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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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c) além da idéia subjacente à centralização <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r político, <strong>de</strong> que o<br />

Estado era o guardião <strong>dos</strong> interesses e da unida<strong>de</strong> nacional, a idéia da<br />

intervenção do governo em apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

econômicas privadas passa a ser aceita e legitimada pelas elites do país.<br />

Nesse momento, a idéia <strong>de</strong> planejamento começa a se impor, diante do<br />

quadro <strong>de</strong> crise internacional e da “<strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>” da estrutura econômica e<br />

institucional do país e do próprio empresariado;<br />

d) por fim, ganha nova dimensão a idéia <strong>de</strong> nacionalismo econômico, antes<br />

pouco expressiva no país, em função <strong>de</strong> uma conjuntura <strong>de</strong> crise nacional e<br />

internacional e da visão <strong>de</strong> que, não só o Estado <strong>de</strong>veria planejar a<br />

economia e controlar os recursos naturais, mas passar a investir<br />

diretamente em transporte, mineração, energia e indústria <strong>de</strong> base, <strong>de</strong><br />

forma a viabilizar, <strong>de</strong> fato, a industrialização do Brasil.<br />

Nesse contexto, o setor <strong>de</strong> energia elétrica já apresentava uma problemática<br />

que o tornava especialmente predisposto à intervenção estatal. Como exposto na<br />

seção anterior, a gestão privada era alvo <strong>de</strong> críticas persistentes e insatisfação da<br />

socieda<strong>de</strong>, potencializada pelo episódio da crise <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> 1924-1925. A<br />

intenção e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaborar um código <strong>de</strong> águas já se arrastava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início do século XX. Assim, embora nesse período a estatização do setor ou o<br />

estímulo à empresa pública não fossem o centro do <strong>de</strong>bate, voltado à regulação mais<br />

ativa e eficaz das holdings privadas, <strong>de</strong>u-se início, em 1931, ao processo <strong>de</strong><br />

reor<strong>de</strong>namento institucional do setor elétrico, a partir da instalação da subcomissão<br />

responsável pela elaboração do Código <strong>de</strong> Águas (Lima, 1995).<br />

A preocupação do momento, à semelhança do que ocorria nos EUA e Europa,<br />

era a necessida<strong>de</strong> da prestação <strong>de</strong> <strong>serviços</strong> essenciais em regime <strong>de</strong> monopólio<br />

público, ou severamente regulado, em face da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sujeição às

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