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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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periféricos na formulação <strong>de</strong> estratégias mundiais <strong>de</strong> expansão econômica. São,<br />

porém, implementadores compulsórios das mesmas.<br />

A América Latina enquadra-se nesse perfil. Atualmente, por exemplo, apenas<br />

manifestações esporádicas e pontuais <strong>de</strong> rejeição têm ocorrido aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

liberalização econômica. Exceto por Cuba e, recentemente, Venezuela, a gran<strong>de</strong><br />

maioria <strong>dos</strong> países latino-americanos, inclusive o Brasil, tem adotado, parcial ou<br />

integralmente, as recomendações do documento intitulado Consenso <strong>de</strong><br />

Washington, e outras, elaboradas por organismos como o Fundo Monetário<br />

Internacional e o Banco Mundial, para a “reorganização” econômica do continente.<br />

A implementação <strong>de</strong>ssas reformas está, contudo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, inserida no<br />

movimento mais abrangente da chamada globalização. Este movimento significou a<br />

abertura <strong>de</strong> economias nacionais, sobretudo <strong>de</strong> países em <strong>de</strong>senvolvimento, ao<br />

mercado, permitindo, concomitantemente, o início <strong>de</strong> um novo ciclo <strong>de</strong> expansão para<br />

capitais priva<strong>dos</strong> estrangeiros. Estu<strong>dos</strong> comparativos e diagnósticos realiza<strong>dos</strong> nos<br />

países da América Latina, uma década após a implementação das reformas,<br />

revelaram que esse processo resultou em um retrocesso em termos <strong>de</strong> justiça social,<br />

não sendo capaz <strong>de</strong> atingir os benefícios espera<strong>dos</strong>. As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s foram<br />

acirradas com a perda <strong>de</strong> direitos trabalhistas, postos <strong>de</strong> trabalho, acesso ao consumo<br />

e a <strong>serviços</strong>, e extinção <strong>de</strong> políticas públicas (Soares, 2001; Berry, 1997 apud<br />

Ocampo, 1998; Dupas, 1998).<br />

Diante <strong>de</strong> tais conseqüências, o próprio World Development Report 3 1997<br />

reconhece o papel prepon<strong>de</strong>rante do Estado na garantia <strong>dos</strong> interesses da socieda<strong>de</strong>:<br />

(...) O <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social sustentável é impossível sem um<br />

Estado atuante. Tem se tornado crescentemente consensual a idéia <strong>de</strong> que um<br />

Estado atuante – e não um Estado mínimo – é central ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social, ainda que como parceiro e facilitador do que como um<br />

diretor (UNDP, 1997 apud Dupas, 1998).<br />

3 Publicação anual do Banco Mundial com estatísticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico e temas correlatos

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