31.12.2013 Views

aline beatriz togni avaliação dos efeitos do ultra-som associado á ...

aline beatriz togni avaliação dos efeitos do ultra-som associado á ...

aline beatriz togni avaliação dos efeitos do ultra-som associado á ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ALINE BEATRIZ TOGNI<br />

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ULTRA-SOM ASSOCIADO Á FONOFORESE E<br />

ENDERMOLOGIA NO TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA GELÓIDE<br />

Tubarão, 2006


ALINE BEATRIZ TOGNI<br />

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ULTRA-SOM ASSOCIADO Á FONOFORESE E<br />

ENDERMOLOGIA NO TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA GELÓIDE<br />

Trabalho de Conclusão de Curso apresenta<strong>do</strong><br />

ao curso de Fisioterapia, como requisito para<br />

obtenção <strong>do</strong> título de Bacharel em<br />

Fisioterapia.<br />

Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catarina<br />

Orienta<strong>do</strong>ra Profª. Marieli Soares Graciano<br />

Tubarão, 2006


AGRADECIMENTOS<br />

Primeiramente agradeço a Deus por estar sempre ao meu<br />

la<strong>do</strong>, guian<strong>do</strong>-me e protegen<strong>do</strong>-me em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os momentos<br />

da minha vida.<br />

À mãe maravilhosa que tenho, pela paciência ilimitada,<br />

compreensão, dedicação<br />

e encorajamento que me proporcionou em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />

momentos nesta longa jornada.<br />

A minha orienta<strong>do</strong>ra Marieli, pela contribuição para a<br />

elaboração e conclusão desse trabalho.<br />

E aos componentes da banca Ralph e Inês por se<br />

disponibilizarem a me avaliar.


"É preciso reviver o sonho e a certeza de que tu<strong>do</strong><br />

vai mudar. É necess<strong>á</strong>rio abrir os olhos e perceber<br />

que as coisas boas estão dentro de nós, onde os<br />

sentimentos não precisam de motivos nem os<br />

desejos de razão. O importante é aproveitar o<br />

momento e aprender sua duração, pois a vida est<strong>á</strong><br />

nos olhos de quem sabe ver."


RESUMO<br />

O fibro edema gelóide (FEG), trata-se de uma infiltração edematosa <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo que<br />

promove alterações esteticamente desagrad<strong>á</strong>veis, levan<strong>do</strong> a uma diminuição da auto-estima,<br />

poden<strong>do</strong> evoluir para um quadro <strong>á</strong>lgico e dificultar a realização das atividades funcionais.<br />

Este trabalho objetivou a verificação <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>efeitos</strong> da aplicação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à<br />

fonoforese e endermologia no tratamento <strong>do</strong> FEG. Foram utilizadas, fichas de <strong>avaliação</strong> para<br />

FEG, registro fotogr<strong>á</strong>fico, fita métrica, aparelho de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, gel manipula<strong>do</strong> com princípios<br />

ativos e aparelho de endermologia. Realizou-se um estu<strong>do</strong> experimental, onde a amostra<br />

constituiu-se de quinze pessoas <strong>do</strong> sexo feminino, com faixa et<strong>á</strong>ria de 20 à 35 anos, raça<br />

branca, sedent<strong>á</strong>rias, não fumantes e isentas de dietas alimentares e de patologias associadas,<br />

com uso de méto<strong>do</strong> contraceptivo. As pacientes relataram o aparecimento <strong>do</strong> FEG durante a<br />

a<strong>do</strong>lescência, devi<strong>do</strong> à aquisição de peso e após uso de anticoncepcionais. No exame físico<br />

constatou-se FEG de grau 1, 2 e 3 principalmente nas regiões glúteas e parte posterior das<br />

coxas. As pacientes foram submetida a 10 sessões de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> no mo<strong>do</strong> pulsa<strong>do</strong> e contínuo,<br />

segui<strong>do</strong> da aplicação de endermologia, 3 vezes por semana, com duração de 50 minutos. Ao<br />

finalizar o tratamento, observou-se significativa redução no FEG de grau 1 e 2, e um melhor<br />

aspecto no de grau 3, como resulta<strong>do</strong>, 40% das pacientes obtiveram redução em todas suas<br />

medidas, 20% em 4 medidas, 13.33% em 3 medidas, 13.33% em 2 medidas e 13.33%<br />

obtiveram um aumento das mesmas. A técnica proposta mostrou-se eficaz no tratamento <strong>do</strong><br />

FEG. Sugere-se um maior número de aplicações desse tratamento para obtenção de resulta<strong>do</strong><br />

ainda mais satisfatório e, a colaboração por parte da paciente referente a manutenção de dieta<br />

equilibrada, realização de exercícios regulares, benefician<strong>do</strong> o combate ao FEG e<br />

contribuin<strong>do</strong> para a manutenção da saúde <strong>do</strong> organismo como um to<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: fibro edema gelóide, <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, endermologia.


ABSTRACT<br />

The fiber edema geloid (FEG) consists of an edematous infiltration of the conjuctive tissue<br />

that causes aesthetically disagreable changes, leading to a decrease of auto-esteem that can<br />

develop an algic chart and handicap the performance of the functional activities. The present<br />

work aimed at detecting the effects of the employment of supersonic sound waves together<br />

with phonoforesis and endermology in the treatment of the FEG. Evaluation filling cards for<br />

FEG, photographic record, tape measure, supersonic sound waves, gel manipulated with<br />

active principles and an endermology device were employed. An experimental study was<br />

performed, where the sample consisted of fifteen people from the female sex, with ages from<br />

20 to 35, white race, sedentary, non-smoking, with no food diet nor associated pathologies,<br />

with the employement of a contraceptive method. The patients reported the appearance of<br />

FEG during a<strong>do</strong>lescence, due to the gain in weight and after the use of contraceptives. In the<br />

physical examination, degrees l, 2, and 3 FEG were noticed, especially in the gluteal regions<br />

and in the hinder parts of the thighs. The patients were submitted to 10 supersonic sound wave<br />

sessions in the pulsate and continuous way, followed by the endermology application three<br />

times a week, with a 50 minute duration. When the treatment ended, it was possible to detect<br />

a meaningful reduction of degrees 1 an 2 FEG and also a better result in the degree 3. As a<br />

result, 40% of the patients had a decrease in all measures, 20% in 4 measures, 13.33% in 3<br />

measurers, 13.33% in 2 measures, while 13.33% had an increase in the same measures. The<br />

technique that was proposed showed its efficiency in the treatment of FEG. It is advisable to<br />

increase the number of applications of this treatment in order to have even better results, as<br />

well as the patient's contribution in the maintenance of a balanced diet, and in the<br />

performance of regular exercises, in order to favor the fight against the FEG and contribute<br />

for the maiantenance of the health of the human body as a whole.<br />

Key Words: Fiber edema geloid, supersonic sound waves, endermology.


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1: Arquitetura típica <strong>do</strong> tegumento........................................................................... 21<br />

Figura 2: Epitélio estratifica<strong>do</strong> pavimentoso ....................................................................... 22<br />

Figura 3: Epiderme e derme................................................................................................ 27<br />

Figura 4: Fibro edema gelóide - FEG.................................................................................. 28<br />

Figura 5: Localizações Preferenciais <strong>do</strong> FEG...................................................................... 32<br />

Figura 6: Imagem <strong>do</strong> FEG em diferentes posições. ............................................................. 36<br />

Figura 7: Teste da casca de laranja...................................................................................... 37<br />

Figura 8: Teste da preensão................................................................................................. 37<br />

Figura 9: FEG grau 1. ......................................................................................................... 38<br />

Figura 10: Imagem <strong>do</strong> FEG de grau I ou bran<strong>do</strong>. ................................................................ 38<br />

Figura 11: Imagem <strong>do</strong> FEG de grau II ou modera<strong>do</strong>. .......................................................... 38<br />

Figura 12: FEG grau 3. ....................................................................................................... 39<br />

Figura 13: Imagem <strong>do</strong> FEG de grau III ou grave. ................................................................ 39<br />

Figura 14: Aparelho Dermovac........................................................................................... 52<br />

Figura 15: Ação sinérgica de aspiração (sucção) associa<strong>do</strong> a mobilização da pele e<br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong> subcutâneos. ............................................................................................................ 53<br />

Figura 16: Aparelho de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> ....................................................................................... 60<br />

Figura 17: Aparelho Dermovac........................................................................................... 60


Figura 18: Vista posterior na <strong>avaliação</strong> ............................................................................... 66<br />

Figura 19: Vista posterior com contração de glúteos na <strong>avaliação</strong> ....................................... 66<br />

Figura 20: Vista posterior após 10 sessões, na re<strong>avaliação</strong> .................................................. 66<br />

Figura 21: Vista posterior com após 10 Sessões, na re<strong>avaliação</strong> ......................................... 66


LISTA DE GRÁFICOS<br />

Gr<strong>á</strong>fico 1: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro I.......................................... 69<br />

Gr<strong>á</strong>fico 2: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro II ........................................ 70<br />

Gr<strong>á</strong>fico 3: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro III ....................................... 72<br />

Gr<strong>á</strong>fico 4: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro IV....................................... 73<br />

Gr<strong>á</strong>fico 5: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro IV....................................... 75<br />

Gr<strong>á</strong>fico 6: Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> finais da perimetria nos MMII .......................................................... 77<br />

Gr<strong>á</strong>fico 7: Escala de opinião das pacientes ......................................................................... 78


LISTA DE QUADROS<br />

Quadro 1: Medida de 10 cm acima da tuberosidade da tíbia................................................ 68<br />

Quadro 2: Medida de 15 cm acima da tuberosidade da tíbia................................................ 70<br />

Quadro 3: Medida de 20 cm acima da tuberosidade da tíbia................................................ 71<br />

Quadro 4: Medida de 25 cm acima da tuberosidade da tíbia............................................... 73<br />

Quadro 5: Medida de 30 cm acima da tuberosidade da tíbia................................................ 74


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 13<br />

2 ULTRA-SOM ASSOCIADO À FONOFORESE E ENDERMOLOGIA NO<br />

TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA GELÓIDE .......................................................... 17<br />

2.1 Teci<strong>do</strong> Epitelial............................................................................................................. 17<br />

2.2 Teci<strong>do</strong> conjuntivo......................................................................................................... 18<br />

2.3 Sistema tegumentar...................................................................................................... 21<br />

2.4 Sistema circulatório ..................................................................................................... 25<br />

2.5 Fibro edema gelóide ..................................................................................................... 27<br />

2.5.1 Fisiopatologia.............................................................................................................. 29<br />

2.5.2 Formas clínicas <strong>do</strong> FEG .............................................................................................. 32<br />

2.5.2.1 FEG compacto ou duro............................................................................................. 33<br />

2.5.2.2 FEG fl<strong>á</strong>cida, branda ou difusa .................................................................................. 33<br />

2.5.2.3 FEG edematoso........................................................................................................ 34<br />

2.5.2.4 FEG misto................................................................................................................ 34<br />

2.5.3 Identificação <strong>do</strong> FEG .................................................................................................. 35<br />

2.5.4 Evolução clínica <strong>do</strong> FEG............................................................................................. 37<br />

2.5.4.1 FEG bran<strong>do</strong> (grau I) ................................................................................................ 38


2.5.4.2 FEG modera<strong>do</strong> (grau II) .......................................................................................... 38<br />

2.5.4.3 FEG grave (grau III) ................................................................................................ 39<br />

2.6 Ultra-<strong>som</strong>...................................................................................................................... 39<br />

2.6.1 Efeitos físicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> ......................................................................................... 42<br />

2.6.1.1Efeitos térmicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> .................................................................................... 42<br />

2.6.1.2Efeitos atérmicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> .................................................................................. 43<br />

2.6.2 Aplicações clínicas ..................................................................................................... 45<br />

2.6.3 Ultra-<strong>som</strong> no FEG....................................................................................................... 46<br />

2.6.4 Fonoforese .................................................................................................................. 48<br />

2.7 Endermologia ............................................................................................................... 51<br />

2.7.1 Composição <strong>do</strong> aparelho ............................................................................................. 52<br />

2.7.2 Efeitos fisiológicos...................................................................................................... 53<br />

2.7.3 Aplicação terapêutica .................................................................................................. 55<br />

2.7.4Contra-indicações......................................................................................................... 56<br />

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA............................................................................... 58<br />

3.1 Tipo de pesquisa........................................................................................................... 58<br />

3.2 Caracterização da amostra da pesquisa...................................................................... 59<br />

3.3 Instrumentos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para coleta de da<strong><strong>do</strong>s</strong> ............................................................. 59<br />

3.4 Procedimentos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> na coleta de da<strong><strong>do</strong>s</strong> .............................................................. 61<br />

3.5 An<strong>á</strong>lise <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> ......................................................................................................... 62<br />

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ...................................................................... 63<br />

4.1 Da<strong><strong>do</strong>s</strong> da <strong>avaliação</strong>....................................................................................................... 63<br />

4.2 Alterações visuais ......................................................................................................... 65<br />

4.3 Alterações perimétricas................................................................................................ 68


4.4Nível de satisfação ......................................................................................................... 77<br />

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 79<br />

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 83<br />

ANEXOS ............................................................................................................................ 90<br />

ANEXO A - Termo de consentimento............................................................................... 91<br />

ANEXO B - Consentimento para fotografias, vídeos e gravações ................................... 93<br />

ANEXO C - Ficha de <strong>avaliação</strong> ......................................................................................... 95<br />

APÊNDICES .................................................................................................................... 100<br />

APÊNDICE A - Escala de opinião................................................................................... 101


1 INTRODUÇÃO<br />

À medida que os séculos foram passan<strong>do</strong> e os tempos mudan<strong>do</strong>, também os ideais<br />

de beleza corporal foram se transforman<strong>do</strong> e adaptan<strong>do</strong>-se as sociedades e culturas em<br />

constantes mutações.<br />

Durante o século passa<strong>do</strong> e neste início de século, após inúmeras alterações <strong>do</strong><br />

ideal de beleza, a nossa sociedade ocidental adaptou, sem <strong>som</strong>bra de dúvidas, o biotipo magro<br />

como o ideal de corpo.<br />

Na realidade, em termos sociais o corpo é sobejamente a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>, enalteci<strong>do</strong>, uma<br />

vez que representa uma dimensão da vida <strong>do</strong> homem extremamente valorizada. Na<br />

decorrência de tais fatos, o corpo surge assim, como um referencial palp<strong>á</strong>vel, necess<strong>á</strong>rio para<br />

o suporte da identidade individual social, isto é, como um elemento que garante o prazer, a<br />

expressão estética, que faculta um determina<strong>do</strong> status facilitan<strong>do</strong> assim, as relações de ordem<br />

social.<br />

Mas essas belezas, utópicas para a maioria, são exigências contemporâneas, pois o<br />

padrão estético varia no tempo e no espaço. Os quadros <strong>do</strong> século XVIII e XIX retratam uma<br />

aparência feminina que seria considerada nada interessante nos dias de hoje. Mulheres<br />

robustas eram consideradas as mais belas e atraiam a atenção <strong><strong>do</strong>s</strong> homens. Existem<br />

particularidades regionais que mudam a referência <strong>do</strong> que é belo também. Em cada cidade,<br />

país ou tribo, pode existir exigências diferentes em relação ao padrão estético.


Mas, de forma geral, impressiona como as pessoas estão insatisfeitas com sua<br />

estética corporal. Umas são mais exigentes, outras menos, mas a esmaga<strong>do</strong>ra maioria deseja<br />

mudar algo em seu corpo, sen<strong>do</strong> a principal queixa o excesso de gordura, seguida da grande<br />

preocupação com a presença <strong>do</strong> fibro edema-gelóide (FEG). Popularmente conheci<strong>do</strong> como<br />

celulite, que afeta a maioria das mulheres e, além de ser incômo<strong>do</strong> aos olhos, causa problemas<br />

funcionais e até mesmo emocionais, afetan<strong>do</strong> a auto-estima, fonte de segurança das mulheres.<br />

Celulite, gordura localizada, flacidez muscular e estrias, são sem <strong>som</strong>bra de<br />

dúvidas, problemas que afetam a beleza física. Estes problemas são muito conheci<strong><strong>do</strong>s</strong> pelas<br />

mulheres e tornam-se a cada dia queixas mais freqüentes nas clínicas de estética. Muitas<br />

vezes estes problemas aparecem associa<strong><strong>do</strong>s</strong> e assim o tratamento deve ser completo,<br />

abrangen<strong>do</strong> to<strong><strong>do</strong>s</strong> os sinais de desarmonia corporal.<br />

Geralmente o primeiro fator a ser trata<strong>do</strong> é o excesso de gordura corporal, com<br />

uma orientação alimentar acompanhada de exercícios físicos. Freqüentemente o FEG est<strong>á</strong><br />

presente e ele também merece atenção integral, pois este, é considera<strong>do</strong> uma patologia<br />

multifatorial por ser determina<strong>do</strong> por fatores hormonais, predisposição genética, inatividade,<br />

dietas inadequadas, obesidade, distúrbios posturais e ortopédicos, compressões externas<br />

(roupas apertadas...), bem como pelo tabagismo.<br />

Este distúrbio é caracteriza<strong>do</strong> por um edema não inflamatório <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo<br />

subcutâneo e, manifesta-se com nódulos ou placas de variadas extensões, desta forma,<br />

deixan<strong>do</strong> a pele com aparência desagrad<strong>á</strong>vel esteticamente, além de ser respons<strong>á</strong>vel por<br />

problemas <strong>á</strong>lgicos nas zonas acometidas, poden<strong>do</strong> comprometer a funcionalidade da região.<br />

Esta alteração característica da pele, atinge os membros inferiores, principalmente<br />

nas regiões de glúteos e coxas, e, menos freqüentemente, o abdômen, e modifica o aspecto e a<br />

função normal da pele naquele local, além de determinar sérias alterações psicológicas e<br />

sociais.<br />

A maior parte <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> na <strong>á</strong>rea da estética tem sua origem na


fisioterapia, que possui uma nova e ampla <strong>á</strong>rea, a dermato-funcional, que vem atuan<strong>do</strong> no<br />

senti<strong>do</strong> de corrigir estas disfunções estéticas. Esta <strong>á</strong>rea dispõe de recursos que trabalham no<br />

senti<strong>do</strong> de restaurar a aparência, sem comprometer a saúde das mulheres e, justifica-se como<br />

vantagem devi<strong>do</strong> a aplicação de conhecimentos relevantes da anatomia , fisiologia e<br />

patologia, facilitan<strong>do</strong> escolha <strong>do</strong> tratamento mais adequa<strong>do</strong> para cada caso.<br />

O ponto b<strong>á</strong>sico <strong>do</strong> tratamento <strong>do</strong> FEG reside no estímulo para a melhoria da<br />

circulação local, tal qual, a redução <strong>do</strong> edema e da fibrose instala<strong><strong>do</strong>s</strong>; para este fim, v<strong>á</strong>rios<br />

recursos são utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong>, como a drenagem linf<strong>á</strong>tica, estimulação russa, o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, a<br />

endermologia, eletroforese, massagem, correntes galvânicas, excitomotoras, eletrolipólise,<br />

dentre outros, os quais pertinentes ao campo de atuação da fisioterapia. No entanto, h<strong>á</strong> uma<br />

escassez no embasamento científico que comprove seus reais <strong>efeitos</strong>, restan<strong>do</strong> poucos que<br />

apresentam resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> favor<strong>á</strong>veis. Desta forma, este trabalho vem a favorecer estudantes e<br />

profissionais da <strong>á</strong>rea que buscam comprovações científicas para os tratamentos.<br />

Um tratamento que parece estar entre estes poucos que apresentam beneficio é o<br />

uso <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> terapêutico, que vem se destacan<strong>do</strong> devi<strong>do</strong> seus <strong>efeitos</strong> biofísicos<br />

específicos. Além deste, utiliza-se também a endermologia, que uma técnica de tratamento<br />

através de um aparelho que realiza movimentos como deslizamentos associa<strong><strong>do</strong>s</strong> à aspiração<br />

(sucção), proporcionan<strong>do</strong> <strong>efeitos</strong> específicos no combatem ao FEG.<br />

Como existem estu<strong><strong>do</strong>s</strong> que indicam a efic<strong>á</strong>cia <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> terapêutico na redução<br />

<strong>do</strong> FEG, resta saber quais serão os <strong>efeitos</strong> deste se for associa<strong>do</strong> à endermologia, que faz uso<br />

acresci<strong>do</strong> de uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitin<strong>do</strong> um incremento<br />

na circulação sanguínea superficial, justifican<strong>do</strong> sua ações antiedematosa e fibrinolítica.<br />

Diante <strong>do</strong> exposto, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar os <strong>efeitos</strong> da<br />

aplicação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à endermologia no tratamento <strong>do</strong> FEG grau II. Para tal,<br />

foram desenvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> objetivos específicos como: realizar <strong>avaliação</strong> antes e após o tratamento;<br />

verificar as alterações visuais da região tratada; descrever os princípios da utilização das


técnicas; verificar o nível de satisfação das pacientes após o término <strong>do</strong> tratamento e verificar<br />

o sucesso terapêutico da associação das duas técnicas.<br />

Esta pesquisa é <strong>do</strong> tipo “[...] quase experimental em decorrência da variação <strong>do</strong><br />

plano cl<strong>á</strong>ssico [...]”, sen<strong>do</strong> que de acor<strong>do</strong> com Rudio (2000, p. 85) a mesma defini-se como:<br />

“antes” da aplicação <strong>do</strong> fator experimental e “depois” <strong>do</strong> mesmo. Desta forma, este plano<br />

permite obter informações da influência que o fator experimental exerce sobre os indivíduos e<br />

certas modificações que produz.<br />

O presente trabalho é constituí<strong>do</strong> de cinco capítulos, sen<strong>do</strong> que neste primeiro, foi<br />

descrito uma introdução geral para melhor entendimento <strong>do</strong> mesmo, o segun<strong>do</strong> desenvolve a<br />

fundamentação teórica com uma breve revisão bibliogr<strong>á</strong>fica, o próximo capítulo aponta o<br />

delineamento da pesquisa, o quarto analisa e interpreta os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> e por último estão as<br />

considerações finais.


