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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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do mercado reafirmou-se, indiscutível. As relações sociais transformaram-se<br />

profundamente e o ultraliberalismo entrou em cena (Gomes, 1998).<br />

Geopoliticamente, os pilares <strong>de</strong> sustentação do welfare state vinham ruindo<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final da década <strong>de</strong> 1960, com as “revoluções” políticas e sindicais na Europa;<br />

as perdas militares norte-americanas (Vietnã) e a formação da OPEP, colocando em<br />

cheque a hegemonia <strong>dos</strong> EUA, e com o fim da parida<strong>de</strong> ouro-dólar estabelecida por<br />

Breton-Woods ao fim da 2 a guerra, no início <strong>dos</strong> anos 1970 (Fiori, 1996). Isso reforçou<br />

as “novas” teses econômicas liberais, conservadoras, que combatiam o<br />

keynesianismo. Os expoentes políticos <strong>de</strong>ssa corrente econômica foram os governos<br />

Reagan, <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, Thatcher, da Inglaterra, Pinochet, do Chile -<br />

emergentes da onda <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r por forças conservadoras ocorrida em vários<br />

países <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> (Kohl, na Alemanha; Schutler, na Dinamarca) - que<br />

estabeleceram um novo paradigma baseado nos seguintes cenários (Dias, 1999;<br />

Gomes, 1998):<br />

• Volta da oposição, agora extrema, ao estatismo e a qualquer forma <strong>de</strong><br />

interferência estatal sobre mecanismos <strong>de</strong> regulação do mercado;<br />

• Combate ao “gigantismo” <strong>dos</strong> direitos trabalhistas, através da<br />

flexibilização, e conseqüente fragilização, das relações <strong>de</strong> trabalho;<br />

• Proposição do “fim das i<strong>de</strong>ologias” (queda do muro <strong>de</strong> Berlim, fim do<br />

socialismo) e hegemonia, em escala planetária, da civilização oci<strong>de</strong>ntal;<br />

• Abertura irrestrita das economias nacionais às mega-corporações<br />

oligopolísticas (regra válida apenas para os países mais pobres) e, para<br />

tanto:<br />

• Redução <strong>dos</strong> índices inflacionários, em breve tempo e à custa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>semprego maciço, <strong>de</strong> forma a favorecer o trânsito do capital financeiro<br />

internacional;

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