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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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inadimplência no setor <strong>de</strong> telefonia que vai paulatinamente anulando os efeitos <strong>de</strong><br />

universalização do acesso ao serviço e a crise no abastecimento <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

que afetou diretamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o cotidiano nos domicílios até a utilização da<br />

capacida<strong>de</strong> industrial instalada, como mostraram os indicadores analisa<strong>dos</strong> na seção<br />

anterior.<br />

O consumo total <strong>de</strong> energia elétrica no Brasil cresceu em média à taxa anual<br />

<strong>de</strong> 7,8% <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1960. O consumo total <strong>de</strong> energia aumentou <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

23 mil GWh no início <strong>dos</strong> anos 1960 para mais <strong>de</strong> 300 mil GWh em 2000; em julho <strong>de</strong><br />

2002, o consumo acumulado foi inferior a 200 mil GWh (Fig. A.9.2) (Ipeadata, 2002;<br />

Brasil, 2000; Andra<strong>de</strong> & Lobão, 1997). Po<strong>de</strong>-se inferir que essa queda se <strong>de</strong>ve ao<br />

efeito combinado do racionamento ocorrido no ano <strong>de</strong> 2001 e do aumento das tarifas,<br />

sobretudo no segmento resi<strong>de</strong>ncial.<br />

O setor resi<strong>de</strong>ncial é o segundo em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância no consumo total <strong>de</strong><br />

eletricida<strong>de</strong>, sendo responsável atualmente por 1/4 do mesmo, como mostra a figura<br />

3.32. O segmento resi<strong>de</strong>ncial constitui a classe mais numerosa <strong>de</strong> consumidores no<br />

Brasil, tendo sido predominantemente responsável pelo incremento do consumo entre<br />

1987 e 1998. O perfil <strong>de</strong> alta <strong>de</strong> consumo resi<strong>de</strong>ncial verificado entre 1995 e 1998 foi<br />

atribuído, à época, a fatores como a expansão <strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> distribuição, a<br />

legalização do consumo clan<strong>de</strong>stino, a explosão das vendas <strong>de</strong> eletrodomésticos e a<br />

ampliação da "economia informal" (que acaba classificada como resi<strong>de</strong>ncial). Contudo,<br />

o consumo per capita ainda é baixo e muito <strong>de</strong>sigual entre as regiões, <strong>de</strong>vido à<br />

distribuição da renda e à interferência climática (Boletim do D<strong>IEE</strong>SE, 1998).<br />

Esta tendência foi alterada em 1999, com a brusca queda da taxa <strong>de</strong><br />

crescimento do consumo do setor, superada pelo incremento do consumo comercial,<br />

continuamente superior. Em 2001, com o racionamento, o consumo sofreu redução<br />

em to<strong>dos</strong> os setores, porém, o setor resi<strong>de</strong>ncial apresentou a maior queda <strong>de</strong>ntre

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