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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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das tarifas; redução do número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho; aumento do envio <strong>de</strong><br />

divisas sob a forma <strong>de</strong> lucros, divi<strong>de</strong>n<strong>dos</strong> e juros; <strong>de</strong>terioração das condições<br />

financeiras (endividamento); queda da qualida<strong>de</strong> e da confiabilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>serviços</strong>; aumento da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso do usuário ao concessionário e a<br />

instâncias que <strong>de</strong>veriam protege-lo (agências reguladoras).<br />

As figuras 3.56 a 3.63 apresentam alguns <strong>de</strong>talhes da posição atual das<br />

empresas <strong>de</strong> energia no Brasil. O que se percebe é que as empresas privatizadas,<br />

que receberam um mercado já constituído, sobretudo as distribuidoras, incrementaram<br />

indicadores como tarifa, faturamento e produtivida<strong>de</strong> (em termos <strong>de</strong> consumidores e<br />

energia vendida), porém, em critérios como qualida<strong>de</strong> e saú<strong>de</strong> financeira, as empresas<br />

que permanecem estatais nada ficam a <strong>de</strong>ver em <strong>de</strong>sempenho. Este é o caso da<br />

Cemig e da Copel.<br />

As maiores empresas privatizadas, por faturamento (receita operacional bruta),<br />

segundo o ranking do BNDES, atualmente, são Eletropaulo, Light, CPFL, EBE,<br />

Elektro, e COELBA. Praticamente as mesmas empresas foram mencionadas em<br />

reportagem da Folha <strong>de</strong> São Paulo, que mostrava como as empresas privadas vêm se<br />

endividando não para promover investimentos, mas para pagar divi<strong>de</strong>n<strong>dos</strong> e lucros<br />

aos acionistas das matrizes 90 (figura 3.55 e tabela 3.127).<br />

Como <strong>de</strong>monstrou Gonçalves Jr. (2002), o aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> das<br />

empresas privadas não necessariamente beneficiou o trabalhador <strong>de</strong>ssa empresa<br />

(da<strong>dos</strong> sobre salários ou benefícios não constam da publicação), apesar <strong>de</strong> ter<br />

redundado num aumento <strong>de</strong> receita por empregado, em função da política agressiva<br />

<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> quadros. Sauer, apresenta da<strong>dos</strong> que mostram que, não apenas os<br />

empregos no setor foram reduzi<strong>dos</strong>, como a segurança no trabalho caiu em níveis<br />

preocupantes, com aumento da freqüência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e do número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes

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