Plano Urbano_ Av.Lusíada | Cidade Universitária | Telheiras ...
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ESTRATÉGIA DE CONTINUIDADE URBANA<br />
As radiais articulavam-se de modo a formar uma nova rede, para tal, foram propostas uma série de circulares que<br />
começavam por circunscrever a cidade nos seus limites concelhios. Assim se definiu uma 2ª Circular a partir da<br />
Matinha, passando pela Portela de Sacavém (Aeroporto), Norte do Campo Grande até ao limite Norte do Parque<br />
de Monsanto.<br />
Segundo J-A França (2005:95), o estudo das várias hipóteses de circulação, embora tenha sido realizado muito<br />
lentamente, pretendia condicionar o crescimento da cidade no desenho dos seus novos bairros e arruamentos,<br />
conformes às linhas de força propostas, “Depois, tratar-se-ia de prênche-los dentro dos seus limites e assegurando<br />
a relação urbana que entre eles se estabelecesse numa organicidade controlada”<br />
A Expansão de Lisboa como Área Metropolitana<br />
No decorrer dos anos 60 do século XX, inúmeros factores estiveram na origem “(...)da formação de um território<br />
alargado, económica e socialmente muito diversificado, de incidência urbana mas também metropolitana(...) correspondendo<br />
a um percurso que vai desde a <strong>Cidade</strong> à Metrópole de Lisboa” (Ferreira V-M, 2004:338). Num período de cerca de vinte<br />
anos após aquela década, a cidade assistiu a um duplo movimento económico e social. Destacando-se, por um<br />
lado um efeito centrífugo, que “empurrou” a crescente população atraída pelo desenvolvimento económico para<br />
as diversas periferias, e por outro um efeito centrípeto, que convergiu para o centro grande parte das actividades<br />
produtivas e respectivas agências de decisão empresarial e política, criando assim um núcleo de atracção urbana<br />
mas de incidência metropolitana. O processo de metropolização de Lisboa, manifestou-se assim segundo uma<br />
progressiva rarefacção demográfica do espaço urbano original, sucessivamente terciarizado e o aparecimento de<br />
múltiplos “bairros-dormitório” em áreas suburbanas.<br />
O período entre a década de 60 até meados dos 70, após ruptura política de 25 de Abril de 1974, ficou marcado<br />
por um abrandamento no desenvolvimento e produção da actividade do planeamento. Na opinião de V-Matias<br />
Ferreira (2004:341), se numa fase inicial deste período, “(...)a política urbana de Lisboa, de iniciativa municipal,<br />
parecia resumir-se a algumas acções avulsas de promoção da chamada “habitação social”(...)”, inversamente,<br />
no final desse mesmo período o panorama social e urbano já se havia alterado sendo este marcado por uma promoção,<br />
mas agora, da conhecida “especulação imobiliária”. Assim, o tema chave da problemática da urbanização<br />
nesta época encontrava-se intimamente relacionado com o papel da construção civil na edificação, sobretudo<br />
privada da cidade.<br />
Em meados da década de 80, resultante do crescimento desenfreado verificado em inúmeras áreas da metrópole,<br />
como consequência entre outras razões, da já referida “especulação imobiliária”, a intenção de pensar, estruturar<br />
e planear o espaço urbano manifestou-se novamente, agora ao nível de todo o território municipal, com recurso<br />
aos <strong>Plano</strong>s Directores Municipais. Neste contexto, os núcleos e tecidos históricos foram alvo de uma atitude cons-<br />
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