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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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(tabela 3.9). Segundo da<strong>dos</strong> do Ministério da Agricultura, apresenta<strong>dos</strong> em Kühl<br />

(1994), em 1920, o Brasil possuía 356 empresas <strong>de</strong> energia, distribuídas em to<strong>dos</strong> os<br />

esta<strong>dos</strong>, porém, concentradas em Minas Gerais (72), São Paulo (66) e Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul (40). O sistema era composto por 147 instalações termelétricas (máquinas a<br />

vapor e <strong>de</strong> combustão interna), com, aproximadamente, 75 MW <strong>de</strong> potência instalada<br />

e 209 instalações hidráulicas (turbinas e rodas d’água), com cerca <strong>de</strong> 280 MW <strong>de</strong><br />

potência. Em 1930, segundo da<strong>dos</strong> do IBGE, o número <strong>de</strong> empresas remontava a<br />

1.009, das quais 252 em Minas, 134 no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e 108 em São Paulo. As<br />

usinas, entre térmicas e hidráulicas, eram 1.211 e a potência instalada, cerca <strong>de</strong> 580<br />

MW (Kühl, 1994). As tabelas A.3.1 e A.3.2, anexo 3, <strong>de</strong>talham a informação.<br />

Apesar do rápido crescimento, não havia equilíbrio entre <strong>de</strong>manda e oferta, e o<br />

crescimento do parque industrial brasileiro era estrangulado pela insuficiência <strong>de</strong><br />

energia. As tabelas 3.9 e 3.10 exemplificam o <strong>de</strong>sequilíbrio, ressaltando que o<br />

consumo se refere ao estado <strong>de</strong> São Paulo, apenas, o que as torna mais eloqüentes.<br />

Branco (1975) argumenta que, tanto o <strong>de</strong>senvolvimento da indústria energética<br />

quanto das <strong>de</strong>mais, po<strong>de</strong>r-se-ia ter dado em ritmo mais célere, que não interessou,<br />

entretanto, aos jogos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que as holdings <strong>de</strong> energia fizeram com a socieda<strong>de</strong><br />

brasileira por décadas. Tal “se justificava” pois, com a <strong>de</strong>manda reprimida e a<br />

frouxidão da regulação, a extração <strong>de</strong> renda pelas tarifas era “bastante interessante”,<br />

mesmo sem ampliação alguma das instalações. A alegação “oficial”, no entanto, era<br />

justamente <strong>de</strong> que não conseguiam financiar os empreendimentos com as baixas<br />

tarifas cobradas. O <strong>de</strong>sequilíbrio chegou a tal ponto que, em 1924-1925, em meio a<br />

uma estiagem, o estado <strong>de</strong> São Paulo viu-se forçado a <strong>de</strong>cretar o racionamento <strong>de</strong><br />

energia, num episódio marcante à época (Kühl, 1994; Branco, 1975).<br />

Quanto à qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> <strong>serviços</strong>, à medida que a oferta se <strong>de</strong>sequilibrava, o<br />

fornecimento da energia perdia em regularida<strong>de</strong>. Nos momentos críticos, os <strong>serviços</strong>

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