2 ULTRA-SOM ASSOCIADO À FONOFORESE E ENDERMOLOGIA NO<br />

TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA GELÓIDE<br />

Para que se possa verificar os <strong>efeitos</strong> <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à fonoforese e<br />

endermologia como tratamento para o fibro edema gelóide (FEG), faz-se necess<strong>á</strong>rio alguns<br />

conhecimentos sobre a fisiologia <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> onde este se desenvolve, assim como das<br />

alterações causadas pela patologia além <strong>do</strong> mecanismo de ação <strong>do</strong> tratamento sobre a mesma,<br />

e os benefícios que o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à endermologia pode apresentar de acor<strong>do</strong> com seus<br />

<strong>efeitos</strong> biológicos.<br />

2.1 Teci<strong>do</strong> Epitelial<br />

Nas palavras de Kerr (2000), os epitélios consistem em uma camada de células, ou<br />

de muitas células, poden<strong>do</strong> variar na forma, tamanho e orientação. As células epiteliais estão<br />

intimamente ligadas entre si, com pouco material intercelular. O epitélio é um <strong><strong>do</strong>s</strong> quatro<br />

tipos de teci<strong><strong>do</strong>s</strong> b<strong>á</strong>sicos que forram as cavidades e recobrem as superfícies <strong>do</strong> organismo,<br />

servin<strong>do</strong> como limite entre o meio externo e os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> situa<strong><strong>do</strong>s</strong> mais profundamente<br />

Os epitélios podem ser classifica<strong><strong>do</strong>s</strong> em simples ou estratifica<strong><strong>do</strong>s</strong> (podem<br />

apresentar uma só ou mais camadas de células). Os epitélios simples, pela forma de suas<br />

células são subdividi<strong><strong>do</strong>s</strong> em pavimentoso, cúbito e prism<strong>á</strong>tico. No epitélio estratifica<strong>do</strong> sua


classificação baseia-se na forma das células da camada mais superficial, sen<strong>do</strong> mais freqüente<br />

o pavimentoso, o prism<strong>á</strong>tico e o de transição. Um tipo especial de epitélio simples é o pseu<strong>do</strong>estratifica<strong>do</strong>,<br />

constituí<strong>do</strong> de uma só camada a diversas alturas, cujos núcleos se dispõem a<br />

diversos níveis (JUNQUEIRA; CARNEIRO; 1999).<br />

Segun<strong>do</strong> Guirro e Guirro (2002), as principais funções <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> epiteliais são o<br />

revestimento das superfícies, absorção, secreção e também função sensorial.<br />

Kerr (2000) descreve que os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> epiteliais apoiam-se numa matriz extracelular<br />

de teci<strong>do</strong> conjuntivo, organizada como lâmina basal. Os vasos sangüíneos mais profun<strong><strong>do</strong>s</strong> no<br />

teci<strong>do</strong> de suporte oferecem, difusão por lâmina basal, suprimentos de nutrientes e fatores<br />

humorais ao epitélio; uma vez que os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> epiteliais são avasculares.<br />

Os epitélios são teci<strong><strong>do</strong>s</strong> cujas células tem vida limitada, catalogadas como células<br />

l<strong>á</strong>beis, ocorren<strong>do</strong> contínua renovação de suas células, graças a uma atividade mitótica<br />

contínua (GUIRRO; GUIRRO, 2002, p. 05).<br />

2.2 Teci<strong>do</strong> conjuntivo<br />

O teci<strong>do</strong> conjuntivo, para Junqueira e Carneiro (1995), apresenta diversos tipos de<br />

células, as quais são separadas por abundante material extracelular. Este material, que é<br />

sintetiza<strong>do</strong> pelas células, é representa<strong>do</strong> por uma parte com estrutura microscópica definida,<br />

as fibras <strong>do</strong> conjuntivo, e pela matriz extracelular ou substancia fundamental amorfa.<br />

Segun<strong>do</strong> Ciporkin e Paschoal (1992), este órgão funciona como um órgão<br />

operacional que sintetiza, segrega, renova, estoca e distribui substância e nutrientes para as<br />

funções corporais além de sustentar, envolver e participar de forma primordial.<br />

Conforme citam Guirro e Guirro (2002), teci<strong>do</strong> conjuntivo é forma<strong>do</strong> por fibras


col<strong>á</strong>genas, el<strong>á</strong>sticas e reticulares, poden<strong>do</strong> existir mais de um tipo de fibra em um mesmo<br />

teci<strong>do</strong>. As fibras col<strong>á</strong>genas são as mais freqüentes <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo, constituídas por<br />

col<strong>á</strong>geno, que proporciona o arcabouço extracelular para to<strong><strong>do</strong>s</strong> os organismos extracelulares,<br />

o mesmo tem como função fornecer resistência e integridade estrutural a diversos teci<strong><strong>do</strong>s</strong> e<br />

órgãos, sen<strong>do</strong> que os mais conheci<strong><strong>do</strong>s</strong> são os col<strong>á</strong>genos intersticiais I, II, e III.<br />

Nas palavras de Junqueira e Carneiro (1995), as fibras el<strong>á</strong>sticas distinguem-se<br />

facilmente das col<strong>á</strong>genas por serem mais delgadas, então, estas se ramificam e ligam-se umas<br />

às outras, forman<strong>do</strong> uma trama de malha muito irregular.<br />

As fibras reticulares, conforme Guirro e Guirro (2002), são curtas, finas e<br />

inel<strong>á</strong>sticas, são constituídas principalmente por um tipo de col<strong>á</strong>geno denomina<strong>do</strong> reticulina.<br />

Estas fibras são freqüentemente abundantes. Os fibroblastos são respons<strong>á</strong>veis pela sua<br />

produção na maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> conjuntivos.<br />

Segun<strong>do</strong> Junqueira e Carneiro (1999), o teci<strong>do</strong> conjuntivo é forma<strong>do</strong> pelas<br />

seguintes células: fibroblastos, macrófagos, plasmócitos, célula adiposa e leucócitos.<br />

Os fibroblastos para Kerr (2000), são os principais representantes das células nas<br />

variedades de teci<strong>do</strong> conjuntivo.<br />

Cormack (1996, p. 270), corrobora dizen<strong>do</strong> que, os fibroblastos “[...] são células<br />

secretoras que produzem os constituintes da matriz <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo comum.”<br />

Os macrófagos, para Liporkin e Paschoal (1992) são células polifuncionais<br />

oriundas <strong><strong>do</strong>s</strong> monócitos e atuam como elementos de defesa, elas fagocitam restos de células,<br />

bactérias e partículas inertes que penetram no organismo.<br />

Para Junqueira e Carneiro (1999), os mastócitos e plasmócitos participam <strong>do</strong><br />

processo inflamatório. Sen<strong>do</strong> que os mastócitos têm a principal função de produzir e<br />

armazenar media<strong>do</strong>res químicos e, os plasmócitos sintetizam e secretam anticorpos.<br />

Guirro e Guirro (2002) citam que as células adiposas surgem isoladamente ou em<br />

grupo nas malhas de muitos teci<strong><strong>do</strong>s</strong> conjuntivos e são especialmente numerosas no teci<strong>do</strong>


adiposo. À medida que a gordura se acumula, as células aumentam de tamanho e tornam-se<br />

globosas, a gordura aparece primeiramente como pequenas gotas, que após juntam-se para<br />

formar uma só gota. A mobilização desta gordura est<strong>á</strong> sob o controle nervoso e hormonal que<br />

leva <strong>á</strong> liberação de <strong>á</strong>ci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos e glicerol, os quais passam para o sangue.<br />

Aponta Cormack (1996), que o teci<strong>do</strong> adiposo constitui a principal reserva de<br />

energia <strong>do</strong> corpo em longo prazo, também o isola contra a perda de calor, preenche fendas, e<br />

suavemente alcochoa determinadas partes da anatomia. Estas células gordurosas são<br />

ricamente supridas tanto por capilares quanto por fibras nervosas que pertencem à divisão<br />

simp<strong>á</strong>tica <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo.<br />

Os leucócitos para Guirro e Guirro (2002, p. 13), “[...] são células freqüentemente<br />

encontradas no conjuntivo, vindas <strong>do</strong> sangue por migração através das paredes <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares e<br />

vênulas”. Esta migração aumenta nos processos inflamatórios.<br />

A substância fundamental amorfa <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo é incolor, transparente e<br />

opticamente homogênia. Ela preenche os espaços entre as células e as fibras <strong>do</strong><br />

conjuntivo e, sen<strong>do</strong> viscosa, representa uma barreira à penetração de partículas<br />

estranhas no interior <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong>. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999, p. 84).<br />

Junqueira e Carneiro (1999), afirmam que, na verdade, existe no conjuntivo, ao<br />

la<strong>do</strong> da substância amorfa, uma quantidade mínima de um flui<strong>do</strong>, o plasma ou líqui<strong>do</strong><br />

intersticial, cuja composição é semelhante ao plasma sanguíneo, no que se refere a íons e<br />

substâncias difusíveis.<br />

A <strong>á</strong>gua presente na substância intercelular <strong>do</strong> conjuntivo origina-se <strong>do</strong> sangue,<br />

passan<strong>do</strong> através da parede <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares para os espaços intercelulares <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>. A<br />

parede <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares é imperme<strong>á</strong>vel às macromoléculas, porém deixa passar <strong>á</strong>gua,<br />

íons e moléculas pequenas, inclusive algumas proteínas de baixo peso molecular.<br />

(GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 8).<br />

Apontam Junqueira e Carneiro (1999), que o sangue traz para o conjuntivo os


diversos nutrientes de que as células necessitam e leva os produtos de refugo <strong>do</strong> metabolismo,<br />

compreende-se assim a importância da passagem de <strong>á</strong>gua <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares para o conjuntivo e<br />

vice-versa. Existe para isso duas forças que atuam sobre a <strong>á</strong>gua contida nos capilares. Uma é a<br />

pressão hidrost<strong>á</strong>tica <strong>do</strong> sangue (pressão arterial), conseqüência principalmente da contração<br />

cardíaca e que tende a forçar a passagem da <strong>á</strong>gua para fora <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares. A outra força, que<br />

tem senti<strong>do</strong> contr<strong>á</strong>rio, é a pressão osmótica (coloi<strong><strong>do</strong>s</strong>mótica) <strong>do</strong> plasma sanguíneo, que atrai<br />

<strong>á</strong>gua para dento <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares, devi<strong>do</strong> às proteínas <strong>do</strong> plasma.<br />

Em resumo, estes autores colocam que, na metade arterial da parede <strong><strong>do</strong>s</strong> capilares,<br />

passa <strong>á</strong>gua destes para o conjuntivo e na metade venosa, a <strong>á</strong>gua passa <strong>do</strong> conjuntivo para os<br />

capilares voltan<strong>do</strong> para o sangue. Existe, portanto o equilíbrio entre a <strong>á</strong>gua que entra na matriz<br />

extracelular <strong>do</strong> conjuntivo e a que dele sai, de tal mo<strong>do</strong> que a quantidade de <strong>á</strong>gua livre é<br />

insignificante.<br />

2.3 Sistema tegumentar<br />

De acor<strong>do</strong> com Dângelo e Fattini (2002), o sistema tegumentar trata-se de um<br />

sistema que inclui a pele e seus anexos (pêlos, unhas e mamas), proporcionan<strong>do</strong> ao corpo<br />

regulação da temperatura corporal, além de cumprir outras funções.<br />

Figura 1: Arquitetura típica <strong>do</strong> tegumento.<br />

Fonte: Guirro e Guirro, (2004, p. 14).


Junqueira e Carneiro (1999), relatam que a pele, que recobre a superfície <strong>do</strong> corpo<br />

apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma<br />

porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Também relatam que abaixo e<br />

em continuidade com a derme est<strong>á</strong> a hipoderme, que embora tenha a mesma origem da derme,<br />

não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e união com os órgãos subjacentes.<br />

Continuan<strong>do</strong> com Guirro e Guirro (2002), este órgão, a pele, representa 12% <strong>do</strong><br />

peso seco total <strong>do</strong> corpo, com peso total de aproximadamente 4,5 quilos, e é de longe o maior<br />

sistema de órgãos exposto ao meio ambiente. As principais funções <strong>do</strong> sistema tegumentar<br />

são: proteção, regulação da temperatura <strong>do</strong> organismo, excreção, sensibilidade t<strong>á</strong>til e<br />

produção de vitamina D.<br />

Nos dias atuais Dângelo e Fattini (2002), relatam que são reconhecidas duas<br />

camadas na pele: a epiderme, mais superficial, e a derme, subjacente a ela. A epiderme é<br />

constituída por epitélio estratifica<strong>do</strong> pavimentoso queratiniza<strong>do</strong>.<br />

Figura 2: Epitélio estratifica<strong>do</strong> pavimentoso<br />

Fonte: Epitélio (2006)<br />

Na epiderme, as diferentes camadas que a constituem mostram as fases pelas quais<br />

passam as células que, produzidas nos extratos mais profun<strong><strong>do</strong>s</strong>, sofrem um processo de<br />

corneificação a medida que atingem os extratos mais superficiais. É o que explicam Dângelo e


Fattini (2002), resumin<strong>do</strong> ainda que, as células da epiderme estão continuamente sen<strong>do</strong><br />

substituídas.<br />

Cormack (2003), citam que a epiderme é altamente resistente ao desgaste e as<br />

infecções, suas camadas superficiais são virtualmente imperme<strong>á</strong>veis a <strong>á</strong>gua, prevenin<strong>do</strong><br />

contra a dessecação e também contra a passagem de <strong>á</strong>gua através da superfície corporal<br />

externa.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, Guirro e Guirro (2002), descrevem a epiderme em geral, composta de<br />

quatro ou cinco camadas, devi<strong>do</strong> ao fato da camada lúcida estar ou não incluída, só sen<strong>do</strong><br />

observada em determinadas amostras de pele espessa.<br />

- Camada Germinativa ou basal: é a camada mais profunda e assim denominada porque<br />

gera novas células e apresenta intensa atividade mitótica. É respons<strong>á</strong>vel pela constante<br />

inovação da epiderme, fornecen<strong>do</strong> células para substituir aquelas que são perdidas na camada<br />

córnea.<br />

- Camada espinhosa: constituída por v<strong>á</strong>rias camadas de células. Quan<strong>do</strong> vistas ao<br />

microscópio óptico (MO), suas células poliédricas comumente parecem como se estivessem<br />

unidas por prolongamentos semelhantes a espinhos, por isso são referidas como espinhosas.<br />

- Camada granulosa: o citoplasma das células desta camada caracteriza-se por conter<br />

grânulos de querato hialina que parecem estar associadas com o fenômeno de queratinização<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> epitélios.<br />

- Camada lúcida: para Cormack (2003), é uma delgada camada transparente, pouco<br />

distinguível, encontra-se superficialmente ao estrato granuloso. É difícil de se reconhecer em<br />

cortes de rotina ao MO.<br />

- Camada córnea: esta camada é a mais externa, é constituída de lâminas superpostas de<br />

ceratina, cuja espessura varia com a região, sen<strong>do</strong> mais espessa nas regiões palmoplantares. É<br />

a camada morta da epiderme, é muito hidrófila e exerce função protetora contra as agressões<br />

físicas, químicas e biológicas.


Para Azulai e Azulai (1999), a derme, é uma camada com estrutura própria, que<br />

fica abaixo da epiderme e acima da hipoderme.<br />

A derme é rica em fibras col<strong>á</strong>genas e el<strong>á</strong>sticas, as quais conferem à pele sua<br />

capacidade de distender-se quan<strong>do</strong> tracionada, voltan<strong>do</strong> ao esta<strong>do</strong> original desde que cesse<br />

a tração. Relatam ainda que a derme é ricamente irrigada, com extensas redes capilares<br />

(DANGELO; FATTINI; 2002).<br />

Conforme Junqueira e Carneiro (1999) descrevem-se na derme duas camadas,<br />

de limites pouco distintos, que são a papilar e a reticular.<br />

A camada papilar, descrita por Cormack (2003), é constituída por uma camada<br />

superficial de teci<strong>do</strong> conjuntivo frouxo que se mistura com uma camada subjacente de<br />

teci<strong>do</strong> conjuntivo denso não modela<strong>do</strong>. Esta camada é ricamente suprida com papilares e<br />

se estende para cima e para dentro da epiderme como pequenas projeções chamadas<br />

papilas dérmicas.<br />

Conforme Guirro e Guirro (2002), a camada reticular é a mais espessa e profunda,<br />

constituída por teci<strong>do</strong> conjuntivo denso, em que os feixes de fibras col<strong>á</strong>genas que a compõem<br />

entrelaçam-se em um arranjo semelhante a uma rede. Na camada reticular os papilares são<br />

raros sen<strong>do</strong> numerosos apenas em relação aos anexos da epiderme que se projetam em direção<br />

a camada reticular.<br />

Segun<strong>do</strong> Junqueira e Carneiro (1999), a hipoderme é formada por teci<strong>do</strong><br />

conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme e aos órgãos subjacentes.<br />

Funcionalmente, a hipoderme além de depósito nutritivo de reserva, participa no<br />

isolamento térmico e na proteção mecânica no organismo às pressões e<br />

traumatismos externos e facilita a mobilidade da pele em relação às estruturas<br />

subjacentes. (SAMPAIO; SAMPAIO; RIVITT, 1985, p. 12).


Dependen<strong>do</strong> da região e <strong>do</strong> grau de nutrição <strong>do</strong> organismo, poder<strong>á</strong> ter uma camada<br />

vari<strong>á</strong>vel de teci<strong>do</strong> adiposo, constituin<strong>do</strong> o panículo adiposo.<br />

Conforme Guirro e Guirro (2004, p.15), “A aparência da pele depende de uma<br />

série de fatores: idade, sexo, clima, alimentação e esta<strong>do</strong> de saúde <strong>do</strong> indivíduo.”<br />

Por fim, Junqueira e Carneiro (1999), relatam que a cor da pele é resulta<strong>do</strong> de uma<br />

série de fatores, sen<strong>do</strong> os mais importantes: o conteú<strong>do</strong> em melanina e caroteno, a quantidade<br />

de capilares na derme e a cor <strong>do</strong> sangue que corre nestes capilares.<br />

2.4 Sistema circulatório<br />

Nas palavras de Guyton (1997), a função da circulação é atender as necessidades<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong>, transporte de nutrientes, remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos da excreção, condução hormonal<br />

de uma parte para outra <strong>do</strong> corpo e, em geral, mantém em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os líqui<strong><strong>do</strong>s</strong> teciduais um<br />

ambiente apropria<strong>do</strong> para a sobrevida e funcionamento ótimo das células.<br />

Conforme Junqueira e Carneiro (1999), o sistema circulatório sangüíneo pode ser<br />

dividi<strong>do</strong> em macrovascularização e microvascularização, nas quais, tem lugar as trocas entre<br />

o sangue e os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> adjacentes, em condições normais como em uma inflamação.<br />

De acor<strong>do</strong> com Robins (2000), para suportar as pressões sangüíneas puls<strong>á</strong>teis e<br />

maiores nas artérias, as paredes arteriais são geralmente mais espessas <strong>do</strong> que seus<br />

correspondentes venosos.<br />

A espessura da parede arterial diminui gradualmente à medida que os vasos ficam<br />

menores; entretanto, a relação entre espessura da parede e diâmetro da luz torna-se maior. as<br />

veias possuem diâmetro maior, luz maior e paredes mais finas <strong>do</strong> que as artérias<br />

correspondentes.


As artérias são divididas em rês tipos com base no seu tamanho e nas suas<br />

características estruturais: (1) as artérias de grande calibre ou el<strong>á</strong>sticas, incluin<strong>do</strong> a<br />

aorta e seus principais ramos ( por exemplo, aorta e artérias inominada, subcl<strong>á</strong>via,<br />

carótida comum, ilíaca e pulmonar); (2) artérias de calibre médio ou musculares,<br />

que compreendem outros ramos da aorta (como as artérias coron<strong>á</strong>rias e renais),<br />

também denominadas artérias distribui<strong>do</strong>ras; e (3) artérias de pequeno calibre<br />

(geralmente com diâmetro < 2 mm), que, em sua maior parte, na sua maior parte<br />

seguem o seu trajeto na substância <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> e órgãos. (ROBINS, 2000, p. 441).<br />

Segun<strong>do</strong> Cormack (1996, p. 204), "o sistema linf<strong>á</strong>tico é uma parte distinta <strong>do</strong><br />

sistema circulatório. Consiste em uma ampla rede de vasos conheci<strong>do</strong> como linf<strong>á</strong>ticos com<br />

massas associadas de teci<strong><strong>do</strong>s</strong> linfóides encapsula<strong><strong>do</strong>s</strong> denomina<strong><strong>do</strong>s</strong> linfono<strong><strong>do</strong>s</strong>".<br />

Quiroga apud Keller (1998) relata que, é no sistema linf<strong>á</strong>tico, um sistema auxiliar<br />

<strong>do</strong> sistema venoso, que circula a linfa. As moléculas de grande tamanho não passam <strong>do</strong><br />

líqui<strong>do</strong> tecidual para os capilares sanguíneos, fican<strong>do</strong> recolhidas em capilares especiais que<br />

são os capilares linf<strong>á</strong>ticos, de onde a linfa segue para os vasos linf<strong>á</strong>ticos e destes para os<br />

troncos linf<strong>á</strong>ticos que lançam a linfa em veias de médio ou grande calibre. Os capilares<br />

linf<strong>á</strong>ticos são mais calibrosos que os sanguíneos e são encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> geralmente junto aos<br />

capilares sanguíneos. São muito abundantes na pele e nas mucosas.<br />

O sistema linf<strong>á</strong>tico consiste de: 1) um sistema vascular, constituí<strong>do</strong> por um<br />

conjunto particular de capilares linf<strong>á</strong>ticos, vasos coletores e troncos linf<strong>á</strong>tico; 2)<br />

linfono<strong><strong>do</strong>s</strong> que servem como filtro <strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> coleta<strong>do</strong> pelos vasos; 3) órgãos<br />

linfóides, que incluem tonsilas, baço e o timo, encarrega<strong><strong>do</strong>s</strong> de recolher a<br />

intimidade <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong>, o líqui<strong>do</strong> intersticial e conduzi-lo ao sistema vascular<br />

sanguíneo. (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 25).<br />

Continuan<strong>do</strong> com Junqueira e Carneiro (1995), a linfa circula apenas na direção<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> órgãos para o coração. E que os capilares linf<strong>á</strong>ticos têm origem nos v<strong>á</strong>rios teci<strong><strong>do</strong>s</strong> como<br />

delga<strong><strong>do</strong>s</strong> túbulos em fun<strong>do</strong> de saco, sen<strong>do</strong> forma<strong><strong>do</strong>s</strong> apenas por en<strong>do</strong>télio. Estes capilares<br />

apresentam-se firmemente presos ao conjuntivo adjacente por meio de microfibrilas que os<br />

mantém abertos. São encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> em quase to<strong><strong>do</strong>s</strong> os órgãos, exceto no sistema nervoso<br />

central e medula óssea.<br />

De acor<strong>do</strong> com Guirro e Guirro (2004, p. 25), “[...] o sistema linf<strong>á</strong>tico e um


sistema de mão única, isto é, ele <strong>som</strong>ente retorna o líqui<strong>do</strong> intersticial para a corrente<br />

circulatória e dessa forma previna a formação <strong>do</strong> edema.”<br />

Figura 3: Epiderme e derme<br />

Fonte: Epiderme (2006)<br />

2.5 Fibro edema gelóide<br />

Segun<strong>do</strong> Guirro e Guirro (2004), o termo fibro edema gelóide (FEG) foi o<br />

escolhi<strong>do</strong> para nomear os acha<strong><strong>do</strong>s</strong> histopatológicos, popularmente conheci<strong>do</strong> como celulite.<br />

