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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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<strong>de</strong> contração do setor público, a fim <strong>de</strong> permanecer cumprindo obrigações junto ao<br />

FMI, e mantém-se liberalida<strong>de</strong> do governo diante da atuação privada, num ambiente<br />

<strong>de</strong> regulação frágil, controle social inexistente e <strong>de</strong>manda social (não rentável)<br />

remanescente ainda muito alta. O resultado da conversão do fornecimento do serviço,<br />

essencial, <strong>de</strong> energia elétrica em mercadoria, resultou na captura, sim, porém, da<br />

socieda<strong>de</strong> pelos interesses priva<strong>dos</strong> que culminaram no apagão, e po<strong>de</strong>m reservar<br />

ainda outros episódios semelhantes no futuro, caso não sejam estabelecidas novas<br />

políticas públicas para o setor.<br />

C) SANEAMENTO<br />

Enquanto vigorou o PLANASA, o mo<strong>de</strong>lo econômico-financeiro do saneamento<br />

assentou-se sobre bases similares às do setor elétrico: recursos tarifários, recursos<br />

fiscais, endividamento externo. Por sua característica <strong>de</strong>scentralização institucional,<br />

nunca foram implementa<strong>dos</strong> impostos setoriais. Os FAEs, do Planasa, foram o mais<br />

próximo <strong>dos</strong> fun<strong>dos</strong> que promoveram os subsídios cruza<strong>dos</strong> regionais no setor<br />

elétrico, já menciona<strong>dos</strong>.<br />

As alterações seguidas por que passou o arcabouço institucional do setor<br />

refletiu-se sobre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento. As transformações foram muitas e<br />

contun<strong>de</strong>ntes, passando pelo fim do BNH, do SFS, e do próprio PLANASA; com a<br />

<strong>de</strong>legação da gestão da política do setor para o Conselho Monetário Nacional e da<br />

Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral como agente financeiro; com a interrupção da liberação <strong>de</strong><br />

recursos do FGTS e, claro, o contingenciamento <strong>dos</strong> recursos ao setor público. To<strong>dos</strong><br />

episódios menciona<strong>dos</strong> em seções anteriores.<br />

Nos primeiros anos do início da década <strong>de</strong> 1990, a <strong>de</strong>speito da <strong>de</strong>cadência do<br />

Planasa, permaneceu um mo<strong>de</strong>lo centralizado <strong>de</strong> financiamento do setor, através da<br />

CEF, com os recursos do FGTS. O governo FHC, já em seu primeiro mandato, alterou<br />

(Brasil/MP, vários anos). O faturamento do setor gira em torno <strong>dos</strong> R$ 40 bilhões por ano, e, pelo menos cinco empresas (estatais)

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