Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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311 por completo a sistemática, com a implementação de um sistema descentralizado de captação de recursos, baseado na formação de instâncias colegiadas nos estados, nas quais teriam assento os grupos diretamente interessados na questão do saneamento (reuniam, também, habitação). A justificativa apresentada foi a necessidade de ampliar a transparência na definição e destinação dos recursos, evitando as práticas clientelistas que foram comuns no governo Collor (sob gestão de Margarida Procópio), além de promover a descentralização do processo decisório, e estimular o controle social, como parte das metas que compunham a nova política concebida pelo governo (às quais se agregavam a flexibilização institucional e regulação do setor, a reestruturação financeira, e o atendimento à demanda social) (Calmon et al, 1999). Dessa forma, foram implementados diversos programas, em adição aos já existentes, para atender objetivos e segmentos distintos, com financiamento a partir dos recursos do FGTS, do OGU, e de agências multilaterais (tabela 3.106). Distinguiase, assim, essa configuração, da forma de repasse adotada pelo Planasa, que se dava através de linhas específicas de empréstimos (Arretche, 1999; Parlatore, 1999; Pena & Abicalil, 1999). Entretanto, desde a implantação do SFS até o presente, o FGTS tem figurado como o principal financiador da expansão do setor (Montenegro, 2000; ______, 1999), enquanto a tarifa seria o principal instrumento de financiamento dos serviços (o que não significa cobrir os investimentos novos, mas amortizar os antigos 83 ). Tabela 3.106 – Programas de Saneamento – características - 1995 a 1998 Programa Diretrizes/Objetivos Fonte de recursos e condições 1) Projeto de modernização do Setor de Saneamento (PMSS) - Instituído em 1991 por intermédio da Secretaria Nacional de Saneamento (SNS) do MBES, passou para a responsabili-dade da SEPURB em • Elemento central da Política Nacional de Saneamento sob FHC, voltado ao reordenamento do setor, ã eficiência, eficácia e melhoria do desempenho dos operadores públicos e estímulo à participação • Recursos da componente institucional integralmente financiados pelo BIRD e recursos da componente de investimentos financiados em parte pelo BIRD e parte por contrapartidas dos promotores. apresentaram nível de capitalização superior a cinco bilhões, em 2001 (BNDES, 2001), denotando capacidade de endividamento. 83 Ver seção 2.3.2.1.