Também podem ser encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> termos como: lipodistrofia localizada, paniculose,<br />

lipoesclerose nodular, lipodistrofia ginóide, entre outros.<br />

De acor<strong>do</strong> com Ulrich (1982), a palavra latina celulite é empregada erroneamente<br />

j<strong>á</strong> que esta palavra quer dizer simplesmente inflamação das células, e isso não é o que<br />

acontece nesta <strong>do</strong>ença.<br />

Ciporkin e Paschoal (1992), ressaltam que, a FEG é uma infiltração edematosa <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong> conjuntivo subcutâneo, não inflamatório, segui<strong>do</strong> de polimerização da substância<br />

fundamental, que, infiltran<strong>do</strong>-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva, ou seja,<br />

os mucopolissacarídeos que a integram sofrem um processo de geleificação.<br />

Sem dúvida, trata-se de uma desordem localizada que afeta o teci<strong>do</strong> dérmico e<br />

subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistróficas com respostas esclerosantes, que


esultam no inestético aspecto macroscópico, que pode apresenta-se em diversos graus,<br />

ocorren<strong>do</strong> uma série de alterações estruturais na derme, na microcirculação e nos adipócitos<br />

que não são apenas morfológicas, mas também histoquímicas, bioquímicas e <strong>ultra</strong>-estruturais.<br />

(GUIRRO; GUIRRO, 2004).<br />

Figura 4: Fibro edema gelóide - FEG.<br />

Fonte: Zimmermann, (2004, p. 48).<br />

Os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> cutâneos e adiposos são afeta<strong><strong>do</strong>s</strong> em diversos graus, ocorren<strong>do</strong> uma<br />

série de alterações estruturais na derme, na microcirculação e nos adipócitos que não são<br />

apenas morfológicas, mas também histoquímicas, bioquímicas e <strong>ultra</strong>-estruturais (GUIRRO;<br />

GUIRRO, 2004).<br />

A incidência é exclusiva na mulher. Sua topografia é de tipo ginóide, localizada nos<br />

quadris, membros inferiores, e, em menor escala, no ab<strong>do</strong>me, na região<br />

subumbilical. Sua ocorrência mais freqüente durante a puberdade ou um episódio<br />

da vida genital; às vezes, como conseqüência de uma hormonioterapia maciça<br />

demorada, por estrógenos ou corticóides. O papel das pílulas anticoncepcionais tem<br />

si<strong>do</strong> lembra<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que, parece bastante evidente e restringe-se, na pior das<br />

hipóteses, a um número limita<strong>do</strong> de casos. (CARIEL, 1982, p. 15).<br />

Pires de Campos (2004) afirma que se o FEG fosse unicamente obti<strong>do</strong> pelo<br />

volume <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> adiposo, poder-se-ia dizer que homens e mulheres com quantidades iguais


de teci<strong>do</strong> adiposo, demonstrariam FEG na mesma proporção e sua presença não se justificaria<br />

em indivíduos magros. No entanto, sua prevalência indica que o FEG est<strong>á</strong> liga<strong>do</strong> à diferenças<br />

na organização <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo.<br />

2.5.1 Fisiopatologia<br />

Sua causa é desconhecida, porém inúmeras explicações têm si<strong>do</strong> propostas. Uma<br />

das mais aceitas sugere a ocorrência de diversas alterações inflamatórias complexas<br />

envolven<strong>do</strong> estruturas <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> celular subcutâneo e a derme (DRAELOS; MARENUS,<br />

1997).<br />

Conforme Rossi e Vergananini (2000), apesar <strong><strong>do</strong>s</strong> fatores etiopatogênicos<br />

específicos ainda não serem bem conheci<strong><strong>do</strong>s</strong>, h<strong>á</strong>, no entanto, alguns fatores predisponentes ao<br />

seu aparecimento, os quais podem ser dividi<strong><strong>do</strong>s</strong> em três classes. Estes são: fatores<br />

predisponentes,fatores determinantes, fatores condicionantes:<br />

Os fatores que predispõem o aparecimento <strong>do</strong> FEG, que são os genéticos, o sexo,<br />

a idade, e o desequilíbrio hormonal.<br />

Sen<strong>do</strong> que, de acor<strong>do</strong> com Ribeiro (2001), uma organização prim<strong>á</strong>ria diferente <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong> celular subcutâneo para cada sexo propicia o aparecimento da celulite<br />

pre<strong>do</strong>minantemente no sexo feminino, pois, no teci<strong>do</strong> conectivo feminino ocorre o<br />

favorecimento à expansão externa <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> adiposo, em direção a derme, originan<strong>do</strong> as<br />

ondulações na pele. O autor refere ainda que quanto mais i<strong><strong>do</strong>s</strong>o o indivíduo, menor a<br />

quantidade e qualidade de reparo na estrutura <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conectivo. O fator hormonal justificase<br />

pelo fato <strong><strong>do</strong>s</strong> hormônios femininos (estrógeno, progesterona, folículo-estimulante) serem<br />

os principais causa<strong>do</strong>res de celulite. Alterações da produção, uso de medicamentos com estes


hormônios, desequilíbrio entre estrógeno e progesterona, testosterona, hormônios da tiróide,<br />

hormônios das glândulas supra-renais, podem desencadear ou agravar a celulite por v<strong>á</strong>rios<br />

mecanismos. Eles interferem no metabolismo das gorduras, na circulação linf<strong>á</strong>tica e venosa,<br />

facilitam a retenção de <strong>á</strong>gua e sal e, além disso, coordenam a deposição de gordura no<br />

ab<strong>do</strong>me, quadril e coxas, para dar ao corpo o aspecto feminino.<br />

Os fatores ti<strong><strong>do</strong>s</strong> como determinantes, são o emocional, fumo, os desequilíbrios<br />

glandulares, as perturbações metabólicas, sedentarismo, maus h<strong>á</strong>bitos alimentares e as<br />

disfunções hep<strong>á</strong>ticas.<br />

Conforme Rosenbaum et al (1998), nos fatores emocionais, ocorre aumento <strong>do</strong><br />

armazenamento lipídico devi<strong>do</strong> à presença <strong>do</strong> estresse, pois nas mulheres ocorre um aumento<br />

na sensibilidade <strong>do</strong> receptor adrenérgico (antilipolítico), no teci<strong>do</strong> adiposo, favorecen<strong>do</strong> o<br />

aumento <strong>do</strong> depósito de gordura<br />

Alonso (1998) relata que, a falta de exercícios físicos diminui muito o consumo de<br />

energia pelo corpo o que facilita as sobras alimentares que serão transformadas em gordura.<br />

As facilidades modernas tornam obrigatória a realização de alguma atividade física, para<br />

evitar o sedentarismo que é muito prejudicial para a saúde como um to<strong>do</strong> e não só para a<br />

harmonia corporal.<br />

Nas palavras de Ribeiro (2001), entres os fatores metabólicos ocorre desequilíbrio<br />

energético, por atividade lipolítica diminuída (inatividade física) e aumento da lipogênese<br />

(armazenamento de triglicérides por excesso de ingestão calórica).<br />

Rosenbaum et al (1998), relata que a FEG não é exclusivamente relacionada à<br />

obesidade, porém ocorre uma exacerbação da mesma quan<strong>do</strong> associada ao ganho ponderal e a<br />

correlação com o índice de massa corporal e o grau da celulite, nas mulheres, reflete a<br />

expansão <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> adiposo para a derme, quan<strong>do</strong> o volume de gordura no teci<strong>do</strong> celular<br />

subcutâneo est<strong>á</strong> aumenta<strong>do</strong> .


E por fim, os fatores condicionantes, os quais indicam que a partir <strong><strong>do</strong>s</strong> fatores<br />

acima cita<strong><strong>do</strong>s</strong> criam-se dificuldades de reabsorção linf<strong>á</strong>tica e favorecimento a transudação<br />

linf<strong>á</strong>tica nos espaços intersticiais; aumento da pressão capilar. Para Guirro e Guirro (2004),<br />

estes fatores provocam alterações no teci<strong>do</strong> conjuntivo, fazen<strong>do</strong> com que retenha maior<br />

quantidade de <strong>á</strong>gua, facilitan<strong>do</strong> a maior deposição de gordura na região.<br />

Dentre as diversas teorias quanto à origem <strong>do</strong> FEG, as mais descritas pelos<br />

autores são: teoria alérgica, tóxica, circulatória, metabólica, bioquímica e hormonal.<br />

• Teoria alérgica: Lagéze apud Guirro e Guirro (2004) reconheceu três etapas <strong>do</strong> processo:<br />

presença de soro no espaço intersticial, hiperplasia e formação fibrosa e retração<br />

esclerótica.<br />

• Teoria tóxica: o acúmulo de resíduos tende a provocar aumento de volume nas células e<br />

uma reação <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.<br />

• Teoria circulatória: Merlen apud Cariel (1982), reconhecem no FEG uma origem<br />

hemodinâmica de natureza alérgica.<br />

• Teoria metabólica: Durval apud Guirro e Guirro (2004) descreve uma perturbação<br />

nutritiva histológica de natureza metabólica e de car<strong>á</strong>ter distrófico, a qual propõe a<br />

diminuição <strong>do</strong> metabolismo protéico e aumenta o metabolismo lipídico.<br />

• Teoria bioquímica: conforme Cariel (1982), quaisquer que sejam as causas, o FEG resulta<br />

em uma perturbação da fisiologia molecular no íntimo da matriz intercelular conjuntiva e,<br />

muito especialmente de uma polimerização <strong><strong>do</strong>s</strong> mucopolissacarídeos.<br />

• Teoria hormônica: Cariel (1982) considera que o FEG teve início resultante de uma<br />

deficiência glandular, depois, atribuída a um esta<strong>do</strong> hiper-hormonal.<br />

O estrogênio predispõe as mulheres a reter fluí<strong>do</strong>. Sempre que h<strong>á</strong> um surto de<br />

hormônios sexuais, o corpo est<strong>á</strong> programa<strong>do</strong> para armazenar gordura para uso<br />

posterior (gravidez ou amamentar). Parece que a atividade hormonal, que durante<br />

certas fases da vida da mulher pode elevar as quantidades de estrogênio a níveis


excessivos, é um poderoso despoleta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> aparecimento de celulite.<br />

(ZIMMERMANN, 2004, p. 50).<br />

Entretanto, Pinto, Saenger e Govantes (1995), analisan<strong>do</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> clínicos<br />

concretos, tem-se observa<strong>do</strong> que a FEG afeta mais de 95% das mulheres, poden<strong>do</strong>-se<br />

considerar quase que uma característica sexual secund<strong>á</strong>ria. A aparição e evolução dependem<br />

de ciclos metabólicos exclusivos na mulher como a puberdade, menstruação, gravidez, etc,<br />

fican<strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong> a sua relação com a feminilidade. Quanto à localização, pode se instalar<br />

em v<strong>á</strong>rias regiões <strong>do</strong> corpo, porém com uma predileção pela região glútea; região lateral (ou<br />

externa), face interna e posterior da coxa; ab<strong>do</strong>me, parte posterior lateral <strong><strong>do</strong>s</strong> braços e face<br />

interna <strong><strong>do</strong>s</strong> joelhos.<br />

Figura 5: Localizações Preferenciais <strong>do</strong> FEG<br />

Fonte: Ribeiro (2001)


2.5.2 Formas clínicas <strong>do</strong> FEG<br />

Ao entendimento de Guirro e Guirro (2004), as formas clínicas <strong>do</strong> FEG<br />

correspondem ao aspecto aparente, as manifestações visíveis, condicionadas pela textura das<br />

próprias lesões. O FEG exterioriza-se e manifesta-se sob diferentes aspectos, porém, a afecção<br />

prim<strong>á</strong>ria permanece a mesma. Possui sempre as mesmas causas, as mesmas transformações<br />

essenciais e fundamentais <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo, os mesmo sinais e sintomas e as mesmas<br />

conseqüências.<br />

Neste momento, Ciporkin e Paschoal (1992) relatam que, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo de<br />

FEG podem ser encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> na palpação, diferentes sinais da consistência <strong>do</strong> infiltra<strong>do</strong><br />

celular subcutâneo, poden<strong>do</strong> ser de três tipos: dura, branda e edematosa.<br />

2.5.2.1 FEG compacto ou duro<br />

Apresenta formas rígidas, uma massa dura, sem mobilidade, as zonas de teci<strong>do</strong><br />

envolvi<strong>do</strong> são espessas, sólidas e revestidas por uma camada compacta. Outro aspecto é a<br />

impossibilidade de fazer deslizar os planos superficiais da pele sobre os planos profun<strong><strong>do</strong>s</strong>,<br />

além de sensibilidade a <strong>do</strong>r (CIPORKIN; PASCHOAL, 1992).<br />

Segun<strong>do</strong> Campos (2000) é encontra<strong>do</strong> em pessoas com bom trofismo muscular,<br />

em atletas e grandes obesos. É mais localiza<strong>do</strong> e não muda de posição conforme a mudança<br />

de decúbito. Os nódulos parecem duros com pouca mobilidade. É mais <strong>do</strong>lori<strong>do</strong> e o<br />

prognóstico é pior e de difícil mobilização <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.<br />

2.5.2.2 FEG fl<strong>á</strong>cida, branda ou difusa


De acor<strong>do</strong> com Guirro e Guirro (2004), é a forma mais importante, tanto em<br />

número quanto nas manifestações. Encontrada em pessoas sedent<strong>á</strong>rias em grandes e pequenas<br />

proporções em indivíduos com hipotonia muscular. Sua posição muda de acor<strong>do</strong> com a<br />

alteração de decúbito e os nódulos se modificam sem resistência.<br />

[...] apesar da pressão mínima sobre os vasos sanguíneos, existe um acúmulo de<br />

sangue entre a pele e os músculos. A circulação faz-se mais lenta, as veias se<br />

dilatam, provocan<strong>do</strong> o aparecimento de varizes, veias varicosas, ramificações de<br />

microvasos e com maior freqüência, manifestações de equimoses regionais nos<br />

lugares de maior atrito. (CIPORKIN; PASCHOAL, 1992, p. 142).<br />

Continuan<strong>do</strong> com Ciporkin e Paschoal (1992), a mobilidade desta zona<br />

lipodistrófica, desliza-se muito facilmente sobre os planos superficiais e profun<strong><strong>do</strong>s</strong>. Esta<br />

massa não tem resistência e mostra-se solta e móvel. Na palpação, além de confirmar-se a<br />

brandura <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, nota-se também abaixo <strong><strong>do</strong>s</strong> de<strong><strong>do</strong>s</strong> a presença de pequenos nódulos duros,<br />

que às vezes são observa<strong><strong>do</strong>s</strong> a olho nu.<br />

2.5.2.3 FEG edematoso<br />

A mais grave porém a menos freqüente. Apresenta consistência vari<strong>á</strong>vel, poden<strong>do</strong><br />

ser encontra<strong>do</strong> em qualquer faixa de idade ou de peso (GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

O edema patológico é próprio desta parte <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> e constitui um sinal de falência<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> sistemas de retorno circulatório, caracteriza<strong>do</strong> por um infiltra<strong>do</strong> mais duro. Esta<br />

característica deve-se a composição <strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> intersticial ser viscoso e com proteínas de alto<br />

peso molecular, o qual não sede com o uso de diuréticos. Do ponto de vista evolutivo, é<br />

considerada de longa data com prognostico <strong>som</strong>brio e irredutível (CIPORKIN; PASCHOAL,<br />

1992).


2.5.2.4 FEG misto<br />

Fibro edema gelóide misto: é freqüentemente encontra<strong>do</strong> nas formas mistas<br />

poden<strong>do</strong> encontrar fibro edema gelóide firme nas coxas associa<strong>do</strong> ao fl<strong>á</strong>ci<strong>do</strong> no ab<strong>do</strong>me, ou<br />

então um fibro edema gelóide muito firme na coxa, lateralmente, acompanha<strong>do</strong> de um muito<br />

fl<strong>á</strong>ci<strong>do</strong>, medialmente (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 366).<br />

È de opinião unívoca, que Conti e Pereira (2003), dizem que h<strong>á</strong> um grande número<br />

de casos onde se observa mais de um tipo de FEG em diferentes locais, no mesmo individuo.<br />

Geralmente os sintomas de acometimento restringem-se à presença de nódulos nos<br />

membros ou locais afeta<strong><strong>do</strong>s</strong>. Fadiga e aumento <strong><strong>do</strong>s</strong> sintomas no perío<strong>do</strong> prémenstrual<br />

também podem ser acometi<strong><strong>do</strong>s</strong>. Porem, o FEG quan<strong>do</strong> atinge certo grau<br />

de magnitude, com comprometimento circulatório periférico apresenta sintomas<br />

gerais tais como: fadiga, astenia, sensação de peso nas pernas, tensão tecidual<br />

muscular e as vezes <strong>do</strong>res espontâneas que aumentam a intensidade com o<br />

repouso, poden<strong>do</strong> chegar a câimbras noturnas. (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 360).<br />

2.5.3 Identificação <strong>do</strong> FEG<br />

Meyer et al (2005), relata que o fibro edema gelóide tem se torna<strong>do</strong> um fator<br />

preocupante, visto que ele é conseqüência de diversos fatores, e por se tratar de uma afecção<br />

multifatorial, para que o seu tratamento obtenha bons resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> é nescess<strong>á</strong>ria uma <strong>avaliação</strong><br />

detalçhada, envolven<strong>do</strong> toda a propedêutica da anamnese e <strong>do</strong> exame físico.<br />

Pecoits apud Keller (1998), considera que o FEG pode ser avalia<strong>do</strong> por meio da<br />

utilização de fichas de <strong>avaliação</strong>.<br />

Conforme Barros (2001), a <strong>avaliação</strong> física inicia-se com a inspeção, procuran<strong><strong>do</strong>s</strong>e<br />

por atrofias, presença de nódulos ou placas hipertróficas, localização de gordura localizada,


estrias, varizes, varicoses, verificar se possui aspecto de “casca de laranja”, ver se a coloração<br />

de pele est<strong>á</strong> acetinada.<br />

Durante exame físico, a inspeção dever<strong>á</strong> ser realizada com o paciente em posição<br />

ortost<strong>á</strong>tica, pois na posição de decúbito ocorre acomodação <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> o que pode mascarar o<br />

grau de acometimento <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> (GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

Figura 6: Imagem <strong>do</strong> FEG em diferentes posições.<br />

Fonte: Guirro e Guirro (2002, p. 359).<br />

Os sinais patológicos de FEG são facilmente verific<strong>á</strong>veis por testes simples e<br />

seguros. Em certos est<strong>á</strong>gios não é necess<strong>á</strong>rio a realização de teste algum, pois o simples olhar<br />

permite a identificação de infiltração tecidual (GUIRRO; GUIRRO, 2004).<br />

Na palpação conforme Ciporkin e Paschoal (1992), encontramos quatro sinais<br />

cl<strong>á</strong>ssicos, os quais: o aumento da espessura celular subcutânea; da consciência; da<br />

sensibilidade a <strong>do</strong>r e diminuição da mobilidade devi<strong>do</strong> a aderência.<br />

Segun<strong>do</strong> Guirro e Guirro (2004), o primeiro teste para reconhecer o FEG, consiste<br />

no “teste da casca de laranja”, no qual preciona-se o teci<strong>do</strong> adiposo entre os de<strong><strong>do</strong>s</strong> polegar e<br />

indica<strong>do</strong>r ou entre as palmas das mãos e a pele adquire uma aparência rugosa, tipo casca de<br />

laranja.


Figura 7: Teste da casca de laranja.<br />

Fonte: Guirro e Guirro, (2004, p. 360).<br />

O outro teste é denomina<strong>do</strong> “teste de preensão”, que após uma preensão da pele<br />

juntamente com a tela subcutânea entre os de<strong><strong>do</strong>s</strong>, promove um movimento de tração. Quan<strong>do</strong><br />

a sensação <strong>do</strong>lorosa for mais incômoda que o normal, é um sinal de presença <strong>do</strong> FEG, em que<br />

encontra-se alteração de sensibilidade.<br />

Figura 8: Teste da preensão.<br />

Fonte: Guirro e Guirro, (2004, p. 360).<br />

2.5.4 Evolução clínica <strong>do</strong> FEG<br />

Conforme Ulrich’ apud Guirro e Guirro (2002), as lesões teciduais surgem em três<br />

est<strong>á</strong>gios, subdividi<strong><strong>do</strong>s</strong> segun<strong>do</strong> a gravidade de cada um, FEG bran<strong>do</strong> (grau I), FEG modera<strong>do</strong><br />

(grau II) e FEG grave (grau III).


2.5.4.1 FEG bran<strong>do</strong> (grau I)<br />

É percebi<strong>do</strong> <strong>som</strong>ente pela compressão <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> entre os de<strong><strong>do</strong>s</strong> ou da contração<br />

muscular volunt<strong>á</strong>ria. Nesta fase, o FEG ainda não é visível <strong>som</strong>ente a inspeção e não h<strong>á</strong><br />

alteração da sensibilidade a <strong>do</strong>r, sen<strong>do</strong> sempre cur<strong>á</strong>vel (GUIRRO; GUIRRO, 2002).<br />

Figura 9: FEG grau 1.<br />

Figura 10: Imagem <strong>do</strong> FEG de grau I ou bran<strong>do</strong>.<br />

Fonte: E. Guirro e R. Guirro (2002, p. 364). Fonte: Zimmermann, (2004, p. 53).<br />

2.5.4.2 FEG modera<strong>do</strong> (grau II)<br />

As depressões são visíveis mesmo sem a compressão <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> (LUZ, 2003).<br />

Com a luz incidin<strong>do</strong> lateralmente, as margens são especialmente f<strong>á</strong>ceis de serem delimitadas,<br />

j<strong>á</strong> haven<strong>do</strong> alteração de sensibilidade.


