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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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À guisa <strong>de</strong> fomento ao investimento privado (que <strong>de</strong>veria, entusiasticamente,<br />

procurar o mercado brasileiro, <strong>de</strong> acordo com as expectativas do mo<strong>de</strong>lo liberal), na<br />

segunda etapa do programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sestatização (governo FHC), foram estabelecidas<br />

condições bastante razoáveis para acesso aos financiamentos do BNDES, bem como<br />

foi criada uma área específica <strong>de</strong> energia no Banco para cuidar da carteira <strong>de</strong><br />

investimentos. Com o advento da crise <strong>de</strong> escassez <strong>de</strong> energia em 2001, essas<br />

condições foram ainda mais facilitadas, incluindo a ampliação do limite máximo <strong>de</strong><br />

financiamento pelo BNDES subindo <strong>de</strong> 35% para 70% (Informe Infra-estrutura, 2001).<br />

A figura 3.52 mostra a participação relativa <strong>dos</strong> segmentos público e privado no<br />

volume total <strong>de</strong> investimentos do setor entre 1995 e 2000. Nota-se que, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong><br />

todo estímulo recebido, a soma integral da participação privada chega, no máximo, a<br />

35%, já no final do período registrado. Evi<strong>de</strong>ncia-se, também, a queda do volume <strong>de</strong><br />

investimentos a partir <strong>de</strong> 1997, como um reflexo da redução da participação do setor<br />

público no total. Em 1999, o equilíbrio foi mantido pelo fato <strong>de</strong> que a queda <strong>dos</strong><br />

investimentos <strong>públicos</strong> foi igual ao aumento da participação <strong>de</strong> produtores<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> energia (PIE). Entretanto, convém lembrar que parcela significativa<br />

do financiamento <strong>de</strong>sses empreendimentos é pública, e efetuada com condições<br />

especiais.<br />

Segundo Informe Infra-estrutura (2001) e Bicalho & Pinheiro (1999) o BNDES<br />

exerce, <strong>de</strong> fato, a função <strong>de</strong> principal agente financiador do setor, tanto no âmbito da<br />

reforma patrimonial, quanto <strong>de</strong> novos investimentos realiza<strong>dos</strong> pelas empresas<br />

privatizadas. A tabela 3.102 apresenta a participação do Banco nos projetos<br />

contrata<strong>dos</strong> entre 1995 e 2000. Nota-se que o limite <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> 35% foi<br />

respeitado em apenas dois anos, 1996 e 2000. A tabela 3.103 mostra os investimentos<br />

realiza<strong>dos</strong> apenas pelo grupo Eletrobrás, permitindo verificar que o montante investido<br />

é bastante próximo do investimento “privado”, em cada ano. Conclui-se que, ainda que<br />

grupo empresarial (Batista, 1994).

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