicadores de formação em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>da</strong> Empresa, se<br />

encontram resultados muito baixos.<br />

25


CEVALOR<br />

A estrutura de emprego do <strong>sector</strong> <strong>da</strong>s rochas ornamentais e industriais é<br />

caracterizado por uma baixa produtivi<strong>da</strong>de, eleva<strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de do factor<br />

trabalho e débil estrutura de qualificações.<br />

Desta forma, a formação profissional deverá constituir um dos factores<br />

estratégicos fun<strong>da</strong>mentais na corri<strong>da</strong> pelo aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de e<br />

consequentemente <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de industrial.<br />

As qualificações e competências dos trabalhadores e a intensi<strong>da</strong>de de<br />

utilização de tec<strong>no</strong>logia ou capital estão directamente relacionados com o nível<br />

de produtivi<strong>da</strong>de do trabalho.<br />

Indicadores de Activi<strong>da</strong>de<br />

Indicadores de Activi<strong>da</strong>de<br />

Inferior Quartil<br />

Inferior<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Variação <strong>da</strong> Rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

Ven<strong>da</strong>s e Prestação de Serviços<br />

(%) -80.14 -41.43 1.54 47.65 176.13 9<br />

Variação <strong>da</strong> Rentabili<strong>da</strong>de do<br />

Activo Líquido (%) -527.83 -55.08 2.49 72.95 133.12 11<br />

Variação <strong>da</strong>s Ven<strong>da</strong>s e Prestação<br />

Serviços (%) -25.74 -8.03 3.7 14.57 39.15 9<br />

Variação <strong>da</strong> Rentab. <strong>da</strong>s Ven<strong>da</strong>s e Prest. Serviços (%)<br />

Variação <strong>da</strong>s Ven<strong>da</strong>s e Prest. Serviços (%)<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

-100<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

Os indicadores de activi<strong>da</strong>de revelam um decréscimo <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s e prestação<br />

de serviços, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2004, de pelo me<strong>no</strong>s 8%, em 25% <strong>da</strong>s empresas <strong>da</strong><br />

amostra.<br />

26


CEVALOR<br />

Este decréscimo justifica-se pela recessão do mercado <strong>no</strong> <strong>sector</strong> <strong>da</strong>s rochas<br />

ornamentais e industriais. No entanto 25% <strong>da</strong> amostra apresenta valores<br />

francamente positivos.<br />

A situação repete-se <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente <strong>no</strong><br />

que diz respeito à variação <strong>da</strong><br />

rentabili<strong>da</strong>de quer <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s quer do<br />

activo líquido, 25% <strong>da</strong>s empresas <strong>da</strong><br />

amostra representam valores muito<br />

baixos e 25% <strong>da</strong>s empresas<br />

demonstram valores bastante favoráveis.<br />

Variação <strong>da</strong> Rentab. Activo Líquido (%)<br />

200<br />

100<br />

0<br />

-100<br />

-200<br />

Apenas duas Empresas estão a conseguir rentabilizar os seus activos de uma<br />

forma eficaz independentemente <strong>da</strong> sua estrutura financeira.<br />

27


CEVALOR<br />

6. AVALIAÇÃO DA GESTÃO<br />

A avaliação de Gestão abrange medi<strong>da</strong>s de desempenho quantitativas <strong>da</strong> área<br />

operacional, tais como:<br />

• Satisfação do Cliente<br />

• I<strong>no</strong>vação de Produtos e/ou Serviços<br />

• Fornecedores<br />

• Gestão de Recursos Huma<strong>no</strong>s<br />

• Satisfação dos Recursos Huma<strong>no</strong>s<br />

Indicadores de Satisfação de Clientes<br />

A generali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas <strong>da</strong><br />

amostra não registou as encomen<strong>da</strong>s<br />

cancela<strong>da</strong>s antes <strong>da</strong> entrega ou<br />

durante o período de garantia e<br />

encomen<strong>da</strong>s não entregues dentro do<br />

prazo. A mediana destes indicadores<br />

é basicamente nula, situação que<br />

poderia indicar um sinal positivo para o <strong>sector</strong>, <strong>no</strong> entanto poderá também<br />

reflectir a inexistência de um controlo adequado destes indicadores.<br />

A falta de controlo destes indicadores poderá por em causa a satisfação dos<br />

clientes e a quali<strong>da</strong>de do respectivo produto.<br />

Indicadores de I<strong>no</strong>vação<br />

Indicadores de I<strong>no</strong>vação de<br />

Produto/Serviço<br />

Inferior Quartil<br />

Inferior<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Percentagem Ven<strong>da</strong>s Novos<br />

Produtos e Serviços (%) ** ** ** ** ** 11<br />

Percentagem Ven<strong>da</strong>s e Prest.<br />

Serviços em <strong>no</strong>vas áreas<br />

Geográficas (%) ** ** ** ** ** 11<br />

Percentagem de Ven<strong>da</strong>s e Prest.<br />

Serviços em <strong>no</strong>vos segmentos de<br />

Mercado (%) ** ** ** ** ** 11<br />

Percentagem Ven<strong>da</strong>s e Prest.<br />

Serviços em <strong>no</strong>vos Mercados (%) ** ** ** ** ** 11<br />

Percentagem Novos Clientes (%)<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Número de Encomen<strong>da</strong>s cancela<strong>da</strong>s antes<br />

<strong>da</strong> entrega<br />

0.26 9.63 21.5 40.02 77.61 11<br />

28


CEVALOR<br />

Nos indicadores de i<strong>no</strong>vação de produtos e serviços, não existiu amostra<br />

suficiente para gerar resultados à excepção <strong>da</strong> percentagem de <strong>no</strong>vos clientes<br />

onde o desempenho superior <strong>da</strong> amostra apresentou 77,6% de <strong>no</strong>vos clientes.<br />

Convém referir que esta situação é muito diferencia<strong>da</strong> de empresa para<br />

empresa, uma vez que existem empresas de extracção que vendem<br />

exclusivamente para determinados clientes os quais por vezes até têm<br />

participação <strong>no</strong> capital <strong>da</strong> empresa, enquanto outras empresas vendem em<br />

maior quanti<strong>da</strong>de e me<strong>no</strong>r valor o que origina um maior leque de clientes.<br />

A informação de gestão não financeira não se encontrava sistematiza<strong>da</strong> e por<br />

isso não foram disponibilizados todos os <strong>da</strong>dos relativos aos indicadores de<br />

fornecedores, i<strong>no</strong>vação de produtos/serviços e satisfação do cliente.<br />

Esta situação tal como a gestão de clientes poderá ser problemática para a<br />

empresa em termos futuros, uma vez que não é efectuado na maior parte <strong>da</strong>s<br />

empresas do <strong>sector</strong> um controlo de satisfação quer dos fornecedores quer dos<br />

clientes.<br />

Indicadores de Gestão de Recursos Huma<strong>no</strong>s<br />

Indicadores de Gestão de Recursos<br />

Huma<strong>no</strong>s<br />

Inferior Quartil<br />

Inferior<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Directos/Indirectos -2.29 0.16 1.88 3.50 12.75 11<br />

Investimento em Formação p/<br />

Empregado 0.00 0.98 8.90 48.06 166.64 7<br />

N.º de Empregados/N.º Gestores 3.31 5.67 7.00 17.00 29.40 11<br />

N.º Médio de dias de Formação p/<br />

Empregado 0.14 0.23 0.83 2.71 7.82 11<br />

N.º de níveis Hierárquicos 0.65 1.00 2.00 2.00 3.70 11<br />

Percentagem dos Empregados com<br />

Formação Superior (%) 0.00 0.00 2.06 10.00 22.32 11<br />

29


CEVALOR<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Número de Trabalhadores com Formação<br />