Figura 11: Imagem <strong>do</strong> FEG de grau II ou modera<strong>do</strong>.<br />

Fonte: Zimmermann, (2004, p. 53).<br />

2.5.4.3 FEG grave (grau III)<br />

Consideran<strong>do</strong> Guirro e Guirro (2002), o acometimento tecidual pode ser observa<strong>do</strong><br />

quan<strong>do</strong> o individuo estiver em qualquer posição, ortost<strong>á</strong>tica ou em decúbito. Nesta, a pele fica<br />

enrugada e fl<strong>á</strong>cida. A aparência por apresentar-se cheia de relevos, assemelha-se a um “saco<br />

de nozes”, a sensibilidade a <strong>do</strong>r esta aumentada.<br />

Figura 12: FEG grau 3.<br />

Figura 13: Imagem <strong>do</strong> FEG de grau III ou grave.<br />

Fonte: E. Guirro e R. Guirro (2002) Fonte: Zimmermann, (2004, p. 53).<br />

Os est<strong>á</strong>gios <strong>do</strong> FEG não estão totalmente delimita<strong><strong>do</strong>s</strong>, sen<strong>do</strong> assim, pode ocorre<br />

uma sobreposição de graus em uma mesma <strong>á</strong>rea de um paciente (GUIRRO; GUIRRO, 2004).


2.6 Ultra-<strong>som</strong><br />

Durante o século XIX foi demonstra<strong>do</strong> que o ouvi<strong>do</strong> humano é capaz de detectar<br />

sons cujas freqüências de ondas estejam entre 16 Hz e 21 kHz, aproximadamente. No inicio<br />

<strong>do</strong> século XX, conseguiu-se produzir e detectar ondas sonoras com freqüência acima deste<br />

limite, audível pelo homem, dan<strong>do</strong> origem ao termo Ultra-<strong>som</strong> (OKUNO; CALDAS; CHOW,<br />

1986).<br />

Ao entender de Ecri (1999), <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> é defini<strong>do</strong> como uma forma de onda<br />

acústica de freqüências superiores as que podem ser detectadas pelo ouvi<strong>do</strong> humano, ou seja,<br />

ondas cujas freqüências são superiores a 20 KHz, poden<strong>do</strong> atingir até 100 MHz em algumas<br />

aplicações.<br />

A primeira aplicação pr<strong>á</strong>tica <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> foi em 1917 com a criação de sonares<br />

para a detecção de submarinos, utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> pulso-seco. Alguns anos mais tarde,<br />

descobriu-se que o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> produziria aumento da temperatura em teci<strong><strong>do</strong>s</strong> biológicos,<br />

entre 1930 e 1940 ele foi introduzi<strong>do</strong> na pr<strong>á</strong>tica médica como um recurso terapêutico,<br />

usa<strong>do</strong> particularmente para produzir calor em teci<strong><strong>do</strong>s</strong> profun<strong><strong>do</strong>s</strong> (BASSOLI, 2001).<br />

Uma das primeiras aplicações em fisioterapia foi notificada através de uma<br />

aplicação em 1947, no qual era cita<strong>do</strong> seu uso como tentativa para minimizar a cãimbra em<br />

violinistas. Embora este fato não sirva por si só como uma referência, na atual fisioterapia,<br />

é aceito como um poderoso agente terapêutico na clínica moderna. Entretanto só<br />

recentemente surgiu o interesse de como este interage com os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> e de que forma ele<br />

deve ser melhor aplica<strong>do</strong> ao paciente. A pr<strong>á</strong>tica desta terapia deve aplicar os princípios<br />

b<strong>á</strong>sicos que hoje em dia estão bem entendi<strong><strong>do</strong>s</strong> graças a experiências acumuladas de muitos<br />

terapeutas, os quais fazem parte deste processo de desenvolvimento (BIOSET, 200?).


Atualmente inúmeros procedimentos biomédicos utilizam a energia <strong>ultra</strong>-sônica<br />

em diferentes técnicas e modalidades. As potencias utilizadas variam de 1 a 5 W/cm 2 ,<br />

empregadas correntemente em fisioterapia, até em níveis acima de 3.000 W/cm 2 ,<br />

(GONÇALVES et al, 2005).<br />

Nas palavras de Starkey (2001), o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> é uma modalidade de penetração<br />

profunda, capaz de produzir alterações nos teci<strong><strong>do</strong>s</strong>, por mecanismos térmicos e não-térmicos.<br />

Dependen<strong>do</strong> da freqüência de ondas, pode ser utiliza<strong>do</strong> para diagnóstico por imagem, cura<br />

terapêutica de teci<strong><strong>do</strong>s</strong> ou destruição de teci<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Alvarenga (1999) explica este aparelho é amplamente utiliza<strong>do</strong> em fisioterapia,<br />

que promove um aquecimento profun<strong>do</strong>, que fornece uma forma de energia mecânica<br />

produzida através de um transdutor que converte a energia elétrica em mecânica. O transdutor<br />

é constituí<strong>do</strong> geralmente, de material piezoelétrico, sen<strong>do</strong> o mais utiliza<strong>do</strong> o zirconato-titanato<br />

de chumbo (PZT). Os transdutores em geral, são circulares e eficientes gera<strong>do</strong>res de potencia<br />

<strong>ultra</strong>ssônica.<br />

O dispositivo aplica<strong>do</strong>r (transdutor), deve ser utiliza<strong>do</strong> adequadamente através<br />

de movimentos circulares repeti<strong><strong>do</strong>s</strong> que devem sobrepor-se. Uma <strong>á</strong>rea de aproximadamente<br />

8,0 x 1,0 cm pode ser tratada de cada vez. Deve ser usa<strong>do</strong> um meio acoplante para que a<br />

energia <strong>ultra</strong>ssônica seja melhor transmitida <strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>r ao corpo <strong>do</strong> paciente (BIOSET,<br />

200?)<br />

Dentre os agentes de acoplamento, os líqui<strong><strong>do</strong>s</strong>, especialmente a <strong>á</strong>gua, são bons<br />

transmissores de onda <strong>ultra</strong>-sônica, sen<strong>do</strong> os sóli<strong><strong>do</strong>s</strong> ainda melhores, pois suas moléculas<br />

estão mais próximas umas das outras e, dessa forma, repassam a energia mais facilmente<br />

(WOOD, 1973).<br />

De acor<strong>do</strong> com alguns estu<strong><strong>do</strong>s</strong>, observa-se que o gel é o meio que melhor<br />

transmite a onda <strong>ultra</strong>-sônica, sen<strong>do</strong>, portanto, o agente de acoplamento de US mais<br />

indica<strong>do</strong> (MARDEGAN; GUIRRO, 2005).


De acor<strong>do</strong> com Low e Reed (2201), quanto maior o movimento molecular maior o<br />

calor, este movimento é oscilatório, pois a medida que as moléculas se empurram transferem<br />

energia de uma para outra, de mo<strong>do</strong> que algumas oscilarão em altas freqüências e com maior<br />

amplitude devi<strong>do</strong> o ganho de energia, enquanto outras ficarão com freqüências e amplitudes<br />

mais baixas, pois sua energia foi transferida por meio de colisão. A onda de energia sonora<br />

tende a ficar aleatória à medida que a energia que cede para movimentos moleculares<br />

particulares é dissipada em colisões com outras moléculas, deste mo<strong>do</strong>, a energia sonora é<br />

constantemente convertida em energia térmica.<br />

Bassoli (2001) é mais um <strong><strong>do</strong>s</strong> autores que referem a propagação das ondas <strong>ultra</strong>sônicas<br />

de <strong>do</strong>is mo<strong><strong>do</strong>s</strong>, o contínuo e o pulsa<strong>do</strong>, a diferença entre estes est<strong>á</strong> na interrupção da<br />

propagação de energia. No mo<strong>do</strong> contínuo não ocorre esta interrupção, haven<strong>do</strong>, portanto um<br />

depósito ininterrupto de energia sobre os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> irradia<strong><strong>do</strong>s</strong>. Enquanto no mo<strong>do</strong> pulsa<strong>do</strong>, h<strong>á</strong><br />

interrupções freqüentes na propagação de energia.<br />

2.6.1 Efeitos físicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong><br />

Para Guirro e Guirro (2002), os <strong>efeitos</strong> térmicos e não-térmicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong><br />

terapêutico (UST) prevalecerão de acor<strong>do</strong> com o regime de pulso aplica<strong>do</strong>, contínuo ou<br />

pulsa<strong>do</strong>, sempre dependentes da energia irradiada. É importante a compreensão destes<br />

mecanismos, porque alguns deles são de natureza estimulante em seus <strong>efeitos</strong> no processo de<br />

cicatrização/reparo das lesões enquanto que outros são potencialmente perigosos.<br />

2.6.1.1 Efeitos térmicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>


Os <strong>efeitos</strong> térmicos dentro <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> são resultantes diretos da elevação da<br />

temperatura <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, provocada pelo <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, varian<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com o coeficiente de<br />

absorção e a espessura <strong>do</strong> meio absorve<strong>do</strong>r (ERVALHO, 2005).<br />

Kitchen e Basin (1998), citam que "quan<strong>do</strong> o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> se desloca através <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong> uma parte dele é absorvida, e isto conduz à geração de calor dentro <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>”. A<br />

quantidade de absorção depende da natureza <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, seu grau de vascularização e da<br />

freqüência <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>. Teci<strong><strong>do</strong>s</strong> com eleva<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> protéico absorvem mais rapidamente<br />

que os com maior conteú<strong>do</strong> de gordura, e quanto maior a freqüência, maior a absorção.<br />

Conforme Low e Reed (2001), se a temperatura local é elevada para algo entre 40<br />

e 45°, ocorre hiperemia. Temperaturas acima de 45° são destrutivas. Para se obter um efeito<br />

terapêutico útil, a temperatura <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> precisa ser mantida entre os valores cita<strong><strong>do</strong>s</strong> por pelo<br />

menos cinco minutos. O aquecimento leve pode reduzir a <strong>do</strong>r e o espasmo muscular e também<br />

promover processos de cicatrização além de aumentar o fluxo sanguíneo.<br />

Starkey (2001) relata que, para se conseguir um efeito terapêutico por meio de<br />

aquecimento por US, as temperaturas <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> devem aumentar, no mínimo, durante 3 a 5<br />

minutos. Relata ainda que, um Us de 3 Mhz aquece três a quatro vezes mais r<strong>á</strong>pi<strong>do</strong> que um<br />

aparelho de 1 MHz, embora os <strong>efeitos</strong> <strong>do</strong> US de baixa freqüência possam durar mais tempo, o<br />

tratamento com intensidades de saída menores exigem uma duração maior para elevar a<br />

temperatura <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> ao nível deseja<strong>do</strong>.<br />

Para Low e Reed (2001), a vantagem de utilizar o US para obter esse aquecimento,<br />

é a ocorrência de aquecimento preferencial <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> colagenoso e a penetração efetiva dessa<br />

energia até estruturas profundamente localizadas.<br />

2.6.1.2 Efeitos atérmicos <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>


Garcia (2000) destaca, entre os <strong>efeitos</strong> não-térmicos <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>ultra</strong>-sons, a<br />

micromassagem, o aumento da permeabilidade celular, variação <strong>do</strong> diâmetro arteriolar e<br />

cavitação. À micromassagem, atribui-se às oscilações provocadas pelo feixe <strong>ultra</strong>-sônico que<br />

atravessa os teci<strong><strong>do</strong>s</strong>. A movimentação desses provoca um aumento na circulação <strong><strong>do</strong>s</strong> fluí<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

intra e extracelulares, facilitan<strong>do</strong> a retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes. A<br />

micromassagem, devi<strong>do</strong> ao efeito mecânico (vibrações sônicas) que o US provoca, gera calor<br />

por fricção.<br />

De acor<strong>do</strong> com Starkey (2001), a energia <strong>ultra</strong>-sônica em pulso leva a <strong>do</strong>is eventos<br />

relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong>: a cavitação e a correnteza acústica, que produzem os <strong>efeitos</strong> não térmicos <strong>do</strong><br />

US.<br />

A cavitação é a formação de pequenas bolhas gasosas nos teci<strong><strong>do</strong>s</strong> como resulta<strong>do</strong><br />

da vibração <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>. Estas bolhas, geralmente com cerca de um mícron (10 -6 m) de<br />

diâmetro, embora possam ficar bem maiores em algumas circunstâncias, são de <strong>do</strong>is tipos -<br />

cavitação est<strong>á</strong>vel ou transitória, sen<strong>do</strong> que, a est<strong>á</strong>vel ocorre quan<strong>do</strong> as bolhas oscilam de um<br />

la<strong>do</strong> para outro dentro das ondas de pressão <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, mas permanecem intactas e, a<br />

transitória ocorre quan<strong>do</strong> o volume da bolha se altera rapidamente e então colapsa (implode)<br />

causan<strong>do</strong> alta pressão e mudança de temperatura resultan<strong>do</strong> em um dano substancial aos<br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong> (LOW; REED; 2001).<br />

Para Kitchen e Basin (1998), as correntes acústicas referem-se ao movimento<br />

unidirecional de um líqui<strong>do</strong> num campo de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>. Estas correntes podem estimular a<br />

atividade celular, caso esta ocorra nos limites da membrana celular com o líqui<strong>do</strong><br />

circunjacente. O mesmo autor menciona ainda que este fenômeno pode resultar em reações<br />

terapeuticamente vantajosas, como o aumento de síntese protéica, aumento da secreção <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

mastócitos, alteração na modalidade <strong><strong>do</strong>s</strong> fibroblastos, aumento na absorção de c<strong>á</strong>lcio pelos<br />

segun<strong><strong>do</strong>s</strong> mensageiros e aumento da produção <strong><strong>do</strong>s</strong> fatores de crescimento pelos macrófagos.<br />

Na terapia por US pulsa<strong>do</strong> são gera<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo transdutor pulsos de onda de


determina<strong><strong>do</strong>s</strong> perío<strong><strong>do</strong>s</strong>, os quais emitem energia de forma periódica, onde, através <strong>do</strong> tempo<br />

de repouso entre os pulsos permite-se que a circulação sangüínea resfrie a <strong>á</strong>rea tratada,<br />

impedin<strong>do</strong> um excesso de aquecimento. Sen<strong>do</strong> assim temos <strong>efeitos</strong> fisiológicos resultantes de<br />

um processo não térmico (BIOSET, 200?).<br />

Existem evidências que implicam num papel fundamental <strong><strong>do</strong>s</strong> mecanismos<br />

atérmicos na produção de um efeito terapeuticamente significativo: estimulação da<br />

regeneração <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong>, reparo <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> mole, fluxo sanguíneo em teci<strong><strong>do</strong>s</strong> cronicamente<br />

isquêmicos, síntese de proteínas e reparo ósseo (KITCHEN; BASIN, 1998).<br />

2.6.2 Aplicações clínicas<br />

De acor<strong>do</strong> com Garcia et al (2002), as aplicações clínicas <strong>do</strong> US estão baseadas em<br />

sua devida capacidade de elevação da temperatura <strong><strong>do</strong>s</strong> meios internos, além de promover<br />

micromassagem nos teci<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Para v<strong>á</strong>rios autores, os principais fatores consider<strong>á</strong>veis na aplicação <strong>do</strong> US são os<br />

seguintes parâmetros:<br />

• Freqüência: é medida em megahertz (MHz), é descrita como o número de ondas que<br />

ocorrem em um segun<strong>do</strong>. Em geral a alteração da freqüência de saída exige alteração da<br />

fonte sonora que determina a profundidade de penetração da energia, com uma correlação<br />

linear entre a freqüência <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> e a profundidade na qual a energia é absorvida pelo<br />

teci<strong>do</strong>. As freqüências mais altas sofrem uma absorção mais r<strong>á</strong>pida <strong>do</strong> que as freqüências<br />

mais baixas. Sen<strong>do</strong> assim, o tratamento com <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> de 3,0 MHz é indica<strong>do</strong> para teci<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

superficiais, enquanto que o tratamento com <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> de 1 MHz é indica<strong>do</strong> para teci<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

mais profun<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

• Intensidade: é a energia total por segun<strong>do</strong> suprida pelo aparelho, é medida em watts. O<br />

uso de intensidade de 0,5 W/cm 2<br />

e inferiores para que sejam atingidas as maiores


velocidades de cicatrização em teci<strong><strong>do</strong>s</strong> como a pele, tendões e ossos. H<strong>á</strong> evidência de que<br />

níveis de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> superiores a 1,5 W/cm 2 exercem um efeito adverso nos teci<strong><strong>do</strong>s</strong> em<br />

processo de reparação. Efeitos térmicos significativos podem ser obti<strong><strong>do</strong>s</strong> usan<strong>do</strong><br />

intensidade entre 0,5 e 1 W/cm 2 . Devemos fazer tratamentos abaixo <strong><strong>do</strong>s</strong> 0,5 W/cm 2 para<br />

que sejam postos em ação mecanismos basicamente atérmicos (KITCHEN; BASIN,<br />

1998).<br />

• Tipo de aplicação: A duração <strong>do</strong> tratamento depende da <strong>á</strong>rea a ser tratada Young (1998)<br />

recomenda que pelo menos 1 minuto seja dispendi<strong>do</strong> no tratamento de uma <strong>á</strong>rea de 1cm².<br />

• Técnica de aplicação: existem diversas técnicas de aplicação, sen<strong>do</strong> que a mais<br />

comumente utilizada no tratamento <strong>do</strong> FEG é a aplicação direta, realizada quan<strong>do</strong> a<br />

superfície a ser irradiada é razoavelmente plana, sem muitas irregularidades, permitin<strong>do</strong><br />

um perfeito contato de toda a superfície met<strong>á</strong>lica <strong>do</strong> transdutor com a pele. Nesta técnica<br />

pode- se utilizar o gel hidrossolúvel ou formulações farmacológicas com fins terapêuticos<br />

(FILHO, 2004).<br />

2.6.3 Ultra-<strong>som</strong> no FEG<br />

Existe uma gama muito ampla de indicações <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, sen<strong>do</strong> que, seu uso em<br />

estética est<strong>á</strong> crescen<strong>do</strong> pela obtenção de excelentes resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> consegui<strong><strong>do</strong>s</strong> em determinadas<br />

patologias, tais como, o fibro edema gelóide e em teci<strong>do</strong> cicatricial (GUIRRO; GUIRRO,<br />

2002).<br />

Conforme Gonçalves (2005), o US é amplamente utiliza<strong>do</strong>, de mo<strong>do</strong> individual ou<br />

associa<strong>do</strong> a inúmeros tratamentos, tais como: na analgesia e reparo de lesões músculo<br />

esqueléticas, no pré-operatório de lipocirurgias, na cicatrização de feridas cirúrgicas e não<br />

cirúrgicas, na redução da hidrolipodistrofia (HLD) ou FEG.


No fibro edema gelóide crônico ocorre a fibroesclerose <strong><strong>do</strong>s</strong> septos conjuntivos<br />

interlobulares. Portanto, uma outra função <strong>do</strong> tratamento é melhorar a maleabilidade <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong>. O uso <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> est<strong>á</strong> vincula<strong>do</strong> aos seus <strong>efeitos</strong> fisiológicos associa<strong><strong>do</strong>s</strong> à sua<br />

capacidade de veiculação de substância através da pele (FILHO, 2004)<br />

Conforme a clínica estética, as ondas <strong>ultra</strong>-sônicas possuem a capacidade de<br />

aquecer em profundidade os teci<strong><strong>do</strong>s</strong> humanos. Associan<strong>do</strong>-a com enzimas, acredita-se que<br />

haja efic<strong>á</strong>cia no tratamento da celulite<br />

De acor<strong>do</strong> com Pereira (2004), o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> é uma das principais técnicas de<br />

tratamento terapêutico no FEG, pois emite vibrações sonoras de alta freqüência, que causar<strong>á</strong><br />

um atrito nos complexos celulares <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, produzin<strong>do</strong> uma micro-massagem, ten<strong>do</strong> um<br />

conseqüente aumento <strong>do</strong> metabolismo celular e quebra <strong>do</strong> FEG.<br />

O uso desta técnica no tratamento <strong>do</strong> FEG, veincula-se aos seus <strong>efeitos</strong><br />

fisiológicos, dentre os quais pode-se destacar a neovascularização, com conseqüente aumento<br />

da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras col<strong>á</strong>genas, melhora das<br />

propriedades mecânicas <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> e veinculação de substancias através da pele (PATRICK,<br />

1978).<br />

Conti e Pereira (2003), destaca dentre os <strong>efeitos</strong> da utilização deste aparelho o<br />

aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras col<strong>á</strong>genas e melhora<br />

das propriedades da mecânica <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.<br />

Gonçalves (2005) relata que o sistema circulatório tem a peculiaridade de interagir<br />

com o US, pois apresenta partículas em movimento e va<strong>som</strong>otricidade baseada num complexo<br />

controle neuro-humoral. Respostas como alterações da coagulação, fibrinólise,<br />

va<strong>som</strong>otricidade, estímulo angiogênico e outras tem si<strong>do</strong> descritas em situações especificas e<br />

controladas empregan<strong>do</strong> a terapia <strong>ultra</strong>-sônica, porém, o autor relata ainda que encontra-se<br />

poucos estu<strong><strong>do</strong>s</strong> referentes aos mecanismos biológicos <strong>do</strong> US no sistema circulatório.


