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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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154<br />

financeiro do país e do setor.<br />

Fonte: Rezen<strong>de</strong>, 2000; Lima, 1995 25 ; Acqua-Plan, 1995; Aliança Pesquisa e Desenvolvimento, 1995; NH Consultoria e<br />

Planejamento, 1995.<br />

O período <strong>de</strong>senvolvimentista foi marcado, como evi<strong>de</strong>ncia a cronologia<br />

apresentada, pela incorporação do planejamento como instrumento <strong>de</strong> política<br />

econômica e setorial. De acordo com Silva (1998), citando Ianni (1979) e Rivera<br />

(1995), o planejamento no Brasil e na América Latina caracterizou-se pela abordagem<br />

normativa. Esta abordagem privilegia os aspectos tecnico-econômicos, atribuindo ao<br />

sistema social leis objetivas, que produziriam efeitos repetitivos e passíveis <strong>de</strong><br />

previsão relativamente precisa, que <strong>de</strong>finiria uma única trajetória ótima, do ponto <strong>de</strong><br />

vista da eficiência econômica. Ignoram-se assim, a existência <strong>de</strong> outros atores que<br />

não o planejador (o Estado) e a importância do elemento político e interativo<br />

presentes na abordagem do planejamento estratégico (Silva, 1998).<br />

O paradigma keynesiano predominou no planejamento setorial, privilegiando o<br />

papel do Estado como mediador <strong>dos</strong> conflitos e necessida<strong>de</strong>s sociais, e o papel <strong>dos</strong><br />

setores <strong>de</strong> energia e saneamento básico na promoção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, entendido<br />

como crescimento econômico. Pelo paradigma liberal, predominaria a lógica<br />

puramente comercial, <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> econômica, regida livremente pelas leis <strong>de</strong><br />

mercado, sem incorporação <strong>de</strong> critério algum <strong>de</strong> universalização <strong>de</strong> acesso ou política<br />

industrial integrada.<br />

Uma característica contraditória do planejamento econômico e setorial no país<br />

consistiu no fato <strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> planejar ocorrer em função da solução <strong>de</strong><br />

problemas e crises, em oposição à função planejadora <strong>de</strong> antecedê-los. Des<strong>de</strong> a<br />

Revolução Nacionalista, que “encontrou” o país condicionado a papel <strong>de</strong> “colônia <strong>de</strong><br />

exploração” que, na verda<strong>de</strong>, se prolongou mesmo após a In<strong>de</strong>pendência, e<br />

<strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> uma estrutura econômica e institucional frágil, as “reformas” tornaramse<br />

uma constante na história do planejamento no Brasil.<br />

25 Ver em Lima, 1995 metas físicas <strong>de</strong> expansão da capacida<strong>de</strong> instalada para os governos Vargas e JK.

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