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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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261<br />

Boletim <strong>de</strong> Política Industrial, 1998).<br />

As primeiras medidas preparatórias da privatização do setor elétrico foram<br />

tomadas no governo Itamar Franco, e consistiram na alteração do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

financiamento e recuperação das tarifas, e no encontro <strong>de</strong> contas do setor, que<br />

resultou num saldo <strong>de</strong> R$25 bilhões (Ferreira, 1999; Pires & Piccinini, 1998).<br />

Entretanto, tanto a elevação do nível tarifário quanto a própria privatização evoluíram<br />

lentamente nesse período, pela <strong>de</strong>cisão do então presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> manter a lógica<br />

pública e social do setor. Logo após o processo eleitoral que colocou o PSDB à frente<br />

da Presidência da República e do governo do estado <strong>de</strong> São Paulo, em 1995, a<br />

privatização avançou a passos largos (Ferreira, 1999; Gomes, 1998; Oliveira et al.,<br />

1997). A tabela 3.86 apresenta a nova regulamentação do setor a partir <strong>de</strong> 1993.<br />

O papel <strong>de</strong> São Paulo nesse avanço foi prepon<strong>de</strong>rante, uma vez que o estado<br />

foi o primeiro a anunciar o compromisso <strong>de</strong> privatizar, apenas três meses após a<br />

posse, em janeiro. O estado apresentou um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cisão <strong>de</strong> suas companhias<br />

que, no entanto, enfrentou acirrada resistência <strong>de</strong> vários grupos, o que acabou<br />

levando à reformulação do plano original. A lei estadual <strong>de</strong> <strong>de</strong>sestatização foi<br />

aprovada somente em 1996. Apesar do anúncio antecipado, as duas primeiras<br />

empresas a ser privatizadas foram as distribuidoras fe<strong>de</strong>rais Escelsa, do Espírito<br />

Santo, e Light, do Rio <strong>de</strong> Janeiro, já em 1995. Estas privatizações explicitaram o novo<br />

regime tarifação, pelo preço-teto, com reajuste automático <strong>dos</strong> custos controla<strong>dos</strong><br />

pela empresa pela inflação, repasse <strong>dos</strong> custos não controla<strong>dos</strong> para os<br />

consumidores, e revisão periódica do equilíbrio econômico-financeiro (Ferreira,<br />

1999; Oliveira, 1997).<br />

Entretanto, o “pioneirismo” <strong>de</strong> São Paulo esbarrou nas pendências ainda<br />

existentes em âmbito fe<strong>de</strong>ral quanto ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> reestruturação setorial. Assim, em<br />

princípio <strong>de</strong> 1996 a consultoria americana Coopers & Lybrand foi contratada através

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