312 1995, executa-do a partir daí sob a forma de progra-ma. Desenvolvido pela SEPURB/ MPO e IPEA. 2) Programa Social de Emergência e Geração de Empregos em Obras de Saneamento (PROSEGE). Programa federal instituído em 1992, como par-te do Plano de Ação Imediata - País Brasil (MAS, futuro MBES), passou para a responsabilidade da SEPURB em 1995. Administrado pela Unidade Central Executora (UCE) e executado localmente por Unidades Executoras Locais (UEL) 3) Pró-saneamento/PROSANEAR. Aprovado pela Resolução 179/95 do CCFGTS. Operado pela Caixa Econômica Federal 4) Programa de Ação Social em Saneamento (PASS). Instituído em 1996. Realizado pela SEPURB. Operado pela CEF. 5) Projeto de Qualidade da Água e Controle da Poluição Hídrica (PQA). 1997. 6) Programa Nacional de Controle ao Desperdício de Água (PNCDA). 1997. 7) Programa de Apoio à Gestão de Resíduos Sólidos (PROGEST). 1997. 8) Programa de Fomento à Parceria Público/Privada para Prestação de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (PROPAR). Instituído em 1997 através de convê-nio de cooperação mútua firmado entre CEF e BNDES para o desenvolvimento da desestatização do se-tor de saneamento. da iniciativa privada. • Desenvolvido a partir de uma componente institucional e uma componente de investimentos. • Uma segunda etapa, o PMSS II esta-va prevista para início em dezembro de 2002. • Voltado para obras de esgotamento sanitário e para a geração de empre-gos. • Atendimento a populações de baixa renda. • Executores: governos estaduais e municipais, companhias estaduais, prefeituras e serviços autônomos municipais. • Aumento de cobertura em abastecimento de água; esgotamento sanitá-rio; drenagem urbana; resíduos sóli-dos urbanos (disposição final). • Atendimentos de famílias com rendi-mentos até 12 SM e, na modalidade Prosanear, preferencialmente famílias até 3 SM. • Voltado exclusivamente ao setor pú-blico: governos e companhias esta-duais e municipais, órgãos autôno-mos de saneamento. • Universalização do acesso a abastecimento de água, esgotamento sanitário e destinação final de resíduos sólidos. • Áreas de concentra/cão de pobreza em cidades de grande, médio e pequeno porte, com prioridade para os municípios selecionados pelo Comu-nidade Solidária. • Apoio ao desenvolvimento comunitá-rio, voltadas para mobilização, capa-citação profisisonal e educação sani-tária. • Empréstimo do BID. • Recursos da União repassados pelo Banco do Brasil após comprovação de depósito de contrapartida. • Contrapartida dos agentes promotores. • Recursos do FGTS e contrapartidas • Os mutuários devem demonstrar capacidade de pagamento e endividamento. • Composição de instância colegiada estadual (composta por representan-tes das instâncias de governo e da sociedade civil, num mínimo de oito e máximo de quinze participantes). • Recursos do Orçamento Geral da União (OGU), a fundo perdido. • Contrapartida de estados, distrito Federal e municípios, variando entre 0% e 40%, do repasse, definida em Lei de Diretrizes Orçamentárias (1,5% destinados ao apoio ao desen-volvimento comunitário, mobilização, capacitação e educação sanitária) • • Financiado com recursos do Banco Mundial. • Redução das perdas de água através da adequação de normas de gestão de serviços, equipamentos e edifica-ções. • Destinado ao financiamento de estu-dos necessários à preparação da participação do setor privado median-te concessões. • Destinados a serviços estaduais e municipais. • Financiado com recursos do Orçamento Geral da União. • Financiado com recursos do Orçamento Geral da União. • Financiado com recursos do BNDES e CEF. Continua... Continuação Programa Diretrizes/Objetivos Fonte de recursos e condições 9) Programa de Financiamento a Com-cessionários Privados de Serviços de Saneamento e Programa de Investi-mento em • Destinado ao financiamento de com-cessões operadas por agentes priva-dos. • Criação de oportunidades de finan- • Financiado com recursos do FGTS e do BNDES.

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1995, executa-do a partir daí sob a<br />

forma <strong>de</strong> progra-ma. Desenvolvido<br />

pela SEPURB/ MPO e IPEA.<br />

2) Programa Social <strong>de</strong> Emergência e<br />

Geração <strong>de</strong> Empregos em Obras<br />

<strong>de</strong> Saneamento (PROSEGE).<br />

Programa fe<strong>de</strong>ral instituído em<br />

1992, como par-te do Plano <strong>de</strong><br />

Ação Imediata - País Brasil (MAS,<br />

futuro MBES), passou para a<br />

responsabilida<strong>de</strong> da SEPURB em<br />

1995. Administrado pela Unida<strong>de</strong><br />

Central Executora (UCE) e<br />

executado localmente por Unida<strong>de</strong>s<br />

Executoras Locais (UEL)<br />

3) Pró-saneamento/PROSANEAR.<br />

Aprovado pela Resolução 179/95<br />

do CCFGTS. Operado pela Caixa<br />

Econômica Fe<strong>de</strong>ral<br />

4) Programa <strong>de</strong> Ação Social em<br />

Saneamento (PASS). Instituído em<br />

1996. Realizado pela SEPURB.<br />

Operado pela CEF.<br />

5) Projeto <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da Água e<br />

Controle da Poluição Hídrica (PQA).<br />

1997.<br />

6) Programa Nacional <strong>de</strong> Controle ao<br />

Desperdício <strong>de</strong> Água (PNCDA).<br />

1997.<br />

7) Programa <strong>de</strong> Apoio à Gestão <strong>de</strong><br />

Resíduos Sóli<strong>dos</strong> (PROGEST).<br />

1997.<br />

8) Programa <strong>de</strong> Fomento à Parceria<br />

Público/Privada para Prestação <strong>de</strong><br />

Serviços <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água<br />

e Esgotamento Sanitário<br />

(PROPAR). Instituído em 1997<br />

através <strong>de</strong> convê-nio <strong>de</strong><br />

cooperação mútua firmado entre<br />

CEF e BNDES para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da <strong>de</strong>sestatização do<br />

se-tor <strong>de</strong> saneamento.<br />

da iniciativa privada.<br />

• Desenvolvido a partir <strong>de</strong> uma<br />

componente institucional e uma<br />

componente <strong>de</strong> investimentos.<br />

• Uma segunda etapa, o PMSS II<br />

esta-va prevista para início em<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002.<br />