Como as patologias estéticas atingem teci<strong><strong>do</strong>s</strong> superficiais como a pele,<br />

pre<strong>do</strong>minantemente o teci<strong>do</strong> conjuntivo (derme), produzin<strong>do</strong> alterações de car<strong>á</strong>ter<br />

circulatórias e mecânicas <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, não necessita, portanto de uma penetração muito grande<br />

das ondas mecânicas. Sen<strong>do</strong> assim, o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> de 3 MHz é o mais indica<strong>do</strong> para o tratamento<br />

dessas patologias (BIOSET, 200?).<br />

A eleição da freqüência de 1 ou 3 MHz depende portanto da localização <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong> afeta<strong><strong>do</strong>s</strong>. Dada a alta absorção das ondas com a freqüência de 3 MHz, sua penetração<br />

é muito mais superficial (BIOSET, 200?).<br />

2.6.4 Fonoforese<br />

Conti e Pereira (2003) relata que o uso desta técnica est<strong>á</strong> vinculada aos seus <strong>efeitos</strong><br />

fisiológicos associa<strong>do</strong> a sua capacidade de veinculação de substâncias através da pele<br />

(fonoforese).<br />

Alguns estu<strong><strong>do</strong>s</strong> tem demonstra<strong>do</strong> que o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> pode aumentar a penetração em<br />

relação a quantidade e profundidade de algumas drogas através da pele. Este novo conceito <strong>do</strong><br />

<strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> combina<strong>do</strong> com drogas tem promovi<strong>do</strong> investigações nos diversos campos da<br />

medicina (KOEKE, 2003).<br />

Fonoforese ou sonoforese é um termo que descreve a habilidade <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> em<br />

incrementar a penetração de agentes farmacológicos ativos através da pele. Trata-se de uma<br />

eficiente alternativa de transporte de substâncias, além da utilização medicamentosa via oral,<br />

ou injeções intradérmicas (FILHO, 2004).<br />

Segun<strong>do</strong> Low e Reed (2001), algumas drogas são absorvidas pela pele muito<br />

lentamente; a vibração sonora de alta freqüência pode acelerar esse processo. Koeke (2003)<br />

explica que a principal circunstância que envolve a deposição da droga seja o fenômeno de


cavitação que resulta na formação de microbolhas gasosas na camada externa da pele, que<br />

podem romper-se violentamente, e possivelmente permitir a passagem da droga e, de acor<strong>do</strong><br />

com este fato, é possível que uma desorganização na região lipídica da camada córnea venha<br />

a ocorrer, poden<strong>do</strong> aumentar sua permeabilidade.<br />

O <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> provoca um aquecimento, o qual é capaz de aumenta a energia<br />

cinética das moléculas <strong>do</strong> f<strong>á</strong>rmaco e da membrana celular, dilatan<strong>do</strong> os pontos de entrada <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

folículos pilosos e glândulas su<strong>do</strong>ríparas e aumentan<strong>do</strong> a circulação da <strong>á</strong>rea irradiada. As<br />

características mecânicas não-térmicas <strong>do</strong> US podem aumentar a difusão de f<strong>á</strong>rmacos pela<br />

oscilação em alta velocidade das células, além de proporcionar mudanças no potencial de<br />

repouso da membrana celular e ruptura da membrana de algumas células da <strong>á</strong>rea irradiada<br />

(BYL, 1995).<br />

Para Low e Reed (2001), a profundidade na qual pode-se fazer com que as drogas<br />

penetrem é uma questão particularmente incerta. Assim que a droga passa pela epiderme é<br />

prov<strong>á</strong>vel que seja dispersa na circulação em uma extensão que depende da vascularidade <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong> em questão e da facilidade com que as moléculas da droga podem entrar nos vasos<br />

sanguíneos.<br />

Os mesmos autores relatam ainda, que é preciso compreender que a penetração<br />

mais profunda não infere necessariamente em maior efetividade. Se os <strong>efeitos</strong> terapêuticos<br />

devem ocorrer na derme e na epiderme, seria de esperar que as freqüências mais altas fossem<br />

um sistema de emissão mais efetivo, j<strong>á</strong> que a energia <strong>ultra</strong>-sonora é amplamente absorvida<br />

nos teci<strong><strong>do</strong>s</strong> superficiais. A profundidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>-alvo determina a freqüência usada. A<br />

duração da sessão depende da <strong>á</strong>rea sobre a qual a fonoforese ser<strong>á</strong> aplicada. A maioria das<br />

aplicações de fonoforese relatadas tem emprega<strong>do</strong> energia <strong>ultra</strong>-sonora contínua.<br />

De acor<strong>do</strong> com Starkey (2001), na utilização da fonoforese, o substituto <strong>do</strong> gel<br />

acopla<strong>do</strong>r padrão é um gel ou um creme conten<strong>do</strong> a medicação, que é bastante variada e pode<br />

exigir prescrição medica.


Conforme Conti e Pereira (2003), as substancias utilizadas na fonoforese são<br />

enzimas de difusão de mucopolissacarídeos, entre outras. Segun<strong>do</strong> este, observa-se que o<br />

pulso contínuo é mais utiliza<strong>do</strong> para esta técnica, a intensidade <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> terapêutico não<br />

deve ser muito elevada, visto que a absorção da onda <strong>ultra</strong>-sônica pelos teci<strong><strong>do</strong>s</strong> biológicos<br />

provoca um aumento da temperatura local, haven<strong>do</strong> risco de desnaturar as enzimas.<br />

Têm si<strong>do</strong> realizadas utilizações de substâncias lipolíticas, farmacologicamente<br />

ativas, por via tópica com objetivos de reduzir o tamanho das hérnias adipocit<strong>á</strong>rias, que<br />

provocam o aspecto <strong>do</strong> FEG (DRAELOS; MARENUS, 1997).<br />

A cafeína é um alcalóide deriva<strong>do</strong> das metilxantinas, é utilizada como<br />

potencializa<strong>do</strong>r da lipólise nos adipócitos e também estimula e degradação <strong><strong>do</strong>s</strong> triglicerídios<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> adipócitos, reduzin<strong>do</strong> assim o seu volume (BIBIÁN, 2006). De acor<strong>do</strong> com Belilowsky<br />

(1988), a aplicação tópica de cafeína é a 5%, com o objetivo de evitar os <strong>efeitos</strong> indesej<strong>á</strong>veis<br />

desta.<br />

Bibi<strong>á</strong>n (2006), relata ainda a utilização de ginko biloba, extrato de centella asi<strong>á</strong>tica<br />

e hera como princípios ativos para o tratamento <strong>do</strong> FEG. O ginko biloba tem ação<br />

vasodilata<strong>do</strong>ra, antiinflamatória e diurética, no tratamento <strong>do</strong> FEG ela aumenta a resistência<br />

capilar e diminui os edemas, ativa a circulação e drena as toxinas e <strong>á</strong>gua em excesso nos<br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong>. O extrato de centella asi<strong>á</strong>tica tem ação elastificante <strong><strong>do</strong>s</strong> vasos sanguíneos e<br />

antiedematoso. A hera acelera a digestão das gorduras estimulan<strong>do</strong> a ação das enzimas da<br />

pele.<br />

Segun<strong>do</strong> Guirro e Guirro (2002) as contra-indicações da fonoforese são:<br />

• Sobre o útero gravídico: em virtude da possibilidade de cavitação no líqui<strong>do</strong> amniótico e<br />

da ocorrência de malformações no feto;<br />

• Diretamente sobre o coração pela modificação no potencial de ação e de suas propriedades<br />

contr<strong>á</strong>teis;


• Diretamente sobre tumores pois pode-se acelerar o crescimento e/ou as met<strong>á</strong>stases;<br />

• Globo ocular pela possibilidade de cavitação;<br />

• Diretamente sobre en<strong>do</strong>próteses;<br />

• Diretamente sobre implantes met<strong>á</strong>licos pela existência de interfaces, as quais poderão<br />

aumentar o índice de reflexão <strong>do</strong> feixe <strong>ultra</strong>-sônico;<br />

• Processos infecciosos pelo risco de disseminação;<br />

• Tromboflebites e varizes pela deficiência circulatória e pelo risco de promover embolias;<br />

2.7 Endermologia<br />

Técnica criada a partir de experimentações utilizan<strong>do</strong>-se a pressoterapia por<br />

pressão negativa, sen<strong>do</strong> que o receptor de pressão tem suas paredes ativas, destinadas <strong>do</strong><br />

incremento circulatório, tanto venoso quanto linf<strong>á</strong>tico e ainda a massoterapia por rolagem e<br />

palpação. Essa associação de movimentos provoca a quebra das fibras que ficam entre as<br />

aglomerações de gordura, melhoran<strong>do</strong> a oxigenação e reduzin<strong>do</strong> os nódulos de gordura que<br />

causam a celulite (ANDRADE, 2005).<br />

A endermologia refere-se <strong>á</strong> uma técnica de tratamento através de um aparelho que<br />

realiza movimentos associa<strong><strong>do</strong>s</strong> à aspiração (sucção), proporcionan<strong>do</strong> <strong>efeitos</strong> biofísicos<br />

específicos no combate ao FEG.<br />

Também é denominada como um méto<strong>do</strong> palper-roler (palpar-rolar). É uma<br />

técnica de tratamento que engloba equipamentos específicos, basea<strong><strong>do</strong>s</strong> na aspiração (sucção),<br />

acresci<strong><strong>do</strong>s</strong> de uma mobilidade profunda da pele e tela subcutânea, permitin<strong>do</strong> um incremento<br />

na circulação sanguínea e superficial (GUIRRO; GUIRRO, 2004).


No entanto Barretto (2006) colabora relatan<strong>do</strong> que, a endermologia é um<br />

tratamento não invasivo, ou seja, que não utiliza agulhas. Foi cria<strong>do</strong> na França h<strong>á</strong> 12 anos e é<br />

indica<strong>do</strong> no combate à celulite e/ou à gordura localizada. É executa<strong>do</strong> por um aparelho que,<br />

com movimentos de aspiração e rolamento, melhora a circulação, a oxigenação e o tônus da<br />

pele, reduzin<strong>do</strong> os nódulos celulíticos. Também redistribui a gordura, evitan<strong>do</strong> seu acúmulo<br />

em determinadas <strong>á</strong>reas.<br />

Segun<strong>do</strong> Guitay (1996), o uso desse aparelho possibilita uma dupla ação sinérgica<br />

de aspiração e mobilização dérmica, na qual é utiliza<strong>do</strong> pressão negativa de sucção associa<strong>do</strong><br />

ao rolamento exerci<strong>do</strong> pelos rolos presentes no cabeçote <strong>do</strong> aparelho.<br />

2.7.1 Composição <strong>do</strong> aparelho<br />

O princípio da técnica baseia-se em um procedimento eletrônico que utiliza <strong>do</strong>is<br />

rolos monitoriza<strong><strong>do</strong>s</strong>, situa<strong><strong>do</strong>s</strong> na m<strong>á</strong>quina e uni<strong><strong>do</strong>s</strong> a uma aspiração constante (SSB, 2004).<br />

O aparelho realiza uma aspiração que é regulada por eletrov<strong>á</strong>lvulas que obedecem<br />

a um sistema eletrônico. Para a realização da massagem eletrônica é utiliza<strong>do</strong> roletes que<br />

situam-se no cabeçote, os quais adaptam-se bem a pele para que não ocorra desconforto e<br />

hematomas (BERAMENDI, 1999).


Figura 14: Aparelho Dermovac.<br />

Fonte: Bioset (200?)<br />

O cabeçote tem como função apalpar, sugar e rolar é forma<strong>do</strong> por uma câmera de<br />

aspiração, em que o estancamento é garanti<strong>do</strong> por v<strong>á</strong>lvulas laterais e longitudinais. A potência<br />

utilizada no aparelho depende da qualidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> e sensibilidade <strong>do</strong> paciente. A espessura<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> roletes relacionam-se a espessura da pele e <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> adiposo subcutâneo em tratamento,<br />

sen<strong>do</strong> que a pressão lateral que exerce sobre a <strong>do</strong>bra cutânea é constante. A depressão é<br />

promovida pela bomba a v<strong>á</strong>cuo que aspira a pele entre os <strong>do</strong>is roletes, cria uma <strong>do</strong>bra cutânea,<br />

a qual é enrolada e massageada pelos roletes graças a um motor incorpora<strong>do</strong> ao cabeçote<br />

(GUITAY, 1999).<br />

2.7.2 Efeitos fisiológicos<br />

A utilização da pressão negativa (v<strong>á</strong>cuo) como técnica de massagem corporal,<br />

associada a ação mecânica <strong><strong>do</strong>s</strong> roletes para simular um massageamento bidigital, tem como<br />

objetivos a diminuição <strong>do</strong> transtorno circulatório, a redução da gordura localizada, o auxílio<br />

na drenagem linf<strong>á</strong>tica, bem como uma poderosa técnica no tratamento da FEG (BIOSET,<br />

200?).<br />

De acor<strong>do</strong> com Andrade (2005), a endermologia atua nos planos cutâneo e<br />

subcutâneo, nomeadamente no teci<strong>do</strong> conjuntivo, teci<strong>do</strong> adiposo e estruturas vasculares e<br />

linf<strong>á</strong>ticas.


Figura 15: Ação sinérgica de aspiração<br />

(sucção) associa<strong>do</strong> a mobilização da pele e<br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong> subcutâneos.<br />

Fonte: Endermologie (2005).<br />

Wiseman et al (2005), acredita que a ação <strong>do</strong> aparelho de endermologia resulta em<br />

um melhor contorno da pele e propicia uma melhor distribuição da gordura subcutânea.<br />

Desta forma, este aparelho resulta em muitas ações fisiológicas:<br />

A melhora da circulação e auxílio da drenagem linf<strong>á</strong>tica é devi<strong>do</strong> às massagens<br />

pres<strong>som</strong>ecânicas exercidas pelos aplica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> aparelho que promovem um<br />

descongestionamento e aumento da vascularização <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> hipodérmicos, local <strong>do</strong> FEG,<br />

contribuin<strong>do</strong> então para o esvaziamento de gordura e líqui<strong><strong>do</strong>s</strong> acumula<strong><strong>do</strong>s</strong> neste local,<br />

melhoran<strong>do</strong> sensivelmente a aparência <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> ao tratamento. Se a aplicação<br />

for efetuada seguin<strong>do</strong>-se o caminho distal-proximal nos membros inferiores e ab<strong>do</strong>me, tem-se<br />

um grande auxílio no aumento da drenagem linf<strong>á</strong>tica, ten<strong>do</strong> em vista que estar<strong>á</strong> “forçan<strong>do</strong>-se”<br />

o fluxo circulatório com a aplicação <strong>do</strong> v<strong>á</strong>cuo, associa<strong>do</strong> ou não com os roletes (BIOSET,<br />

200?).<br />

Andrade (2005), relata que a aplicação desta técnica além de estimular a<br />

circulação local também desorganiza as células adiposas e rompe nódulos fibrosos que<br />

caracterizam a celulite, com isso a gordura também é estimulada e transforma-se em


glicerol, substância absorvida pela circulação e eliminada <strong>do</strong> organismo, restauran<strong>do</strong> a<br />

qualidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> cutâneo.<br />

Quanto a tonificação da pele, Beramendi (1999) explica que ao estimular os<br />

fibroblastos, produto de elastina e col<strong>á</strong>geno, associa<strong>do</strong> ao descongestionamento <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

isto contribui para a recuperação da pele e de seu aspecto mais saud<strong>á</strong>vel, com o<br />

desaparecimento das ondulações. A varredura <strong>do</strong> cabeçote associa<strong>do</strong> ao v<strong>á</strong>cuo elimina a<br />

camada córnea da epiderme, tornan<strong>do</strong> o seu aspecto mais suave.<br />

A ação lipolítica também é estimulada, pois a massagem mecânica força a<br />

normalização das funções metabólicas, os adipócitos que encontravam-se congestiona<strong><strong>do</strong>s</strong> no<br />

interior <strong><strong>do</strong>s</strong> lobos retornam a sua configuração original, liberan<strong>do</strong> os estoques de gordura<br />

excedentes. Sen<strong>do</strong> assim, os lobos também diminuem de volume, deixan<strong>do</strong> de tracionar os<br />

trabéculos <strong><strong>do</strong>s</strong> septos que formam capitonê. A lipogênege e a lipólise retornam ao equilíbrio<br />

(BERAMENDI, 1999).<br />

A utilização da endermologia proporciona ainda um desfibrosamento profun<strong>do</strong> e<br />

um aplanamento da epiderme, pois por meio desta técnica normaliza-se a vascularização<br />

cutânea eliminan<strong>do</strong> as toxinas estagnadas, melhoran<strong>do</strong> então, o aporte de substâncias e os<br />

elementos nutritivos que agem sobre o teci<strong>do</strong> conjuntivo. A ação combinada da pressão<br />

negativa (v<strong>á</strong>cuo) e massageamento propõem um desfibrosamento progressivo <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> e<br />

uma regeneração <strong>do</strong> tônus da epiderme pela estimulação <strong><strong>do</strong>s</strong> fibroblastos. Ao submeter os<br />

fibroblastos a uma força de tração, aumenta-se a produção de col<strong>á</strong>geno e elastina, quan<strong>do</strong><br />

compara<strong>do</strong> a um fibroblasto em repouso, este aspecto torna-se fundamental para uma melhor<br />

mobilidade, adesão, elasticidade e tonicidade da pele (GUITAY, 1996; BERAMENDI, 1999).<br />

2.7.3 Aplicação terapêutica


A endermologia vem sen<strong>do</strong> utilizada como técnica terapêutica para o tratamento<br />

de FEG, proporcionan<strong>do</strong> uma remodelagem corporal, em que a pele adquire aspecto mais<br />

regular propician<strong>do</strong> então aos pacientes uma melhora da saúde e da estética.<br />

Conforme Andrade (2005), esta é a única técnica que utiliza a combinação de<br />

sucção e a ação de <strong>do</strong>is rolos monitoriza<strong><strong>do</strong>s</strong> simultaneamente. Para a aplicação necessita-se<br />

<strong>do</strong> uso de um creme ou gel, afim de auxiliar no deslizamento <strong><strong>do</strong>s</strong> massagea<strong>do</strong>res. O creme ou<br />

gel podem ou não conter princípios ativos em sua formulação, fican<strong>do</strong> a critério <strong>do</strong> terapeuta.<br />

Conforme Andrade (2005), as pessoas submetidas ao tratamento com esta técnica,<br />

relatam que é como se fizessem gin<strong>á</strong>stica na pele e teci<strong><strong>do</strong>s</strong> subjacentes ten<strong>do</strong> a sensação de<br />

uma massagem profunda. Diferencia-se de massagem manual da<strong>do</strong> que esta varia consoante a<br />

pessoa que faz e o nível de pressão aplicada por ela (que são impossíveis de uniformizar ).<br />

2.7.4Contra-indicações<br />

A endermologia vem sen<strong>do</strong> utilizada como técnica terapêutica para o tratamento<br />

<strong>do</strong> FEG, proporcionan<strong>do</strong> uma remodelagem corporal, onde a pele adquire um aspecto mais<br />

regular proporcionan<strong>do</strong> aos pacientes ganhos em saúde e estética (LOPES, 2003).<br />

Segun<strong>do</strong> Guitay (1996), a endermologia é contra-indicada para pacientes que<br />

possuem:<br />

a) Hipertensão: A endermologia aumenta a vascularização, por isso, a pressão arterial deve<br />

ser sempre mensurada pelo fisioterapeuta;<br />

b) Afecções de pele: Procura-se evitar as regiões que possuem erupções, feridas abertas,<br />

inflamações, hematomas e despigmentações inespecíficas. Quan<strong>do</strong> estas afecções forem<br />

generalizadas a endermologia é contra-indicada;


c) Câncer: A utilização desta técnica promove um estímulo a circulação linf<strong>á</strong>tica, pode<br />

ocorrer a disseminação das células <strong>do</strong>entes;<br />

d) Hérnia: Pode agravar a herniação (exemplo: parede ab<strong>do</strong>minal), quan<strong>do</strong> aplicada<br />

diretamente sobre a região, por isso, deve-se apenas rodear estas <strong>á</strong>reas. A região inguinal<br />

nunca deve ser tratada, pela possibilidade de possuir hérnias ocultas;<br />

e) Veias varicosas: A aplicação da endermologia deve ser ao re<strong>do</strong>r das <strong>á</strong>reas afetadas;<br />

f) Flebites (inflamação de uma ou mais veias) e trombos;<br />

g) Gravidez: Evitar a aplicação, principalmente em regiões lombares e ab<strong>do</strong>minais.<br />

h) Uso de anticoagulantes: Os pacientes que possuem hematomas quase que permanente não<br />

devem ser trata<strong><strong>do</strong>s</strong> com endermologia, entretanto, os que fazem uso de baixas <strong><strong>do</strong>s</strong>es de<br />

aspirina diariamente não possuem contra-indicações;<br />

i) Pseu<strong>do</strong>atrofia: Afecções bem localizadas (como rachaduras na pele), que podem ser<br />

produzi<strong><strong>do</strong>s</strong> alguns meses depois da aplicação de injeção (usualmente de cortisona), e não<br />

forem determina<strong><strong>do</strong>s</strong> com exatidão na anamnese.<br />

j) Diabetes<br />

k) Marcapassos cardíaco: Porque pode causar interferências no ritmo cardíaco.<br />

Em alguns poucos casos os pacientes podem apresentar hematomas com<br />

facilidade. Deve-se prestar atenção especial no início <strong>do</strong> tratamento, onde os pacientes<br />

sensíveis a estas manifestações não devem ser trata<strong><strong>do</strong>s</strong> com endermologia.<br />

Além de ser contra-indica<strong>do</strong> em casos de flebite (inflamação de uma ou mais<br />

veias) e trombos; as pessoas com fotossensibilidade cutânea; pessoas com fragilidade capilar<br />

também ficam restritos à aplicação da técnica.


