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Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

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fichteano, passan<strong>do</strong>, todavia, <strong>de</strong> um sujeito transcen<strong>de</strong>ntal a um sujeito<br />

infinito que, no seu movimento <strong>de</strong> pensar a si mesmo, dá origem ao<br />

mun<strong>do</strong> natural e espiritual.<br />

A capacida<strong>de</strong> reflexiva <strong>de</strong>sse sujeito infinito aparece<br />

claramente na própria Fenomenologia <strong>do</strong> Espírito, ao seu término, na<br />

seção <strong>de</strong>dicada ao saber absoluto: "a força <strong>do</strong> espírito consiste em<br />

conservar sua igualda<strong>de</strong> a si na sua exteriorização e, <strong>como</strong> o sen<strong>do</strong> emsi<br />

e <strong>para</strong> si (Anundfürsichseien<strong>de</strong>), pôr também o ser- <strong>para</strong>- si <strong>como</strong><br />

momento <strong>do</strong> ser- em- si. -^A potência <strong>do</strong> espírito revela-se na sua<br />

expressão <strong>como</strong> exteriorização. A objetivida<strong>de</strong> , o mun<strong>do</strong> posto, não é<br />

algo estranho a essa subjetivida<strong>de</strong> infinita, mas um momento <strong>de</strong>ssa; a<br />

exposição <strong>do</strong> Absoluto é um processo reflexivo <strong>de</strong> pôr-se num outio e,<br />

<strong>de</strong>sse outio, voltar a si, no qual a diferença constitutiva da saída <strong>de</strong> si<br />

<strong>do</strong> Absoluto <strong>de</strong>ve ser reconduzida a uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> originária.<br />

Nessa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, todavia, as diferenças não se dissolvem,<br />

nisso, portanto, resi<strong>de</strong> a crítica hegeliana, tanto ao sujeito fichteano,<br />

quanto ao Absoluto schellingiano, conforme atesta a continuação da<br />

citação acima: "O Eu também não é um terceiro termo que rejeita as<br />

diferenças no abismo <strong>do</strong> Absoluto e nesse enuncia sua igualda<strong>de</strong>, mas<br />

o saber consiste antes nessa inativida<strong>de</strong> aparente que consi<strong>de</strong>ra<br />

somente <strong>como</strong> o que é diferente se move nele mesmo e retorna à sua<br />

unida<strong>de</strong>" O Absoluto só po<strong>de</strong> ser sujeito ao guardar em si as<br />

diferenças, é exatamente essa diferenciação interna que o impele a<br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>brar-se, a auto-expor-se no mun<strong>do</strong> finito.<br />

Phãno, p. 588 ; trad. HYppolite,!!, p.309<br />

Phãno, p. 588; trad. Hyppolite, II,p.309<br />

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