Superior<br />

Como já foi referido anteriormente o<br />

investimento em formação é muito<br />

reduzido nas empresas <strong>da</strong> amostra,<br />

ou seja metade <strong>da</strong>s empresas não<br />

investe em formação mais de cerca<br />

de 9€/a<strong>no</strong> por empregado.<br />

Da mesma forma que os dias de<br />

formação por empregado, este indicador revela o melhor desempenho com<br />

cerca de 8 dias de formação por a<strong>no</strong>.<br />

A percentagem de empregados com formação superior é também<br />

relativamente baixa, cerca de metade <strong>da</strong>s empresas apresenta abaixo dos 2%,<br />

mais uma vez a amostra reflecte o tipo de Estrutura de Recursos Huma<strong>no</strong>s do<br />

Sector.<br />

Verificou-se, quando comparamos indicadores de avaliação, que as Empresas<br />

que apresentam maior investimento em formação, e que possuem quadros<br />

qualificados na Empresa, são aquelas que demonstram mais preocupações<br />

ambientais e que estão ou tem implementado um Sistema de Gestão<br />

Ambiental.<br />

Indicadores de Satisfação de Recursos Huma<strong>no</strong>s<br />

Indicadores de Satisfação de<br />

Recursos Huma<strong>no</strong>s<br />

Inferior Quartil<br />

Inferior<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Percentagem de Empregados que<br />

saíram <strong>da</strong> Empresa (%) 0 0 6.25 17.65 32.85 11<br />

Percentagem de Novos<br />

Empregados (%) 0.00 3.26 9.85 24.82 37.5 11<br />

Percentagem de Empregados que<br />

Abandonaram Prematuramente a<br />

Empresa (%) 0 0 0 1.56 17.54 11<br />

Taxa de Absentismo 0 0 0.06 1.2 7.32 11<br />

Taxa de Acidentes de Trabalho 0 0.03 0.09 0.12 0.21 11<br />

30


CEVALOR<br />

Número de Trabalhadores que saíram <strong>da</strong> Empresa<br />

Taxa de Absentismo (%)<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

No a<strong>no</strong> 2004 existiu alguma rotativi<strong>da</strong>de de pessoal nas empresas <strong>da</strong> amostra,<br />

situação que não se relaciona com a não satisfação dos recursos huma<strong>no</strong>s<br />

uma vez que a taxa de absentismo é praticamente nula na maioria <strong>da</strong>s<br />

empresas.<br />

As tarefas mais precárias <strong>no</strong> <strong>sector</strong> têm esta tendência de rotativi<strong>da</strong>de do<br />

pessoal nas empresas.<br />

Apesar deste <strong>sector</strong> ser<br />

considerado de risco em termos<br />

de acidentes de trabalho a<br />

amostra revela este indicador<br />

praticamente nulo. Esta situação<br />

é muito positiva e demonstra que<br />

ca<strong>da</strong> vez mais as empresas e<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Número de Acidentes de Trabalho<br />

seus empregados cumprem as <strong>no</strong>rmas de segurança que são impostas ao<br />

Sector.<br />

31


CEVALOR<br />

7. AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO<br />

O módulo, que foi concebido de forma a apoiar uma organização de produção<br />

fabril, contempla 16 medi<strong>da</strong>s de desempenho quantitativas e abor<strong>da</strong><br />

indicadores como:<br />

• Cumprimento do pla<strong>no</strong> de produção;<br />

• Tempo de instalação, de mu<strong>da</strong>nça de ferramenta e de preparação;<br />

• Número de produtos existentes e de <strong>no</strong>vos produtos;<br />

• Produtos acabados, em curso e matérias-primas;<br />

• Desperdícios.<br />

Cumprimento do Pla<strong>no</strong> de Produção<br />

O gráfico demonstra que a<br />

relação entre o planeado e<br />

executado apresenta<br />

valores altos, ou seja, as<br />

Empresas estão a cumprir<br />

quase na íntegra o seu<br />

planeamento de produção.<br />

1.5<br />

1<br />

0.5<br />

0<br />

Cumprimento do Pla<strong>no</strong> de Produção (%)<br />

Tempo gasto em instalação/mu<strong>da</strong>nça de ferramentas<br />

Este indicador revela que as<br />

empresas estão a gerir bem o<br />

tempo gasto <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de<br />

produção, na instalação e<br />

mu<strong>da</strong>nça de ferramentas dos<br />

Equipamentos produtivos.<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Tempo gasto em instalação/mu<strong>da</strong>nça<br />

32


CEVALOR<br />

As Empresas <strong>da</strong> Amostra<br />

revelam uma gestão<br />

eficiente na utilização de<br />

água. Este resultado,<br />

quando comparado com a<br />

avaliação ambiental, devese,<br />

ao facto de as Empresas<br />

<strong>da</strong> amostra estarem a efectuar práticas de reaproveitamento deste recurso<br />

natural.<br />

Quanto á Energia, podemos constatar que não existe nas Empresas <strong>da</strong><br />

amostra uma gestão eficiente, sendo o custo deste recurso elevado em relação<br />

ao Volume de Ven<strong>da</strong>s. Este facto sai reforçado por as Empresas <strong>da</strong> amostra<br />

ain<strong>da</strong> não estarem a utilizar a co-geração, como demonstrado na avaliação<br />

ambiental <strong>da</strong> amostra.<br />

10.00<br />

5.00<br />

0.00<br />

Custo de água e energia face ao Volume de<br />

Ven<strong>da</strong>s<br />

Custos de água<br />

Custos de energia<br />

Verifica-se, ao contrário <strong>da</strong><br />

tendência <strong>sector</strong>ial, que a<br />

taxa de desperdício/<br />

subprodutos <strong>da</strong>s Empresas<br />

<strong>da</strong> amostra é baixa.<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

Taxa de Desperdício ou Sucata (%)<br />

33


CEVALOR<br />

8. AVALIAÇÃO DA EXCELÊNCIA<br />

O Módulo de Excelência é utilizado como complemento <strong>da</strong> Avaliação<br />

Financeira e de Gestão do Índice de <strong>Benchmarking</strong>.<br />

Este módulo, segundo definição do IBP, pretende aju<strong>da</strong>r as Empresas a<br />

efectuar uma avaliação comparativa global e inicial <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong>s Empresas,<br />

tendo como bitola um quadro de excelência de classe mundial e<br />

internacionalmente reconhecido.<br />

A excelência é a procura <strong>da</strong> melhoria contínua <strong>no</strong>s resultados de uma<br />

organização e na forma de os conseguir.<br />

Segundo o livro “In Search of Excellence” de Tom Peters e Robert Waterman,<br />

de 1982, a Excelência é uma filosofia de gestão onde as empresas são<br />

considera<strong>da</strong>s excelentes se possuírem oito características: a proximi<strong>da</strong>de com<br />

o cliente; a tendência para a acção e iniciativa; a auto<strong>no</strong>mia individual; a aposta<br />

<strong>no</strong>s recursos huma<strong>no</strong>s; a criação de valores; a centralização na activi<strong>da</strong>de que<br />

melhor domina; a simplici<strong>da</strong>de formal; e a existência em simultâneo de rigidez<br />

e flexibili<strong>da</strong>de.<br />

Com a globalização, outros factores começaram a ser valorizados <strong>no</strong> contexto<br />

<strong>da</strong> Gestão Excelente: a quali<strong>da</strong>de dos processos e produtos, o desempenho<br />

ambiental e de segurança e higiene <strong>no</strong> trabalho.<br />

34


CEVALOR<br />

No quadro seguinte, sistematizam-se os resultados <strong>da</strong> amostra em termos de<br />

valores de excelência:<br />

Medi<strong>da</strong> Inferior<br />

Quartil<br />

Mediana<br />

Quartil<br />

Inferior<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Liderança 3 5 7 8 10 11<br />

