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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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sanitário.<br />

3.3.5. CONDIÇÕES DE VIDA, SOCIEDADE E SUSTENTABILIDADE<br />

Ao longo do período <strong>de</strong>senvolvimentista, a fonte energética por excelência foi o<br />

petróleo, predominante na matriz nacional. Na década <strong>de</strong> 1970, com os aumentos <strong>de</strong><br />

preços promovi<strong>dos</strong> pela Opep (Organização <strong>dos</strong> países exportadores <strong>de</strong> petróleo), o<br />

estímulo à substituição do combustível fóssil por energia elétrica e a inserção <strong>de</strong><br />

fontes “alternativas” ou, não convencionais, <strong>de</strong> energia, como a biomassa, tornou-se<br />

prioritário. O Programa Nacional do Álcool, estabelecido pelo Decreto 76.593 <strong>de</strong><br />

14.11.1975, representou uma tentativa <strong>de</strong> resposta local à <strong>de</strong>pendência do petróleo,<br />

no campo veicular. A utilização <strong>de</strong> óleos vegetais, tentada já na década <strong>de</strong> 1940 pelo<br />

exército, também o foi, entretanto, as informações disponíveis e o apoio <strong>de</strong> indústrias<br />

automotivas, como a Merce<strong>de</strong>s-Benz, não foram suficientes para convencer o governo<br />

militar e esse segmento não <strong>de</strong>slanchou (Fidalgo & Yano, 1994).<br />

As populações isoladas foram historicamente eletrificadas através da extensão<br />

da re<strong>de</strong> elétrica e através <strong>de</strong> geradores diesel. Os projetos <strong>de</strong> extensão da re<strong>de</strong> foram,<br />

por muitas vezes, alvo <strong>de</strong> manipulações políticas implicando em que as soluções <strong>de</strong><br />

menor custo foram preteridas em favor <strong>de</strong> tecnologias convencionais. À semelhança<br />

do setor <strong>de</strong> saneamento, o setor elétrico mostrava-se resistente ao emprego <strong>de</strong><br />

tecnologias não convencionais, locais, e <strong>de</strong> baixo custo. Apesar disto, o emprego <strong>de</strong><br />

recursos da RGR e da CCC contribuíram significativamente para a universalização do<br />

atendimento com energia elétrica, a <strong>de</strong>speito das distorções na sua utilização.<br />

Paralelamente ao mecanismo institucional <strong>de</strong> financiamento da expansão, as<br />

secretarias estaduais <strong>de</strong> energia passaram a transferir recursos às concessionárias,<br />

que assumiram o papel <strong>de</strong> executoras <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, utilizando para<br />

tanto sua competência técnica e sua capilarida<strong>de</strong>. Uma nova concepção <strong>de</strong>

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