Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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225 permanece alta. A análise da desigualdade de distribuição de renda deve considerar paralelamente, como mencionado, a diferença entre os rendimentos médios regionais (tabela 3.53), e o fato de que o ingresso de rendimentos, somente, não caracteriza, de forma rigorosa, a pobreza. Regionalmente, mais uma vez verifica-se um melhor desempenho das regiões Sul e Sudeste, cuja distribuição é mais eqüitativa que a do país, como um todo. Sobre a região Norte, a consideração, pela PNAD, apenas da zona urbana, possivelmente distorce o resultado no sentido de uma situação mais favorável. As regiões Nordeste e Centro-oeste apresentam os piores indicadores, devendo-se mencionar que o resultado do Centro-Oeste é afetado pela inclusão do Distrito Federal (Santos, 1999). O anexo 7 apresenta dados históricos regionalizados da distribuição de rendimentos por família residente em domicílio particular. 0,68 0,66 Brasil Nordeste Sul Norte Urbana Sudeste Centro-Oeste 0,64 0,62 0,6 0,58 0,56 0,54 1989 1990 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 Figura 3.28 – Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento – Brasil e Grandes Regiões – 1989 a 2001. Fonte: IBGE, 2002c e 2000. Nota: exclusive o rendimento da população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Tabela 3.63 - Rendimento médio mensal real, em Reais, das pessoas de 10 anos ou mais de idade – Brasil e regiões – 1989 a 2001 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Urbana Oeste 1989 326 339 167 414 331 367

226 1990 267 294 141 331 274 310 1992 233 194 127 289 266 239 1993 252 224 140 306 297 276 1995 329 289 178 411 370 321 1996 331 268 180 418 371 331 1997 331 270 179 418 366 349 1998 333 261 187 414 370 354 1999 313 248 177 386 358 326 2001 365 285 204 452 420 404 Fonte: IBGE, 200b e 2000. Nota: exclusive o rendimento da população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Do ponto de vista do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil tem melhorado seu desempenho no ranking. Entretanto, segundo PNUD (2002), apesar da melhora do indicador renda per capita, um dos componentes do índice, as dimensões educação e longevidade não cresceram o suficiente para promover uma sensível alteração na classificação do Brasil no ranking do IDH em 2000. Na figura 3.29 verifica-se que o IDH brasileiro vem crescendo continuamente desde 1975, situando-se sempre acima da média latino-americana, embora bem abaixo da Argentina, melhor índice do continente. Entretanto, a figura 3.30 mostra que este crescimento não se deu por igual nos períodos analisados. Entre 1975 e 1985 ocorreu um forte decréscimo da taxa de crescimento, que veio recuperar-se entre 1985 até 1990. No qüinqüênio 1990 – 1995 inicia-se uma nova desaceleração, que continua no qüinqüênio 1995 – 2000. Este último período, marcado pelos ajustes liberais da economia, apresenta uma taxa de 2,3%, bastante próxima daquela exibida pelo país no qüinqüênio 1980 - 1985, 1,9%, em plena crise. A figura também mostra a taxa de crescimento do IDH da América Latina, sempre inferior à brasileira, exceto pelo intervalo entre 1980 e 1985. No anexo 8 são apresentados dados históricos do IDH, que confirmam, uma vez mais, as tendências de regionalização da pobreza e da precariedade das condições de vida comentados anteriormente. Figura 3.29 – Evolução do IDH brasileiro e da América Latina – 1975 – 2000

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permanece alta. A análise da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> renda <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar<br />

paralelamente, como mencionado, a diferença entre os rendimentos médios regionais<br />

(tabela 3.53), e o fato <strong>de</strong> que o ingresso <strong>de</strong> rendimentos, somente, não caracteriza, <strong>de</strong><br />

forma rigorosa, a pobreza.<br />

Regionalmente, mais uma vez verifica-se um melhor <strong>de</strong>sempenho das regiões<br />

Sul e Su<strong>de</strong>ste, cuja distribuição é mais eqüitativa que a do país, como um todo. Sobre<br />

a região Norte, a consi<strong>de</strong>ração, pela PNAD, apenas da zona urbana, possivelmente<br />

distorce o resultado no sentido <strong>de</strong> uma situação mais favorável. As regiões Nor<strong>de</strong>ste e<br />

Centro-oeste apresentam os piores indicadores, <strong>de</strong>vendo-se mencionar que o<br />

resultado do Centro-Oeste é afetado pela inclusão do Distrito Fe<strong>de</strong>ral (Santos, 1999).<br />

O anexo 7 apresenta da<strong>dos</strong> históricos regionaliza<strong>dos</strong> da distribuição <strong>de</strong> rendimentos<br />

por família resi<strong>de</strong>nte em domicílio particular.<br />

0,68<br />

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Brasil<br />

Nor<strong>de</strong>ste<br />

Sul<br />

Norte Urbana<br />

Su<strong>de</strong>ste<br />

Centro-Oeste<br />

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0,6<br />

0,58<br />

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1989 1990 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001<br />

Figura 3.28 – Índice <strong>de</strong> Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas <strong>de</strong> 10 anos<br />

ou mais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, com rendimento – Brasil e Gran<strong>de</strong>s Regiões – 1989 a 2001.<br />

Fonte: IBGE, 2002c e 2000. Nota: exclusive o rendimento da população da área rural <strong>de</strong><br />

Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.<br />

Tabela 3.63 - Rendimento médio mensal real, em Reais, das pessoas <strong>de</strong> 10 anos<br />

ou mais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> – Brasil e regiões – 1989 a 2001<br />

Brasil Norte Nor<strong>de</strong>ste Su<strong>de</strong>ste Sul Centro-<br />

Urbana<br />

Oeste<br />

1989 326 339 167 414 331 367

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