21.12.2013 Views

Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

241<br />

como será consi<strong>de</strong>rada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> universalização do acesso, sem extrair, via<br />

tarifa, renda que, por vezes, é quase inexistente. Este assunto será tratado adiante.<br />

Em relação aos <strong>serviços</strong> <strong>de</strong> saneamento, os mesmos princípios <strong>de</strong><br />

universalida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> e assiduida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem valer, bem como retorna a discussão<br />

sobre quais e <strong>de</strong> que dimensões são as necessida<strong>de</strong>s básicas a ser atendidas por<br />

estes <strong>serviços</strong>. A tabela 3.71 apresenta o perfil <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> água no Brasil e sua<br />

evolução na última década. Em relação ao consumo humano, Gleick (1996) apud<br />

Billig et al. (1999), chegou a um valor diário per capita recomendável <strong>de</strong> 50 l/hab/dia<br />

para uso doméstico (A <strong>de</strong>claração, 2002), <strong>de</strong>z litros a mais que o preconizado pela<br />

Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, USAID, e Banco Mundial (DWAF, 2001), para<br />

assegurar um consumo racional e sustentável. Desses 50 litros, 2 a 5l seriam<br />

utiliza<strong>dos</strong> para beber; 5 a 25l para banho (recomendando 15); 10 a 20l para cocção<br />

(recomendando 10), e 20l para higiene pessoal e doméstica (valor que po<strong>de</strong> chegar<br />

a 75l em função do tipo <strong>de</strong> equipamentos sanitários e hídricos utiliza<strong>dos</strong>). O consumo<br />

real (total), entretanto, distingue-se <strong>de</strong>sses valores e po<strong>de</strong> variar muito com a renda<br />

(tabela 3.72), clima e ativida<strong>de</strong>s locais características 44 .<br />

Tabela 3.71 – Distribuição da <strong>de</strong>manda setorial <strong>de</strong> água – Brasil – 1989/2000 - %<br />

1989 2000<br />

Abastecimento<br />

30 40<br />

urbano<br />

Indústria 23 30<br />

Irrigação 47 30<br />

Fonte: Schimidt, 2000; ABRH, 1987 apud Informe Infra-estrutura, 1996.<br />

Tabela 3.72 – Consumo anual médio <strong>de</strong> água por faixa <strong>de</strong> renda – mundial – 1992<br />

– m 3 /hab<br />

Grupo <strong>de</strong> renda Utilização anual<br />

Baixa 386<br />

Média 453<br />

Alta 1.167<br />

Fonte: Banco Mundial, 1992 apud Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Água, 2002.<br />

Maia Neto (1997), citado por Silva (1998) sugere, para uma dieta saudável, um<br />

total <strong>de</strong> 560 m 3 /hab/ano (mais <strong>de</strong> 1.500 litros por dia!), e relata que a média brasileira<br />

44 Da mesma forma que para a energia elétrica, a <strong>de</strong>terminação das necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> água, da qual <strong>de</strong>correriam outras<br />

necessida<strong>de</strong>s sanitárias, é um assunto controverso e inacabado. Para o Brasil, Infurb, 1995, partindo <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> empíricos, chega a um<br />

valor médio <strong>de</strong> 75 litros/hab/dia, que emprega em simulações <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda e custos da universalização <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong> no país.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!