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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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planejamento e expansão da oferta <strong>de</strong> energia, na medida em que <strong>de</strong>termina e é<br />

<strong>de</strong>terminado pela matriz energética i<strong>de</strong>alizada e pelas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> expansão do<br />

sistema, bem como por políticas <strong>de</strong> incentivos a segmentos industriais caracteriza<strong>dos</strong><br />

pelo alto consumo <strong>de</strong> energia. A crescente importância do consumo industrial <strong>de</strong><br />

eletricida<strong>de</strong>, apresentado na tabela 3.19, reforça essa afirmação e <strong>de</strong>nota o caráter<br />

estratégico do setor, tanto do ponto <strong>de</strong> vista do crescimento econômico nacional<br />

quanto da própria rentabilida<strong>de</strong> da sua exploração, frente aos processos que<br />

<strong>de</strong>terminam a opção por <strong>de</strong>terminadas políticas econômicas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

sua condução. Observe-se, por exemplo, o salto do consumo industrial, e o resi<strong>de</strong>ncial<br />

em menor dimensão, logo após o primeiro choque do petróleo, em 1973.<br />

O registro histórico da evolução do setor confirma este fato, tendo sido o<br />

controle da indústria energética alvo <strong>de</strong> calorosas disputas entre capital privado,<br />

estatal, nacional e estrangeiro. A tabela 3.18 procura mostrar tendências da presença<br />

do capital estrangeiro, no caso, norte-americano, na economia e no setor público da<br />

América Latina. Segundo Lima (1995), os números apresenta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monstram a<br />

paulatina saída <strong>de</strong>sses capitais do setor produtivo público. Esta tendência se verificou<br />

em particular no Brasil, como <strong>de</strong>monstra o autor, por uma série <strong>de</strong> fatores que<br />

<strong>de</strong>terminaram a estatização <strong>de</strong> vários segmentos, sobretudo do setor energético.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da socio-economia, a opção <strong>de</strong>senvolvimentista, se por um<br />

lado permitiu a mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> certos aspectos da vida social, por outro, redundou<br />

num padrão cada vez mais in<strong>de</strong>lével <strong>de</strong> exclusão <strong>de</strong> significativo contingente da<br />

população <strong>de</strong>sses mesmos aspectos, evi<strong>de</strong>nciado pela pobreza concentrada e<br />

regionalizada (tabelas 3.22 a 3.27), alijado, também, <strong>dos</strong> benefícios advin<strong>dos</strong> do<br />

acesso a <strong>serviços</strong> <strong>públicos</strong>. Soares (2001), a partir <strong>de</strong> estudo da CEPAL <strong>de</strong> 1986<br />

<strong>de</strong>screve as alterações sociais ocorridas no Brasil entre 1960 e 1980:<br />

(...) Esta transformação correspon<strong>de</strong>u, em linhas gerais, a uma transição para a<br />

chamada ‘mo<strong>de</strong>rnização social’, ao <strong>de</strong>senvolvimento capitalista da economia,

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