Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP
Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP
263 institucional do setor elétrico após a reestruturação. A estrutura existente já se apresenta alterada em relação à ilustração, em função da necessidade de “superar” as falhas apresentadas pelo modelo a partir de sua efetiva implementação, datada do início das funções da ANEEL, MAE e ONS, bem como da crise de escassez de energia, ocorrida em 2001, em consequência dessas falhas. Ministério de Minas e Energia Ministro Secretaria Executiva Gabinete do Ministro Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração. Consultoria jurídica Secretaria de Minas e Metalurgia Secretaria de Energia Depart. Nacional de Política Energética Depart. Nacional de Desenvolvimento Energético Autarquias Depart. Nacional de Produção Mineral Agência Nacional de Energia Elétrica Agência Nacional do Petróleo Sociedades de Economia Mista Petrobrás Eletrobrás Empresas públicas Cia. de Pesquisa de Recursos Minerais Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica Figura 3.43 – Estrutura institucional do setor elétrico após a reestruturação Fonte: Brasil, 2002b. A ANEEL entrou em funcionamento em dezembro de 1997, com a posse de sua diretoria 52 . Desde então, sua atuação destacou-se pela operacionalização das privatizações subsequentes e pela homologação de reajustes e revisões tarifárias, geralmente atendendo às reivindicações das concessionárias. A fragilidade da agência perante os concessionários tem ficado patente pelo registro de inúmeros episódios como os apagões da Cidade do Rio de Janeiro; o recrudescimento do nú- mero de acidentes de trabalho, inclusive fatais, no Ceará, e a generosidade quando dos processos de reajuste e revisões tarifárias na Escelsa (Sauer et al., 2002; Santos et al., 1999). 52 Para informações institucionais sobre a ANEEL, consultar .
264 Após cinco anos de existência, o regulador não conseguiu fixar e fazer cumprir metas de expansão da oferta, nem de universalização do atendimento, revelando-se extremamente conciliatório em prol dos investidores na maioria de suas querelas. Como um reflexo da quase inocuidade de sua atuação, no advento da crise de escassez de energia, em 2001, assistiu-se ao seu esvaziamento político, com a condução das ações de gestão da crise passando a cargo da então criada Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) e do Ministério, o que deixou a Aneel numa posição praticamente figurativa. O MAE foi instituído inicialmente como um ambiente virtual, sem personalidade jurídica, através de um acordo de adesão, o Acordo de Mercado. Sua operacionalização era efetuada pela Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (ASMAE). Sem ter conseguido liquidar nenhum contrato entre sua entrada em funcionamento e o ano da crise de abastecimento, 2001, praticamente paralisado pela crise surgida entre Furnas e a Eletronuclear devido ao atraso na operação de Angra II e consequente déficit na entrega de energia às concessionárias privadas (Melloni, 2000), e sob suspeita de corrupção, o MAE sofreu intervenção da ANEEL pouco antes da criação da GCE (Mercado, 2001). Constatada sua inoperância, falta de credibilidade, e sensibilidade a conflitos de interesses, o Comitê de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico Brasileiro, criado pela GCE, propôs sua reestruturação no primeiro Relatório de Progresso que produziu (MAE, 2002). Desde fevereiro de 2002, o MAE possui personalidade jurídica de direito privado 53 , porém, sua factibilidade continua sendo uma incógnita. O ONS, também criado em 1998, é uma associação civil, de direito privado, integrada por todos os atores do mercado de energia: fornecedores de serviços de geração, transmissão e distribuição, consumidores, importadores e exportadores de 53 Para informações institucionais sobre o MAE, consultar: .
- Page 222 and 223: 213 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 -0,5 jan/98
- Page 224 and 225: 215 A utilização da capacidade in
- Page 226 and 227: 217 Serviços 18.439,0 43,4 103.156
- Page 228 and 229: 219 190 170 150 130 110 90 70 50 ja
- Page 230 and 231: 221 estar efetivamente minimiza qua
- Page 232 and 233: 223 indicadores, inclusive critéri
- Page 234 and 235: 225 permanece alta. A análise da d
- Page 236 and 237: 227 Fonte: PNUD, 2002. Figura 3.29
- Page 238 and 239: 229 econômica, maior renda, e cuja
- Page 240 and 241: 231 todos, expressa por uma taxa ne
- Page 242 and 243: 233 De acordo com as figuras 3.36 e
- Page 244 and 245: 235 As figuras A.9.8 a A.9.13 detal
- Page 246 and 247: 237 Figura 3.38 - Variação anual
- Page 248 and 249: 239 venda dos eletrodomésticos. Os
- Page 250 and 251: 241 como será considerada a necess
- Page 252 and 253: 243 Figura 3.40 - Área das bacias
- Page 254 and 255: 245 Total de municípios Município
- Page 256 and 257: 247 80 (%) 70 60 50 40 água - c/ca
- Page 258 and 259: 249 percentuais significativos (cer
- Page 260 and 261: 251 Enterrado 224.296 22.039 59.697
- Page 262 and 263: 253 desses serviços, de forma que
- Page 264 and 265: 255 foi disseminada através de ins
- Page 266 and 267: 257 4. Moedas e financiamento das p
- Page 268 and 269: 259 Ministério das Minas e Energia
- Page 270 and 271: 261 Boletim de Política Industrial
- Page 274 and 275: 265 energia e o MME 54 . Também o
- Page 276 and 277: 267 Privatização Serviço origem
- Page 278 and 279: 269 Ainda em novembro de 1986, o BN
- Page 280 and 281: 271 A Resolução 09/90, do CCFGTS,
- Page 282 and 283: 273 gestão dos serviços, incluír
- Page 284 and 285: 275 de créditos à existência de
- Page 286 and 287: 277 respectivamente com o BNDES e c
- Page 288 and 289: 279 Com a rejeição do projeto de
- Page 290 and 291: 281 entidades (como o SUS); permite
- Page 292 and 293: 283 Ceará, Rio de Janeiro, Espíri
- Page 294 and 295: 285 coleta de esgotos, tal como já
- Page 296 and 297: 287 de caráter da gestão do setor
- Page 298 and 299: Figura 3.46 - Fluxograma das etapas
- Page 300 and 301: 291 país o regime de preços-teto.
