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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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recursos (Montenegro, 2000; ______, 1999). Em 2000, como forma <strong>de</strong> complementar<br />

a atuação do Comunida<strong>de</strong> Solidária, o governo lançou o Projeto Alvorada, uma<br />

espécie <strong>de</strong> guarda-chuva para to<strong>dos</strong> os programas <strong>de</strong> combate à pobreza em<br />

execução. O critério adotado para nortear as ações do Alvorada foi o IDH, regional e<br />

municipal. Tais ações, que incluíam projetos <strong>de</strong> saneamento e eletrificação, seriam<br />

voltadas para a ampliação e/ou criação <strong>de</strong> programas que afetassem as dimensões<br />

consi<strong>de</strong>radas na obtenção do IDH (saú<strong>de</strong>, longevida<strong>de</strong>, educação), em municípios que<br />

apresentassem os mais baixos IDH no país. Suas principais fontes <strong>de</strong> recursos seriam<br />

o Plano Plurianual e o Fundo <strong>de</strong> Combate à Pobreza (Brasil/PR, 2002b).<br />

Concomitantemente, as companhias estaduais <strong>de</strong> saneamento, que vinham <strong>de</strong><br />

uma situação econômico-financeira <strong>de</strong>teriorada por dívidas e perda <strong>de</strong> receita tarifária,<br />

engendrada pelas políticas macroeconômicas do fim do período militar, já<br />

mencionadas, aos poucos recuperaram sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endividamento e saldaram<br />

compromissos com o FGTS, ampliando a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos do Fundo, que,<br />

no entanto, permaneceu imobilizada (tabela 3.113). Os <strong>serviços</strong> municipais, por sua<br />

vez, apresentaram indicadores ainda melhores que os estaduais, como analisou<br />

Montenegro (1999), para o ano <strong>de</strong> 1997.<br />

Tabela 3.113 – Retornos, aplicações, sal<strong>dos</strong> do FGTS – 1994 a 1999 (R$ milhões)<br />

Discriminação 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Totais<br />

Retorno total empréstimos 851 1.998 3.123 3.712 4.060 4.317 18.061<br />

Desembolso total com empréstimos 433 402 892 3.591 3.197 5.009 13.524<br />

Saldo op. Empréstimo (Retorno - Desembolso) 418 1.596 2.232 121 863 (693) 4.537<br />

Retorno empréstimos saneamento/infraestrutura 618 1.161 1.814 2.181 2.269 2,262 10.306<br />

Desembolso saneamento/infraestrutura 256 174 193 494 960 517 2.593<br />

Saldo saneamento/infra (Retorno -Desembolso) 363 987 1.622 1.687 1.310 1.744 7.713<br />

Fonte: Montenegro, 2000.<br />

Medidas paliativas também foram implementadas e, conquanto não<br />

representassem nenhuma mudança estrutural na situação <strong>de</strong> míngua financeira vivida<br />

pelo setor, permitiram algum <strong>de</strong>safogo. A rolagem da dívida <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong>, com a<br />

transferência <strong>dos</strong> débitos das companhias para os mesmos, e a viabilização da<br />

securitização das receitas tarifárias futuras <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong> como garantia para

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