3 DELINEAMENTO DA PESQUISA<br />

De acor<strong>do</strong> com Gil (1994), o delineamento da pesquisa consiste em um<br />

planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolven<strong>do</strong> tanto a sua diagramação<br />

quanto a previsão de an<strong>á</strong>lise e interpretação <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong>. Ainda considera as formas de controle<br />

das vari<strong>á</strong>veis e o ambiente em que os da<strong><strong>do</strong>s</strong> são coleta<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

3.1 Tipo de pesquisa<br />

Esta pesquisa caracteriza-se em pesquisa quase experimental em decorrência da<br />

variação <strong>do</strong> plano cl<strong>á</strong>ssico, sen<strong>do</strong> que de acor<strong>do</strong> com Rudio (2000, p. 85) a mesma defini-se<br />

como: “antes” da aplicação <strong>do</strong> fator experimental e “depois”. Desta forma, este plano permite<br />

obter informações da influência que o fator experimental exerce sobre os indivíduos e certas<br />

modificações que produz. Segun<strong>do</strong> Gil (2002), numa pesquisa quase experimental não se<br />

verifica o pleno controle da aplicação <strong><strong>do</strong>s</strong> estímulos experimentais, ou seja, não tem grupo<br />

controle. É o caso <strong><strong>do</strong>s</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> que envolvem um único caso, sem controle, ou que aplicam<br />

pré-teste e pós-teste a um único grupo.<br />

Classifica-se ainda como uma pesquisa quantitativa, em que, a utilização <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

instrumentos de coleta são de informações numéricas, medidas ou contadas, aplica<strong><strong>do</strong>s</strong> a uma


amostra representativa de um universo a ser pesquisa<strong>do</strong>, fornecen<strong>do</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> numéricos,<br />

probabilísticos e estatísticos (ALMEIDA; RIBES, 2000, p. 98). Esta pesquisa é quantitativa,<br />

pois avalia tanto os aspectos físicos por meio de fotos e perimetria, como também avalia os<br />

níveis de satisfação por meio de ficha de <strong>avaliação</strong>.<br />

3.2 Caracterização da amostra da pesquisa<br />

A amostra desta pesquisa constituiu-se de um grupo de quinze pessoas <strong>do</strong> sexo<br />

feminino, raça branca, que apresentavam fibro edema gelóide, com faixa et<strong>á</strong>ria de 20 à 35<br />

anos, média de 25,93 anos, que foram atendidas na Clinica de Fisioterapia estética “Fisioarte”,<br />

da cidade de Chapecó, Santa Catarina. Quan<strong>do</strong> destas, todas inativas, não fumantes, isentas de<br />

dietas alimentares tanto quanto de patologias associadas e todas faziam uso de méto<strong>do</strong><br />

contraceptivo. O tratamento constou de dez sessões com duração de 50 minutos cada, as quais<br />

realizaram-se em uma freqüência de três vezes por semana.<br />

3.3 Instrumentos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para coleta de da<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Foram utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para coleta de da<strong><strong>do</strong>s</strong> os seguintes instrumentos:<br />

a) Um termo de consentimento assina<strong>do</strong> pelas pacientes, concordan<strong>do</strong> em participar da<br />

pesquisa por livre e espontânea vontade (Anexo A);<br />

b) Um termo de consentimento assina<strong>do</strong> pelas pacientes, concordan<strong>do</strong> em participar de fotos,<br />

vídeos e filmagens ( Anexo B)<br />

c) Ficha de <strong>avaliação</strong> para o FEG: para selecionar as pacientes porta<strong>do</strong>ras de FEG (Anexo<br />

C);


d) Câmera fotogr<strong>á</strong>fica digital Sony Cyber-shot 3.2 mega pixels, para obtenção de registro<br />

fotogr<strong>á</strong>fico da região acometida pelo FEG na primeira e na última sessão, para<br />

posteriormente verificarmos os <strong>efeitos</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> com o tratamento;<br />

e) Fita métrica da marca Corrente para realização da perimetria, na região glútea e de coxas,<br />

antes e após o tratamento com objetivo de futura comparação;<br />

f) Aparelho de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> da marca Bioset, modelo Sonacel expert, com cabeçote de 3 MHz<br />

para a realização <strong>do</strong> tratamento.<br />

Figura 16:- Aparelho de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong><br />

Fonte: Aparelhos (2006)<br />

g) Aparelho de Endermologia, Dermovac da marca KW, modelo VHS, para realização <strong>do</strong><br />

tratamento.<br />

Figura 17: Aparelho Dermovac.<br />

Fonte: Aparelhos (2006)<br />

h) Question<strong>á</strong>rio de satisfação: aplica<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> tratamento para avaliar a satisfação da


paciente com o tratamento realiza<strong>do</strong> (Apêndice A).<br />

3.4 Procedimentos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> na coleta de da<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Após a assinatura <strong>do</strong> termo de consentimento pela paciente em estu<strong>do</strong>, deu-se<br />

início a esta pesquisa, com o intuito de verificar o grau de comprometimento <strong>do</strong> FEG e <strong>efeitos</strong><br />

da aplicação da técnica de associação <strong>do</strong> US à fonoforese e endermologia para seu tratamento.<br />

Primeiramente, foi aplicada uma ficha de <strong>avaliação</strong> especifica para FEG, visan<strong>do</strong><br />

uma coleta <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> completa. Em seguida, foi realiza<strong>do</strong> o registro fotogr<strong>á</strong>fico da região<br />

comprometida a ser tratada, sen<strong>do</strong> que a fotografia foi tirada h<strong>á</strong> uma distância de um metro da<br />

paciente, h<strong>á</strong> um metro de altura. A perimetria foi realizada em cinco pontos da coxa: 10, 15,<br />

20, 25 e 30 cm acima da tuberosidade da tíbia.<br />

Os parâmetros utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> no <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> foram os seguintes: freqüência de 3 MHz,<br />

primeiramente no mo<strong>do</strong> contínuo para realizar a absorção <strong>do</strong> princípio ativo, numa<br />

intensidade de 1,5 W/cm², com tempo de aplicação de 5 minutos, segui<strong>do</strong> da aplicação de<br />

mais 5 minutos no mo<strong>do</strong> pulsa<strong>do</strong> com o objetivo de desfazer os nódulos de fibrose, numa<br />

intensidade de 2 W/ cm², totalizan<strong>do</strong> 10 minutos em cada hemicorpo, ou seja, cada região<br />

glútea e parte posterior da coxa. Para esta aplicação foi utilizan<strong>do</strong> gel, o qual manipula<strong>do</strong> pelo<br />

respons<strong>á</strong>vel Cleber Mauricio Silvestrim, CRF 3934, com a seguinte composição: cafeína 4%,<br />

ginkgo biloba 3%, centella asi<strong>á</strong>tica 3 % e hera 3 %, que sobre a ação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> ter<strong>á</strong> maior e<br />

melhor penetração na pele, num processo conheci<strong>do</strong> como fonoforese.<br />

Após o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> realizou-se aplicação da endermologia, durante 10 minutos em<br />

cada hemicorpo, numa pressão varian<strong>do</strong> de no 200 e no m<strong>á</strong>ximo 300 mmHg, conforme a


tolerância de cada paciente, sen<strong>do</strong> que após ocorrer a estabilidade <strong>do</strong> quadro sensitivo,<br />

realizava-se um leve aumento da pressão.<br />

A pesquisa foi realizada no perío<strong>do</strong> de dezembro de 2005 <strong>á</strong> fevereiro de 2006, na<br />

Clínica de Fisioterapia Estética “Fisioarte”, da cidade de Chapecó, Santa Catarina. O<br />

tratamento teve uma freqüência de três dias semanais, sen<strong>do</strong> que cada sessão possuía em<br />

média, 50 minutos de duração. O tratamento foi realiza<strong>do</strong> com <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> e fonoforese<br />

associa<strong>do</strong> a endermologia, como um tratamento único (isola<strong>do</strong>).<br />

3.5 An<strong>á</strong>lise <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

A an<strong>á</strong>lise <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> foi realizada através de uma an<strong>á</strong>lise descritiva, e exposta na<br />

forma de quadros, sen<strong>do</strong> que para estes utilizou-se o teste de Wilcoxon com 95% de<br />

significância; gr<strong>á</strong>ficos e registros fotogr<strong>á</strong>ficos.


4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS<br />

Após o término da fundamentação teórica, baseada em autores que descrevem os<br />

<strong>efeitos</strong> da aplicação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>, da fonoforese e da endermologia sobre o fibro edema<br />

gelóide (FEG), e o perío<strong>do</strong> de coleta de da<strong><strong>do</strong>s</strong>, realiza<strong>do</strong> a partir de 10 sessões de<br />

atendimentos, a an<strong>á</strong>lise e discussão <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> mais importantes obti<strong><strong>do</strong>s</strong> com a aplicação<br />

<strong>do</strong> instrumento em pacientes porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> FEG serão descritos a seguir:<br />

4.1 Da<strong><strong>do</strong>s</strong> da <strong>avaliação</strong><br />

Antes de iniciar o tratamento com o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> a fonoforese e<br />

endermologia nas regiões acometidas pelo FEG, foi realizada uma <strong>avaliação</strong> das pacientes<br />

com o objetivo de caracterizar o quadro.<br />

Foram selecionadas 15 pacientes <strong>do</strong> sexo feminino, com idade varian<strong>do</strong> de 20 a<br />

35 anos, média de 25,93 anos, raça branca, sedent<strong>á</strong>rias, não fumantes e isentas de dietas<br />

alimentares tanto quanto de patologias associadas, com uso de méto<strong>do</strong> contraceptivo. As<br />

pacientes relataram o aparecimento <strong>do</strong> FEG durante a a<strong>do</strong>lescência, devi<strong>do</strong> à aquisição de<br />

peso e após uso de anticoncepcionais, com maior pre<strong>do</strong>minância na região <strong><strong>do</strong>s</strong> glúteos e coxas<br />

e não realizavam tratamentos específicos para o FEG.


Segun<strong>do</strong> Conti e Pereira (2003), os fatores desencadeantes compreendem as<br />

alterações de natureza hormonal que ocorrem na a<strong>do</strong>lescência. O principal hormônio<br />

envolvi<strong>do</strong> é o estrógeno, considera<strong>do</strong> o inicia<strong>do</strong>r <strong>do</strong> processo e principalmente respons<strong>á</strong>vel<br />

pelo agravamento <strong>do</strong> FEG, na grande maioria das mulheres. Rossi e Vergnanini (2000)<br />

relatam que a grande maioria das mulheres apresenta esta patologia após a puberdade e se<br />

agrava durante a gestação e perío<strong>do</strong> menstrual.<br />

De acor<strong>do</strong> com Zimmermann (2004), sempre que a mulher sofre um aumento<br />

excessivo de peso devi<strong>do</strong> uma alimentação hipercalórica, este ocorre primeiro nas <strong>á</strong>reas<br />

ginóides, antes de se estender ao resto <strong>do</strong> corpo e estas regiões são preferenciais ao<br />

desenvolvimento da celulite.<br />

O sedentarismo permite menor solicitação <strong><strong>do</strong>s</strong> músculos, ocasionan<strong>do</strong> menor<br />

consumo de energia das células e conseqüente aumento da gordura. A falta de exercício físico<br />

diminui a capacidade circulatória, diminuin<strong>do</strong> a drenagem e a oxidação de toxinas<br />

(CAMPOS, 2000).<br />

Para Guirro e Guirro (2002), a atividade física é de vital importância no<br />

tratamento <strong><strong>do</strong>s</strong> esta<strong><strong>do</strong>s</strong> lipodistróficos, dada à condição freqüente de hipotonia muscular. O<br />

sedentarismo pode contribuir para o agravamento <strong>do</strong> FEG através <strong><strong>do</strong>s</strong> seguintes mecanismos:<br />

diminuição da massa muscular, com aumento da massa gordurosa; aumento da flacidez<br />

músculo-tendínea; e diminuição no mecanismo de bombeamento muscular <strong><strong>do</strong>s</strong> MMII,<br />

dificultan<strong>do</strong> o retorno venoso e linf<strong>á</strong>tico.<br />

A fim de identificar os graus <strong>do</strong> FEG presentes nas pacientes em questão foram<br />

realizadas a inspeção e a palpação, que conforme Guirro e Guirro (2004), é de importante<br />

propedêutica durante o exame físico. Neste verificou-se que as pacientes possuíam FEG<br />

principalmente na região glútea e porção superior e posterior da coxa.


Na inspeção, foi solicita<strong>do</strong> às pacientes que realizassem uma contração <strong>do</strong> local,<br />

no qual foi possível identificar a presença <strong>do</strong> FEG de grau 2 <strong>do</strong> tipo bran<strong>do</strong> ou difuso, sen<strong>do</strong><br />

este para Ciporkin e Paschoal (1992), é a forma mais comum <strong>do</strong> distúrbio. Porém foi também<br />

observa<strong>do</strong> a presença <strong><strong>do</strong>s</strong> graus 1 e 3 distribuí<strong><strong>do</strong>s</strong> na mesma região e em algumas pacientes.<br />

De acor<strong>do</strong> com o exame físico realiza<strong>do</strong> e confirma<strong>do</strong> pela literatura encontrada,<br />

as pacientes apresentaram FEG de grau 1, sen<strong>do</strong> percebi<strong>do</strong> <strong>som</strong>ente pela compressão <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong> entre os de<strong><strong>do</strong>s</strong> ou pela contração muscular volunt<strong>á</strong>ria e o grau 2, o foi visível mesmo<br />

sem a compressão <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> e mais evidente com ela. J<strong>á</strong> em alguns locais o FEG de grau 3<br />

apresentou-se evidente em qualquer posição, deixan<strong>do</strong> a pele da paciente fl<strong>á</strong>cida e cheia de<br />

relevos com aspecto de saco de nozes. Foi percebi<strong>do</strong> que no grau 2 e 3 a sensibilidade à <strong>do</strong>r<br />

estava aumentada (GUIRRO; GUIRRO, 2004).<br />

Realizou-se testes específicos para FEG na região <strong>do</strong> glúteo e porção superior e<br />

posterior da coxa em todas as pacientes, sen<strong>do</strong> que o “teste da casca de laranja” acentuaram as<br />

características <strong>do</strong> FEG j<strong>á</strong> existentes enquanto o “teste de preensão” demonstrou um aumento<br />

da sensibilidade <strong>do</strong>lorosa no local.<br />

Segun<strong>do</strong> Barros (2001), no FEG de grau 2 ocorre uma hipertrofia moderada, com<br />

nódulos visíveis à inspeção e palpação, poden<strong>do</strong> apresentar <strong>do</strong>r no local ao pressionar-se os<br />

teci<strong><strong>do</strong>s</strong>. Guirro e Guirro (2002) relatam que, as depressões ficam visíveis mesmo sem a<br />

compressão <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong>, sujeitas, portanto, a ficarem ainda mais aparentes mediante a<br />

compressão <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos..<br />

O FEG de grau 1 é sempre cur<strong>á</strong>vel, o grau 2 é freqüentemente cur<strong>á</strong>vel e o grau 3<br />

incur<strong>á</strong>vel, mas mesmo assim passível de melhora (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Sen<strong>do</strong> a<br />

fisioterapia uma importante técnica na amenização da aparência <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> e na estética.


4.2 Alterações visuais<br />

Foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> registros fotogr<strong>á</strong>ficos da região tratada, os quais foram<br />

efetua<strong><strong>do</strong>s</strong> antes e após o término <strong>do</strong> tratamento. Esse registro serviu como base de<br />

comparação para a verificação da efic<strong>á</strong>cia <strong>do</strong> tratamento, permitin<strong>do</strong> visualizar os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

obti<strong><strong>do</strong>s</strong> com a aplicação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à fonoforese e endermologia sobre o FEG.<br />

Porém, deve-se lembrar que o registro fotogr<strong>á</strong>fico não é tão fidedigno como a satisfação da<br />

paciente e a perimetria <strong>do</strong> membro, j<strong>á</strong> que pode haver mudanças de um registro para outro<br />

devi<strong>do</strong>, como por exemplo, a iluminação <strong>do</strong> local.<br />

Figura 18: Vista posterior na <strong>avaliação</strong><br />

Figura 19: Vista posterior com contração de glúteos na<br />

<strong>avaliação</strong><br />

Figura 20: Vista posterior após 10 sessões, na<br />

re<strong>avaliação</strong><br />

Figura 21: Vista posterior com contração de glúteos<br />

após 10 Sessões, na re<strong>avaliação</strong>


As duas primeiras fotos, na horizontal, foram realizadas antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong><br />

tratamento. J<strong>á</strong> as duas últimas fotos foram realizadas depois de 10 atendimentos, ou seja, ao<br />

término <strong>do</strong> tratamento.<br />

Nas fotos da esquerda a paciente permanecia em uma postura relaxada, sem<br />

contração muscular da região afetada. Enquanto que nas fotos à direita, era solicita<strong>do</strong> uma<br />

contração m<strong>á</strong>xima de glúteo, a região afetada.<br />

Após o tratamento proposto, pode-se perceber que houve uma redução<br />

significativa <strong>do</strong> FEG de grau 1 e 2 e uma melhora no aspecto <strong>do</strong> FEG de grau 3, sen<strong>do</strong> que,<br />

estes resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> se intensificaram ao término das 10 sessões.<br />

Os parâmetros utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> no <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> foram os seguintes: freqüência de 3 MHz,<br />

primeiramente no mo<strong>do</strong> contínuo para realizar a absorção <strong>do</strong> princípio ativo, numa<br />

intensidade de 1,5 W/cm², com tempo de aplicação de 5 minutos, segui<strong>do</strong> da aplicação de<br />

mais 5 minutos no mo<strong>do</strong> pulsa<strong>do</strong> com o objetivo de desfazer os nódulos de fibrose, numa<br />

intensidade de 2 W/ cm², totalizan<strong>do</strong> 10 minutos em cada hemicorpo, ou seja, cada região<br />

glútea e parte superior da coxa. Para esta aplicação foi utilizan<strong>do</strong> gel, com a seguinte<br />

composição: cafeína 4%, ginkgo biloba 3%, centella asi<strong>á</strong>tica 3 % e Hera 3 %, que sobre a<br />

ação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> tem maior e melhor penetração na pele, num processo conheci<strong>do</strong> como<br />

fonoforese.<br />

Após o <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> realizou-se aplicação da endermologia, durante 10 minutos em<br />

cada hemicorpo, numa pressão varian<strong>do</strong> de no mínimo 200 e no m<strong>á</strong>ximo 300 mmHg,<br />

conforme a tolerância de cada paciente, sen<strong>do</strong> que após ocorrer a estabilidade <strong>do</strong> quadro<br />

sensitivo, realizava-se um leve aumento da pressão.<br />

De acor<strong>do</strong> com Terapia (2005), um <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos fisioterapêuticos mais recentes da<br />

<strong>á</strong>rea de estética, é a terapia por ondas <strong>ultra</strong>-sônicas na freqüência de 3 MHz, indicada para o<br />

tratamento <strong>do</strong> FEG devi<strong>do</strong> a seus <strong>efeitos</strong> biofísicos onde são mais significativos a nível


superficial e que produzem alterações fisiológicas na fisiopatologia da afecção citada, são<br />

elas: redução ou eliminação de processos fibróticos, melhora da circulação sanguínea a nível<br />

local e aumento da permeabilidade das membranas celulares, analgesia e principalmente pelo<br />

favorecimento da penetração de f<strong>á</strong>rmacos ativos (fonoforese) no teci<strong>do</strong>.<br />

Com o decorrer da aplicação <strong>do</strong> tratamento em questão sobre os locais <strong>do</strong> FEG,<br />

através <strong>do</strong> protocolo estabeleci<strong>do</strong>, constatou-se a ocorrência de uma melhora no contorno da<br />

pele, que adquiriu um aspecto mais saud<strong>á</strong>vel, diminuin<strong>do</strong> o FEG de grau 1 e 2 e atenuan<strong>do</strong> os<br />

de grau 3, que a paciente possuía na posição relaxada e destacavam-se no momento de<br />

contração da região acometida.<br />

4.3 Alterações perimétricas<br />

Serão expostos a seguir quadros demonstrativos das medidas, em centímetros,<br />

antes e após a utilização <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à fonoforese e endermologia, as quais foram<br />

realizadas no primeiro dia de <strong>avaliação</strong> e na re<strong>avaliação</strong>, após 10 sessão de tratamento.<br />

Realizou-se a perimetria com base na tuberosidade da tíbia, medin<strong>do</strong>-se então 10, 15, 20, 25 e<br />

30 cm a cima da mesma. Para verificar a significância <strong>do</strong> tratamento realizou-se o teste de<br />

Wilcoxon, com amostras dependentes, o qual com 95% de significância em seus resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

MEMBROS INFERIORES: DIREITO E ESQUERDO<br />

PACIENTE Perimetria <strong>do</strong> MID Perimetria <strong>do</strong> MIE<br />

AVALIAÇÃO REAVALIAÇÃO AVALIAÇÃO REAVALIAÇAO<br />

01 41 39.5 42 41<br />

02 44 41.5 46 43<br />

03 41.5 41 42 41<br />

04 43.5 45 43.5 45<br />

05 47.5 43 43.5 42.5<br />

06 48 47 47 46


07 44 41.5 43.5 41.5<br />

08 43 41 44 42<br />

09 42.5 41 43 42<br />

10 43 45 43 44<br />

11 41.5 40.5 41.5 41<br />

12 41 39.5 41 39<br />

13 37 36 38 37<br />

14 37.5 37 36.5 36<br />

15 43.5 43 45 44<br />

Quadro 1: Medida de 10 cm acima da tuberosidade da tíbia<br />

**Diminuiu medidas<br />

**Aumentou medidas **Permaneceram as mesmas medidas<br />

No quadro I, o teste de Wilcoxon revelou a existência de diferenças de valores<br />

entre os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> na <strong>avaliação</strong> e na re<strong>avaliação</strong>. Conforme observa<strong>do</strong> na amostra, os<br />

resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da re<strong>avaliação</strong> foram menores, indican<strong>do</strong> a efetividade <strong>do</strong> procedimento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>.<br />

86,66%<br />

86,66%<br />

diminuiram as<br />

medidas<br />

aumentaram as<br />

medidas<br />

manteram as medidas<br />

13,33%<br />

13,33%<br />

0%<br />

0%<br />

MID<br />

MIE<br />

Gr<strong>á</strong>fico 1: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro I<br />

Perante o gr<strong>á</strong>fico acima pôde-se constatar uma atenuada redução das medidas tanto<br />

de MID como de MIE , de 86.66% das pacientes, valor este equivalente ao número de 13<br />

pacientes, enquanto que 02 adquiriram uma aumento de medidas também em MID e MIE,<br />

valor esse estima<strong>do</strong> em 13%.


