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Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de ...

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mun<strong>do</strong> finito, on<strong>de</strong> é mostra<strong>do</strong>, seguin<strong>do</strong> os passos <strong>de</strong> C. Taylor, que o<br />

hegelianismo é tributário <strong>de</strong> um certo tipo <strong>de</strong> panteísmo e fortemente<br />

influencia<strong>do</strong> por uma retomada <strong>do</strong> espinosismo pelos pensa<strong>do</strong>res póskantianos,<br />

centralmente Schelling, No capítulo 5, é mostrada a<br />

retomada <strong>de</strong> um outro tema caro à tradiçao metafísica, qual seja, o<br />

tema da teodicéia. Hegel é bastante explícito nas Lições da Filosofia da<br />

Fiistória, quanto à sua tentativa, afirman<strong>do</strong> inclusive que preten<strong>de</strong><br />

nesse texto, refazer a teodicéia leibniziana, mostran<strong>do</strong> <strong>como</strong> o mal no<br />

mun<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser submeti<strong>do</strong> à potência da Razão.<br />

Esses <strong>do</strong>is elementos (matizes <strong>do</strong> pensamento espinosista e<br />

reconstrução <strong>de</strong> uma teodicéia, on<strong>de</strong> se preten<strong>de</strong> submeter a <strong>de</strong>srazão<br />

à potência infinita da Razão) atestam inequivocamente que se po<strong>de</strong> ser<br />

-ou ao menos que Hegel o foi- metafísico pós -Kant.<br />

Hegel, contu<strong>do</strong>, não <strong>de</strong>sconhece a história da filosofia,<br />

muito menos a filosofia crítica, ancorada sobre a huimilda<strong>de</strong> da razão,<br />

tanto no senti<strong>do</strong> epistêmico, quanto no senti<strong>do</strong> ontológico. Não se<br />

trata, então, <strong>de</strong> uma mera volta atrás, mas da resolução <strong>do</strong>s problemas<br />

que Kant diagnosticou. Hegel pensa-se <strong>como</strong> aquele que radicaliza o<br />

projeto crítico, sen<strong>do</strong> que essa radicalização o levará à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

superar o dualismo kantiano, através <strong>de</strong> um substrato lógico e<br />

ontológico <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> finito, que se afirme <strong>como</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da<br />

subjetivida<strong>de</strong> e objetivida<strong>de</strong>. Hegel precisará, todavia, <strong>de</strong> uma prova<br />

<strong>de</strong>sse substrato, que nada mais significa <strong>do</strong> que a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

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