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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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do estágio <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong>sses setores, em muitos casos ainda incompleto, com<br />

efeitos negativos sendo propaga<strong>dos</strong> para toda a sua economia, quando acontecem<br />

falhas.<br />

Especialmente preocupante, os pontos mais frágeis da liberalização têm-se<br />

concentrado, por exemplo, em como promover, assegurar e manter: comportamento<br />

competitivo por parte das empresas, que ten<strong>de</strong>m a reorganizar-se setorialmente, com<br />

vistas à maximização <strong>de</strong> seus lucros, <strong>de</strong> formas muitas vezes ilegais ou francamente<br />

prejudiciais à socieda<strong>de</strong>, como um todo; universalização do acesso, base da<br />

prestação <strong>de</strong> <strong>serviços</strong> <strong>públicos</strong>, e que, no entanto, contrasta fortemente com a<br />

lógica <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> merca<strong>dos</strong> concorrenciais; compromisso com a<br />

sustentabilida<strong>de</strong>, sobretudo quanto à preservação da qualida<strong>de</strong> ambiental, uso<br />

racional <strong>dos</strong> recursos e poluição; a mitigação das conseqüências macroeconômicas<br />

negativas, sobretudo quanto à extinção <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho; e, a própria<br />

qualida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong>, diante da perspectiva <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> lucros<br />

via redução <strong>de</strong> custos operacionais e <strong>de</strong> investimentos em melhoria tecnológica<br />

e expansão da oferta.<br />

A obrigação do atendimento universal, que visa garantir acesso aos segmentos<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> alto custo e/ou <strong>de</strong> baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento, incluindo<br />

resi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong> baixa renda e usuários geograficamente distantes da infra-estrutura<br />

convencional, tem suscitado <strong>de</strong>bates progressivamente intensos envolvendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

economistas teóricos da liberalização, até os cientistas sociais <strong>de</strong>dica<strong>dos</strong> ao problema<br />

da pobreza e sua erradicação. Um <strong>dos</strong> pontos <strong>de</strong> maior dificulda<strong>de</strong> para os<br />

economistas resi<strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento e aplicação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> financiamento que<br />

propiciem o acesso universal sem introduzir gran<strong>de</strong>s distorções econômicas,<br />

sobretudo diante da imposição <strong>de</strong> não-prática <strong>de</strong> preços discriminatórios. As<br />

alternativas oscilam entre a utilização <strong>de</strong> subsídios cruza<strong>dos</strong>, a formação <strong>de</strong> fun<strong>dos</strong><br />

setoriais, fun<strong>dos</strong> supra-setoriais <strong>de</strong> universalização, ampliação <strong>de</strong> renda ou

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