MEMBROS INFERIORES: DIREITO E ESQUERDO<br />

PACIENTE Perimetria <strong>do</strong> MID Perimetria <strong>do</strong> MIE<br />

AVALIAÇAO REAVALIAÇAO AVALIAÇAO REAVALIAÇAO<br />

01 47 44 47 46<br />

02 49.5 49 48 46.5<br />

03 46.5 46 45 44<br />

04 47 49 48.8 50<br />

05 47.5 48 46 47<br />

06 51 50 50 49.5<br />

07 47.5 44.5 47 44.5<br />

00 46.5 44.5 47 45<br />

09 45 43.5 45.5 45<br />

10 47 49.5 46 48<br />

11 44 44 45 44.5<br />

12 44.5 43 44 44<br />

13 40 41.5 42 41<br />

14 42 40.5 42 40.5<br />

15 48.5 48 50 48<br />

Quadro 2: Medida de 15 cm acima da tuberosidade da tíbia<br />

No quadro II, o teste de Wilcoxon revelou a existência de diferenças de valores<br />

entre os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> na <strong>avaliação</strong> e na re<strong>avaliação</strong>. Conforme observa<strong>do</strong> na amostra, os<br />

resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da re<strong>avaliação</strong> foram menores, indican<strong>do</strong> a efetividade <strong>do</strong> procedimento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>.<br />

66,66%<br />

73,33%<br />

26,66%<br />

20%<br />

diminuiram as<br />

medidas<br />

aumentaram as<br />

medidas<br />

manteram as<br />

medidas<br />

6,66%<br />

6,66%<br />

MID<br />

MIE<br />

Gr<strong>á</strong>fico 2: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro II


Na re<strong>avaliação</strong> da segunda medida no MID, 66.66% equivalente ao número de 10<br />

pacientes, obtiveram uma redução das medidas, enquanto que 04 adquiriram uma aumento<br />

das mesmas, valor esse estima<strong>do</strong> em 26.66%. Uma das pacientes manteve a mesma medida da<br />

<strong>avaliação</strong> comparada com a re<strong>avaliação</strong> valor, 6%.<br />

No MIE, 73.33% equivalentes ao número de 11 pacientes, obtiveram uma redução<br />

das medidas, enquanto que 03 adquiriram um aumento das mesmas, valor esse estima<strong>do</strong> em<br />

20%. Uma das pacientes manteve a mesma medida da <strong>avaliação</strong> comparada com a re<strong>avaliação</strong><br />

valor este estima<strong>do</strong> em 6%.<br />

MEMBROS INFERIORES: DIREITO E ESQUERDO<br />

PACIENTE Perimetria de MID Perimetria de MIE<br />

AVALIAÇAO REAVALIAÇAO AVALIAÇAO REAVALIAÇAO<br />

01 51.5 49 51 50<br />

02 55 49 54 51<br />

03 50 49 50 49.5<br />

04 52 54 53 55.5<br />

05 51.5 51 52 51<br />

06 55 53.5 54 53<br />

07 50.5 47.5 50.5 47.5<br />

00 49.5 47 50.5 47.5<br />

09 48 47 48 47.5<br />

10 51 53 50.5 53<br />

11 48.5 47.5 49.5 48<br />

12 48 46 48 46<br />

13 45 44 46 45<br />

14 48 46.5 52 51<br />

15 53 52.5 54 53.5<br />

Quadro 3: Medida de 20 cm acima da tuberosidade da tíbia<br />

No quadro III, o teste de Wilcoxon também revelou a existência de diferenças de<br />

valores entre os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> na <strong>avaliação</strong> e na re<strong>avaliação</strong>. Conforme observa<strong>do</strong> na


amostra, os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da re<strong>avaliação</strong> foram menores, indican<strong>do</strong> a efetividade <strong>do</strong><br />

procedimento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>.<br />

86,66%<br />

80%<br />

13,33%<br />

20%<br />

diminuiram as<br />

medidas<br />

aumentaram as<br />

medidas<br />

manteram as<br />

medidas<br />

0%<br />

0%<br />

MID<br />

MIE<br />

Gr<strong>á</strong>fico 3: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro III<br />

Na re<strong>avaliação</strong> da terceira medida no MID, 86.66% equivalente ao número de 13<br />

pacientes, obtiveram uma redução das medidas, enquanto que 02 adquiriram uma aumento<br />

das mesmas, valor esse estima<strong>do</strong> em 13.33%. Enquanto que nenhuma paciente manteve suas<br />

medidas.<br />

No MIE 80% equivalentes ao número de 12 pacientes, obtiveram uma redução das<br />

medidas, enquanto que 03 adquiriram um aumento das mesmas, valor esse estima<strong>do</strong> em 20%.<br />

Nenhuma das pacientes manteve a mesma medida da <strong>avaliação</strong> comparada com a re<strong>avaliação</strong>.<br />

MEMBROS INFERIORES: DIREITO E ESQUERDO<br />

PACIENTE Perimetria de MID Perimetria de MIE<br />

AVALIAÇAO REAVALIAÇAO AVALIAÇAO REAVALIAÇAO<br />

01 54 53.5 54 53.5<br />

02 50 54 60 57.5<br />

03 53 52.5 54 53<br />

04 56 58.5 57 58<br />

05 55 54 55 51.5


06 59 58 59 57<br />

07 53 50.5 53 50.5<br />

00 53 50 55 49<br />

09 53.5 53 53 52<br />

10 55 56 55.5 55.5<br />

11 52.5 50.5 53.5 51<br />

12 51 49 51 49<br />

13 49 48.5 50 45.8<br />

14 52 50 50 49<br />

15 56 56 58 58<br />

Quadro 4: Medida de 25 cm acima da tuberosidade da tíbia<br />

No quadro IV, o teste de Wilcoxon revelou a existência de diferenças de valores<br />

entre os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> na <strong>avaliação</strong> e na re<strong>avaliação</strong>. Conforme observa<strong>do</strong> na amostra, os<br />

resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da re<strong>avaliação</strong> foram menores, indican<strong>do</strong> a efetividade <strong>do</strong> procedimento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>.<br />

73,33%<br />

80%<br />

20%<br />

6,66%<br />

6,66%<br />

13,33%<br />

diminuiram as<br />

medidas<br />

aumentaram as<br />

medidas<br />

manteram as medidas<br />

MID<br />

MIE<br />

Gr<strong>á</strong>fico 4: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro IV<br />

Neste gr<strong>á</strong>fico verifica-se que no MID, 73.33% das pacientes, equivalentes ao<br />

número de 11 pacientes, obtiveram uma redução das medidas, enquanto que 03 adquiriram


uma aumento das mesmas, valor que estima-se em 20%. Uma paciente manteve suas medidas,<br />

resultan<strong>do</strong> em 6.66% da amostra.<br />

No MIE, 80% equivalentes ao número de 12 pacientes, obtiveram uma redução<br />

das medidas, enquanto que 01 adquiriu aumento das mesmas, valor esse de 6.66%. Duas<br />

pacientes mantiveram a mesma medida da <strong>avaliação</strong> comparada com a re<strong>avaliação</strong>.<br />

MEMBROS INFERIORES: DIREITO E ESQUERDO<br />

PACIENTE Perimetria de MID Perimetria de MIE<br />

AVALICAO REAVALIAÇAO AVALIAÇAO REAVALIAÇAO<br />

01 56.5 55 56 56<br />

02 63 60 63 60<br />

03 56.5 56 56 55<br />

04 60 60 61.5 61<br />

05 56.5 56 55.5 55<br />

06 60.5 59 60 59<br />

07 55 54 56 54.5<br />

00 57 54 58 54.5<br />

09 55 54.5 55 53<br />

10 57.5 58 59 57<br />

11 53.5 52 54 52<br />

12 53 51 53 51<br />

13 52 51 53 51.5<br />

14 52.5 51 52 51<br />

15 59 58 60 60<br />

Quadro 5: Medida de 30 cm acima da tuberosidade da tíbia<br />

Neste quadro, o teste de Wilcoxon revelou a existência de diferenças de valores<br />

entre os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> na <strong>avaliação</strong> e na re<strong>avaliação</strong>. Conforme observa<strong>do</strong> na amostra, os<br />

resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da re<strong>avaliação</strong> foram menores, indican<strong>do</strong> a efetividade <strong>do</strong> procedimento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>.


86,66%<br />

86,66%<br />

6,66% 6,66%<br />

0%<br />

13,33%<br />

diminuiram as<br />

medidas<br />

aumentaram as<br />

medidas<br />

manteram as<br />

medidas<br />

MID<br />

MIE<br />

Gr<strong>á</strong>fico 5: Comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das medidas <strong>do</strong> quadro V<br />

Na re<strong>avaliação</strong> da última medida, no MID, 86.66% das pacientes, equivalentes ao<br />

número de 13 pacientes, obtiveram uma redução das medidas, enquanto que 01 adquiriu<br />

aumento das mesmas, valor que se estima em 6.66% e outra pacientes manteve suas medidas,<br />

resultan<strong>do</strong> em 6.66% da amostra. Nesta mesma re<strong>avaliação</strong>, no MIE, 86.66% das pacientes,<br />

equivalentes ao número de 13 pacientes, obtiveram uma redução das medidas, enquanto que<br />

nenhuma adquiriu aumento das mesmas, valor que se estima em 0% e 02 pacientes<br />

mantiveram suas medidas, resultan<strong>do</strong> em 13.33% da amostra.<br />

Os quadros I, II, III, IV e V nos mostram a redução nas medidas MMII,<br />

apontan<strong>do</strong>-nos cada medida, quan<strong>do</strong> comparadas à <strong>avaliação</strong> e a re<strong>avaliação</strong> das pacientes<br />

submetidas ao tratamento, sen<strong>do</strong> possível visualizar melhor os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> através <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

gr<strong>á</strong>ficos, nos quais pode-se observar a porcentagem informativa da significância <strong>do</strong><br />

tratamento utiliza<strong>do</strong>.<br />

Bassoli (2001) cita que as medidas lineares, morfométricas são muito utilizadas<br />

em estu<strong><strong>do</strong>s</strong> histopatológicos, pois, são mais objetivas, facilmente reproduzíveis e podem ser<br />

detectadas alterações que em uma observação visual muitas vezes pode ser negligenciada.


De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> nesta pesquisa, o US associa<strong>do</strong> à fonoforese<br />

e endermologia mostrou-se um méto<strong>do</strong> eficaz no tratamento <strong>do</strong> FEG, reduzin<strong>do</strong> sua<br />

quantidade e aparência.<br />

Conforme Conti e Pereira (2003), realizou-se um estu<strong>do</strong>, por um perío<strong>do</strong> de 15<br />

sessões, o qual mostrou resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> favor<strong>á</strong>veis que justificavam o uso <strong>do</strong> US e da fonoforese<br />

para o tratamento <strong>do</strong> FEG, pois o US, através da fonoforese promoveu a redução <strong>do</strong> FEG,<br />

proporcionou a neovascularização com conseqüente aumento da circulação, rearranjo e<br />

aumento da extensibilidade das fibras col<strong>á</strong>genas e melhora das propriedades mecânicas <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong> .<br />

Guirro e Guirro (2002) citam, além <strong>do</strong> US, a importância da endermologia que<br />

consiste de um tratamento que engloba equipamentos específicos basea<strong><strong>do</strong>s</strong> na aspiração<br />

(sucção), acresci<strong><strong>do</strong>s</strong> de uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitin<strong>do</strong> um<br />

incremento na circulação sanguínea superficial. O tratamento com endermologia melhora a<br />

maleabilidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, inclusive nas fases mais avançadas <strong>do</strong> distúrbio, suavizan<strong>do</strong> o<br />

aspecto de acolchoa<strong>do</strong> da pele provoca<strong>do</strong> pelo FEG.<br />

Os princípios ativos farmacológicos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> neste estu<strong>do</strong>, que foram acresci<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

ao gel para o tratamento com o US foram basea<strong><strong>do</strong>s</strong> em da<strong><strong>do</strong>s</strong> da literatura.<br />

Segun<strong>do</strong> Draelus e Marenus (1997) têm si<strong>do</strong> utilizadas substâncias lipolíticas,<br />

farmacologicamente ativas, por via tópica com objetivo de reduzir o tamanho das hérnias<br />

adipocit<strong>á</strong>rias, diminuin<strong>do</strong> o aspecto <strong>do</strong> FEG.<br />

Dentre os ativos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> no tratamento <strong>do</strong> FEG, com ações sobre o teci<strong>do</strong><br />

conjuntivo, destaca-se o ginko biloba, extrato de centella asi<strong>á</strong>tica e hera (BIBIAN, 2006).


13.33%<br />

13.33%<br />

13.33%<br />

40%<br />

diminuiu todas<br />

as medidas<br />

diminuiu 4<br />

medidas<br />

diminuiu 3<br />

medidas<br />

diminuiu 2<br />

medidas<br />

aumentou as<br />

medidas<br />

20%<br />

Gr<strong>á</strong>fico 6: Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> finais da perimetria nos MMII<br />

Com o tratamento em questão, pode-se obter resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> significativos, conforme<br />

mostra o gr<strong>á</strong>fico acima, em que, 40% das pacientes obtiveram redução em todas as medidas,<br />

porcentagem esta equivalente ao número de 06 pacientes; 20% equivalente a 03 pacientes<br />

diminuíram 4 medidas; senso que 13.33% o que equivale a 02 pacientes diminuíram 3<br />

medidas; outras 13.33% diminuíram 2 medidas e mais 13.33% adquiram um aumento das<br />

medidas, resultantes <strong>á</strong> aquisição de peso corporal.<br />

Desta forma, pôde-se observar que a grande maioria das pacientes obtiveram uma<br />

redução significativa das medidas, embora não em todas, porém apenas 02 pacientes<br />

obtiveram aumento das mesmas, a qual atribui-se <strong>á</strong> aquisição de peso corporal, pois ao<br />

analisar-se as medidas de cada paciente contatou-se o aumento das medidas das mesmas<br />

pacientes em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os quadros.<br />

4.4 Nível de satisfação


Quanto aos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> com a aplicação <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> associa<strong>do</strong> à<br />

fonoforese e endermologia sobre a região afetada pelo FEG, as pacientes foram questionadas<br />

no dia da re<strong>avaliação</strong> <strong>do</strong> tratamento através de uma escala de opinião (APENDICE A).<br />

27%<br />

melhoraram muito<br />

melhoraram pouco<br />

73%<br />

Gr<strong>á</strong>fico 7: Escala de opinião das pacientes<br />

No gr<strong>á</strong>fico acima, observa-se o resulta<strong>do</strong> da aplicação da escala de opinião, na<br />

qual, 11 das pacientes relataram melhora <strong>do</strong> quadro, o que equivale a um total de 73% da<br />

amostra e 4 delas relataram ter melhora<strong>do</strong> pouco, totalizan<strong>do</strong> 27 % da amostra, sen<strong>do</strong> que<br />

destas, duas obtiveram aumento de peso corporal, enquanto que outras duas mantiveram<br />

algumas medidas.<br />

Perante os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> expostos <strong>do</strong> tratamento realiza<strong>do</strong>, sugere-se a continuação <strong>do</strong><br />

mesmo, intensifican<strong>do</strong>-se desta forma o tratamento com um maior número de atendimentos,<br />

objetivan<strong>do</strong> assim a plena satisfação das pacientes com uma maior redução de medidas e uma<br />

evolução ainda maior <strong>do</strong> aspecto de casca de laranja na pele das mesmas.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Atualmente, para alcançar o padrão de beleza, a mulher, principalmente, submetese<br />

a uma série de sacrifícios como dietas, medicamentos, exercícios exaustivos e comumente<br />

à intervenções cirúrgicas, na tentativa de aprimorar ou manter uma boa aparência estética, e a<br />

fisioterapia dermato-funcional é uma <strong>á</strong>rea que vem de encontro com as necessidades de<br />

tratamentos nos dias de hoje, atuan<strong>do</strong> de forma menos agressiva e exaustiva as pacientes.<br />

È uma <strong>á</strong>rea inova<strong>do</strong>ra que vem conquistan<strong>do</strong> espaços, comprovan<strong>do</strong> sua efic<strong>á</strong>cia<br />

de forma fidedigna, apesar da escassez de trabalhos científicos que corroborem seus<br />

resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>; atua nos tratamentos estéticos, no caso o FEG, utilizan<strong>do</strong> recursos como o <strong>ultra</strong><strong>som</strong><br />

e a endermologia, os quais estão sen<strong>do</strong> utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> neste estu<strong>do</strong>, além destes, h<strong>á</strong> existência<br />

de outras técnicas que também podem ser aplicadas, dentre estas a drenagem linf<strong>á</strong>tica,<br />

eletrolipólise e outros aparelhos de eletroterapia que podem aumentar sua efic<strong>á</strong>cia quan<strong>do</strong><br />

combina<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

O fibro edema gelóide aparece nos dias atuais como sen<strong>do</strong> a principal queixa e<br />

preocupação das mulheres, quan<strong>do</strong> questionadas sobre aspectos estéticos. Além disso, ele é<br />

incômo<strong>do</strong> aos olhos, comprometen<strong>do</strong> a imagem e a auto-estima, causan<strong>do</strong> também<br />

acometimentos físicos, como a <strong>do</strong>r e o aumento na sensibilidade, sen<strong>do</strong> da mesma forma<br />

prejudicial aos aspectos psíquicos, causan<strong>do</strong> transtornos na saúde da mulher.<br />

Ao término <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong>, foi possível constatar um progresso no quadro das


pacientes com o protocolo utiliza<strong>do</strong>. Melhora esta observada na redução <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

perimétricos e <strong><strong>do</strong>s</strong> graus de FEG, observa<strong><strong>do</strong>s</strong> através de alterações visuais, além da melhora<br />

no aspecto geral da pele.<br />

Com o tratamento em questão, obteve-se resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> significativos, sen<strong>do</strong> que, ao<br />

reavaliar-se as pacientes averiguou-se que 40% obtiveram redução em todas as medidas,<br />

porcentagem esta equivalente ao número de 06 pacientes; 20% referente a 03 pacientes<br />

diminuíram 4 medidas; sen<strong>do</strong> que 13.33% o que equivale a 02 pacientes diminuíram 3<br />

medidas; outras 13.33% diminuíram 2 medidas e outras 13.33% adquiriram um aumento das<br />

mesmas, fator este resultante da aquisição de peso corporal.<br />

A perimetria é uma forma de <strong>avaliação</strong> bem influente ao tratar-se de medidas, pois<br />

a mesma permite-nos a comparação <strong><strong>do</strong>s</strong> valores no inicio <strong>do</strong> tratamento, com os valores<br />

obti<strong><strong>do</strong>s</strong> ao término <strong>do</strong> mesmo, por meio da re<strong>avaliação</strong>, fato este que nos comprova a validade<br />

e nos leva a acreditar na real efic<strong>á</strong>cia da técnica fisioterapêutica utilizada.<br />

Ao manejar o fator satisfatório das pacientes atendidas, obteve-se um valor de<br />

73% de adequação, equivalente ao número de 11 pacientes, as quais, perante a escala de<br />

opinião referente ao tratamento, relataram uma boa melhora, enquanto que as outras 04<br />

pacientes, 27% da amostra, referiram uma pequena melhora. Dentre as 4 pacientes, 02<br />

obtiveram consider<strong>á</strong>vel aumento <strong>do</strong> peso corporal durante a fase de tratamento, enquanto que<br />

as outras 02 mantiveram a semelhança em suas medidas, porém todas obtiveram uma<br />

consider<strong>á</strong>vel evolução no aspecto da pele, no que se refere ao teste de casca de laranja.<br />

Deve-se lembrar, portanto, que em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os tratamentos referentes à saúde<br />

necessita-se da colaboração da parte interessada para que se possa atenuar positivamente os<br />

resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> deseja<strong><strong>do</strong>s</strong> e, ao referir-se <strong>á</strong> tratamentos estéticos, este fator sofre uma sobreposição,<br />

pois os cuida<strong><strong>do</strong>s</strong> devem ser prolonga<strong><strong>do</strong>s</strong> e não apenas durante o tratamento, que é realiza<strong>do</strong><br />

em uma freqüência de aproximadamente 3 vezes por semana, com uma duração m<strong>á</strong>xima de


60 minutos. Esta participação das pacientes refere-se à cuida<strong><strong>do</strong>s</strong> di<strong>á</strong>rios como a manutenção<br />

de uma dieta equilibrada, ingesta hídrica regular, vestimentas adequadas, evitan<strong>do</strong>-se roupas<br />

muito apertadas, realização de exercícios regulares, que deve ser enfatiza<strong>do</strong> afim de<br />

proporcionar maiores benefícios no combate ao FEG e contribuir para a manutenção da saúde<br />

<strong>do</strong> organismo como um to<strong>do</strong>.<br />

Para a obtenção de uma maior satisfação para as clientes, e para a consecução de<br />

<strong>efeitos</strong> de maior significância ao tratamento <strong>do</strong> FEG, basea<strong><strong>do</strong>s</strong> nesta mesma técnica, insinuase<br />

um maior incentivo para a cooperação das mesmas, visto que na mostra em questão,<br />

nenhuma realizava atividades físicas, bem como dieta alimentar.<br />

Ao prolongar-se o<br />

tratamento, referente ao número de atendimentos, acredita-se que seja possível a ocorrência<br />

de um aprimoramento <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

A fisioterapia dermato-funcional, como sen<strong>do</strong> uma <strong>á</strong>rea inova<strong>do</strong>ra em<br />

tratamentos estéticos conserva<strong>do</strong>res, ainda em sua fase de expansão e reconhecimento,<br />

necessita de uma divulgação da exata efic<strong>á</strong>cia de sua corroboração, bem como de enérgicas<br />

comprovações científicas, visan<strong>do</strong> a estimulação de excedente procura pelos tratamentos tanto<br />

por parte profissional, bem como por acadêmicos e pessoas interessadas na realização de<br />

tratamentos <strong>do</strong> gênero.<br />

Quanto ao embasamento teórico da pesquisa, convém salientar que houve certa<br />

dificuldade no desenvolvimento <strong>do</strong> mesmo pela escassez de literatura e trabalhos científicos<br />

publica<strong><strong>do</strong>s</strong> e accessíveis. Espera-se que este trabalho sirva de incentivo para a realização de<br />

estu<strong><strong>do</strong>s</strong> mais amplos, com maior número de amostras e diferentes protocolos, associan<strong>do</strong>-se<br />

outros recursos terapêuticos com intuito de resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> ainda mais satisfatórios no tratamento<br />

<strong>do</strong> FEG.


Neste momento em que chega ao término o estu<strong>do</strong>, registro minha gratidão e<br />

contentamento em realiz<strong>á</strong>-lo, visto que este me proporcionou novos conhecimentos e<br />

despertou-me maiores curiosidades.<br />

Pelo presente estu<strong>do</strong> constatou-se que o real campo de trabalho relaciona<strong>do</strong> a<br />

estética, atua visan<strong>do</strong> promover a melhora da saúde e auto-estima da mulher, facilitan<strong>do</strong> a<br />

sua integração, ou reintegração, no meio social, que se torna cada vez mais exigente aos<br />

fatores estéticos., por fim, concluo que esta é uma <strong>á</strong>rea de muito sucesso na fisioterapia<br />

pela qual eu elevo meus interesses.


