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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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comerciais inicia<strong>dos</strong> na Europa e América do Norte, hoje estão difundidas globalmente<br />

e, à semelhança da ISO 9000, apresentam gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> “transformar-se <strong>de</strong><br />

uma oportunida<strong>de</strong> estratégica em uma necessida<strong>de</strong> operacional” (Brustad et al.,1997).<br />

Atualmente, em especial nas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>nsamente urbanizadas, que lidam<br />

com quantida<strong>de</strong>s crescentes <strong>de</strong> lixo, o manejo <strong>dos</strong> resíduos sóli<strong>dos</strong> não permite mais<br />

a simples coleta e o lançamento no solo. A obtenção <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> ambiental,<br />

sanitária e economicamente a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong>, requer um “conjunto articulado <strong>de</strong> ações<br />

normativas, operacionais, financeiras e <strong>de</strong> planejamento, (…) baseada em critérios<br />

sanitários, ambientais e econômicos, para coletar, tratar e dispor o lixo <strong>de</strong> uma<br />

comunida<strong>de</strong>” (IPT, 1995). As várias “rotas” possíveis <strong>de</strong> tratamento e <strong>de</strong>stinação<br />

incluem, cada vez mais, medidas <strong>de</strong> reutilização e reinserção <strong>dos</strong> materiais no sistema<br />

produtivo, através da reciclagem.<br />

Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> quase exclusivamente como rejeitos, os resíduos<br />

sóli<strong>dos</strong> não são totalmente <strong>de</strong>sprovi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> valor, como ressaltam Bee<strong>de</strong> & Bloom<br />

(1995). Parte <strong>de</strong>sse valor é apropriado através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que reinserem os<br />

resíduos em sistemas <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> materiais e/ou energia. São exemplos a<br />

coleta seletiva e a reciclagem, bem como a produção <strong>de</strong> composto orgânico<br />

(compostagem), a biodigestão com produção <strong>de</strong> biogás e a incineração associada à<br />

geração <strong>de</strong> energia (Bee<strong>de</strong> & Bloom, 1995).<br />

Embora se propale globalmente uma “nova revolução industrial”, baseada em<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computadores e biotecnologia, o atendimento às necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong><br />

sobrevivência <strong>de</strong> pelo menos meta<strong>de</strong> da população não encontrou eco no sistema<br />

econômico hegemônico. Estimula-se a liberalização econômica e a expansão do<br />

mercado na prestação <strong>de</strong> <strong>serviços</strong> essenciais <strong>de</strong> energia e saneamento, enquanto<br />

gran<strong>de</strong> parte <strong>dos</strong> habitantes do planeta cozinha e se aquece com uso <strong>de</strong> lenha catada<br />

e consome água contaminada, em muitos casos, por seus próprios <strong>de</strong>jetos e lixo.

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