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Plano Urbano_ Av.Lusíada | Cidade Universitária | Telheiras ...

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ESTRATÉGIA DE CONTINUIDADE URBANA<br />

Este, ocupando o centro da cidade na sua parte baixa, encontra-se delimitado pelas colinas do Castelo e de S.<br />

Francisco a nascente e poente e pelas praças do Rossio e Terreiro do Paço, a norte e sul, para as quais foi proposta<br />

a regularização da sua forma tradicional. A articulação entre as duas praças define o alinhamento principal,<br />

desenhando-se apartir do mesmo, “(...)uma rede de ruas longitudinais e transversais, cortando-se em ângulos<br />

rectos, com importância diferenciada expressa pela largura dos seus leitos, passeios (e esgotos), inovação nos<br />

hábitos urbanos” (França J-A, 2005:38). O novo Terreiro do Paço passando a assumir emblematicamente a designação<br />

de Praça do Comércio, surge como o elemento central da malha urbana proposta, representando “(...) o<br />

poder material e o espírito de economia da nova cidade (...)” (Ferreira V-M, 2004:288), traduzida através de uma<br />

imponente praça virada para o rio, onde, segundo José Augusto-França (cit. in Ferreira V-M, 2004:288) se viria a<br />

localizar o novo fórum da nova Lisboa.<br />

Fig 01 1 01 A <strong>Cidade</strong> Pombalina<br />

Fonte: Atlas Urbanístico (CML, 2006)<br />

O “Passeio Público”, segundo José-Augusto França (2005), constituiu uma realização urbana de extrema importância.<br />

O seu carácter muito inovador para a época não foi imediatamente entendido por uma população ainda<br />

perturbada pela recente catástrofe. Apresentava-se como uma grande alameda ajardinada encerrada por muros<br />

à saída da cidade, onde predominavam diversas espécies de árvores, percursos equestres, convidando assim a<br />

novos hábitos de lazer, contrariamente a espaços como o “(...) Rossio popular, com apertadas regras de utência”<br />

(França J-A, 2005:44).<br />

O plano pombalino de renovação da Baixa Lisboeta, o seu desenho regrado e ortogonal “(...) económico e forte,<br />

mas sem belezas(...)” (França J-A, 2005:42), segundo padrões de racionalidade e funcionalidade, evidencia assim<br />

o seu sentido de modernidade do ponto de vista urbanístico, explicando “(...) “a originalidade da experiência portuguesa”(...)”<br />

(Ferreira V-M, 2004:279), tema sobre o qual, J-A França (cit. in Ferreira V-M, 2004:286) faz referência,<br />

afirmando que “a Lisboa de Pombal constituiu verdadeiramente, um fenómeno de urbanismo do século XVIII<br />

de importância extrema, situado historicamente numa encruzilhada em que o passado e o futuro se ligam”sendo,<br />

“o primeiro exemplo de um novo pensamento técnico”. Aqui, “a arquitectura subordina-se assim, ao urbanismo,<br />

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