• Voltado para obras <strong>de</strong> esgotamento<br />

sanitário e para a geração <strong>de</strong><br />

empre-gos.<br />

• Atendimento a populações <strong>de</strong> baixa<br />

renda.<br />

• Executores: governos estaduais e<br />

municipais, companhias estaduais,<br />

prefeituras e <strong>serviços</strong> autônomos<br />

municipais.<br />

• Aumento <strong>de</strong> cobertura em abastecimento<br />

<strong>de</strong> água; esgotamento<br />

sanitá-rio; drenagem urbana;<br />

resíduos sóli-<strong>dos</strong> urbanos<br />

(disposição final).<br />

• Atendimentos <strong>de</strong> famílias com<br />

rendi-mentos até 12 SM e, na<br />

modalida<strong>de</strong> Prosanear,<br />

preferencialmente famílias até 3<br />

SM.<br />

• Voltado exclusivamente ao setor<br />

pú-blico: governos e companhias<br />

esta-duais e municipais, órgãos<br />

autôno-mos <strong>de</strong> saneamento.<br />

• Universalização do acesso a abastecimento<br />

<strong>de</strong> água, esgotamento<br />

sanitário e <strong>de</strong>stinação final <strong>de</strong> resíduos<br />

sóli<strong>dos</strong>.<br />

• Áreas <strong>de</strong> concentra/cão <strong>de</strong> pobreza<br />

em cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>, médio e pequeno<br />

porte, com priorida<strong>de</strong> para<br />

os municípios seleciona<strong>dos</strong> pelo<br />

Comu-nida<strong>de</strong> Solidária.<br />

• Apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

comunitá-rio, voltadas para<br />

mobilização, capa-citação<br />

profisisonal e educação sani-tária.<br />

• Empréstimo do BID.<br />

• Recursos da União repassa<strong>dos</strong><br />

pelo Banco do Brasil após<br />

comprovação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />

contrapartida.<br />

• Contrapartida <strong>dos</strong> agentes promotores.<br />

• Recursos do FGTS e contrapartidas<br />

• Os mutuários <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>monstrar<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento e endividamento.<br />

• Composição <strong>de</strong> instância<br />

colegiada estadual (composta por<br />

representan-tes das instâncias <strong>de</strong><br />

governo e da socieda<strong>de</strong> civil, num<br />

mínimo <strong>de</strong> oito e máximo <strong>de</strong> quinze<br />

participantes).<br />

• Recursos do Orçamento Geral da<br />

União (OGU), a fundo perdido.<br />

• Contrapartida <strong>de</strong> esta<strong>dos</strong>, distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral e municípios, variando<br />

entre 0% e 40%, do repasse,<br />

<strong>de</strong>finida em Lei <strong>de</strong> Diretrizes<br />

Orçamentárias (1,5% <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> ao<br />

apoio ao <strong>de</strong>sen-volvimento<br />

comunitário, mobilização,<br />

capacitação e educação sanitária)<br />

• • Financiado com recursos do Banco<br />

Mundial.<br />

• Redução das perdas <strong>de</strong> água<br />

através da a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> normas<br />

<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>serviços</strong>,<br />

equipamentos e edifica-ções.<br />

• Destinado ao financiamento <strong>de</strong><br />

estu-<strong>dos</strong> necessários à preparação<br />

da participação do setor privado<br />

median-te concessões.<br />

• Destina<strong>dos</strong> a <strong>serviços</strong> estaduais e<br />

municipais.<br />

• Financiado com recursos do Orçamento<br />

Geral da União.<br />

• Financiado com recursos do Orçamento<br />

Geral da União.<br />

• Financiado com recursos do<br />

BNDES e CEF.<br />

Continua...<br />

Continuação<br />

Programa Diretrizes/Objetivos Fonte <strong>de</strong> recursos e condições<br />

9) Programa <strong>de</strong> Financiamento a<br />

Com-cessionários Priva<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

Serviços <strong>de</strong> Saneamento e<br />

Programa <strong>de</strong> Investi-mento em<br />

• Destinado ao financiamento <strong>de</strong><br />

com-cessões operadas por agentes<br />

priva-<strong>dos</strong>.<br />

• Criação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> finan-<br />

• Financiado com recursos do FGTS<br />

e do BNDES.

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