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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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293<br />

Tabela 3.94 - Efeito do corte no subsídio nas contas <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> -<br />

consumidores resi<strong>de</strong>nciais - 1995<br />

Empresas<br />

Limite <strong>de</strong> Consumo<br />

mensal com <strong>de</strong>sconto<br />

(kWh/mês)<br />

Aumento para consumo<br />

logo abaixo do limite<br />

(%)<br />

Aumento para consumo<br />

logo acima do limite<br />

(%)<br />

CELESC 160 28.2 93.8<br />

CEMIG 180 26.6 84.0<br />

CERJ 140 30.6 108.0<br />

CESP 220 25.2 70.3<br />

COELBA 140 30.6 108.0<br />

CPFL 220 25.2 70.3<br />

ELETROPAULO 220 25.2 70.3<br />

ESCELSA 180 26.6 84.0<br />

LIGHT 200 25.4 76.8<br />

LIGHT 2002* 140 190,26 370,50<br />

Fonte: Boletim do D<strong>IEE</strong>SE, 1998.<br />

(*) Tendo em vista a importância histórica da Light na implementação do mo<strong>de</strong>lo, seus inúmeros<br />

problemas e o <strong>de</strong>créscimo do limite <strong>de</strong> consumo já em 1995, a autora consi<strong>de</strong>rou relevante<br />

acrescentar esta linha à tabela original do Boletim do Dieese, consi<strong>de</strong>rando as tarifas vigentes no<br />

período imediatamente anterior a novembro <strong>de</strong> 1995 (mesma base adotada pelo Dieese), e em<br />

2002. Detalhes: anexo 11.<br />

Obviamente, do ponto <strong>de</strong> vista do governo, o resultado foi extremamente<br />

favorável. Pires & Piccinini assim avaliam os impactos causa<strong>dos</strong> pelas medidas:<br />

Tais mudanças foram suficientes para provocar um aumento significativo do<br />

faturamento das concessionárias distribuidoras sem que tenha havido aumento<br />

do nível das tarifas por classe <strong>de</strong> consumidores. Particularmente no que se refere<br />

à alteração do limite <strong>de</strong> consumo para aplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos resi<strong>de</strong>nciais, os<br />

impactos positivos foram maiores no caso das empresas cujo mercado<br />

consumidor resi<strong>de</strong>ncial continha maior parcela <strong>de</strong> consumidores subsidia<strong>dos</strong>.<br />

Além disso, tanto as tarifas médias <strong>de</strong> fornecimento como as tarifas <strong>de</strong><br />

suprimento vêm apresentando recuperação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. (...) mostra a evolução<br />

favorável das tarifas <strong>de</strong> suprimento, tendo em vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

recuperação <strong>dos</strong> seus patamares reais para viabilizar a privatização das<br />

geradoras fe<strong>de</strong>rais. (Pires & Piccinini, 1998).<br />

De imediato observa-se que privatização <strong>de</strong> distribuidoras aliada à alteração da<br />

política tarifária resultou em sucessivos aumentos, com perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> para<br />

a economia do país, como um todo, pois tais aumentos ocorreram em to<strong>dos</strong> os<br />

segmentos <strong>de</strong> consumo, porém, com o maior ônus impingido aos consumidores<br />

resi<strong>de</strong>nciais (tabela 3.95 e figura 3.49 75 ). Outra consequência foi o <strong>de</strong>sbalanceamento<br />

da lógica redistributiva regional, <strong>de</strong>notada pela quase uniformida<strong>de</strong> das tarifas médias<br />

resi<strong>de</strong>nciais frente ao <strong>de</strong>sequilíbrio do nível socioeconômico e <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda das<br />

populações locais (seções 3.4.2.1 e 3.4.2.2) e das características <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> em<br />

cada gran<strong>de</strong> região (tabela 3.96). Assim sendo, po<strong>de</strong>-se avaliar que o impacto relativo<br />

75 As quedas verificadas no valor da tarifa em dólar <strong>de</strong>vem-se a <strong>de</strong>svalorizações da moeda, e não a reduções tarifárias.

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