Politica e<br />

Estratégia 4 6 8 11 14 11<br />

Pessoas 7 8 9 10 13 11<br />

Parcerias e<br />

Recursos 7 11 12 13 15 11<br />

Processos 5 7 10 11 13 11<br />

Resultados -<br />

Satisfação do<br />

Cliente 4 5 6 8 8 11<br />

Resultados -<br />

Pessoas 4 5 6 7 8 11<br />

Resultados -<br />

Socie<strong>da</strong>de 3 3 6 7 7 11<br />

Desempenho<br />

Chave 3 5 6 7 8 11<br />

Para a análise <strong>sector</strong>ial foi construído um quadro comparativo entre os valores<br />

máximos de excelência (1ª Coluna do quadro seguinte) e os valores médios<br />

obtidos pelas Empresas <strong>da</strong> Amostra para ca<strong>da</strong> item.<br />

Medi<strong>da</strong><br />

Valor<br />

Máximo de<br />

Excelência<br />

Valores <strong>da</strong> Amostra<br />

Valor Médio<br />

Nível de<br />

Excelência<br />

Liderança 12 7 60%<br />

Politica e<br />

Estratégia 16 9 55%<br />

Pessoas 20 9 45%<br />

Parcerias e<br />

Recursos 20 12 60%<br />

Processos 20 10 49%<br />

Resultados -<br />

Satisfação do<br />

Cliente 12 6 53%<br />

Resultados -<br />

Pessoas 12 6 49%<br />

Resultados -<br />

Socie<strong>da</strong>de 12 6 48%<br />

Desempenho<br />

Chave 12 6 51%<br />

35


CEVALOR<br />

Resultados de Excelência (%)<br />

25<br />

20<br />

15<br />

Valor Máximo de Excelência<br />

Valores <strong>da</strong> Amostra<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Liderança<br />

Politica e<br />

Estratégia<br />

Pessoas<br />

Parcerias e<br />

Recursos<br />

Processos Resultados -<br />

Satisfação<br />

do Cliente<br />

Resultados -<br />

Pessoas<br />

Resultados -<br />

Socie<strong>da</strong>de<br />

Desempenho<br />

Chave<br />

Em termos globais, os níveis de excelência <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> Amostra é<br />

relativamente baixo, quando comparamos com os níveis máximos.<br />

De forma a se entender estes resultados globais, passamos a analisar os<br />

resultados de ca<strong>da</strong> item que constitui a base para a Excelência:<br />

Liderança - a forma como os líderes estão pessoalmente envolvidos na<br />

realização dos objectivos <strong>da</strong> Empresa. Os indicadores revelam que existe<br />

envolvimento dos líderes na decisão dos objectivos e <strong>no</strong> apoio e controle de<br />

trabalho. Não <strong>no</strong>s podemos esquecer que estas Empresas pertencem ao<br />

Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>, caracterizado por uma grande quanti<strong>da</strong>de de<br />

pequenas Empresas e de cariz familiar. Por esse motivo, os líderes envolvemse<br />

pessoalmente <strong>no</strong> trabalho e <strong>no</strong>s processos de melhoria.<br />

A tendência mostra que os líderes envolvem-se pessoalmente com os clientes,<br />

fornecedores, parceiros e representantes <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des, mas muitas vezes<br />

fora do seu cargo habitual, não reconhecendo plenamente a sua importância<br />

para os objectivos <strong>da</strong> Empresa.<br />

O reconhecimento e motivação de pessoal são feitos pessoalmente pelo líder.<br />

36


CEVALOR<br />

Políticas e Estratégias<br />

A média <strong>da</strong> amostra demonstra que as Empresas têm tendência a planear<br />

estratégias a curto prazo, <strong>no</strong>rmalmente recorrendo aos resultados do a<strong>no</strong><br />

corrente e que apenas envolvem o pessoal inter<strong>no</strong> <strong>da</strong> Empresa <strong>no</strong><br />

estabelecimento de objectivos.<br />

Estes resultados estão de acordo com a reali<strong>da</strong>de <strong>sector</strong>ial, onde existe<br />

claramente um défice de visão estratégica.<br />

Pessoas<br />

Este indicador pretende medir se o ple<strong>no</strong> potencial <strong>da</strong>s pessoas envolvi<strong>da</strong>s nas<br />

Empresas está a ser utilizado. Com uma percentagem de 45% de resultados<br />

em termos de excelência, estas Empresas ain<strong>da</strong> têm muita margem para<br />

evoluir em termos de excelência de pessoas.<br />

Parcerias e recursos<br />

Os fornecedores não são vistos como parceiros, embora sejam escolhidos não<br />

só pelo preço, mas também pela quali<strong>da</strong>de.<br />

Em termos de recursos inter<strong>no</strong>s, as Empresas <strong>da</strong> amostra em media, têm<br />

preocupações ao nível <strong>da</strong> manutenção do seu equipamento como forma de<br />

rentabilizar a produção, contribuir para a redução de consumo de água e<br />

electrici<strong>da</strong>de e como forma de minimizar os impactes ambientais,<br />

<strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente as poeiras.<br />

Processos<br />

A melhoria de processos apenas envolve o pessoal inter<strong>no</strong> <strong>da</strong> Empresa, e<br />

quando há alguma sugestão de um cliente, esta é ti<strong>da</strong> em conta e resume-se a<br />

isto o envolvimento do cliente. Este feedback apenas é utilizado para a<br />

melhoria de produtos e/ou produtos, mas a informação não é utiliza<strong>da</strong> para<br />

incorporar i<strong>no</strong>vação.<br />

Estes resultados reflectem a tendência <strong>sector</strong>ial, que apresenta níveis baixos<br />

relativamente à incorporação de i<strong>no</strong>vação <strong>no</strong>s seus processos e produtos.<br />

37


CEVALOR<br />

Satisfação de Recursos Huma<strong>no</strong>s<br />

É medi<strong>da</strong> por alguns indicadores, como a taxa de absentismo ou avaliação ao<br />

pessoal, mas esta informação <strong>no</strong>rmalmente não é utiliza<strong>da</strong> para prevenir e<br />

melhorar.<br />

Socie<strong>da</strong>de<br />

As medi<strong>da</strong>s com impacto para a Socie<strong>da</strong>de limitam-se á racionalização dos<br />

consumos de agua e electrici<strong>da</strong>de e a um esforço na redução de subprodutos<br />

provenientes dos processos extractivos e de transformação.<br />

Algumas Empresas <strong>da</strong> amostra estão a implementar Sistemas de certificação<br />

Ambiental e uma tem já o sistema implementado. Estas Empresas estão a<br />

caminhar para um melhor desempenho social e têm consciência desse facto.<br />

Desempenho Chave<br />

O desempenho chave <strong>da</strong>s Empresas está relacionado com os desempenhos<br />

financeiros e com a gestão de pessoas, clientes e socie<strong>da</strong>de, que obteram<br />

valores baixos de excelência. Assim, o desempenho chave acaba por reflectir<br />

os resultados globais obtidos ao nível <strong>da</strong> excelência (na sua globali<strong>da</strong>de<br />

baixos). Às Empresas <strong>da</strong> Amostra foi aconselhado que analisassem estes<br />

indicadores de forma a poderem introduzir práticas que as permitam conduzir a<br />

uma Gestão de Excelência.<br />

38


CEVALOR<br />

9. AVALIAÇÃO DE MARKETING<br />

O módulo de Marketing, usado para avaliar o desempenho <strong>da</strong>s Empresas<br />

nesta área, é constituído por sete temas principais, com um total de 26 subtemas<br />

ou questões. As questões são avalia<strong>da</strong>s por uma escala de referência<br />

de quatro pontos. Os sete temas principais são:<br />

• Estratégia<br />

• Marketing<br />

• Novos Produtos<br />

• Abor<strong>da</strong>gem ao desenvolvimento de <strong>no</strong>vos produtos<br />

