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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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mais as ativida<strong>de</strong>s econômicas na região centro-sul, exercendo, em consequência,<br />

pressão sobre a <strong>de</strong>manda. Esta, por sua vez, atendida <strong>de</strong> acordo com critérios<br />

mercadológicos. De acordo com os da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong>, nota-se que o processo <strong>de</strong><br />

concentração <strong>de</strong> oferta e <strong>de</strong>manda por <strong>serviços</strong> <strong>de</strong> infra-estrutura foi cíclico e<br />

progressivo, repetindo-se no período <strong>de</strong>senvolvimentista, que consolidou o eixo Rio -<br />

São Paulo, e adjacências, e as gran<strong>de</strong>s metrópoles com núcleos concentradores <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r e riqueza e periferias concentradoras <strong>de</strong> pobreza, resultante da massa migrante<br />

<strong>de</strong>sempregada, como parâmetro do tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano que viria. A<br />

formação e ampliação da classe média, aspirando por um padrão <strong>de</strong> vida cada vez<br />

mais confortável, aliado à crescente industrialização, exerceram nova pressão sobre a<br />

<strong>de</strong>manda por saneamento básico e eletricida<strong>de</strong>, que, <strong>de</strong> forma característica,<br />

priorizaram o atendimento das regiões e segmentos dota<strong>dos</strong> <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

autofinanciamento, tradicionalmente servi<strong>dos</strong>.<br />

As crises econômicas, enfrentadas <strong>de</strong> tempos em tempos, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong><br />

políticas nacionais ou internacionais, e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> crescimento adotado, baseado em<br />

industrialização e urbanização, reforçaram <strong>de</strong> forma estrutural o perfil <strong>de</strong> exclusão e<br />

concentração <strong>de</strong> renda, já então configurado espacialmente, bem como impuseram<br />

restrições ao financiamento da expansão <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong> <strong>de</strong> infra-estrutura. O caráter <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> industrial imputado ao setor elétrico e, posteriormente, ao saneamento,<br />

instituiu a auto-sustentação tarifária e a manutenção do equilíbrio econômicofinanceiro<br />

como eixos centrais da política <strong>de</strong> expansão. Veio à tona o problema da<br />

insolvência <strong>de</strong> significativa parcela da população e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong><br />

financiamento da universalização do acesso.<br />

A estatização <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong> buscou superar o <strong>de</strong>sequilíbrio na oferta,<br />

esten<strong>de</strong>ndo as estruturas <strong>de</strong> acesso a áreas e consumidores normalmente relega<strong>dos</strong>,<br />

sempre em consonância com o projeto <strong>de</strong>senvolvimentista do país, <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda, e posteriormente, com o <strong>de</strong> Brasil-potência. Foi a época <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s planos

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