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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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po<strong>de</strong>r conce<strong>de</strong>nte e à prestação <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong> <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>. Organizaram-se,<br />

assim, as funções <strong>de</strong> regulação (normalizadora e fiscalizadora), através do DNAEE, e<br />

execução (expansão da geração e extensão geográfica do atendimento), através da<br />

Eletrobrás. A partir da <strong>de</strong>finição das atribuições do Estado e das instâncias<br />

administrativas relativas ao setor elétrico, era sancionado, em 1967, o Sistema<br />

Nacional <strong>de</strong> Eletrificação.<br />

A reforma administrativa sancionada pela Constituição <strong>de</strong> 1967 elegeu como<br />

princípios para a administração pública o planejamento, a <strong>de</strong>scentralização, a<br />

<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência e o controle. Seguindo o princípio enunciado no artigo<br />

170, fixou a dualida<strong>de</strong> da empresa pública como “entida<strong>de</strong> dotada <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong><br />

jurídica <strong>de</strong> direito privado”, tentando imprimir-lhes racionalida<strong>de</strong> empresarial nos<br />

mol<strong>de</strong>s do setor privado, submetendo-as, ao mesmo tempo, ao “plano geral do<br />

governo”. Ao longo do período, o setor consolidou-se como fundamentalmente estatal,<br />

passando gradativamente às mãos <strong>dos</strong> governos fe<strong>de</strong>ral e estaduais. As reformas<br />

administrativa e financeira do período 1964 - 1967 conferiram gran<strong>de</strong> autonomização<br />

do setor <strong>de</strong> <strong>serviços</strong> <strong>públicos</strong>, cujo crescimento alavancou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

segmentos tributários, como a construção civil e a indústria <strong>de</strong> material elétrico pesado<br />

(Scarpinella, 1999; Lima, 1995; Kühl, 1994).<br />

Nas décadas <strong>de</strong> 70 e 80, houve um significativo movimento <strong>de</strong> centralização do<br />

setor elétrico. A Eletrobrás foi fortalecida com a criação <strong>de</strong> novas subsidiárias, que a<br />

partir <strong>de</strong> 1973, pela Lei 5.899, foram reagrupadas em quatro supridoras regionais,<br />

Eletrosul (1968), Eletronorte (1972), Chesf (1945) e Furnas (1957). A reorganização<br />

das concessionárias estaduais, a partir <strong>de</strong> 1965, possibilitada pela compra das<br />

subsidiárias da Amforp e a criação da Nuclebrás (holding criada em 1974, para gerir<br />

o programa <strong>de</strong> energia nuclear) reforçaram a centralização. Também em 1973, pela lei<br />

23 Alguns <strong>de</strong>sses órgãos eram: DNOS, DNOCS, FSESP, DNERu, Divisão <strong>de</strong> Engenharia Sanitária/MS, Superintendência <strong>de</strong><br />

Valorização Econômica da Amazônia, Comissão Vale do São Francisco, SUDENE, Comissão <strong>de</strong> Fronteiras, Plano do Carvão,<br />

DNPM, Seção <strong>de</strong> Engenharia Sanitária/Min. Guerra, SUDAM (Rezen<strong>de</strong>, 2000; Silva, 1998).

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