• Estabelecimento de marcas e promoções<br />

• Competitivi<strong>da</strong>de e preços<br />

• Clientes<br />

No quadro seguinte sistematizam-se os resultados obtidos <strong>sector</strong>ialmente para<br />

a área de Marketing:<br />

Medi<strong>da</strong> Inferior<br />

Quartil<br />

Quartil<br />

Mediana<br />

Inferior<br />

Superior<br />

Superior Amostra<br />

Estratégia 6 7 7 9 10 11<br />

Marketing 7 8 9 10 13 11<br />

Novos Produtos 6 6 7 8 11 9<br />

Abor<strong>da</strong>gem ao<br />

Desenvolvimento<br />

/desempenho 4 5 6 7 9 9<br />

Estabelecimento<br />

de Marcas e<br />

Promoções 3 4 6 7 9 10<br />

Compettitivi<strong>da</strong>de<br />

e preços 3 4 6 9 10 11<br />

Clientes 5 6 7 8 10 11<br />

39


CEVALOR<br />

Para a análise <strong>sector</strong>ial foram calculados os valores médios obtidos pela<br />

amostra para ca<strong>da</strong> tema e comparados com o valor superior que ca<strong>da</strong> item<br />

poderia assumir. Assim:<br />

Medi<strong>da</strong><br />

Valor Máximo<br />

que ca<strong>da</strong> Item<br />

pode assumir<br />

Valor <strong>da</strong> Amostra<br />

Valor Médio<br />

Nível<br />

Estratégia 12 7,5 63%<br />

Marketing 20 9,3 46%<br />

Novos Produtos 20 6,5 33%<br />

Abor<strong>da</strong>gem ao<br />

Desenvolvimento/<br />

desempenho 16 5,9 37%<br />

Estabelecimento de<br />

Marcas e<br />

Promoções 12 5,9 49%<br />

Competitivi<strong>da</strong>de e<br />

preços 12 6,3 52%<br />

Clientes 12 7,1 59%<br />

As Empresas <strong>da</strong> amostra revelam desempenhos médios baixos relativamente<br />

ao estabelecimento de uma cultura de Marketing.<br />

Embora revelem ter conhecimentos sobre os mercados, clientes e<br />

concorrentes, esta informação não está a ser traduzi<strong>da</strong> num processo de<br />

Marketing. A generali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Empresas não tem um responsável de<br />

Marketing, sendo <strong>no</strong>rmalmente os do<strong>no</strong>s <strong>da</strong>s Empresas que estabelecem<br />

algumas acções nesse sentido.<br />

Estes resultados seguem aliás a tendência <strong>sector</strong>ial, onde as Empresas não<br />

têm pla<strong>no</strong>s de Marketing e as acções promocionais limitam-se a participações<br />

em feiras. Os factores de competitivi<strong>da</strong>de centram-se <strong>no</strong> produto e não existem<br />

preocupações ao nível do posicionamento competitivo.<br />

40


CEVALOR<br />

Procurando sistematizar os resultados médios para ca<strong>da</strong> tema <strong>da</strong> avaliação de<br />

Marketing, temos:<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

Valor Máximo que ca<strong>da</strong> Item pode<br />

assumir<br />

Valor Médio <strong>da</strong> Amostra<br />

0<br />

Estratégia<br />

Marketing<br />

Novos Produtos<br />

Abor<strong>da</strong>gem ao Desenvolvimento/ desempenho<br />

Estabelecimento de Marcas e Promoções<br />

Competitivi<strong>da</strong>de e preços<br />

Clientes<br />

Estratégia<br />

As Empresas têm reconhecimento <strong>da</strong> importância do Planeamento Estratégico,<br />

onde são definidos os objectivos financeiros e não financeiros, mas este<br />

planeamento não está claramente definido, nem é sistematicamente aplicado.<br />

As alianças estratégicas começam a ser analisa<strong>da</strong>s pelas Empresas como<br />

forma de conquistar <strong>no</strong>vos clientes e mercados e existem exemplos nas<br />

empresas <strong>da</strong> amostra.<br />

Marketing<br />

Os indicadores revelam que nas Empresas <strong>da</strong> amostra não existe uma<br />

abor<strong>da</strong>gem rigorosa à segmentação, que seja consistente com os seus<br />

objectivos e competências. Fazem na generali<strong>da</strong>de uma segmentação pelas<br />

características do produto e têm tendência a concentrar-se <strong>no</strong> segmento de<br />

maior crescimento.<br />

Para satisfazer as necessi<strong>da</strong>des do alvo, a tendências <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong><br />

amostra vai para a utilização de um ou dois elementos de marketing, por<br />

exemplo, o preço, não tendo procedimentos que visem o seu posicionamento<br />

competitivo. Este resultado é aliás representativo do Sector, que é<br />

41


CEVALOR<br />

Caracterizado como uma Industria em que a capaci<strong>da</strong>de concorrencial se<br />

baseia <strong>no</strong> Preço.<br />

Os indicadores revelaram ain<strong>da</strong> um desempenho baixo em termos de formação<br />

<strong>da</strong>s Empresas na área de Marketing.<br />

Desenvolvimento de Novos Produtos<br />

A média <strong>da</strong> amostra revela que as Empresas não estão a apostar <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de <strong>no</strong>vos produtos e projectos, existindo casos isolados de<br />

algumas parcerias neste sentido com organismo de investigação.<br />

De realçar, que a tendência Sectorial vai para o desenvolvimento de <strong>no</strong>vos<br />

mercados, não se encontrando ain<strong>da</strong> estabeleci<strong>da</strong>s <strong>no</strong> Sector políticas<br />

i<strong>no</strong>vadoras em relação a produtos e/ou projectos.<br />

Marcas e promoções<br />

As Empresas <strong>da</strong> amostra demonstram alguma preocupação com a sua imagem<br />

e com os seus produtos, mas não utilizam a sua Marca como uma vantagem<br />

competitiva.<br />

Quando questiona<strong>da</strong>s sobre a importância que os desempenhos ambientais<br />

assumem na imagem <strong>da</strong> Empresa, apenas as que estão a implementar<br />

Sistema de Certificação Ambiental têm consciência do prestígio que estes<br />

sistemas conferem.<br />

Concorrência e política de preços<br />

A tendência <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra é para o controlo dos preços dos<br />

concorrentes, não tendo preocupações em conhecer as suas fraquezas, forças<br />

e estratégias. Embora os indicadores revelem reconhecimento sobre a<br />

competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> parte dos gestores, este conhecimento não se traduz num<br />

sistema formal de análise <strong>da</strong> concorrência e competitivi<strong>da</strong>de, que são a base<br />

para o valor acrescentado nas Empresas.<br />

Os preços são estabelecidos, em média, apenas com base na previsão <strong>da</strong><br />

procura e <strong>no</strong> cálculo dos custos.<br />

42


CEVALOR<br />

Clientes<br />

Os indicadores revelam que as Empresas <strong>da</strong> amostra conhecem os seus<br />

clientes e têm identificado aqueles que são responsáveis pela maioria <strong>da</strong>s<br />

ven<strong>da</strong>s. A satisfação dos clientes é medi<strong>da</strong> de forma informal e qualitativa, não<br />

havendo desenvolvimento ao nível de sistemas de controlo de satisfação do<br />

cliente.<br />

43


CEVALOR<br />

10. AVALIAÇÃO DE AMBIENTE<br />

“O módulo de Ambiente e Energia foi concebido de forma a evidenciar a<br />

capaci<strong>da</strong>de de gestão de uma organização em matéria de energia e ambiente.<br />

O questionário abrange um conjunto de indicadores qualitativos e quantitativos<br />

integrando aspectos de gestão interna e efeitos ambientais que reflectem as<br />

externali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> actuação <strong>da</strong>s empresas, passando pela organização, gestão<br />

e impacte ambiental e considerando os principais requisitos legais associados<br />

