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Análise comparativa dos serviços públicos de ... - IEE/USP

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pelas características da elite burguesa local, cujos interesses <strong>de</strong>terminaram a quem se<br />

daria o acesso e a que <strong>serviços</strong>. A esses elementos, somou-se um Estado em<br />

formação, dominado pelas elites, e sem o necessário aparato legal e institucional para<br />

promover e assegurar a gestão <strong>dos</strong> setores que surgiam.<br />

A instalação das estruturas <strong>de</strong> geração, transmissão e distribuição <strong>de</strong><br />

eletricida<strong>de</strong> seguiu a distribuição geográfica do setor industrial e das concentrações<br />

urbanas, as capitais. Inicialmente, o atendimento se dava a <strong>de</strong>mandas pontuais. A<br />

usina <strong>de</strong> Marmelos I, a primeira hidrelétrica brasileira, implantada em Juiz <strong>de</strong> Fora,<br />

MG, em 1889, tinha uma capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 250 kW e todo o complexo<br />

(Marmelos I e II), tinha, ao final do processo <strong>de</strong> implantação, em 1896, uma<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2.600 kW. A hidrelétrica <strong>de</strong> Santana do Parnaíba, construída no Tietê,<br />

SP, em 1901, foi a primeira hidrelétrica <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, e já era capaz <strong>de</strong> gerar<br />

16.000 kW (Vargas, 1994; Branco, 1975).<br />

O papel da Light foi gran<strong>de</strong> na ampliação do sistema elétrico, já, então,<br />

caminhando para a predominância hidráulica. Porém, a <strong>de</strong>manda industrial<br />

direcionava os empreendimentos e não parecia haver uma política <strong>de</strong> atendimento<br />

universal ou um planejamento <strong>de</strong>ssa expansão que priorizasse critérios distintos da<br />

mera exploração comercial. Até a II guerra, os empreendimentos eram feitos, em sua<br />

maioria, em escala regional, incluindo a interligação <strong>de</strong> usinas, iniciada por volta <strong>de</strong><br />

1928, ocorrendo que critérios <strong>de</strong> projeto e construção podiam variar <strong>de</strong> região para<br />

região. Esta necessida<strong>de</strong> surgiu com a interligação <strong>dos</strong> sistemas, que só<br />

aconteceria bem mais tar<strong>de</strong>. A maior parte da capacida<strong>de</strong> instalada do país pertencia<br />

às Lights (RJ e SP) e à Amforp. Fora <strong>de</strong>sses sistemas, a energia era fornecida por<br />

pequenas centrais hidrelétricas e térmicas, que foram, em sua maioria, sendo<br />

incorporadas pelas gigantes, com o tempo (Kühl, 1994; Branco, 1975).<br />

O crescimento da potência instalada foi vertiginoso no período em estudo

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