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Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

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1.2.0 espinosismo não é um ateísmo, mas o hegelianismo<br />

não é um acosmismo<br />

Nosso propósito aqui não é traçar um quadro com<strong>para</strong>tivo<br />

exaustivo entre a filosofia hegeliana e a filosofia <strong>de</strong> Espinosa ^9.<br />

Preten<strong>de</strong>mos apenas esclarecer, através da indagação sobre uma<br />

possível matriz panteísta <strong>do</strong> pensamento <strong>de</strong> Hegel, a compreensão<br />

hegeliana sobre a relação entre Absoluto e mun<strong>do</strong> finito. Essa<br />

referência não é arbitrária. Hegel, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu tempo em Tübingen<br />

bebe nas fontes <strong>de</strong> um "Espinosismo aggiornato"} tanto ele, quanto seus<br />

<strong>do</strong>is amigos <strong>do</strong> Stift entram em contato com a <strong>do</strong>utrina <strong>de</strong> Espinosa<br />

através <strong>do</strong>s escritos <strong>de</strong> Jacobi, principalmente nas Cartas sobre Espinosa<br />

(Spinoza-Briefe), um <strong>do</strong>s textos responsáveis pela difusão <strong>do</strong><br />

pensamento espinosista na Prússia <strong>de</strong> então. A retomada <strong>do</strong><br />

espinosismo pelos jovens pensa<strong>do</strong>res constituiu-se numa reação à<br />

filosofia crítica e seu interdito no que concerne ã metafísica: o<br />

renascimento espinosista é, antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, uma busca <strong>do</strong> saber da<br />

totalida<strong>de</strong>, am<strong>para</strong><strong>do</strong> na concepção <strong>de</strong> um ser supremo. Jean-Marie<br />

*®Para tal propósito ver o comentário <strong>de</strong> Martial Guéroult sobre a crítica <strong>de</strong><br />

Hegel a Espinosa no livro Espinosa, volume I- Dieu, apêndice 4,<br />

"Interpretations et critique hégéliennes <strong>de</strong>s concepts spinozistes <strong>de</strong> la<br />

substance, d'attribut et <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>". Ver também D. Janicaud, "Dialectique<br />

et Substantialité, sur la réfutation hégélienne du spinozisme", in: J.<br />

D'hondt, Hegel et la Pensée mo<strong>de</strong>rne.<br />

“ Parte da nossa exposição sobre a filosofia hegeliana é tributária <strong>do</strong><br />

material histórico compila<strong>do</strong> por Lugarini, exposto no artigo "Fonti<br />

Spinoziane <strong>de</strong>lia Dialettica di Hegel", in: Revue Internationale <strong>de</strong><br />

Philosophie- Hegel et la dialectique, 1982<br />

O texto da exposição jacobiana po<strong>de</strong> ser encontra<strong>do</strong>, conforme indicação<br />

<strong>de</strong> Lugarini, no Die Hauptschriften zum Pantheismusstreit zunchen Jacobi<br />

und Men<strong>de</strong>lssohn, hrsg H. Scholz, Berlin, 1916.<br />

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