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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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<strong>de</strong> créditos à existência <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> “mo<strong>de</strong>rnização” institucional e operacional das<br />

companhias (aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, redução <strong>de</strong> perdas, controle da qualida<strong>de</strong> e<br />

uso racional da água, e outros), e outros. Para promover esta reorganização, foram<br />

lança<strong>dos</strong> programas como PQA (Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da Água), financiado com<br />

recursos do BIRD, e PNCDA (Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong><br />

Água), financiado com recursos da União (Arretche, 1999; Pena & Abicalil, 1999).<br />

Em complementação, em 1997, o governo abriu linhas <strong>de</strong> crédito específicas<br />

para o financiamento da iniciativa privada no setor, o PROPAR e o FCP/SAN, com<br />

condições bastante favoráveis, com recursos oriun<strong>dos</strong> da União (no primeiro caso), da<br />

CEF e do BNDES (Calmon et al., 1999; Pena & Abicalil, 1999). O acesso aos recursos<br />

do Propar estavam diretamente vincula<strong>dos</strong> à implementação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

privatização (Rezen<strong>de</strong>, 2000; Parlatore, 1999). Ao mesmo tempo em que estimulava o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da iniciativa privada, o governo suspendia o Pró-Saneamento<br />

(Resolução 2.444 do CMN), instituído em 1995 <strong>de</strong> forma a reabrir o acesso aos<br />

recursos do FGTS (Oliveira Filho, 2002; Moraes, 2001).<br />

Outra vertente da estratégia governamental consistiu na promoção e <strong>de</strong>fesa do<br />

PLS 266/96, apresentado em 1996 por José Serra, então senador. Segundo Pena &<br />

Abicalil (1999), o objetivo do referido projeto seria “clarear a <strong>de</strong>finição” constitucional<br />

sobre a titularida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong>, <strong>de</strong>finindo “diretrizes gerais para a prestação, a<br />

regulação e o exercício do po<strong>de</strong>r conce<strong>de</strong>nte <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong> <strong>de</strong> saneamento”. No<br />

ano seguinte, o BNDES licita a contratação <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem da<br />

<strong>de</strong>sestatização do setor. O estudo, assinado pelo BNDES, Banco Graphus, União <strong>de</strong><br />

Bancos Suíços, Engevix, Arthur An<strong>de</strong>rsen e Branco Advoga<strong>dos</strong> Associa<strong>dos</strong>,<br />

intitulado Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> Desestatização do Setor <strong>de</strong> Saneamento Básico, é<br />

divulgado em 1998 (Drummond, 2000; Parlatore, 1999; Infor- me infra-estrutura,<br />

1998b). Numa reação da socieda<strong>de</strong> a este estado <strong>de</strong> coisas, em novembro <strong>de</strong> 1997,<br />

certamente consolidaria diretrizes e instrumentos efetivos e eficazes para o setor” (ABES, 2002).

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