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Documento (.pdf) - Universidade do Porto

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70 Revista de Estu<strong>do</strong>s Linguísticos da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> - Vol. 4 - 2009<br />

afixo função exemplo etimologia<br />

-ista formação, a partir de predica<strong>do</strong>s nominais, de wèlguista ‘grevista’<br />

substantivos para a designação <strong>do</strong>s sujeitos < wèlga ‘greve’, manista<br />

esp., port. -ista<br />

inerentes a estes predica<strong>do</strong>s, inclusive ‘membro da<br />

a<br />

designação de membros de organizações M.A.N.’<br />

< M.A.N.<br />

-isá<br />

-mente<br />

-mentu<br />

-nsa<br />

-shi<br />

-shon<br />

formação de verbos a partir de predica<strong>do</strong>s<br />

nominais<br />

formação de advérbios a partir de predica<strong>do</strong>s<br />

adjectivos<br />

formação de substantivos a partir de predica<strong>do</strong>s<br />

verbais<br />

ferbalisá ‘emitir uma<br />

garantia’ < ferbal<br />

‘garantia’<br />

únikamente ‘unicamente’<br />

< úniko<br />

‘único’<br />

dalmentu di outo<br />

‘choque de carros’ <<br />

dal ‘golpear’<br />

esp., port. -izar<br />

esp., port.<br />

-mente<br />

esp., port. -<br />

mento<br />

formação de substantivos a partir de predica<strong>do</strong>s yudansa ‘ajuda’ < esp. -nza, port.<br />

verbais<br />

yuda ‘ajudar’ -nça<br />

formação de substantivos a partir de predica<strong>do</strong>s redashi ‘boato’ < hol. -tie<br />

verbais<br />

reda ‘espalhar um<br />

boato’<br />

formação de substantivos a partir de predica<strong>do</strong>s strobashon ‘estorvo’ esp. -ción<br />

verbais; o substantivo designa o resulta<strong>do</strong> ou um < stroba ‘estorvar’<br />

caso da acção <strong>do</strong> predica<strong>do</strong> verbal<br />

A produtividade da maior parte <strong>do</strong>s afixos lista<strong>do</strong>s é baixa ou até<br />

muito baixa. Maurer (1998: 182) considera que somente –dó e –mentu<br />

são plenamente produtivos e diz que os advérbios em –mente “quase<br />

sempre” se formam como em espanhol (ou português), ou seja, a partir<br />

duma base que termina em -a enquanto os adjectivos de origem iberoromânica<br />

são invariáveis e terminam em –o no papiamentu. Contu<strong>do</strong>,<br />

não chega à mesma conclusão que Kouwenberg & Murray (1994: 23,<br />

29), que dizem que –mente simplesmente não é um afixo derivacional<br />

produtivo. Lenz (1928: 148-150), à época em que publicou o seu<br />

estu<strong>do</strong>, considerava que só –mentu, -dó e –ero eram produtivos. Isso<br />

significa que o inventário <strong>do</strong>s afixos derivacionais quase não mu<strong>do</strong>u<br />

durante o século XX, um perío<strong>do</strong> porém em que outros aspectos da<br />

língua mudaram (incursão <strong>do</strong> léxico inglês, aumento <strong>do</strong> léxico de<br />

origem espanhola e holandesa, etc.). A grande maioria <strong>do</strong>s deriva<strong>do</strong>s<br />

são transparentes. Casos de derivações não transparentes cita<strong>do</strong>s na<br />

Tabela 4 seriam reboltiá ‘revoltar’ e ferbalisá ‘emitir uma garantia’. É<br />

de notar que, tanto no papiamentu como no angolar, –mentu e -dó são

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