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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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então, em condições similares <strong>de</strong> tecnologia, eficiência e custos, da prática <strong>de</strong><br />

preços que cubram os custos e não atraiam competidores. A ação regulatória tanto<br />

po<strong>de</strong> se dar no sentido <strong>de</strong> garantir a sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um monopólio, quanto no<br />

sentido <strong>de</strong> introduzir pressão competitiva ao <strong>de</strong>rrubar as barreiras à entrada, ou ainda,<br />

coibir abusos, no caso <strong>de</strong> merca<strong>dos</strong> não contestáveis 16 .<br />

Essa teoria, no entanto, tem sofrido inúmeras críticas em função <strong>de</strong> limitações<br />

tais como <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar a existência <strong>de</strong> barreiras, especialmente à saída,<br />

representada pelos custos afunda<strong>dos</strong>, característicos <strong>dos</strong> monopólios <strong>de</strong> <strong>serviços</strong> <strong>de</strong><br />

infra-estrutura, ou não consi<strong>de</strong>rar que uma indústria multiproduto possa atuar,<br />

simultaneamente, em merca<strong>dos</strong> monopolistas e não monopolistas e, nesse caso, o<br />

regulador teria uma complexa tarefa na <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> preços não discriminatórios<br />

(Gomes, 1998; Araújo, 1997). Como salienta Araújo (1997), as hipóteses <strong>de</strong> contesta-<br />

bilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong>, são <strong>de</strong> difícil constatação na prática, tendo<br />

servido, entretanto, para justificar teoricamente a implementação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

reestruturação <strong>de</strong> setores <strong>de</strong> infra-estrutura, basea<strong>dos</strong> em <strong>de</strong>sverticalização e<br />

privatização, em inúmeros países, inclusive o Brasil.<br />

As indústrias <strong>de</strong> re<strong>de</strong> são um caso particular <strong>de</strong> monopólio natural, do ponto<br />

<strong>de</strong> vista econômico, guardando importância também nas dimensões social e política. A<br />

<strong>de</strong>finição mais simples <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser aquela empregada por Institut<br />

d’Économie Industrielle (1999) para European Comission (1999) 17 : conjunto <strong>de</strong> pontos<br />

(nós) e linhas <strong>de</strong> conexão, organiza<strong>dos</strong> para a transmissão <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> energia,<br />

informação ou matéria. Cada ponto po<strong>de</strong> representar origem ou <strong>de</strong>stino ou uma<br />

etapa intermediária (estocagem, <strong>de</strong>spacho, amplificação, redução, coor<strong>de</strong>nação)<br />

15 Ver figuras A.1a e A.1b, Anexo 1.<br />

16 Ver as discussões efetuadas por Gomes (1998) e Araújo (1997).<br />

17 Em seu estudo, o Institut... <strong>de</strong>talha as características técnicas e econômicas das indústrias <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, apresentando exemplos práticos<br />

<strong>de</strong> várias configurações, no contexto Europeu. Recomenda-se esta referência para mais <strong>de</strong>talhes sobre o assunto.

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