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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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aplicabilida<strong>de</strong> e a nova queda do valor real da dívida, sobretudo na América Latina.<br />

Segundo Santos (1993), se, por um lado, a alteração <strong>de</strong> relações políticas (panamericanismo)<br />

e militares (Malvinas, Nicarágua, Panamá) no continente americano, e<br />

o endurecimento conjunto em torno do não pagamento da dívida levaram a uma<br />

coesão <strong>dos</strong> países latinos que <strong>de</strong>terminou as “concessões” <strong>dos</strong> EUA, representadas<br />

pelo próprio plano Brady e pela aceitação <strong>de</strong> alguma integração econômica regional<br />

(principalmente o Mercosul), por outro, justamente a essa altura, as mudanças<br />

políticas ocorridas no continente, que resultaram na substituição do autoritarismo<br />

militar <strong>de</strong> direita por governos <strong>de</strong>mocráticos mas com claras tendências liberais,<br />

acabam por conduzir a uma aceitação cada vez maior das políticas <strong>de</strong> ajuste<br />

preconizadas pelo FMI para a região, cuja síntese ficou conhecida como Consenso<br />

<strong>de</strong> Washington (Batista, 1994; Santos, 1993).<br />

Num contexto <strong>de</strong> globalização, após a queda do comunismo, o pensamento<br />

ultraliberal tornou-se hegemônico, a partir da década <strong>de</strong> 1990. A <strong>de</strong>speito <strong>dos</strong><br />

prognósticos que <strong>de</strong>terminavam um florescimento da economia global baseada em<br />

liberalismo <strong>de</strong> mercado, o que ocorreu na verda<strong>de</strong> foi uma <strong>de</strong>saceleração do<br />

crescimento em âmbito mundial, com maior impacto sobre os países periféricos. As<br />

décadas <strong>de</strong> 1980 e 1990 assistiram ao crescimento e queda <strong>dos</strong> “tigres asiáticos”. As<br />

crises nas bolsas internacionais, iniciadas com Nova Iorque, em 1987, foram seguidas<br />

por Tóquio (1989), Europa (1991), México (1994), Tailândia e o resto da Ásia (1997),<br />

Rússia (1998) e Brasil (1999) (Fiori, 1999).<br />

Após vinte e cinco anos da ressurgência liberal, a <strong>de</strong>terioração das<br />

condições sociais em todo o mundo como corolário das práticas que privilegiaram a<br />

eficiência econômica foi reconhecido até mesmo pelo Banco Mundial, um <strong>de</strong> seus<br />

propugnadores. Conflitos étnicos e religiosos grassam a Europa do Leste e o Oriente<br />

Médio. A exclusão social cresceu mundialmente bem como o <strong>de</strong>semprego, e a<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, com a piora da distribuição <strong>de</strong> riqueza entre países e entre classes

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