REFERÊNCIAS<br />

ALMEIDA, João de et al. Meto<strong>do</strong>logia científica. 2. ed. São Paulo: Futura, 2000.<br />

ALVARENGA, AV. Implementação <strong>do</strong> protocolo para obtenção de parâmetros de feixe<br />

acústico de transdutores <strong>ultra</strong>-sônico biomédicos. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> COPPE) -<br />

Universidade Federal <strong>do</strong> Rio de Janeiro, 1999.<br />

ALONSO, J. R. Trata<strong>do</strong> de Fitomedicina: Bases clínicas y Farmacológicas. ISIS ediciones<br />

SRL 1998<br />

ANDRADE, Miguel. Endermologia. Lisboa. Disponível em: Acesso em: 21 jul. 2005.<br />

AZULAY, R. D; AZULAY, D. R. Dermatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabarra Koogan,<br />

1999.<br />

BARROS, M. H. Fisioterapia: drenagem linf<strong>á</strong>tica manual. São Paulo: Robe, 2001.<br />

BASSOLI, Dyjalma Antônio. Avaliação <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>efeitos</strong> <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> pulsa<strong>do</strong> de baixa<br />

intensidade na regeneração de músculos esqueléticos com vistas à aplicabilidade em<br />

clínica fisioterapêutica. Dissertação (Mestra<strong>do</strong>) – Escola de Engenharia de São<br />

Carlos/Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/Instituto de Química de São Paulo –<br />

Universidade de São Paulo, 2001.<br />

BERAMENDI, J.A.E. O novo méto<strong>do</strong> instrumental in-dermoplus de dupla massagem<br />

mecânica para tratamento de celulite e gordura localizada. Monografia. Fundação Técno<br />

Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro, 1999.


BIBIÁN, Rosa Peres. Seis principios activos para el tratamiento de la celulitis. Sociedad<br />

Esapañola de medicina estetica. Disponível em: www.seme.org/profesionales/textos/<br />

txtCientifico.php?id=2. Acesso em: 10 mai. 2006.<br />

BIOSET, Industria de Tecnologia Eletrônica LTDA. Manual <strong>do</strong> usu<strong>á</strong>rio: Dermovac. Rio<br />

Claro. [200?].<br />

BIOSET, Industria de Tecnologia Eletrônica LTDA. Manual <strong>do</strong> usu<strong>á</strong>rio: Ultra-Som. Rio<br />

Claro. [200?].<br />

BYL, N. N. The use of <strong>ultra</strong>osund to enhance percutaneous absorption of benzydamine.<br />

Physical Therapy. v. 75, n. 6, p. 539-553, 1995.’’<br />

CARIEL, L. A Celulite e seu tratamento médico atual. São Paulo: Andrei, 1982.<br />

CAMPOS, M. S. P. Curso de fisioterapia estética corporal. [S.1.], set. 2000. (Apostila).<br />

CIPORKIN, H.; PASCHOAL, L. H. Atualização terapêutica e fisiopatogênica da<br />

lipodistrofia geóide. 5. ed. São Paulo: Santos, 1992.<br />

CONTI, B. Z.; PEREIRA, T. D. Ultra-<strong>som</strong> terapêutico na redução da lipodistrofia ginóide.<br />

Fisio&terapia. ano 7, n. 37, p. 11-14, fev./mar. 2003.<br />

CORMACK, D. H. Fundamentos de histologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,<br />

2003.<br />

CORMACK, D. H. Fundamentos de histologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,<br />

1996.<br />

DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A.; Anatomia b<strong>á</strong>sica <strong><strong>do</strong>s</strong> sistemas orgânicos. São Paulo:<br />

Atheneu, 2002.<br />

DRAELOS, Z. D., MARENUS, K. D. Cellulite: etiology and purported tratment. Am. Soc.<br />

Dermatol. Surg. [S.l], ano 23, n. 12, p. 1177-1181, 1997.<br />

ENDERMOLOGIE. Systèmes de Santé et Beauté - SSB , México, 2004. Disponível em:<br />

. Acesso em: 10 out. 2005.


ERVALHO, Luciana Azeve<strong>do</strong>. Os <strong>efeitos</strong> <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> 3 MHZ em mulheres copm fibro<br />

edema gelóide grau II na região glútea trocantérica: Relato de caso. Centro Brasileiro de<br />

Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Sistêmicos. Porto Alegre-RS. 2005, Monografia.<br />

ECRI, Healthcare Product Comparison Syster (HPCS). Scanning systems <strong>ultra</strong>sonic,<br />

general purpose; ab<strong>do</strong>minal obstetric gynecologic. PA, EUA: Ecri, Plymout Meeting;<br />

1999.<br />

FILHO, A D. M. Fisioterapia dermato-funcional. Trabalho apresenta<strong>do</strong> na Universidade de<br />

União da Vitória: PR.2004.<br />

GARCIA, E. A. C. Biofísica. São Paulo: Savier, 2000.<br />

GARCIA, M. P. et al. O teci<strong>do</strong> adiposo. In: CURI, R. et al., Entenden<strong>do</strong> a gordura. São<br />

Paulo: Manole, 2002.<br />

GRANDE, Carolina Zan. Aplicabilidade da endermologia no tratamento <strong>do</strong> fibro edema<br />

gelóide. Monografia. Centro Brasileiro de Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Sistêmicos. Curitiba-Paran<strong>á</strong>. 2003.<br />

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.<br />

GIL, A. C. Méto<strong><strong>do</strong>s</strong> e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.<br />

GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e<br />

patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002.<br />

__________. Fisioterapia dermato-funcional: Fundamentos, recursos e patologias. 3. ed.<br />

São Paulo: Manole, 2004.<br />

GOLNÇALVES, W. L.; et al. Utilização da terapia <strong>ultra</strong>-sônica de baixa intensidade na<br />

redução da lipodistrofia ginóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um<br />

estu<strong>do</strong> pré-clínico. Anais Br<strong>á</strong>s. Dermatol. v. 80, supl. 3. Rio de Janeiro, nov./dez., 2005.<br />

GUYTON, A. C.; HALL, J.E. Trata<strong>do</strong> de fisiologia médica. 9. ed. Rio de Janeiro: 1997.<br />

GUITAY, L. P. Endermologie: manual de treinamento. USA, 1996.<br />

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia b<strong>á</strong>sica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara<br />

Koogan, 1995.


_____________. Histologia b<strong>á</strong>sica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabarra Koogan, 1999.<br />

KELLER, F. Fisioterapia no tratamento de celulite. Trabalho de Conclusão de Curso.<br />

Curso de Fisioterapia da Universidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Santa Catarin, Florianópolis, 1998.<br />

KERR, J.B. Atlas de histologia funcional. São Paulo: Artes Médicas, 2000.<br />

KITCHEN, S.; BASIN, S. Eletroterapia de Clayton. 10. ed. São Paulo: Manole, 1998.<br />

KOEKE, Paulo Umeno. Estu<strong>do</strong> comparativo da efic<strong>á</strong>cia da fonoforese, <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong><br />

terapêutico e da aplicação tópica de hidrocortisona no tratamento <strong>do</strong> tendão de ratos em<br />

processo de reparo tecidual. Dissertação (Mestra<strong>do</strong>). Instituto de Bioengenharia,<br />

Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.<br />

LEITE, Rafael Gonçalves. Fisioterapia Dermato-Funcional – Uma <strong>á</strong>rea em observação.<br />

Disponível em: Acesso em: 20<br />

mar. 2006.<br />

LOW, J.; REED, A. Eletroterapia explicada: princípios e pratica. 3. ed. São Paulo: Manole,<br />

2001.<br />

LUZ, C. M. An<strong>á</strong>lise <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>efeitos</strong> da terapia subdérmica não invasiva associada ao <strong>ultra</strong><strong>som</strong><br />

de 3 MHz no tratamento <strong>do</strong> fibro edema gelóide. Monografia (Especialização).<br />

Universidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.<br />

MACEDO, Ana Carolina Brandt de. Um dispositivo pr<strong>á</strong>tico para avaliar a potencia <strong>ultra</strong>sonica<br />

terapêutica. Fisioterapia em movimento. v. 18, n. 3, jul-set de 2005. Curitiba.<br />

MARINHO, Antonio. Arrame russo é uma opção contra a celulite. Nov. 2002. Disponível<br />

em: Acesso em: 28 jan. 2006.<br />

MADERGAN, M. F. B, GUIRRO, R. R. J. Agentes de acoplamento de <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> terapêutico<br />

e fonoforese. Fisioterapia Brasil. v. 6, n. 3, mai-jun, 2005.<br />

MELO, A. M. S. Ultra-<strong>som</strong> na cicatrização: Um enfoque dermato-funcional. Monografia.<br />

Centro Brasileiro de Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Sistêmicos. Porto Alegre-RS. 2004.<br />

MEYER, P. F.; et al. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo de <strong>avaliação</strong>


fisioterapêutica em pacientes com fibro edema gelóide. Revista Fisioterapia em movimento.<br />

Curitiba. v. 18, n. 1, p. 75-83, jan.-mar. 2005.<br />

OKUNO, E.; CALDAS, I.L.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São<br />

Paulo: Harba, 1986.<br />

PATRICK, M. K. Applications of therapaeutic pulsed <strong>ultra</strong>sound. Physiotherapy. n. 64, v. 4.<br />

1978.<br />

PAULA, J. L. de. Ultra-<strong>som</strong>: considerações gerais. Fisioterapia em movimento. Paran<strong>á</strong>, v. 7,<br />

n.1, p. 9-16, abr./set. 1994.<br />

PELE HUMANA. Grupo Universit<strong>á</strong>rio. Disponível em: http://www.universitario.com.br/<br />

celo/topicos/ subtopicos/anatomia/pele_humana/pele_humana.html. Acesso em: 18 abr. 2006.<br />

PITARELI, Juliana. As vantagens da fisioterapia estética. São Paulo. Disponível em:<br />

. Acesso em: 23 abr. 2006.<br />

PINTO, R.; SAENGER, F.; GOVANTES, P. Paniculopatia edemato fibro-esclerótica,<br />

Barcelona: Escuela Española de Medicina Etética Capítulo Argentino de medicina Estética,<br />

1995.<br />

PIRES DE CAMPOS, M. S. M. Fibro edema gelóide sub-cutâneo. Ciência & Tecnologia.<br />

ano 1, n. 2, p. 77-82, 1992.<br />

PIRES DE CAMPOS, M. S. M. Influência <strong>do</strong> <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> na permeação cutânea de cafeína:<br />

estu<strong>do</strong> de fragmentos de pele e em adipócitos de suínos. Dissertação (Mestra<strong>do</strong>). Instituto de<br />

Biologia. Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2004.<br />

ROMA, Filipa et al. A satisfação com a imagem corporal e a propensão para as desosdens<br />

alimentares em praticantes de gin<strong>á</strong>stica rítmica. Trabalho apresenta<strong>do</strong> na Universidade <strong>do</strong><br />

Porto- FCDEF.<br />

ROSENBAUM, M.; et al. An exploratory investigation of the morphology and biochemistry<br />

of cellulite. Plastic and reconstructive surgery, 1998; 101 (7): 1934-9<br />

RIBEIRO, J. E.; et al. O uso de compostos fitoter<strong>á</strong>picos coomo uma opção para o tratamento<br />

da celulite. Caderno Brasileiro de Medicina. v. 14, jan.- dez., 2001.


ROSSI A B; VERGANANINI A L. Cellulite: a review. J Eur Acad Dermatol<br />

Venereol; 14(4): 251-62, 2000 Jul<br />

ROBINS. Patologia estrutural e funcional. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabarra, 2000.<br />

RUDIO, F.V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 28. ed. Rio de Janeiro: Vozes,<br />

2000.<br />

SAMPAIO, S. A. P. Dermatologia B<strong>á</strong>sica. 2. ed. São Paulo: Artes Medicas, 1978.<br />

SSB: Système de Santé et Beauté, S. A. México 2004. Disponível em:<br />

. Acesso em: 18 abr. 2005.<br />

SAMPAIO, R. M.; SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia b<strong>á</strong>sica. 3. ed. São<br />

Paulo: Artes Médicas, 1985.<br />

STARKEY, C. Recursos terapêuticos em fisioterapia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2001.<br />

SILVA, Cínthia Lopes da; DAOLIO, Jocimar. De corpo “sara<strong>do</strong>” à qualidade de vida:<br />

analisan<strong>do</strong> alguns significa<strong><strong>do</strong>s</strong> das pr<strong>á</strong>ticas corporais para profissionais atuantes em<br />

academias de gin<strong>á</strong>stica. Trabalho de iniciação científica SAE/ Unicamp. Campinas. 2000.<br />

SOUZA, Frederico Teófilo de. O impacto socioeconômico da beleza-1995-2004.Projeto de<br />

atualização de estu<strong>do</strong>. Niterói, 2005.<br />

SANTOS, Regiane. Fibro edema gelóide: aspectos epidemiológicos clínico e<br />

histopatológicos. Monografia. Centro Brasileiro de Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Sistêmicos. Curitiba-Paran<strong>á</strong>.<br />

2003.<br />

TERAPIA <strong>ultra</strong>-sônica no FEG. Fisioterapia Hoje. Disponível em: http://www.fisiointerativa<br />

.hpg.ig.com.br/eletroterapia/<strong>ultra</strong><strong>som</strong>.html. Acesso em: 22 set. 2005.<br />

ULTRA-SOM. Wikipédia: a enciclopédia livre. Abril, 2006. Disponível em:<br />

. Acesso em: 08 mai. 2006<br />

ULRICH, W. A Celulite é cur<strong>á</strong>vel. São Paulo: Ediouro, 1982.<br />

VALENTINI, Elton Antonio, et al. Importância da conformidade <strong><strong>do</strong>s</strong> equipamentos de <strong>ultra</strong><strong>som</strong><br />

terapêutico com a NBR-IEC 1689. Fisioterapia Brasil. v. 7, n. 1, jan-fev de 2006.


YOUNG, S. Terapia por <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong>. In: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton.<br />

10. ed. São Paulo: Manole, 1998. cap. 15, p. 235-258.<br />

WISEMAN, J. B. S. et al. Non-invasive mechanical body contouring: a one-year clinical<br />

outcome study update. Austin, 1997. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2005.<br />

WOOD, E. J. Ultra sound as I see it. Physiotherapy, p. 3 – 7, 1973.<br />

ZANATTA, Elizanjela Simone. Fibro edema gelóide: Conceito e abordagem terapêutica.<br />

Monografia. Centro Brasileiro de Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Sistêmicos. Curitiba-Paran<strong>á</strong>. 2003.<br />

ZIMMERMANN L. Celulite. Revista Vida Estética, Rio de Janeiro, v. 112, p.48-55, 2004.


ANEXOS


ANEXO A<br />

Termo de consentimento


TERMO DE CONSENTIMENTO<br />

Declaro que fui informa<strong>do</strong> sobre to<strong><strong>do</strong>s</strong> os procedimentos da pesquisa e que recebi, de forma<br />

clara e objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os da<strong><strong>do</strong>s</strong> a meu<br />

respeito serão sigilosos. Eu compreen<strong>do</strong> que neste estu<strong>do</strong> as medições <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

experimentos/procedimentos de tratamento serão feitas em mim.<br />

Declaro que fui informa<strong>do</strong> que posso me retirar <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> a qualquer momento.<br />

Nome por extenso :<br />

RG :<br />

Local e Data:<br />

Assinatura:<br />

Adapta<strong>do</strong> de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2)<br />

Comitê de Ética em pesquisa - CEFID - Udesc, Florianópolis, BR.


ANEXO B<br />

Consentimento para fotografias, vídeos e gravações


UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA COMISSÃO DE ÉTICA<br />

EM PESQUISA - CEP UNISUL CONSENTIMENTO PARA FOTOGRAFIAS,<br />

VÍDEOS E GRAVAÇÕES<br />

Eu _________________________________________________________________ permito<br />

que o grupo de pesquisa<strong>do</strong>res relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> abaixo obtenha fotografia, filmagem ou gravação<br />

de minha pessoa para fins de pesquisa científica, médica e/ou educacional.<br />

Eu concor<strong>do</strong> que o material e informações obtidas relacionadas à minha pessoa possam ser<br />

publica<strong><strong>do</strong>s</strong> em aulas, congressos, eventos científicos, palestras ou periódicos científicos.<br />

Porém, a minha pessoa não deve ser identificada, tanto quanto possível, por nome ou qualquer<br />

outra forma.<br />

As fotografias, vídeos e gravações ficarão sob a propriedade <strong>do</strong> grupo de pesquisa<strong>do</strong>res<br />

pertinentes ao estu<strong>do</strong> e sob sua guarda.<br />

Nome <strong>do</strong> sujeito da pesquisa e/ou paciente: ________________________________________<br />

RG:______________________________________________<br />

Endereço: ______________________________________________<br />

Assinatura: ______________________________________________<br />

Nome <strong><strong>do</strong>s</strong> pais ou respons<strong>á</strong>veis: ______________________________________________<br />

RG: ______________________________________________<br />

Endereço: ______________________________________________<br />

Assinatura: ______________________________________________<br />

Se o indivíduo é menor de 18 anos de idade, ou é legalmente incapaz, o consentimento deve<br />

ser obti<strong>do</strong> e assina<strong>do</strong> por seu representante legal.<br />

Equipe de pesquisa<strong>do</strong>res:<br />

Nomes:<br />

_________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________<br />

Data e Local onde ser<strong>á</strong> realiza<strong>do</strong> o projeto:<br />

_________________________________________________________________________<br />

Adapta<strong>do</strong> de: Hospital de Clínicas de Porto Alegre / UFRGS


ANEXO C<br />

Ficha de <strong>avaliação</strong>


Consultório de Fisioterapia<br />

Dermato - Funcional<br />

Fisioterapeutas:<br />

Dra. Michelle Peruzzo e Dra. Juliana D<strong>á</strong>vi<br />

FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA<br />

DATA:<br />

DADOS PESSOAIS:<br />

Nome:<br />

Idade:<br />

Endereço:<br />

Fone residencial:<br />

Celular:<br />

D.N.:<br />

Profissão:<br />

Fone comercial:<br />

E-mail:<br />

ANAMNESE:<br />

Q.P:<br />

HMA/HMP:<br />

Sistema Neurológico:<br />

( ) Disrritmia Cerebral ( ) Epilepsia ( ) AVC<br />

Outras:<br />

Sistema Cardiovascular:<br />

( ) Infarto ( ) Prolapso de V<strong>á</strong>lvula Mitral<br />

Outras:<br />

Sistema Pulmonar:<br />

( ) Bronquite ( ) Asma ( ) Enfisema Pulmonar<br />

Outras:<br />

Sistema Vascular:<br />

( ) Varizes ( )Varicoses ( ) Trombose ( ) Flebite


Outras:<br />

Sistema Digestivo:<br />

( ) Hérnia de Esôfago ( ) Gastrite ( ) Úlcera () Constipação<br />

Outras:<br />

Aparelho Ginecológico:<br />

( ) Ov<strong>á</strong>rio Policístico ( ) Útero com En<strong>do</strong>metriose ou Mioma<br />

Outras:<br />

Gestações: Tipo de Parto:<br />

Sistema Endócrino:<br />

( ) Disfunção Hormonal<br />

Sistema Urológico:<br />

( ) Disfunção Renal ( ) Incontinência Urin<strong>á</strong>ria<br />

Outras:<br />

H<strong>á</strong>bitos/Atividades de Vida Di<strong>á</strong>ria:<br />

( ) Tabagista Quantos por dia: H<strong>á</strong> quanto tempo: 4 anos<br />

( ) Etilista Quantos por dia: H<strong>á</strong> quanto tempo:<br />

( ) Dieta Orientada ( ) En<strong>do</strong>crinologista ( ) Nutricionista ( ) Própria<br />

( ) Pratica Esportes Quais?<br />

Freqüência:<br />

H<strong>á</strong> quanto tempo?<br />

( ) Medicação ( ) Homeop<strong>á</strong>tica ( ) Anticoncepcional ( ) DIU<br />

Outras:<br />

Outros:<br />

( ) Cirurgias<br />

Quais:<br />

H<strong>á</strong> quanto tempo:<br />

( ) Marcapasso<br />

( ) Pinos ou Placas Met<strong>á</strong>licas Local:<br />

( ) Problema Postural Quais:<br />

( ) Alergias A quê:<br />

EXAME FÍSICO:<br />

Inspeção:<br />

-> Postura:<br />

Palpação:<br />

-> Pele:<br />

Textura: ( ) Normal ( ) Lisa ou Fina ( ) Áspera ( ) Enrugada<br />

Espessura: ( ) Normal ( ) Atrófica ( ) Hipertrófica


Elasticidade: ( ) Normal ( ) Hipoel<strong>á</strong>stica ( ) Hiperel<strong>á</strong>stica<br />

Mobilidade: ( ) Normal ( ) Diminuída ( ) Aumentada<br />

Manchas: não apresenta<br />

Nódulos: não apresenta<br />

Turgor:<br />

Coloração: normal<br />

Integridade: preservada<br />

-> Perimetria<br />

Membros Inferiores:<br />

Esquer<strong>do</strong>:<br />

Abaixo/PR:<br />

10 cm<br />

15 cm<br />

20 cm<br />

25 cm<br />

30 cm<br />

Direito:<br />

Abaixo/PR:<br />

10 cm<br />

15 cm<br />

20 cm<br />

25 cm<br />

30 cm<br />

PR: tuberosidade da tibia<br />

PR: tuberosidade da tibia<br />

Cintura:<br />

Abdômen:<br />

Quadril:<br />

PATOLOGIAS:<br />

( ) Lipodistrofia Ginóide ( ) Grau 1 Local:<br />

( ) Grau 2 Local: ( ) Grau 3 Local:<br />

Tipo: ( ) Fl<strong>á</strong>cida ( ) Compacta ( ) Mista<br />

Flacidez: ( ) Pouca ( ) Média ( ) Muita<br />

Ptose Tissular: ( ) Pequena ( ) Média ( ) Grande<br />

( ) Estrias Local:<br />

( ) Varizes ou Varicoses Local:<br />

OBSERVAÇÕES:<br />

PLANO DE TRATAMENTO:<br />

( ) Ultra – Som


( ) Corrente de Média Freqüência<br />

( ) Microgalvanopuntura<br />

( ) Endermologia<br />

( ) Eletrolipólise<br />

( ) Drenagem Linf<strong>á</strong>tica Manual<br />

( ) Massagem Sueca<br />

( ) Shiatsu<br />

Outros:<br />

Nº de Sessões:<br />

Preço por Sessão: R$ Total: R$<br />

PLANO DE TRATAMENTO:


APÊNDICES


APÊNDICE A<br />

Escala de opinião


Escala de opinião<br />

Qual sua opinião com relação os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> tratamento basea<strong>do</strong> na<br />

aplicação de endermologia associa<strong>do</strong> a eletrolipólise e <strong>ultra</strong>-<strong>som</strong> para a fibro-edema gelóide?<br />

( ) Melhorou<br />

( ) Melhorou pouco<br />

( ) Não Melhorou<br />

( ) Piorou

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!