29.12.2013 Views

Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

teísmo<br />

1.1. Um Deus <strong>de</strong> Munchausen: entre o naturalismo e o<br />

Charles Taylor reserva parte <strong>do</strong> sua obra sobre HegeP^<strong>para</strong><br />

<strong>de</strong>cifrar o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa difícil- ele mesmo reconhece- noção <strong>de</strong> um<br />

Deus que se autopõe {a selfpositing God): "Essa idéia <strong>de</strong> Deus é bastante<br />

difícil <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r e expressar corretamente- se, em última instância,<br />

ela for coerente- porque ela não se encaixa em certas categorias nas<br />

quais nós pensamos Deus e o mun<strong>do</strong>", afirma Taylor<br />

Em gran<strong>de</strong>s linhas, o Deus hegeliano seria aquele cuja<br />

incarnação é, ao mesmo tempo, condição <strong>de</strong> sua existência e expressão<br />

<strong>do</strong> que ele é. Taylor chega mesmo a traçar um <strong>para</strong>lelo insólito entre<br />

Hegel e o Barão <strong>de</strong> Munchausen: "Há algo na filosofia <strong>de</strong> Hegel, que é<br />

a reminiscência <strong>do</strong> Barão <strong>de</strong> Munchausen. O barão, lembremo-nos,<br />

após cair <strong>do</strong> seu cavalo num atoleiro, salvou-se seguran<strong>do</strong> nos seus<br />

próprios cabelos e colocan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> volta no seu cavalo. O Deus <strong>de</strong><br />

Hegel é um Deus <strong>de</strong> Munchausen , mas é difícil dizer, nesse <strong>do</strong>mínio,<br />

se sua proeza <strong>de</strong>ve ser tratada com o mesmo ceticismo da <strong>do</strong> barão"<br />

O que Taylor enfatiza através <strong>de</strong>ssa estranha analogia com<br />

um Deus que "se sustenta seguran<strong>do</strong> seus próprios cabelos" é o aspecto<br />

reflexivo <strong>do</strong> Absoluto hegeliano, sua inerente circularida<strong>de</strong>. Contu<strong>do</strong>,<br />

<strong>para</strong> a compreensão <strong>de</strong>ssa noção <strong>para</strong> além <strong>de</strong> metáforas e enuncia<strong>do</strong>s<br />

Trata-se <strong>de</strong> sua obra expressa nos livros Hegel (1975) e Hegel and<br />

Mo<strong>de</strong>m Society (1979) que preten<strong>de</strong> ser uma versão concisa <strong>do</strong> primeiro.<br />

Taylor, C., Hegel and Mo<strong>de</strong>m Society, p.38<br />

Ibi<strong>de</strong>m, p.39.<br />

26

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!