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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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Embora se tenha <strong>de</strong>cretado “o fim do welfare state”, a ampliação do abismo<br />

social causado pelas reformas liberalizantes em países <strong>de</strong> economia em transição, e<br />

mesmo nos países <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>, e o crescente comprometimento do emprego, da<br />

renda e, conseqüentemente, do acesso aos <strong>serviços</strong> essenciais, agora privatiza<strong>dos</strong>,<br />

leva a um clamor por uma atuação mais eficaz do Estado na garantia <strong>dos</strong> direitos<br />

<strong>públicos</strong> (Dupas, 1998). Frente a tal contexto, este capítulo apresenta uma breve<br />

reconstituição <strong>dos</strong> movimentos internacionais que levaram até a condição atual, sua<br />

fundamentação teórica e histórica, a fim <strong>de</strong> constituir um arcabouço que permita a<br />

compreensão das causas que têm levado à flagrante ina<strong>de</strong>quação do mo<strong>de</strong>lo liberal,<br />

além da investigação da existência <strong>de</strong> falhas em sua concepção e implementação,<br />

incluindo a evolução do pensamento econômico, conceitos sobre indústrias <strong>de</strong> re<strong>de</strong>,<br />

regulação e economia do <strong>de</strong>senvolvimento. Por fim, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse arcabouço, será<br />

apresentado um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios para o futuro.<br />

2.2. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO E CONTEXTO ATUAL<br />

As ativida<strong>de</strong>s econômicas remontam, praticamente, à origem da civilização,<br />

uma vez que a produção e trocas <strong>de</strong> bens e <strong>serviços</strong> rapidamente tornaram-se mais<br />

complexas e necessárias à sobrevivência do Homem, à medida que viver em<br />

socieda<strong>de</strong> tornou-se um paradigma. A Ciência Econômica, entendida como campo<br />

<strong>de</strong> estudo, data <strong>de</strong> período bem mais recente, na Renascença. O escopo <strong>de</strong>ssa<br />

Ciência evoluiu, ao longo do tempo, do âmbito da “administração doméstica”, à<br />

“ciência da administração do estado”, ao estudar a consecução e preservação das<br />

condições materiais <strong>de</strong> bem-estar, ou, formação, distribuição e consumo <strong>de</strong><br />

riquezas. Consi<strong>de</strong>ra-se que a Economia constituiu-se como ciência a partir da Escola<br />

Clássica, no sentido <strong>de</strong> apresentar uma produção sistematizada sobre o estudo da<br />

distribuição <strong>de</strong> recursos escassos diante <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s ilimitadas. Dentre as<br />

Escolas Pré-clássicas, mencionam-se, em especial, os Primeiros Pensadores, os<br />

Escolásticos, os Mercantilistas e os Fisiocratas.

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