à energia e ao ambiente <strong>no</strong> que se refere à quali<strong>da</strong>de do ar, <strong>da</strong> água, resíduos<br />

sólidos gerados, ruído, uso do solo e gestão de consumos de energia” in<br />

www.iapmei.pt<br />

Avaliação Quantitativa<br />

Na utilização deste módulo de avaliação nas Empresas <strong>da</strong> amostra, constatouse<br />

que a maioria <strong>da</strong>s Empresas apenas respondeu às perguntas de carácter<br />

qualitativo, expressando alguma dificul<strong>da</strong>de na recolha de informações<br />

quantitativas.<br />

Para facilitar o processo foi construído uma grelha de preenchimento e de<br />

recolha de <strong>da</strong>dos, que a seguir se apresenta:<br />

44


CEVALOR<br />

Dados Gerais do Questionário<br />

Documentos base para a Recolha de Dados<br />

1. Consumo específico de referência<br />

2. Quanti<strong>da</strong>de de Referência Facturas<br />

3.1. Nº Total de dias trabalhados<br />

3.2. Nº de Horas/ Homem Trabalha<strong>da</strong>s<br />

Relatórios anuais de Segurança e Higiene<br />

3.3. Nº Horas/ Homem trabalha<strong>da</strong>s<br />

4.1 Até 4.5.<br />

Consumo anual de … (formas de energia) Facturas<br />

5. Consumo de água <strong>da</strong> rede pública<br />

Relatórios Técnicos anuais<br />

6. Consumo de água (outras fontes)<br />

Relatórios Estatisticos <strong>da</strong>s Pedreiras<br />

7. Água residual à saí<strong>da</strong> do processo<br />

8. Água residual Recicla<strong>da</strong> Guia de Transporte de resíduos<br />

9. Resíduos gerados totais Mapa de Resíduos Industriais<br />

10. Resíduos Valorizados Mapa de Movimento de óleos usados<br />

11. Resíduos Perigosos Gerados<br />

12. Área Ocupa<strong>da</strong><br />

13. Área Reversível<br />

licenciamento<br />

14. Materiais Consumidos Facturas<br />

15. Materiais Consumidos Recicláveis Relatórios Técnicos anuais<br />

16. Materiais Consumidos Perigosos Relatórios Estatísticos <strong>da</strong>s Pedreiras<br />

17. Acidentes ou Incidentes Ambientais<br />

18. Área abrangi<strong>da</strong> pelos Acidentes<br />

Multas ou Contra Ordenações<br />

19. Reclamações ambientais<br />

20. Horas de Formação em energia e Ambiente Certificados de Formação<br />

21. Custos Ambientais<br />

Licença do Estabelecimento ou processo de<br />

Facturas dos Fornecedores relaciona<strong>da</strong>s com a<br />

gestão de resíduos<br />

Vistorias na área de ambiente<br />

Custos com Formação ambiental<br />

Avença do Director Técnico<br />

22. Nº de Fornecedores com Certificação Ambiental Facturas dos fornecedores<br />

23. Ven<strong>da</strong>s de produtos recicláveis Facturas <strong>da</strong> Empresa<br />

Dados Especificos<br />

SST - Sólidos Suspensos Totais (médio)<br />

CQO - Carência Quimica de Oxigénio (média)<br />

CQO 5 - Carência Biológica de Oxigénio (média)<br />

Particulas (média)<br />

Óxidos de enxofre (SO 2 médio)<br />

Óxidos de Azoto (NOx médio)<br />

Cau<strong>da</strong>l de efluente (Nm 3 gás seco/a<strong>no</strong>)<br />

Nível So<strong>no</strong>ro Contínuo Equivalente ponderado<br />

Números de Pontos de Medição<br />

Documentos base para a Recolha de Dados<br />

Boletins de Ensaio caso haja monitorização de<br />

descarga de aguas residuais<br />

Em geral, sem aplicação para o Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong><br />

<strong>Natural</strong>, uma vez que são indicadores de<br />

avaliação de efluentes gasosos<br />

Relatório de Emissão de Ruído Ambiental<br />

Mesmo como uma grelha de aju<strong>da</strong> e com o apoio <strong>da</strong>s CNB, não foi possível<br />

obter 8 respostas quantitativas (mínimo necessário para realizar comparações<br />

e estudos <strong>sector</strong>iais).<br />

45


CEVALOR<br />

Procurou-se identificar as razões <strong>da</strong> não resposta, junto <strong>da</strong>s Empresas e<br />

recorrendo a Técnicos Superiores de Ambiente, cujo k<strong>no</strong>w-how permite-lhes<br />

aferir sobre as razões de não resposta dos questionários de avaliação de<br />

ambiente.<br />

Em termos gerais, <strong>no</strong> caso <strong>da</strong>s Empresas Extractoras, a informação ambiental<br />

existe, mas não está sistematiza<strong>da</strong>. A informação é utiliza<strong>da</strong> anualmente para a<br />

elaboração dos Relatórios técnicos e estatísticos <strong>da</strong>s Pedreiras (obrigatórios a<br />

sua entrega nas diversas enti<strong>da</strong>des que tutelam), mas esta informação não é<br />

trabalha<strong>da</strong> ao nível de registos e monitorização de resultados.<br />

No caso <strong>da</strong>s Transformadoras, onde não existe a obrigatorie<strong>da</strong>de de entrega<br />

de relatórios anuais, a informação se existe, não se encontra sistematiza<strong>da</strong> e<br />

os Empresários não possuem conhecimentos para a trabalhar, excepto <strong>no</strong>s<br />

casos <strong>da</strong>s Empresas que têm Quadros Técnicos vocacionados para estas<br />

áreas e que se encontram a implementar um Sistema de Certificação<br />

Ambiental.<br />

Em termos específicos, em relação à quantificação de resíduos (na extracção<br />

e/ou transformação), torna-se difícil esta avaliação, uma vez que a tendência<br />

vai para a deposição em conjunto de todos os resíduos, sem preocupações <strong>no</strong><br />

que se refere à sua gestão.<br />

Relativamente à avaliação de acidentes ambientais, para as Empresas que não<br />

têm implementado Sistemas de Gestão Ambiental, esta informação não existe<br />

e se por acaso ocorrer algum incidente, muitas vezes não é identificado como<br />

acidente ambiental. As Empresas que têm implementado Sistemas de Gestão<br />

Ambiental possuem indicadores de avaliação.<br />

Relativamente à avaliação dos parâmetros <strong>da</strong>s águas, estes variam conforme o<br />

tipo de Empresa. Na amostra, não existem Empresas que efectuem descargas<br />

de água e por este motivo a aplicação dos <strong>da</strong>dos não se justifica, uma vez que<br />

devem ser utilizados na sua totali<strong>da</strong>de sistemas de reaproveitamento <strong>da</strong> água.<br />

46


CEVALOR<br />

A avaliação de ruído ambiental, é confundi<strong>da</strong> pelas Empresas, com o ruído<br />

relativo à avaliação de Segurança e Higiene. Quando as Empresas respondem<br />

a este indicador, <strong>no</strong>rmalmente referem o ruído Industrial, <strong>no</strong> perímetro industrial<br />

e que estão afectos ao trabalhador.<br />

Avaliação Qualitativa<br />

A amostra em análise nesta área reduziu-se a 9 Empresas e pretendeu-se,<br />

com os rácios obtidos identificar as opções de funcionamento <strong>da</strong>s<br />

Organizações e avaliar os indicadores de gestão e capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Empresas<br />

<strong>da</strong> amostra, em termos de Ambiente e Energia.<br />

Indicadores de Funcionamento<br />

Utilização de Co-geração:<br />

Empresas que utilizam co-geração<br />

Não<br />

Sim<br />

As Empresas pertencentes à amostra não estão a utilizar a co-geração como<br />

fonte de energia e/ou calor.<br />

Sistemas de Gestão Ambiental:<br />

47


CEVALOR<br />

Empresas que implementam um<br />

Sistema de Gestão Ambiental<br />

22.22%<br />

22.22%<br />

55.56%<br />

Não<br />

Em curso<br />

Sim<br />

22% <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra revelam ter implementado um Sistema de<br />

