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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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O conceito e as linhas <strong>de</strong> argumentação variaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o surgimento <strong>de</strong>ssa<br />

Escola. Anand & Sen (1994) i<strong>de</strong>ntificam, basicamente, duas abordagens: a primeira,<br />

mais tradicional, calcada em padrões <strong>de</strong> crescimento econômico, entendido como<br />

formação <strong>de</strong> riqueza e opulência e medido por indicadores econômicos,<br />

principalmente o produto interno bruto (PIB) e PIB/per capita. A segunda,<br />

enfocando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>dos</strong> indivíduos, ou, o <strong>de</strong>senvolvimento humano,<br />

traduzido pelo progressivo aprimoramento <strong>de</strong> suas potencialida<strong>de</strong>s sociais e<br />

condições <strong>de</strong> vida, medi<strong>dos</strong> por indicadores sociais. Segundo Sen, a diferença<br />

essencial entre as duas resi<strong>de</strong> no enfoque <strong>dos</strong> meios emprega<strong>dos</strong> para atingir o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento que a primeira privilegia, em oposição à ênfase dada pela segunda<br />

aos objetivos do <strong>de</strong>senvolvimento. Entretanto, as duas vertentes partem do princípio<br />

do estabelecimento <strong>de</strong> uma escala <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, ou <strong>de</strong> sua falta, a partir da<br />

qual os países po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>dos</strong>.<br />

As primeiras teorias do Desenvolvimento admitiam a existência <strong>de</strong> estágios <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, incorporando a noção <strong>de</strong> que o processo se dava <strong>de</strong> forma linear.<br />

Portanto, haveria uma classe <strong>de</strong> países sub-<strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> que representariam<br />

versões primitivas da Europa e América do Norte. Uma sub-corrente <strong>de</strong>ssa linha<br />

preferia admitir a tendência <strong>dos</strong> países a apresentar similarida<strong>de</strong>s nos padrões <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, ao invés <strong>de</strong> postular a linearida<strong>de</strong>. Dessa forma, po<strong>de</strong>r-se-ia<br />

i<strong>de</strong>ntificar e implementar “atalhos”, permitindo aos menos <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> alcançar os<br />

padrões do Norte suprimindo algumas etapas. Pensadores <strong>de</strong>ssa doutrina foram<br />

Rostow, Rosenstein-Rodan, Arthur Lewis, Hans Singer.<br />

Enfatizava-se, então, a importância da formação <strong>de</strong> capital e da poupança,<br />

na promoção do <strong>de</strong>senvolvimento, justificando a intervenção governamental na<br />

economia. Desse enfoque emergiram doutrinas como a economia dual (A. Lewis), o<br />

crescimento balanceado e os círculos viciosos e virtuosos (H.W. Singer), e outros.

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