Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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227 Fonte: PNUD, 2002. Figura 3.29 – Evolução do IDH brasileiro e da América Latina – 1975 – 2000 Fonte: PNUD, 2002 Do ponto de vista da demografia, a inversão da tendência de crescimento acelerado vigente até os anos 1960 ocorrida na década seguinte (seção 3.3.2) manteve-se ao longo das décadas seguintes, confirmando-se a desaceleração do 180 milhões hab. 160 140 120 População residente 100 80 60 40 20 0 1872 1882 1892 1902 1912 1922 1932 1942 1952 1962 1972 1982 1992 2000 crescimento populacional (em relação às expectativas preexistentes, muito mais conservadoras), bem como o prosseguimento do movimento de abandono das áreas rurais em favor das áreas urbanas. As figuras 3.30 e 3.31 ilustram estas tendências. Figura 3.30 – População residente – Total – Brasil – 1872 – 2000 Fonte: IPEADATA, 2002. 180 160 milhões hab. 140 120 100 80 60 Total Urbana Rural 40 20 0 1980 1991 1996 2000 Figura 3.31 – População residente – Total, Urbana e Rural – Brasil – 1980 a 2000. Fonte: IBGE, 2002; IBGE, 2001. Em síntese, após a crise dos anos 1980, quando as políticas de ajustes liberais

228 condicionadas à ajuda econômica internacional passaram a ser aceitas pelos governos Collor, Franco e Cardoso e anunciadas à sociedade como a rota de retomada de crescimento econômico e ingresso na moderna economia globalizada, sem os resquícios do “Estado executor”, ineficiente e ineficaz, e após o fracasso de Collor, o que se verificou foi que, passados os impactos iniciais de remoção de imposto inflacionário e atração de capital especulativo, no início do Plano Real, o mais ortodoxo, as tendências recessivas novamente se instalaram e recrudesceram, sem que os indicadores econômicos chegassem a atingir níveis similares àqueles exibidos em períodos anteriores ao modelo econômico liberal. Do ponto de vista de melhoria de condições de vida, redistribuição de renda, redução das desigualdades, acesso aos serviços e políticas sociais, e trabalho, podese dizer que tais medidas não contribuíram para que ocorresse nenhuma alteração do perfil do país, como mostraram os indicadores sintetizados ao longo dessa seção, incluindo o IDH, que tenta exprimir uma combinação de fatores econômicos e sociais. Ao contrário, a partir do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, deu-se uma estagnação no avanço dos parcos ganhos sociais que vinham ocorrendo segundo uma tendência bastante anterior ao período liberal, ainda favorecida pela maturação de projetos do período desenvolvimentista dos anos 1970. A partir dessa contextualização, passa-se a analisar os impactos dos ajustes sobre outras componentes que intervêm na promoção de desenvolvimento, a partir da atuação dos setores de eletricidade e saneamento básico. 3.4.2.2. O PERFIL DO DÉFICIT EM ELETRICIDADE E SANEAMENTO Como discutido em seções anteriores, a um crescente nível de desigualdade econômica que caracteriza a sociedade brasileira, soma-se um padrão regional de exclusão, em cujo extremo mais negativo encontram-se as populações rurais da região nordeste, em oposição ao sul-sudeste urbano, detentor de maior atividade

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Fonte: PNUD, 2002.<br />

Figura 3.29 – Evolução do IDH brasileiro e da América Latina – 1975 – 2000<br />

Fonte: PNUD, 2002<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da <strong>de</strong>mografia, a inversão da tendência <strong>de</strong> crescimento<br />

acelerado vigente até os anos 1960 ocorrida na década seguinte (seção 3.3.2)<br />

manteve-se ao longo das décadas seguintes, confirmando-se a <strong>de</strong>saceleração do<br />

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milhões hab.<br />

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População resi<strong>de</strong>nte<br />

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crescimento populacional (em relação às expectativas preexistentes, muito mais<br />

conservadoras), bem como o prosseguimento do movimento <strong>de</strong> abandono das áreas<br />

rurais em favor das áreas urbanas. As figuras 3.30 e 3.31 ilustram estas tendências.<br />

Figura 3.30 – População resi<strong>de</strong>nte – Total – Brasil – 1872 – 2000<br />

Fonte: IPEADATA, 2002.<br />

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milhões hab.<br />

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Total Urbana Rural<br />

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Figura 3.31 – População resi<strong>de</strong>nte – Total, Urbana e Rural – Brasil – 1980 a 2000.<br />

Fonte: IBGE, 2002; IBGE, 2001.<br />

Em síntese, após a crise <strong>dos</strong> anos 1980, quando as políticas <strong>de</strong> ajustes liberais

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