Gestão Ambiental e 22% estão a implementar, estando o processo em curso.<br />

Não sendo uma imposição legal, e tendo em conta a tendência <strong>sector</strong>ial, podese<br />

considerar estes resultados como uma perspectiva favorável ao Sector.<br />

Este resultado demonstra alguma activi<strong>da</strong>de <strong>sector</strong>ial em termos ambientais,<br />

mas reforça a necessi<strong>da</strong>de de maior sensibilização e promoção do ambiente<br />

junto <strong>da</strong>s Empresas, numa perspectiva de investimento com um retor<strong>no</strong> de<br />

benefícios económicos e financeiros para as Empresas.<br />

Este indicador foi comparado com os Indicadores Financeiros e de Gestão e<br />

constatou-se que as Empresas <strong>da</strong> amostra que estão a implementar ou têm<br />

implementados Sistemas de Certificação Ambiental são aquelas que<br />

apresentam uma Estrutura de maior dimensão, em termos de Volume de<br />

Negócios, Exportação, números de trabalhadores. É também curioso, que<br />

estas Empresas são aquelas que apresentam um maior nível de investimento.<br />

Ao nível de excelência de negócio, foram estas Empresas que apresentaram<br />

melhores indicadores (quando comparados com os níveis máximos de<br />

excelência e a média <strong>da</strong> amostra).<br />

Pode-se aferir, que a implementação de Sistemas de Certificação Ambiental<br />

ain<strong>da</strong> é um investimento pesado para as Empresas de me<strong>no</strong>r dimensão.<br />

48


CEVALOR<br />

Indicadores de Gestão e Capaci<strong>da</strong>de<br />

Politica, Estrutura e Responsabili<strong>da</strong>des:<br />

Politica, Estrutura e Responsabili<strong>da</strong>des<br />

Definição de responsabili<strong>da</strong>des<br />

33.33%<br />

33.33%<br />

33.33%<br />

Cumprimento dos requisitos<br />

0.00%<br />

Legais<br />

22.22%<br />

77.78%<br />

Não<br />

Em parte<br />

Sim<br />

Declaração de Política<br />

22.22%<br />

55.56%<br />

22.22%<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

Declaração de Politica:<br />

Este indicador avalia se as Empresas têm uma política formal declara<strong>da</strong>, que<br />

reflecte o cumprimento pelos princípios gerais de Ambiente e Energia. Na<br />

forma de um documento a Empresa estabelece a orientação geral, define os<br />

princípios, objectivos e responsabili<strong>da</strong>des em relação ao cumprimento dos<br />

requisitos sobre Ambiente e Energia.<br />

Os resultados deste indicador têm de ser comparados com a implementação<br />

ou não de Sistemas de Gestão Ambiental, uma vez que a declaração de<br />

politica faz parte integrante deste processo.<br />

Assim, verificamos que 22% <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> Amostra revelam terem<br />

Declarações de Politica, que são aquelas que também revelaram terem<br />

implementado um SGA. O mesmo acontece para as Empresas que têm em<br />

curso um SGA, uma vez que a percentagem é igual em termos de existência<br />

de Declaração de Politica.<br />

49


CEVALOR<br />

Cumprimento dos Requisitos Legais:<br />

O gráfico revela que apesar <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra não ter<br />

implementado um Sistema de Gestão Ambiental, a maioria faz um esforço de<br />

cumprimento dos requisitos legais de ambiente e energia. Este facto deve-se à<br />

pressão <strong>da</strong> legislação actualmente existente. As Empresas cumprem porque<br />

são obriga<strong>da</strong>s e não, como podemos aferir <strong>da</strong> avaliação de excelência e<br />

marketing, numa perspectiva de melhoria de imagem, de melhoria de<br />

processos, rentabilização <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de, melhores desempenhos sociais e<br />

maior competitivi<strong>da</strong>de.<br />

Definição de responsabili<strong>da</strong>des<br />

Este indicador pretende avaliar se as Empresas definem responsabili<strong>da</strong>des em<br />

termos de Gestão Ambiental e Energia. Os valores obtidos, evidenciam já<br />

alguma preocupação nesta matéria, uma vez 33% <strong>da</strong>s Empresas assume que<br />

sim, e 33% assume que em parte tem definido as responsabili<strong>da</strong>des de Gestão<br />

Ambiental. No entanto, todos os indicadores revelam que nas Empresas ain<strong>da</strong><br />

é débil a existência de Quadros Técnicos responsáveis pela Área Ambiental.<br />

Nas Empresas <strong>da</strong> Amostra, encontra-se esta figura nas Empresas que estão a<br />

implementar SGA. Nas outras, o que é também uma reali<strong>da</strong>de <strong>sector</strong>ial, a<br />

responsabili<strong>da</strong>de ambiental recai na figura do Empresário, que <strong>no</strong>rmalmente<br />

recorre a serviços subcontratados de forma a cumprir com a legislação.<br />

50


CEVALOR<br />

Planeamento <strong>da</strong> Gestão Ambiental:<br />

Planeamento <strong>da</strong> Gestão Ambiental<br />

Estabelecimento de objectivos 0.00%<br />

62.50%<br />

37.50%<br />

Identificação de requisitos<br />

0.00%<br />

legais<br />

37.50%<br />

62.50%<br />

Não<br />

Em parte<br />

Sim<br />

Avaliação de riscos ambientais 0.00%<br />

12.50%<br />

87.50%<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

Estes resultados acabam por ter a ver com o cumprimento <strong>da</strong> legislação e o<br />

esforço que as Empresas fazem para estar de acordo com a mesma.<br />

A maioria <strong>da</strong>s Empresas não estabelece objectivos para a Gestão Ambiental,<br />

uma vez que existe um défice de gestão ambiental, excepto <strong>no</strong> caso <strong>da</strong>s<br />

Empresas <strong>da</strong> Amostra que têm ou estão a implementar um SGA.<br />

No entanto, os indicadores revelam que as Empresas têm conhecimento dos<br />

requisitos legais e <strong>da</strong> avaliação dos riscos ambientais. Este facto deve-se, <strong>no</strong>s<br />

últimos 10 a<strong>no</strong>s, ao esforço <strong>da</strong>s Enti<strong>da</strong>des Públicas e Priva<strong>da</strong>s na divulgação e<br />

sensibilização para as Questões Ambientais e a um conjunto de legislação<br />

restritiva à activi<strong>da</strong>de extractiva e transformadora.<br />

51


CEVALOR<br />

Implementação, operação e monitorização:<br />

Implementação, operação e monitorização<br />

Auditorias Ambientais<br />

44.44%<br />

33.33%<br />

33.33%<br />

Controlo e mo<strong>no</strong>torização de<br />

parâmetros ambientais<br />

37.50%<br />

37.50%<br />

25.00%<br />

Não<br />

Em Parte<br />

Sim<br />

Formação na área ambiente<br />

44.44%<br />

33.33%<br />

22.22%<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

O gráfico revela que a maioria <strong>da</strong>s Empresas não faz formação na área de<br />

ambiente. Este valor representa o défice de Formação verificado<br />

<strong>sector</strong>ialmente. Verificamos, também que as que realmente assumem que<br />

fazem Formação são as que têm implementado Sistemas de Gestão<br />

Ambiental.<br />

Os valores de Controlo e auditorias aproximam-se muito, também do valor <strong>da</strong>s<br />

Empresas que têm implementado SGA, embora se verifique que existem<br />

algumas empresas que embora não tenham um sistema de Gestão Ambiental<br />

implementado, afirmam que em parte fazem controlo e auditorias. Esta prática<br />

tem a ver com o cumprimento <strong>da</strong> legislação ambiental, muitas vezes este<br />

controlo não é efectuado formalmente.<br />

52


CEVALOR<br />

11. AVALIAÇÃO DE SEGURANÇA E SAUDE<br />

O Módulo de Saúde e Segurança <strong>no</strong> Trabalho foi concebido de modo a avaliar<br />

o posicionamento competitivo <strong>da</strong> organização e evidenciar a sua capaci<strong>da</strong>de<br />

de gestão em matéria de Saúde e Segurança <strong>no</strong> Trabalho.<br />

Apenas 8 Empresas responderam ao Questionário de SST, por esse motivo os<br />

resultados aqui apresentados reflectem a reali<strong>da</strong>de de 8 Empresas.<br />

