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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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gran<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> ao movimento <strong>de</strong> capitais. Ataques especulativos e fuga <strong>de</strong><br />

capitais atingiram o Real em 1995 (crise do México), 1997 (crise da Indonésia), 1998<br />

(crise da Rússia). A solução aplicada pelo governo foi sempre a elevação da taxa <strong>de</strong><br />

juros, com consequentes déficits na balança comercial, elevação da dívida interna e<br />

da dívida externa, e recessão. Entretanto, o plano foi “socorrido”, incluindo-se no<br />

socorro o acerto <strong>de</strong> um novo empréstimo do FMI, a tempo <strong>de</strong> assegurar a reeleição <strong>de</strong><br />

FHC em outubro <strong>de</strong> 1998 para, em janeiro <strong>de</strong> 1999, efetuar-se uma <strong>de</strong>svalorização do<br />

Real em 64% (Sanagiotto, 2002; Fiori, 1999).<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista do crescimento industrial, Sanagiotto (2002) avalia:<br />

Pela avaliação setorial percebe-se que os bens <strong>de</strong> capital durante a década<br />

sofreu (sic) um maior encolhimento, com a estagnação da produção e<br />

importações equivalendo a (sic) totalida<strong>de</strong> da produção. Nos bens <strong>de</strong> consumo<br />

duráveis, elevação nas importações mais do que o proporcionalmente exportado.<br />

Os equipamentos <strong>de</strong> transportes, seguiu (sic) numa mesma escala <strong>dos</strong> bens <strong>de</strong><br />

consumo duráveis e que os bens intermediários e <strong>de</strong> consumo, muito pouco<br />

modificaram tanto na especialização quanto na inserção externa (sic)<br />

(Sanagiotto, 2002).<br />

Diante disto, verifica-se que nada indica que a perda do mercado interno, <strong>de</strong>vido<br />

à falta <strong>de</strong> especialização nas ca<strong>de</strong>ias produtivas, tenha sido no todo e na maioria<br />

<strong>dos</strong> segmentos, compensada pelos ganhos <strong>de</strong> merca<strong>dos</strong> externos (Sanagiotto,<br />

2002).<br />

Embora promovesse uma remoção do imposto inflacionário que beneficiou<br />

temporariamente as classes <strong>de</strong> menor po<strong>de</strong>r aquisitivo, consi<strong>de</strong>rando-se este um<br />

resultado meritório, os resulta<strong>dos</strong> negativos em termos <strong>de</strong> ampliação do <strong>de</strong>semprego,<br />

criação <strong>de</strong> pobreza, <strong>de</strong>smantelamento <strong>de</strong> políticas sociais, acirramento das<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e crescimento das <strong>de</strong>mandas sociais, inviabilizaram a promoção <strong>de</strong><br />

efeitos redistributivos sustenta<strong>dos</strong> e, consequentemente, do <strong>de</strong>senvolvimento social<br />

(Soares, 2001; Cohn, 1999b).<br />

3.4.2. CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E REFLEXOS SOBRE A DEMANDA POR SERVIÇOS<br />

DE ELETRICIDADE E SANEAMENTO NO BRASIL<br />

3.4.2.1. O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO

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