Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP
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24 Desenvolvimento, as teorias da Incerteza e da Informação, a Teoria dos Jogos. Fatores intrínsecos à decisão do consumidor passaram a ser estudados como determinantes da escolha de um produto em detrimento de outro. A suposição do comportamento gerencial baseado apenas em obtenção de lucro tornou-se insuficiente para explicar a realidade (Nogueira, 1998). Assim, teorias como Concorrência Imperfeita e Monopolística (Robinson e Chamberlin) e o enfoque Schumpeteriano passam a ressaltar o constante desequilíbrio micro e macroeconômico, decorrente dos esforços das firmas em inovação tecnológica e competição. O fenômeno da formação dos oligopólios, mercados com pequeno número de empresas rivais, levou à valorização do conceito de firma como uma organização de atributos dinâmicos, importando sobremaneira as características da estrutura do mercado e seu embasamento (Nogueira, 1998). As principais características de um determinado mercado seriam: grau de concentração, substituibilidade de produtos, dimensão das empresas, entrada potencial de novos competidores limitada por barreiras à sua entrada, bem como as estruturas de custo, a integração vertical e o grau de conglomeração. Este paradigma teórico ficou conhecido como Estrutura-Conduta-Desempenho, derivado da abordagem da Economia a partir da Organização Industrial desenvolvida por Joe Bain, na década de 1950 (Nogueira, 1998). Na década de 1970, surgiram as linhas de pensamento que influenciam a atual economia industrial, dentre as quais destacam-se duas: as Análises de Chicago – UCLA, baseadas na Teoria Quantitativa da Moeda e a Teoria da Contestabilidade, de Baumol-Bailey-Willig. Simultaneamente, desenvolveu-se uma linha alternativa, baseada na Teoria dos Jogos (Nogueira, 1998). 2.2.1. DA REVOLUÇÃO KEYNESIANA AO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
25 O paradigma keynesiano foi adotado de forma ligeiramente distinta em diversas economias. Nos Estados Unidos, o Estado propiciou a expansão de grandes empresas, promovendo o desenvolvimento de infra-estrutura, financiamentos, subsídios. Políticas salariais, de empregos, monetárias e fiscais mantiveram o nível de consumo. No Japão e Ocidente Europeu, as práticas keynesianas e a necessidade de reconstrução dos sistemas produtivos, após a segunda guerra, foram os impulsionadores da nova fase de expansão. Nessas regiões, os países foram beneficiados por políticas de juros baixos e o endividamento foi bastante utilizado para a elevação do nível de investimentos e de empregos, salários e demanda. Na América Latina, a parcela privada do capital que contribuiu para esse modelo misto 4 de desenvolvimento, promovido pelos setores privado e público, foi proveniente de empresas transnacionais já ali instaladas. Este foi um dos fatores preponderantes para o ingresso maciço de capital estrangeiro que se deu nas décadas seguintes (Gomes, 1998). O comportamento das grandes empresas surgidas na era keynesiana contrariou preceitos fundamentais das teorias clássicas e neoclássicas. Novas estratégias para manutenção da rentabilidade, além do controle dos preços, basea- ram-se no desenvolvimento de novos produtos e processos, novas formas organizacionais e na atração de novos mercados, inclusive fora das fronteiras nacionais. Formaram-se e consolidaram-se os grandes monopólios e oligopólios, em nome do ganho de eficiência. Nos EUA, foram criadas agências regulatórias públicas para assegurar a estabilidade do mercado (Gomes, 1998). Esse modelo, caracterizado por uma fase de expansão da hegemonia norteamericana, permaneceu eficaz até meados dos anos 70. Nesse período, formaram-se fortes instrumentos internacionais de controle econômico, ainda hoje em atividade: o 4 GOMES, A.A.C. A reestruturação das indústrias de rede: uma avaliação do setor elétrico brasileiro. 1998
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O paradigma keynesiano foi adotado <strong>de</strong> forma ligeiramente distinta em diversas<br />
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impulsionadores da nova fase <strong>de</strong> expansão. Nessas regiões, os países foram<br />
beneficia<strong>dos</strong> por políticas <strong>de</strong> juros baixos e o endividamento foi bastante utilizado para<br />
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O comportamento das gran<strong>de</strong>s empresas surgidas na era keynesiana<br />
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Esse mo<strong>de</strong>lo, caracterizado por uma fase <strong>de</strong> expansão da hegemonia norteamericana,<br />
permaneceu eficaz até mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 70. Nesse período, formaram-se<br />
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