- Page 302 and 303: 293 Tabela 3.94 - Efeito do corte n
- Page 304 and 305: 295 220 200 180 R$/MWh Norte Nordes
- Page 306 and 307: 297 Até 2 > 2 a 3 > 3 a 5 > 5 a 6
- Page 308 and 309: 299 residencial) para os novos cont
- Page 310 and 311: 301 inferiores a 12 meses. A revis
- Page 312 and 313: 303 Para o autor: Na prática, a qu
- Page 314 and 315: 305 justificativas técnicas que oc
- Page 316 and 317: 307 sob forte restrição, e apesar
- Page 318 and 319: 309 Pessoal e Encargos Sociais 37.8
- Page 320 and 321: 311 por completo a sistemática, co
264<br />
Após cinco anos <strong>de</strong> existência, o regulador não conseguiu fixar e fazer cumprir<br />
metas <strong>de</strong> expansão da oferta, nem <strong>de</strong> universalização do atendimento, revelando-se<br />
extremamente conciliatório em prol <strong>dos</strong> investidores na maioria <strong>de</strong> suas querelas.<br />
Como um reflexo da quase inocuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua atuação, no advento da crise <strong>de</strong><br />
escassez <strong>de</strong> energia, em 2001, assistiu-se ao seu esvaziamento político, com a<br />
condução das ações <strong>de</strong> gestão da crise passando a cargo da então criada Câmara <strong>de</strong><br />
Gestão da Crise <strong>de</strong> Energia Elétrica (GCE) e do Ministério, o que <strong>de</strong>ixou a Aneel numa<br />
posição praticamente figurativa.<br />
O MAE foi instituído inicialmente como um ambiente virtual, sem personalida<strong>de</strong><br />
jurídica, através <strong>de</strong> um acordo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são, o Acordo <strong>de</strong> Mercado. Sua<br />
operacionalização era efetuada pela Administradora <strong>de</strong> Serviços do Mercado<br />
Atacadista <strong>de</strong> Energia Elétrica (ASMAE). Sem ter conseguido liquidar nenhum contrato<br />
entre sua entrada em funcionamento e o ano da crise <strong>de</strong> abastecimento, 2001,<br />
praticamente paralisado pela crise surgida entre Furnas e a Eletronuclear <strong>de</strong>vido ao<br />
atraso na operação <strong>de</strong> Angra II e consequente déficit na entrega <strong>de</strong> energia às<br />
concessionárias privadas (Melloni, 2000), e sob suspeita <strong>de</strong> corrupção, o MAE sofreu<br />
intervenção da ANEEL pouco antes da criação da GCE (Mercado, 2001). Constatada<br />
sua inoperância, falta <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>, e sensibilida<strong>de</strong> a conflitos <strong>de</strong> interesses, o<br />
Comitê <strong>de</strong> Revitalização do Mo<strong>de</strong>lo do Setor Elétrico Brasileiro, criado pela GCE,<br />
propôs sua reestruturação no primeiro Relatório <strong>de</strong> Progresso que produziu (MAE,<br />
2002). Des<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2002, o MAE possui personalida<strong>de</strong> jurídica <strong>de</strong> direito<br />
privado 53 , porém, sua factibilida<strong>de</strong> continua sendo uma incógnita.<br />
O ONS, também criado em 1998, é uma associação civil, <strong>de</strong> direito privado,<br />
integrada por to<strong>dos</strong> os atores do mercado <strong>de</strong> energia: fornecedores <strong>de</strong> <strong>serviços</strong> <strong>de</strong><br />
geração, transmissão e distribuição, consumidores, importadores e exportadores <strong>de</strong><br />
53 Para informações institucionais sobre o MAE, consultar: .