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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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257<br />

4. Moedas e<br />

financiamento<br />

das<br />

privatizações<br />

5. Participação<br />

<strong>de</strong><br />

estrangeiros<br />

6. Principais<br />

dificulda<strong>de</strong>s<br />

• BNDES 48<br />

- administração do dia-a-dia e<br />

implementação das diretrizes <strong>de</strong>terminadas<br />

pela Comissão.<br />

• Subcomitê da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,<br />

Po<strong>de</strong>r Judiciário e Tribunal <strong>de</strong> Contas da<br />

União - parecer sobre o preço mínimo das<br />

empresas colocadas à venda.<br />

• Moeda corrente (pouco significativo)<br />

• Títulos <strong>públicos</strong>, principalmente títulos da<br />

dívida não paga, aceitos pelo valor nominal,<br />

conheci<strong>dos</strong> como “moeda podre”<br />

• Restrita à aquisição <strong>de</strong> 40% do capital<br />

votante da empresa, exceto sob autorização<br />

expressa do Congresso, após votação.<br />

• Falha da estratégia financeira <strong>de</strong> estímulo à<br />

utilização da poupança confiscada à<br />

população para compra <strong>de</strong> ações das<br />

estatais à venda.<br />

• Falha do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> venda “pulverizada” <strong>de</strong><br />

ações, pelo atraso do cronograma do PND.<br />

• Má situação financeira das empresas, que<br />

inibia investidores.<br />

• Falta <strong>de</strong> ambiente político que permitisse o<br />

financiamento <strong>de</strong> longo prazo aos<br />

investidores via BNDES ou Tesouro<br />

Nacional, implicando na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aceitar moedas podres.<br />

• Desempenho econômico do país e da<br />

renegociação da dívida inibia investidores.<br />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> Pinheiro & Giambiagi, 1999.<br />

vínculo mais estreito com o governo fe<strong>de</strong>ral.<br />

• Criação <strong>dos</strong> Programas Estaduais <strong>de</strong><br />

Desestatização.<br />

• Uma vez que o Brasil era classificado<br />

internacionalmente como não-investimento<br />

e havia o risco <strong>de</strong> maxi<strong>de</strong>svalorização, os<br />

empréstimos externos para financiar os<br />

lances em leilões <strong>de</strong> empresas brasileiras<br />

não foram suficientes, o governo brasileiro<br />

interveio diretamente para assegurar o<br />

sucesso das privatizações, financiando<br />

diretamente os compradores, através do<br />

BNDES e parcelamento das vendas,<br />

aumentando, assim, o ingresso <strong>de</strong> moeda<br />

corrente.<br />

• Foi promovido um programa <strong>de</strong><br />

reescalonamento <strong>de</strong> dívidas estaduais, pelo<br />

qual os esta<strong>dos</strong> eram obriga<strong>dos</strong> a quitar<br />

20% do principal <strong>de</strong> sua dívida pela venda<br />

<strong>de</strong> ativos, o que acelerou as privatizações<br />

estaduais 49 .<br />

• Não mais distinção entre empresa brasileira<br />

<strong>de</strong> capital nacional e estrangeiro.<br />

• Desempenho econômico oscilante, com<br />

sucessivos ataques especulativos ao Real e<br />

elevadas taxas <strong>de</strong> juros para contenção <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda.<br />

• Enorme resistência da socieda<strong>de</strong>, em<br />

vários <strong>de</strong> seus segmentos, ao<br />

prosseguimento do Programa <strong>de</strong><br />

Desestatização, que enfrentou inúmeras<br />

batalhas judiciais. Por exemplo, houve 217<br />

ações contrárias à venda da Vale do Rio<br />

Doce.<br />

É importante lembrar, nesse breve histórico, o papel crucial que o BNDES<br />

<strong>de</strong>sempenhou na implementação do PND, financiando etapas do processo <strong>de</strong><br />

privatização e operações <strong>de</strong> vendas <strong>dos</strong> ativos estatais, enquanto <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> financiar<br />

as empresas públicas brasileiras. Tal se justificou pela obediência às exigências do<br />

FMI, vinculadas ao conceito neoliberal que consi<strong>de</strong>ra que o equilíbrio das finanças<br />

públicas <strong>de</strong>ve ser obtido igualando as receitas às <strong>de</strong>spesas correntes somadas às<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> investimento, não fazendo distinção qualitativa entre as duas últimas<br />

parcelas. Nas palavras <strong>de</strong> Batista (1994), “contrariou-se, assim, a boa doutrina, que<br />

estabelece clara distinção entre dispêndios correntes e investimentos. Estes,<br />

48 Para <strong>de</strong>talhes, ver Pinheiro & Giambiagi, 1999.

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