Implementação do Sistema de Segurança e Saúde <strong>no</strong> Trabalho (OSHAS<br />

18001:1999)<br />

Implementado Sistema de SST<br />

11.11%<br />

11.11%<br />

Não<br />

Em curso de<br />

Certificação<br />

Sim<br />

77.78%<br />

A maioria <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra para este módulo ain<strong>da</strong> não tem<br />

implementado um Sistema de Segurança e Saúde <strong>no</strong> Trabalho.<br />

53


CEVALOR<br />

Politica, objectivos e responsabili<strong>da</strong>des<br />

A maioria <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra têm ou estão a preparar uma declaração<br />

de politica, que é um documento onde estabelece uma orientação geral e<br />

define os princípios, objectivos e responsabili<strong>da</strong>des em relação à Segurança e<br />

Saúde <strong>no</strong> trabalho.<br />

Declaração de Política<br />

25%<br />

25%<br />

Não<br />

Em parte<br />

Sim<br />

50%<br />

54


CEVALOR<br />

Planeamento e Programação <strong>da</strong> Activi<strong>da</strong>de de SST<br />

Planeamento e Programação <strong>da</strong> Activi<strong>da</strong>de de SST<br />

Programa de Prevenção<br />

12.50%<br />

37.50%<br />

50.00%<br />

Identificação dos Requisitos<br />

Legais<br />

0.00%<br />

37.50%<br />

62.50%<br />

Não<br />

Em Parte<br />

Sim<br />

Avaliação de Riscos<br />

0.00%<br />

37.50%<br />

62.50%<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

Os <strong>da</strong>dos revelam que a maioria <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra efectuou (62%) ou<br />

está a efectuar (37,50%) a identificação de perigos e a avaliação de riscos <strong>no</strong>s<br />

Postos de Trabalho. Os mesmos resultados verificaram-se em relação ao<br />

cumprimento <strong>da</strong>s disposições legais e <strong>no</strong>rmativas referentes à Saúde e<br />

Segurança <strong>no</strong> Trabalho.<br />

A identificação de perigos e avaliação de riscos tem sido a base para o<br />

estabelecimento de programas de prevenção que visam a melhoria contínua e<br />

sistemática. Apenas 12,50% <strong>da</strong> amostra não tem estabelecido um programa de<br />

prevenção, 37,50% afirma que em parte tem este pla<strong>no</strong> definido e metade <strong>da</strong>s<br />

Empresas <strong>da</strong> amostra afirmam ter uma Programa de Prevenção de perigos e<br />

riscos <strong>no</strong>s Postos de Trabalho.<br />

55


CEVALOR<br />

Activi<strong>da</strong>de de SST<br />

Activi<strong>da</strong>de de SST<br />

Vigilância <strong>da</strong> Saúde<br />

12.50%<br />

25.00%<br />

62.50%<br />

Formação<br />

0.00% 25.00%<br />

75.00%<br />

Auditorias<br />

12.50%<br />

25.00%<br />

62.50%<br />

Análise de Acidentes de<br />

Trabalho e Doenças<br />

37.50%<br />

62.50%<br />

Não<br />

Em Parte<br />

Sim<br />

Desempenho de SST<br />

75.00%<br />

12.50%<br />

12.50%<br />

Informação dos Trabalhadores<br />

12.50%<br />

12.50%<br />

75.00%<br />

Pla<strong>no</strong>s de Emergência<br />

12.50%<br />

62.50%<br />

25.00%<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

Embora a maioria <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> amostra envolva os trabalhadores <strong>no</strong>s<br />

processos de SST, analise as causas de acidentes e doenças profissionais,<br />

realize auditorias com regulari<strong>da</strong>de sobre <strong>no</strong>rmas e medi<strong>da</strong>s de prevenção <strong>no</strong>s<br />

locais de trabalho, e tenha um pla<strong>no</strong> de formação em SST, os <strong>da</strong>dos mostram<br />

que a globali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Empresas <strong>da</strong> Amostra não tem capaci<strong>da</strong>de plena para<br />

responder a emergências (12,50% Não e 62,50% Em parte). Este facto, pode<br />

advir dos valores obtidos em desempenho de SST, ou seja, na maioria <strong>da</strong>s<br />

Empresas <strong>da</strong> amostra não existe um sistema de monitorização de SST.<br />

56


CEVALOR<br />

CONCLUSÕES<br />

Perante os resultados obtidos, e comparando com outros Estudos Sectoriais<br />

realizados, podemos concluir que este resultados são representativos do<br />

Sector <strong>da</strong> <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong>. Por esse motivo e em jeito de conclusão deixa-se<br />

aqui algumas pistas de acção para o Sector.<br />

Pistas de Acção para o Desempenho Geral<br />

- Necessi<strong>da</strong>de de Política Comercial e de Marketing mais Activa:<br />

As Empresas do Sector deverão adoptar uma maior aproximação ao mercado<br />

e aos seus clientes. Isto exigirá, um maior conhecimento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des dos<br />

clientes.<br />

Um melhor serviço, aconselhamento, esclarecimento, acompanhamento e<br />

serviço após ven<strong>da</strong> terão como resultados uma maior satisfação do cliente e<br />

consequente fidelização e alargamento <strong>da</strong> carteira de clientes;<br />

- Especialização em produtos de nicho passíveis de conferirem quotas de<br />

mercado em múltiplos países:<br />

A incorporação de valor acrescentado aos produtos irá conquistar quotas de<br />

mercado locais reduzi<strong>da</strong>s, mas uma quota de mercado global significativa.<br />

- Investimento Directo <strong>no</strong> Estrangeiro<br />

Adoptando Estratégias de investimento directo <strong>no</strong> Estrangeiro, irá obter-se<br />

vantagens competitivas, ao nível <strong>da</strong> diversificação de recursos geológicos<br />

transformados, custos de extracção e transformação mais baixos e entra<strong>da</strong> em<br />

<strong>no</strong>vos mercados exter<strong>no</strong>s;<br />

- Alargamento <strong>da</strong> Gama de Produtos<br />

Oferta de soluções globais integra<strong>da</strong>s aos clientes através de um conjunto de<br />

serviços associados, desde os serviços técnicos que auxiliem na melhor<br />

utilização <strong>da</strong> pedra, passando por uma articulação mais estreita com os<br />

gabinetes de arquitectura e com os designers, até à prestação de serviços de<br />

colocação <strong>da</strong> pedra em obra.<br />

57


CEVALOR<br />

- Alargamento <strong>da</strong> Cadeia de Valor e Reforço <strong>da</strong>s Funções Imateriais<br />

Por forma a acompanhar a crescente sofisticação <strong>da</strong> procura, quer interna,<br />

quer externa, as Empresas Portuguesas terão de repensar os seus métodos de<br />

gestão e organização, passando a integrar na sua activi<strong>da</strong>de os de<strong>no</strong>minados<br />

factores dinâmicos de competitivi<strong>da</strong>de, entre os quais se destacam a<br />

capaci<strong>da</strong>de de concepção e design, a logística interna e externa, questões<br />

relaciona<strong>da</strong>s com a Quali<strong>da</strong>de (certificação de Empresas e Produtos) e o<br />

desenvolvimento de políticas comerciais.<br />

- Reforço do grau de “clusterização”<br />

A constituição de um “cluster” <strong>da</strong>s Rochas Ornamentais em Portugal, passará<br />

pela existência de Empresas Competitivas e dinâmicas, de recursos geológicos<br />

com quali<strong>da</strong>de, varie<strong>da</strong>de e quanti<strong>da</strong>de apreciáveis e de Empresas fabricantes<br />

de equipamento e ferramentas. Contudo, para que este fenóme<strong>no</strong> ocorra é<br />

necessário haver uma mu<strong>da</strong>nça de mentali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Empresas, de modo a<br />

haver uma capaci<strong>da</strong>de de abertura de diálogo, à cooperação com<br />

concorrentes, fornecedores e clientes.<br />

- Maior Atenção às Condições de Higiene, Segurança e Saúde <strong>no</strong> Trabalho<br />

