Benchmarking Internacional – Eficiência Energética - efinerg - AEP

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17.01.2014 Views

Medidas de poupança energética Os processos produtivos utilizados actualmente para a fabricação de peças cerâmicas compreendem um conjunto de operações que são independentes do produto final e do processo de fabrico utilizado. O consumo de energia nestas operações é muito variável, sendo notoriamente superior na secagem e no cozimento. Ainda que as operações de preparação das matérias-primas e de moldagem o consumo energético directo seja reduzido, podem ter incidência importante sobre o consumo nas operações de secagem e de cozimento. O crescente custo da energia obriga a um olhar mais crítico sobre os processos e equipamentos utilizados na indústria cerâmica. Com um menor consumo de energia, existirá sempre um menor impacto ambiental. Este impacto dependerá do tipo de energia utilizada, da que se poupa e se diversifica. Apresentamos agora algumas medidas de poupança que permitirão diminuir os consumos energéticos: Medidas de poupança energética na moldagem As técnicas de poupança energética na moldagem estão relacionadas com a diminuição do conteúdo de água nas peças, mantendo a plasticidade requerida para as mesmas. Como melhoria de maior interesse, podemos citar: Aditivos. Pode-se melhorar a plasticidade das argilas naturais e, portanto, moldar peças com menor conteúdo de água se se utilizarem determinados aditivos; Regulação automática. O controlo da adição de água à pasta, evita um conteúdo excessivo de água nas peças moldadas, com diminuição do consumo de energia na secagem; Extrusão ao vapor. A extrusão ao vapor permite obter plasticidade requerida pelo equipamento, com um menor conteúdo de água; Prensagem em seco. A prensagem em seco é o sistema de moldagem que produz peças com menor conteúdo de água. Quanto menor o conteúdo de água nas peças moldadas, menor é a necessidade de calor na secagem. Reutilização de produtos antes da cozedura Durante o processo de extrusão e de moldagem, o material é obrigado a passar por uma boquilha que dá a forma à peça e posteriormente cortada para apresentar as dimensões adequadas em função do produto que se pretende obter. Durante este processo, geramse desperdícios devido em parte ao próprio corte realizado, que podem ser reintroduzidos EFINERG - Benchmarking Internacional – Eficiência Energética 171

na misturadora, sem que se produza perda de qualidade na matéria-prima. A quantidade de peças defeituosas geradas dependerá do tipo de fábrica, porém poderá alcançar até 1% da produção. Mediante este sistema, pode-se obter uma dupla poupança, uma relacionada com o aproveitamento do desperdício e outra com a menor necessidade de gestão de resíduos. Misturadora de argilas plásticas com vapor A mistura com vapor de baixa pressão (inferior a 4 kg/cm2) em vez de água para conseguir a plasticidade adequada da argila, permite reduzir o conteúdo em água de cerca de 2-3%, com a consequente poupança energética na secagem; ademais, reduzirse-á o consumo eléctrico na extrusão. Prensagem em seco (ladrilho prensado ou extrusão dura) Se se prensa o material com a humidade própria da argila, consegue-se reduzir em quase 100% o consumo energético da secagem; poder-se-ia secar no pré forno com calor residual. Sem embargo, a compressão faz aumentar o consumo eléctrico, ainda que o balanço global de energia primária necessária é favorável a esta medida. Medidas de poupança energética na secagem Algumas das melhorias possíveis de implementar na secagem são: Utilização de aditivos O emprego de aditivos em como objectivo aumentar ao máximo a permeabilidade das peças, para facilitar a migração da água até à superfície. Desta maneira, evita-se a formação de gretas e diminui-se o tempo de secagem. A poupança energética conseguida pode contabilizar-se numa escala de 5 a 10% do consumo na secagem. Recuperação do calor presente nos fumos dos fornos Os gases da combustão de um forno contêm uma certa energia, pois o seu nível de temperatura é da ordem dos 100 a 140ºC. Será lógico poupar custos, recuperando parte desta energia noutras etapas do processo onde a mesma possa ser utilizada. O objectivo é aumentar a eficácia energética global do processo. Se nem todo o calor é recuperável, pois depende, entre outras coisas, da temperatura de saída dos fumos, do seu conteúdo em enxofre e da carga do forno. Basicamente, o aproveitamento deste calor residual pode ser: EFINERG - Benchmarking Internacional – Eficiência Energética 172

na misturadora, sem que se produza perda de qualidade na matéria-prima. A quantidade<br />

de peças defeituosas geradas dependerá do tipo de fábrica, porém poderá alcançar até<br />

1% da produção. Mediante este sistema, pode-se obter uma dupla poupança, uma<br />

relacionada com o aproveitamento do desperdício e outra com a menor necessidade de<br />

gestão de resíduos.<br />

Misturadora de argilas plásticas com vapor<br />

A mistura com vapor de baixa pressão (inferior a 4 kg/cm2) em vez de água para<br />

conseguir a plasticidade adequada da argila, permite reduzir o conteúdo em água de<br />

cerca de 2-3%, com a consequente poupança energética na secagem; ademais, reduzirse-á<br />

o consumo eléctrico na extrusão.<br />

Prensagem em seco (ladrilho prensado ou extrusão dura)<br />

Se se prensa o material com a humidade própria da argila, consegue-se reduzir em<br />

quase 100% o consumo energético da secagem; poder-se-ia secar no pré forno com<br />

calor residual. Sem embargo, a compressão faz aumentar o consumo eléctrico, ainda que<br />

o balanço global de energia primária necessária é favorável a esta medida.<br />

Medidas de poupança energética na secagem<br />

Algumas das melhorias possíveis de implementar na secagem são:<br />

Utilização de aditivos<br />

O emprego de aditivos em como objectivo aumentar ao máximo a permeabilidade das<br />

peças, para facilitar a migração da água até à superfície. Desta maneira, evita-se a<br />

formação de gretas e diminui-se o tempo de secagem. A poupança energética<br />

conseguida pode contabilizar-se numa escala de 5 a 10% do consumo na secagem.<br />

Recuperação do calor presente nos fumos dos fornos<br />

Os gases da combustão de um forno contêm uma certa energia, pois o seu nível de<br />

temperatura é da ordem dos 100 a 140ºC. Será lógico poupar custos, recuperando parte<br />

desta energia noutras etapas do processo onde a mesma possa ser utilizada. O objectivo<br />

é aumentar a eficácia energética global do processo. Se nem todo o calor é recuperável,<br />

pois depende, entre outras coisas, da temperatura de saída dos fumos, do seu conteúdo<br />

em enxofre e da carga do forno. Basicamente, o aproveitamento deste calor residual<br />

pode ser:<br />

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