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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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175<br />

Eletrobrás passaram a refletir as expectativas <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda. Várias obras<br />

foram postergadas e a situação econômico-financeira das concessionárias<br />

<strong>de</strong>teriorava-se. Foram impostas limitações aos aumentos nominais <strong>de</strong> tarifas que,<br />

como as receitas do IUEE, <strong>de</strong>terioraram-se em termos reais, face à inflação e à<br />

evolução das tarifas fiscais. O crescimento <strong>dos</strong> empréstimos estrangeiros (cerca <strong>de</strong><br />

200% entre 1974 e 1984) e <strong>dos</strong> seus juros <strong>de</strong>terminou a <strong>de</strong>gradação financeira do<br />

setor (Scarpinella, 1999).<br />

Com o <strong>de</strong>creto 86.463/81, foi alterado o regime <strong>de</strong> tarifação, <strong>de</strong> custo do<br />

serviço para marginalista, instituindo a estrutura horo-sazonal, <strong>de</strong> nível médio e<br />

modulação marginalista, orientada por políticas sociais e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico, favorecendo setores da economia, regiões e buscando promover alguma<br />

redistribuição <strong>de</strong> renda. A conciliação do mecanismo <strong>de</strong> equalização tarifária com o<br />

novo regime mostrou-se problemática em alguns pontos 29 , contudo, produziu<br />

resulta<strong>dos</strong> positivos, como a melhor mo<strong>de</strong>lagem da curva <strong>de</strong> carga diária do sistema<br />

com a conseqüente elevação do fator <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> 76% para 83% (Pires & Piccinini,<br />

1998).<br />

Com a recessão e seus impactos negativos sobre a <strong>de</strong>manda, o setor elétrico<br />

viu-se com consi<strong>de</strong>rável capacida<strong>de</strong> ociosa, passando a praticar tarifas especiais<br />

para setores eletrointensivos (Energia Garantida por Tempo Determinado e<br />

Energia Sazonal não Garantida), que propiciaram até 70% <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto, como<br />

estímulo à substituição <strong>de</strong> combustíveis fósseis por eletricida<strong>de</strong>. A perda da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-financiamento e a retração do mercado financeiro internacional<br />

levaram o setor a buscar créditos <strong>de</strong> curto prazo, privilegiando a formação <strong>de</strong> alianças<br />

com o setor privado, que acabaram por prevalecer sobre os objetivos iniciais <strong>de</strong><br />

controle e coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> empresas públicas (Pires & Piccinini, 1998; Lima, 1995).<br />

29 Ver Pires & Piccinini, 1998.

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