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Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

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etoman<strong>do</strong> a subjetivida<strong>de</strong> <strong>como</strong> unida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Ser<br />

e da Essência.<br />

Vaysse localiza corretamente as duas principais referências<br />

<strong>de</strong> Hegel a Espinosa na Ciência da Lógica: o puro ser, pelo qual a<br />

Doutrina <strong>do</strong> ser inicia e a efetivida<strong>de</strong> da Doutrina da essência. Na<br />

introdução à Lógica, ao falar sobre o ponto <strong>de</strong> partida da ciência, Hegel<br />

afirma que essa <strong>de</strong>ve começar pelo simples e imediato: “é esse simples,<br />

<strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong> <strong>de</strong> toda outra significação, é esse vazio que constitui o<br />

começa da filosofia" (WL,I,p.79). Se, nesse começo pelo ser puro^^^<br />

Hegel faz referência à Espinosa, este não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser exposto à crítica,<br />

pois permanece na concepção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> abstrata, a qual não <strong>de</strong>ixa<br />

espaço <strong>para</strong> o <strong>de</strong>vir; "A concepção filosófica que tem por princípio: 'o<br />

ser é apenas ser, o nada é apenas nada', merece ser chamada sistema<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>- é essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> abstrata que constitui a essência <strong>do</strong><br />

panteísmo" (WL,I,p.85).<br />

Hegel ressalta que o panteísmo, ao permanecer no sistema<br />

da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> abstrata, não chegaria à concepção <strong>do</strong> <strong>de</strong>vir, fican<strong>do</strong><br />

con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> à imobilida<strong>de</strong>. A maior diferença entre Hegel e Espinosa<br />

Vaysse, op. cit. ,p. 235<br />

52 Ao escolher o puro ser <strong>como</strong> começo <strong>do</strong> filosofar, em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> Eu,<br />

tal <strong>como</strong> seria feito no sistema fichteano, Hegel mostra sua influência<br />

espinosista. O recurso ao começo pelo Eu- analisa Hegel- (WL,I,p.p76-78)<br />

correspon<strong>de</strong>ria à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter <strong>como</strong> primeira verda<strong>de</strong> algo <strong>de</strong><br />

conheci<strong>do</strong>, <strong>do</strong> qual teríamos uma certeza imediatada. O Eu, esse da<strong>do</strong><br />

imediato da consciência, seria conheci<strong>do</strong> num senti<strong>do</strong> bem mais eleva<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> que qualquer outra representação. O eu em gerai seria um concreto,<br />

pois correspon<strong>de</strong>ria à consciência <strong>de</strong> si mesmo; todavia, <strong>para</strong> que o Eu<br />

fosse o começo da filosofia, ele <strong>de</strong>veria purificar-se, tornan<strong>do</strong>-se um Eu<br />

abstrato. Ora, se esse Eu for toma<strong>do</strong> <strong>como</strong> Eu abstrato, per<strong>de</strong>r-se-ia<br />

exatamente a caracteristica que o faria ser preferi<strong>do</strong> ao começo pelo puro<br />

ser: seu caráter <strong>de</strong> conhecimento imediato.<br />

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