O reforço <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Empresas nunca deverá descurar as<br />

condições de higiene, segurança e saúde <strong>no</strong> Trabalho. Se por um lado, ao<br />

nível <strong>da</strong>s Industrias de transformação de maior dimensão já muito se tem feito<br />

neste campo, por outro, as Empresas de me<strong>no</strong>r dimensão e sobretudo as que<br />

estão liga<strong>da</strong>s à activi<strong>da</strong>de extractiva têm um longo caminho a percorrer.<br />

- Promoção <strong>da</strong> Cooperação Inter-Empresarial<br />

A cooperação inter-empresarial deverá constituir-se como base para o Sector,<br />

seja pela via de parcerias para a produção/ especialização, internacionalização,<br />

investigação, seja pela parceria com Empresas produtoras de produtos<br />

substitutos na região (cerâmicas).<br />

- Investimento na Formação Profissional<br />

De forma a dotar as Empresas dos perfis profissionais capazes de elevar o<br />

desempenho competitivo <strong>da</strong>s Empresas;<br />

58


CEVALOR<br />

Pistas de Acção para o Desempenho Ambiental<br />

1. Mais investimento <strong>da</strong>s Empresas em técnicas/tec<strong>no</strong>logias (equipamento e<br />

metodologias) que permitam implementar Melhores Práticas Ambientais:<br />

Actualmente existem técnicas e tec<strong>no</strong>logias avança<strong>da</strong>s e associa<strong>da</strong>s a práticas<br />

ambientais que permitem melhorias ao nível do processo produtivo <strong>da</strong>s<br />

Empresas <strong>no</strong> sentido de uma exploração sustentável dos recursos. Os <strong>no</strong>vos<br />

equipamentos disponíveis <strong>no</strong> Mercado, associados a boas práticas, permitem<br />

às Empresas terem Melhores Desempenhos Ambientais.<br />

Em termos de Pedreiras, as Empresas deverão investir mais em equipamentos<br />

que possam prever e controlar os seguintes Impactes ambientais:<br />

Poeiras:<br />

• Equipamento de Recolha de Poeiras;<br />

• Equipamento por via húmi<strong>da</strong>;<br />

Ruído:<br />

• Redução de Ruído na Fonte;<br />

• Equipamento com silenciadores;<br />

• Isolamento <strong>da</strong>s Instalações;<br />

• Barreiras Acústicas.<br />

Desperdícios/ Resíduos:<br />

• Sistemas de depuração de efluentes;<br />

• Formação específica aos trabalhadores em relação aos resíduos<br />

domésticos;<br />

• Reaproveitamento dos materiais – subprodutos;<br />

Nas transformadoras, as Empresas deverão centrar igualmente os seus<br />

investimentos em equipamento e práticas que permitam reduzir os seguintes<br />

impactes:<br />

Poeiras:<br />

• Sistemas de Recolha de Poeiras;<br />

• Utilização de água <strong>no</strong>s equipamentos;<br />

• Sistemas de exaustão;<br />

• Cortinas de água;<br />

59


CEVALOR<br />

Ruído:<br />

• Redução de emissão na fonte;<br />

• Isolamento <strong>da</strong>s Instalações;<br />

• Equipamento com silenciadores;<br />

• Protecção dos trabalhadores;<br />

Desperdícios/ resíduos:<br />

• Sistemas integrados de decantação;<br />

• Reutilização de água.<br />

2. Reforço do investimento <strong>da</strong>s Enti<strong>da</strong>des Públicas e Priva<strong>da</strong>s em<br />

sensibilização ambiental às Empresas:<br />

A sensibilização deverá ser feita na premissa de que as Boas Práticas<br />

Ambientais geram Empresas eco-eficientes e que está comprovado que estas<br />

se tornam mais rentáveis, uma vez que consomem me<strong>no</strong>s recursos naturais,<br />

tem melhor rentabilização <strong>no</strong> processo produtivo, têm me<strong>no</strong>s acidentes, me<strong>no</strong>s<br />

desperdícios, apresentam melhores índices de satisfação do pessoal, melhores<br />

apoios financeiros e melhor imagem <strong>no</strong> mercado e socie<strong>da</strong>de, o que as torna<br />

mais competitivas.<br />

3. Mais investimento <strong>da</strong>s Empresas em Formação Ambiental:<br />

Existe um claro défice de formação ambiental nas Empresas. Um maior<br />

conhecimento dos Empresários e dos trabalhadores ao nível <strong>da</strong>s questões<br />

ambientais, irá trazer melhorias ao nível <strong>da</strong>s práticas <strong>da</strong>s Empresas.<br />

4. Criação de Mecanismos Inter<strong>no</strong>s nas Empresas que permitam uma<br />

Adequação à legislação vigente e futura manutenção, como por exemplo,<br />

integração dos quadros <strong>no</strong>s quadros <strong>da</strong> Empresa de pessoal qualificado para a<br />

gestão <strong>da</strong>s questões ambientais.<br />

5. Certificação Ambiental <strong>da</strong>s Empresas:<br />

O número de clientes que exigem aos seus fornecedores certificação<br />

ambiental, está a aumentar de dia para dia, o que significa que se uma<br />

Empresa quer ser competitiva e <strong>da</strong>r respostas ao mercado, terá de apostar na<br />

Certificação Ambiental, através <strong>da</strong> implementação de Sistemas de Gestão<br />

Ambiental.<br />

60


CEVALOR<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

A. Dieb, I. Paspaliaris, (2003) – “OSNET – Health and Safety in Ornamental<br />

Stone Industry: Current situation – risk assessment and safety on quarries and<br />

processing plant”<br />

ASSIMAGRA (1997) – Acordo Voluntário Sectorial “Diagnóstico Ambiental e<br />

Pla<strong>no</strong> de A<strong>da</strong>ptação à Legislação”.<br />

Augusto Mateus & Associados, (2005) “Pla<strong>no</strong> Regional de I<strong>no</strong>vação do<br />

Alentejo – Relatório Final <strong>da</strong> Fase 2”, <strong>no</strong> âmbito do PRAI Alentejo;<br />

CEVALOR – Espaço de Desenvolvimento, (2003) “Estudo Estratégico<br />

Prospectivo do CEVALOR 2004-2006”, realizado <strong>no</strong> âmbito do Projecto AIZM-<br />

Acção Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Zona dos Mármores;<br />

CEVALOR (1992), “Estudo de Inventariação <strong>da</strong>s Rochas Ornamentais e<br />

Industriais em Portugal”<br />

IAPMEI – http://www.iapmei.pt/iapmei-bmkindex.php<br />

INE (2004) – “Estatísticas de Ambiente 2004”<br />

INOFOR (1998) – Ministério do Trabalho e <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, “A transformação<br />

de Rochas ornamentais em Portugal”; Evolução <strong>da</strong>s Qualificações e<br />

Diagnóstico <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des de Formação;<br />

VÁRIOS (2003) – V Congresso <strong>Pedra</strong> <strong>Natural</strong> do Alentejo – Mesa Redon<strong>da</strong>: “A<br />

partir pedra – reflexões sobre uma estratégia de desenvolvimento para o Sector<br />

<strong>da</strong> <strong>Pedra</strong>” – Vila Viçosa<br />

61


CEVALOR<br />

ANEXOS<br />

1. Questionários tipo <strong>da</strong> Metodologia BBP – <strong>Benchmarking</strong> e Boas Práticas;<br />

2. Relatório tipo <strong>da</strong> Metodologia BBP;<br />

3. Extracto do IAPMEI, com indicação dos Relatórios Extraídos.<br />

62


CEVALOR<br />

Questionários tipo <strong>da</strong><br />

Metodologia BBP – <strong>Benchmarking</strong> e Boas Práticas;<br />

63


CEVALOR<br />

Relatório tipo <strong>da</strong> Metodologia BBP<br />

64


CEVALOR<br />

Extracto do IAPMEI,<br />

com indicação dos Relatórios Extraídos.<br />

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