Plano Urbano_ Av.Lusíada | Cidade Universitária | Telheiras ...
Plano Urbano_ Av.Lusíada | Cidade Universitária | Telheiras ...
Plano Urbano_ Av.Lusíada | Cidade Universitária | Telheiras ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
PLANO URBANO_ AV. LUSÍADA | CIDADE UNIVERSITÁRIA | TELHEIRAS<br />
01 1 EVOLUÇÃO URBANA DA CIDADE DE LISBOA |do centro histórico à área metropolitana<br />
A cidade é um elemento que se encontra em constante tranformação, pois diariamente a mesma responde às mais<br />
diversas necessidades socias e urbanas. O seu crescimento e evolução ao longo do tempo, traduzem-se numa sobreposição<br />
contínua de diferentes “layers”, correspondendo as mesmas, aos diversos períodos históricos. Assim,<br />
a análise da evolução urbana de um dado território e a consciência dos momentos determinantes que antecederam<br />
importantes alterações e estratégias, são fundamentais para reflectir acerca do seu estado actual e futuro .<br />
O presente capítulo, que respeita à análise da evolução urbana de Lisboa, pretende contribuir objectivamente para<br />
o entendimento da área em estudo. Deste modo, pretende-se aqui apreender os momentos decisivos que marcaram<br />
as principais mudanças na lógica urbana da cidade, nomeadamente, os referentes ao seu desenvolvimento<br />
e expansão para Norte.<br />
Numa tentativa de identificação dos processos sociais e urbanos que originaram decisivas mudanças na lógica<br />
urbana de Lisboa, Matias Ferreira (2004) destaca de um modo pragmático quatro momentos fundamentais. Em<br />
primeiro lugar surge a <strong>Cidade</strong> Pombalina, respeitando ao período de reconstrução da cidade, após o terramoto<br />
de 1755; Em segundo lugar, a <strong>Cidade</strong> Capitalista, correspondendo ao <strong>Plano</strong> das <strong>Av</strong>enidas Novas da autoria do Engenheiro<br />
Frederíco Ressano Garcia; Em terceiro lugar, a <strong>Cidade</strong> do Estado Novo, a urbanização da área concelhia<br />
através do “<strong>Plano</strong> de Gröer”; E, por fim, o aparecimento da Área Metropolitana de Lisboa, que surge segundo”<br />
(...) um processo, aparentemente irreversível, de expansão territorial e demográfica para além dos seus limites<br />
administrativos (...)” (Ferreira V-M, 2004:279)<br />
A <strong>Cidade</strong> Pombalina<br />
A reconstrução da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755 corresponde ao momento em que “pela primeira<br />
vez ao longo de seis séculos cristãos de existência, Lisboa foi pensada, programada e edificada”(França J-A,<br />
2005:38). Após a terrível catástrofe, rapidamente foram tomadas medidas urgentes, de forma a combater o panorama<br />
a que se assistia. Desse modo, o ministro das obras públicas de então, Sebastião José de Carvalho e Melo,<br />
futuro marquês de Pombal, decretou a urgente elaboração de um plano de recuperação da cidade. O processo de<br />
Reconstrução de Lisboa foi técnica e urbanisticamente da responsabilidade de Manuel da Maia, engenheiro-mor<br />
do reino, o qual apresentou cinco hipóteses distintas, tendo o rei e principalmente o marquês, optado por “(...)<br />
reedificar com planos inteiramente novos a parte central da cidade(...)” (França J-A, 2005:36), ou seja, reconstruir<br />
sobre o seu antigo terreno. Entre os seis projectos apresentados, traduzidos segundo diferentes traçados,<br />
destaca-se o valor urbanístico do projecto vencedor, da autoria de Eugénio dos Santos, a quem sucedeu Carlos<br />
Mardel após a sua morte (1760).<br />
01 ANÁLISE HISTÓRICA E URBANA DE LISBOA<br />
21